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2007, Etnografica
Apesar de ser um factor fulcral da vida humana, a luz tem permanecido em grande parte afastada do estudo da sociologia em geral, e da sociologia da cultura e do urbanismo em particular. Disciplinas como a física, o design de luz, a teoria da arquitectura, ou a antropologia, têm providenciado algumas pistas para se compreender o papel importante que a luz desempenha na vida social e cultural dos indivíduos. Neste trabalho procuramos impor uma matriz de raciocínio sobre a luz, construída modularmente, com vista a desenhar um ambicioso plano de pesquisa que poderá demonstrar as reais implicações do objecto 'luz' para a vida urbana. Traçando considerações ontológicas, epistemológicas e metodológicas, bem como prospectivas éticas, políticas e económicas, procuraremos argumentar a necessidade de uma abordagem à relação da luz com as práticas culturais como um longo passo primeiro neste sentido. Nisto, argumentaremos a necessidade de cruzar perspectivas da fenomenologia e sociologia do quotidiano com vários conhecimentos interdisciplinares – filosofia, linguística, teoria da computação, arquitectura – para se construir uma pesquisa adaptada à modernidade avançada em que vivemos. Por fim, procuraremos mostrar as possibilidades de aplicação de uma parte do nosso modelo recorrendo a uma breve incursão empírica ao Jardim da Cordoaria no Porto, visando traçar as espacialidades e vivências culturais do espaço como mediado pela luz. Keywords: luz urbana, sociologia do quotidiano, modelos de análise, topografia simbólica, sociologia da cultura, sociologia do conhecimento
História da Ciência na Universidade de Coimbra (1772-1933) - Imprensa da Universidade de Coimbra, 2013
O Museu da Ciência da Universidade de Coimbra foi inaugurado em Dezembro de 2006. A sua sede está instalada num edifício neoclássico magnificamente recuperado, o Laboratório Chimico, contemporâneo do nascimento da química moderna, construído entre 1773 e 1777 a mando do Marquês de Pombal e o mais antigo edifício laboratório químico do mundo a resistir até aos nossos dias. Os primeiros objectos das colecções do Museu da Ciência datam igualmente do Século das Luzes. Muito contribuíram para a riqueza do espólio as Viagens Philosophicas de Alexandre Rodrigues Ferreira, mas também a transferência para Coimbra da colecção de física experimental do Colégio dos Nobres em Lisboa. Parte do acervo do Museu da Ciência pode ser ainda hoje visitada nas salas originais do Século XVIII, no Colégio de Jesus, mais um edifício do complexo jesuítico transformado pelo Marquês de Pombal com o objectivo de promover em Coimbra o ensino experimental das ciências.
Ponto Urbe, 2012
Este artigo é resultado de pesquisas etnográficas que partiram da análise do consumo cultural em instituições culturais na Luz, em São Paulo, com a finalidade de apreender usos, representações e possíveis interações entre o público das instituições com o entorno e com a população local. Tendo como base observações de campo e entrevistas realizadas na Sala São Paulo, na Pinacoteca do Estado e também no Parque da Luz, foi possível conhecer usos que os frequentadores fazem da região. A partir de tal conhecimento, concepções apriorísticas que muitas vezes tendem a caracterizar a Luz ou como um bairro cultural ou como uma região degradada, marcada pela presença da cracolândia e alvo, a partir de 2005, do Projeto Nova Luz, puderam ser repensadas.
Cadernos de Sociomuseologia, 2015
In the present article, written as part of the doctoral researchthat I am conducting is intended to analyze the impact of newtechnologies of communication and information in the change ofthe communication paradigm of museum institutions, toprioritize one ubiquitous, participatory, and relevant museology. Keywords:Museology, social media participation, digital collections,communication
Educação Por Escrito, 2014
A matéria publicada neste periódico é licenciada sob forma de uma Licença Creative Commons -Atribuição 4.0 Internacional.
