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(Des)construindo verdade(s) no/pelo material didático: discurso identidade, ensino, 2016
Objetivamos, com este texto, analisar o funcionamento discursivo do livro didático de língua portuguesa usado atualmente nas escolas de Ensino Fundamental com o intuito de compreender de que forma suas atividades de leitura e de escrita promovem a autoria por parte tanto do sujeito-aluno quanto do sujeito-professor. Selecionamos para a análise o livro do nono ano da coleção Português: Linguagens destacada como a coleção mais distribuída nas escolas pelo PNLD de 2014. Tendo em vista o livro didático como instrumento de poder da instituição escolar vista como um Aparelho Ideológico de Estado, o livro analisado nos revela que esse funcionamento permanece mesmo após tantas mudanças nas políticas públicas educacionais. Com efeito, o livro didático, ao funcionar na estagnação dos sentidos, não estimula a instauração da posição-autor por parte do aluno, visto que regula o lugar de interpretação que lhe cabe, nem por parte do professor, cuja prática pedagógica é regulada por orientações e instruções que delimitam seu gesto de ensino.
Fala proferida no I Seminário sobre práticas contemporâneas de leitura/UFSCAR/2SET
O primeiro rastro destas reflexões se apresenta de modo alegórico através da utilização derridiana de um mito egípcio constante no Fedro de Platão. A alegoria se apresenta como um prospecto para a discussão da problemática que está no cerne das ações do arquivar e testemunhar em suas ambiguidades de phármakon, ou seja, remédio e veneno da memória, bem como a relação de poder entre o simples escriba e o rei egípcio. Assim, de acordo com Derrida, o rebaixamento daquilo que ele entende por escritura 3 percebe-se desde o citado mito egípcio, o qual descreve a relação entre o deus Teuth e o e rei Thamous quando o deus apresenta ao rei sua invenção, a escritura: "Eis aqui, oh, Rei ..., um conhecimento que terá por efeito tornar os Egípcios mais instruídos e mais aptos para se rememorar: memória e instrução encontraram seu remédio (phármakon)."; ao que o rei responde: "Neste momento, eis que em tua qualidade de pai dos caracte-Segundo Derrida: "A escritura, meio mnemotécnico, suprimindo a boa memória, a memória espontânea, significa o esquecimento. É bem precisamente isso que dizia Platão em Fedro, comparando a escritura à fala como a hypomnesis à mneme, o auxiliar lembrete à memória viva. Esquecimento porque mediação e saída fora de si do logos. Sem a escritura, este permaneceria em si. A escritura é a dissimulação da presença natural, primeira e imediata do sentido à alma no logos". DERRIDA, 1973, p. 45. Sobre o conceito de escritura ver: DUQUE-ESTRADA, 2002. 01_PUC_revista direito 36_rp.indd 102
Ancorada nos aportes da Análise do Discurso, esta pesquisa busca analisar como os documentos reunidos e vazados anonimamente pela organização WikiLeaks foram trabalhados pelo jornalismo brasileiro. O material utilizado pelos jornais é formado de telegramas, relatórios, correspondências entre embaixadas e representantes do governo americano e suas impressões, considerações e tomadas de decisões relacionadas ao Brasil. Nosso objeto constitui-se de notícias publicadas pelo jornal de circulação nacional Folha de São Paulo, produzidas a partir de documentos fornecidos pela organização no período entre novembro de 2010 e março de 2011, por meio de uma parceria entre o WikiLeaks e o periódico. Concebemos o espaço do WikiLeaks como um arquivo, um espaço capaz de gerar possibilidades, já que é a partir da leitura de arquivo que nossa análise se desenvolve. A partir do discurso jornalístico, vemos como, na tentativa de validar o processo de interpretação, o sujeito-jornalista toma para si a responsabilidade do dizer e explicita o próprio processo de textualização em seu discurso. Identificando certas regularidades, delimitamos as movimentações que observamos dentro do que chamamos de formação discursiva jornalística de política internacional. Ao traçarmos as matrizes de sentido do discurso em análise, percebemos como o discurso jornalístico produzido a partir do WikiLeaks reforça a visão trazida nos documentos, de que o poder político e econômico exercido pelos Estados Unidos em relação ao Brasil, nas mais diversas questões, pode ser concebido como pressão, assim como são sempre privilegiados os interesses daquele país, tornando qualquer dificuldade ou impedimento um temor que representa prejuízo político e financeiro. Do mesmo modo, observamos a tentativa de negar ou delimitar possíveis efeitos de sentido que poderiam causar polêmica ou desentendimento. O WikiLeaks representou o surgimento de um novo lugar de memória para o discurso da formação discursiva jornalística de política internacional, o que permitiu alguma mudança na conjuntura dos dizeres, a qual antes não era possível. Ao trazermos para a discussão a noção de vazamento e observarmos como o discurso jornalístico para o meio digital traz, de certa forma, uma relação diferente daquela do meio impresso com o arquivo, desenvolvemos o que se tornou o cerne de nossa pesquisa: a disputa pelos espaços de legitimação. O WikiLeaks toma uma posição de controle da informação, enquanto sabemos que isto é apenas um efeito, já que ocupa uma posição intermediária entre quem revela e o jornalismo; ao mesmo tempo, o jornalismo busca legitimar os dizeres que vêm do WikiLeaks por meio de seu perfil pedagógico, de tudo explicar e esclarecer. Considerando o caráter político e ideológico do WikiLeaks, o concebemos, a partir de seu funcionamento como vazamento, como uma forma política de acesso e circulação, já que representa uma nova possibilidade de leitura e interpretação no jornalismo.