Anais do Arquimemória 4 - Encontro Internacional sobre Preservação do Património Edificado, 2013
Resumo: Desde a década de 1980, os museus tornaram-se um grande tema da arquitectura e lugares de metaforização de desejos e reivindicações das cidades. O presente artigo pretende abordar esta questão através de quatro casos na cidade de Lisboa, organizados em dois dípticos. No primeiro, trata-se de " museus-memória " , celebradores da História e marcadores dos lugares de implantação; assim acontece com o Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado, fundado em 1911 e renovado em 1994, e com a Fundação Arpad Szènes-Vieira da Silva, museu monográfico que homenageia Maria Helena Vieira da Silva, a mais internacional pintora portuguesa. Se nos anos 80 e 90 a arquitectura de museus foi marcada por projectos com um sentido completo e durável, no início dos anos 2000, acompanhando uma tendência internacional, surgem em Lisboa espaços orientados para o processo criativo, a informalidade e a polivalência. O segundo díptico apresenta dois projectos paradigmáticos deste novo conceito de museu como " obra aberta " : o Museu do Design e da Moda (MUDE), situado na Baixa Pombalina, e o Carpe Diem Arte e Pesquisa, no Bairro Alto. Ao confrontar estas duas perspectivas, procura-se discutir o papel dos museus como instrumento privilegiado de regeneração urbana em cidades históricas, considerando que essa acção não se esgota numa única intervenção arquitectónica, mas constituiu, cada vez mais, um processo em permanente construção e actualização.
2016
w w w. g a z e ta d e f i s i c a . s p f. p t Este texto segue de perto a intervenção com o mesmo título que tem sido apresentada pelo autor em diversas sessões públicas para estudantes e para o público em geral no Ano Internacional da Luz. Ao invés da apresentação, profusamente ilustrada, este texto tem como objectivo confrontar o leitor, de uma forma contextualizada, com inúmeros conceitos, tecnologias e desafios, numa narrativa com os três principais pilares identificados no título. A falta de uma contextualização dificulta a apreensão do mundo dos fenómenos da luz. De alguma forma, pretende-se descrever um “mapa” (um dos muitos... ) das coisas da Luz no início do século XXI.
Reflectindo sobre a insatisfação e sobre as alterações de comportamento que se verificaram nos habitantes da aldeia da Luz aquando da sua mudança para a nova aldeia, ponderámos se essa insatisfação poderia estar relacionada com a arquitectura do novo lugar. Partindo de um estudo levado a cabo na comunidade mineira de Arkwright, também ela forçada a uma mudança de morada, pode-se intuir que a arquitectura afecta, de facto, as vivências dos habitantes que nela moram, podendo levar à alteração dos seus comportamentos. Ao contrário do que sucedeu no caso de Arwkright, contudo, a nova aldeia da Luz parece, à primeira vista, reproduzir os códigos da antiga. Esta reprodução permitiria, à partida, que os costumes e as vivências da comunidade da aldeia da Luz fossem mantidos na mudança do velho para o novo povoado. Uma vez que tal não sucedeu, procura-se nesta dissertação identificar quais os elementos e características arquitectónicas essências à vida na antiga aldeia da Luz, tentando descobrir posteriormente se esses traços se mantêm na nova aldeia, comparando-as. Tem-se como objectivo nesta comparação entre a velha e a nova aldeia da Luz descobrir se a nova aldeia consegue repropor correctamente os códigos do antigo povoado que à partida parece querer reproduzir, ao mesmo que se reflecte na importância destas características para a saúde mental dos habitantes e para o equilíbrio daquela comunidade. Palavras-Chave: Aldeia da Luz, Psicologia do Ambiente, Genius Loci, Pattern Language — Reflecting on the dissatisfaction and the behavioral changes verified on the inhabitants of the village of Luz upon their change to the new village, it was pondered if such dissatisfaction was related with the architecture of the new place. Based on a study developed on the mining community of Arkwright, a community that was also forced to a change of dwelling, one can accept the idea that architecture affects, in fact, the life habits of its inhabitants, leading sometimes to changes in their behaviors. Although unlike what happened in Arkwright town, the new village of Luz seems to, at a first glance, reproduce the codes of the old village. This reproduction, one would expect, allowed for the old habits and life of the community to be maintained in the new dwelling. Since that did not happen, this thesis tries to identify the elements and architectural characteristics essential to the life of the old village, trying at the same time to find out if such elements were maintained in the new village, comparing them. The goal of the comparison between the old and the new village of Luz is to find out if the new one is able to propose correctly the codes of the old village that it appears to want to reproduce. At the same time, this thesis tries to reflect on the importance of said codes to the mental health of the village inhabitants and the balance of the community. Key-Words: Aldeia da Luz, Alqueva, Genius Loci
Os Museus e seu(s) Poder(es), 2022
A partir da temática para o Dia Internacional dos Museus proposta pelo ICOM em 2022, neste pequeno e corrido texto, procuro esboçar três aspectos do poder, melhor dizendo, dos poderes dos museus. Não é demais ressaltar que o poder dos museus não se esgota nesses aspectos, mas que outros olhares e perspectivas são infinitamente possíveis, a partir de outras leituras e práticas museais. Além disso, esses poderes se entrelaçam e se emaranham, um dando suporte, liga e força aos demais.