Resgate: Revista Interdisciplinar de Cultura, 2016
Este trabalho se inscreve na perspectiva da Análise de Discurso proposta por Michel Pêcheux e Eni Orlandi e tem por objetivo dar visibilidade ao processo de constituição de um arquivo para a elaboração de tese de doutorado, composto de materiais relacionados ao Programa Um Computador por Aluno (Prouca), do governo federal brasileiro, que foram recebidos por e-mail ou circularam em páginas oficiais e não oficiais na Internet. Colocamos em evidência as condições de produção da própria constituição desse arquivo, formado por documentos inscritos no âmbito jurídico, administrativo e institucional, ao mesmo tempo em que o remetemos às condições de produção daquilo que se configurou enquanto arquivo. Daremos visibilidade também aos efeitos produzidos pela autoria e pelo modo de circulação desses materiais, que têm, na Internet, a ancoragem para sua condição (provisória) de existência.
2019
Muitos estiveram comigo durante o desenvolvimento desta tese. Dessa forma agradeço: Ao meu orientador, José Mauro M. Loureiro (Zé Mauro), quando demonstrou que, antes de ser um brilhante professor, é um grande homem e um grande amigo. Tratarei de honrar a oportunidade de ter sido seu aluno e orientando, reconhecendo a humildade, sabedoria, competência, amizade e amor com que me recebeu e me orientou durante todo o desenvolvimento desta tese. À minha esposa, Yurika Sato, que compreensivamente sempre esteve ao meu lado, me fortalecendo nos momentos mais difíceis. Agradeço pelo seu amor e alegria de me conduzir até este momento. Aos meus familiares, Germano Tavares, Mª da Conceição Tavares e Gleydson Tavares, pelo afeto e apoio familiar, indispensável em qualquer situação. À Maria Lúcia de Niemeyer Matheus Loureiro, e em seu nome, estendo meus agradecimentos à Ana Beatriz, Thiago Loureiro e Rosa Silva, que torceram e me acolheram fazendo de sua casa, a minha casa. Meu muito obrigado! A todos os membros da banca examinadora, pelas leituras e contribuições fundamentais para a conclusão deste trabalho desde a fase de qualificação. Aos meus queridos amigos, Esgotadores, Shara Rachel, Wendel Santeiros e Camila Augusta pela sempre fiel e afetuosa amizade. À minha amiga, Karlene Braga, irmã acadêmica e espiritual. Seu acolhimento, palavras e carinho me garantiram resistência e persistência. À amiga, e membro examinadora deste trabalho, Profa. Thaís Catoira, pela sua gentil e fraterna amizade. Aos amigos que a academia me presenteou, Adriana Carla, Emy Porto, Felipe Brasileiro, Hamilton Tabosa, Zayr Claudio. Aos amigos de infância, Damião Andrade e Thiago Santos, que com alegria me entusiasmaram para a conclusão deste trabalho. Aos colegas de trabalho do Instituto de Ciência da Informação da Universidade Federal da Bahia (UFBA), em especial Profa. Ana Medeiros, Profa. Raquel do Rosário, Profa. Henriette F. Gomes, Profa. Maíra Salles; Profa. Leyde Klebia, Prof. Gillian Queiroga e Prof. Rodrigo Fortes, pelo incentivo. À chefia do Departamento de Documentação e Informação e à Direção do Instituto de Ciência da Informação da UFBA, pelo generoso apoio e compreensão nas ocasiões de afastamento temporário. Aos amigos baianos, Daniel Marins, Mabel Mota e, especialmente, Wiliam Lopes à sua vibrante energia, entusiasmo e torcida. Ao PPGCI/UFPB e sua coordenação, agradeço ao corpo docente pela oportunidade de aprendizagem e crescimento acadêmico. E ainda aos técnicos-administrativos, Franklin Duarte Kobayashi e Alinny Costa Araújo dos Santos, pelo cordial atendimento. À Valéria Garcia de Macedo, pela revisão textual e de normalização. Por fim, reconheço que apaguei as palavras da minha vida, pois percebi que estes signos não mais significavam. Tomei como adversária a própria escrita e fiz com ela um encontro dos inesperados. Um autoagradecimento, portanto. De que valeria a obstinação do saber se ele assegurasse apenas a aquisição dos conhecimentos e não, de certa maneira, e tanto quanto possível, o descaminho daquele que conhece? Existem momentos na vida onde a questão de saber se se pode pensar diferentemente do que se pensa, e perceber diferentemente do que se vê, é indispensável para continuar a olhar ou a refletir. (FOUCAULT, 2012b, p.15) Palavras-chave: Arquivo. Governamentalidade. Racionalidade. Informação. Memória. TAVARES, Derek Warwick da Silva. Perspectives on the rationalities of the archives in the framework of governmentality. 2019.
Revista Desenredo, 2016
Apresentamos resultados de pesquisa concluída que investigou as práticas de reescrita como possibilidade de instauração da autoria, em textos acadêmicos, produzidos por estudantes universitários. Trazemos, ainda, resultados concernentes à relação que esses estudantes estabelecem com a escrita e as possibilidades de ressignificação desse objeto simbólico, a partir da reescrita. O arcabouço teórico que sustenta essa investigação é constituído pela Análise de Discurso pecheuxtiana, pela Psicanálise freudo-lacaniana, pelas contribuições das Ciências da Educação, em particular as que se referem aos estudos sobre a formação de professores. Dentre as conclusões às quais chegamos, salientamos aquelas que assinalam que a (re)escrita constitui alternativa para o sujeito “falar de si”, subjetivar-se e aprender a lidar com a alteridade que lhe constitui. Outra conclusão diz respeito ao entendimento, segundo o qual a reescrita, quando realizada em condições adequadas de produção, possibilita a e...
Estudos M do Instituto Juridico da Universidade de Coimbra, 2019
O desenvolvimento de novas tecnologias foi res-ponsável por profundos impactos no Direito de Autor, desta-cadamente nas mudanças causadas pelo advento da sociedade da informação e da internet. Os avanços nas ferramentas de inteligência artificial proporcionaram grandes desafios nesse ce-nário, se tornando importante hoje responder à questão sobre a autoria de obras geradas com mínima (ou nenhuma) inter-venção humana e a decorrente (in)existência de proteção pelas normas de direitos de autor. Realiza-se nesta investigação uma breve análise da doutrina e da jurisprudência de diversos sis-temas jurídicos (com foco em Portugal, União Europeia e Es-tados Unidos), concluindo-se pela ausência de proteção direta, com objetivo de reforçar o domínio público e o acesso à cultura. Permanece possível, no entanto, pensar em outras maneiras de recompensar o desenvolvimento de programas criativos e a di-vulgação dessas obras.
Alceu , 2012
Este trabalho quer discutir a questão autoria no dito cinema de periferia a partir da observação das metodologias de trabalho de algumas oficinas e dos discursos dos realizadores que alicerçam tais métodos de realização, assim como as composições visuais, sonoras e enunciativas que tais filmes apresentam. Nosso ponto de partida é o documentário Improvise! (Filmagens Periféricas e Reinaldo Cardenuto, 2004), que apresenta um significativo ponto de tensão em relação à assinatura da direção do filme, instigando a apreensão dos matizes que compõem a autoria no cinema periférico. Para tanto, recorreremos às noções de autor como produtor (Benjamin) e autor-criador (Bakhtin), arte contextual (Ardenne) e a importância do grupo (Kracauer), que funcionarão como peças-chave para o entendimento da questão aqui em foco.
2002
SUMÁRIO 1. Introdução: criminalidade organizada e autoria como actual objecto de estudo; 2. Concursus delinquentium: critérios e interesse prático da distinção entre autor e participante; 3. A punibilidade do homem-de-trás no âmbito de uma organização criminosa; 4. A punibilidade do homem-de-trás no âmbito de uma organização empresarial; 5. Conclusões.
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Wikileaks: textos elaborados entre 2010 e 2011, 2024
Fórum Linguístico, 2016
Informática na educação: teoria & prática, 2004
Mundorama – Divulgação Científica em Relações Internacionais, 2010
Cadernos de Cultura e Ciência, 2011
LOGEION: FILOSOFIA DA INFORMAÇÃO, 2020
Revista Contemporânea - UFBA - Online, 2013
Registro - Revista do Arquivo Municipal de Indaiatuba, 2002