Historiae, 2012
RESUMO O presente artigo discorre sobre o Museu das Águas situado na cidade do Rio Grande. Uma estrutura material específica que representa a antiga Companhia Hidráulica Rio-Grandense e as influências de sua construção no que tange à estrutura urbana e sanitária da cidade. Por conseguinte, com base na análise de jornais de época e nos conceitos de História Ambiental, relaciona-se natureza e sociedade, questionando os valores do homem atribuídos ao seu ambiente e sua história. Assim, o objetivo principal é fomentar a reflexão e consciência socioambiental do leitor sobre os paradigmas atuais de nossa história.
A Luz em Cena: Revista de Pedagogias e Poéticas Cenográficas
O artigo apresenta algumas discussões acerca da visualidade construída no acontecimento artístico, através da performatividade da luz em vista de sua relação com o atuador, seja este: ator, performer, operador de luz, espectador e interautor da ação poética. Desse modo, a pesquisa dialoga com as transformações do fazer artístico catapultadas pela pós-modernidade e advento da arte contemporânea. Nesse contexto, busca-se entender a luz, supostamente como objeto performativo, a fim de criar, por meio da iluminação, um campo expressivo e autônomo enquanto linguagem.
Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi, 2012
Museums have emerged as a representative synthesis of a reality, so a question rises about the preservation of the memories inherent to the functional and symbolic objects. In the particular case of art museums, the goal was to build a heritage repository which would contribute to the creation of a cultural identity. So, the objects were mainly evaluated in terms of aesthetic excellence of its parameters, to the detriment of other meanings. On the other hand, also the historiography of art favored formal aspects, establishing authorities and styles. These circumstances determined the decontextualization of the object in the museum. In return, from mid-twentieth century onwards, the studies of the public, as a plural and diversified entity, and the theoretical debates around the meaning of the object, contributed to a redefinition of the museological speech. The museum had to offset losses due to the musealisation through a set of procedures and tools that recontextualize the meanings of the object in their multiple valences. Between the two vectors, decontextualization and recontextualization, the museum challenges our personal and collective memory.
DOAJ (DOAJ: Directory of Open Access Journals), 2015
Resumo A instituição museu vive hoje uma transição entre os modelos tradicional e emergente. A transitoriedade se revela nas novas práticas museais visíveis nos ecomuseus, museus comunitários e outros organizados na estrutura tripartite sociedade / território / patrimônio. Os museus tradicionais buscam rever suas práticas e a promover experimentações, sobretudo no que afeta às relações com o público e às ações comunicacionais. No que se refere à participação indígena nos museus, ela vem se ampliando com o respaldo a Antropologia e da museologia. O artigo trata de uma circunstância museal que compreende uma problemática indígena, posto o lócus onde se encontra o Museu Índia Vanuíre, oeste de São Paulo, outrora território Kaingang. O objetivo é apresentar para discussão um processo expográfico, apontando conexões inerentes à ação nesse museu, com um patrimônio indígena musealizado, num lugar e com a cooperação de uma segmentação social particular: os Kaingang remanescentes em São Paulo. O método baseia-se na interdisciplinaridade e na cooperação / participação e na parceria entre instituições para dar conta da problemática expográfica e museal. O que se propõe é realizar uma descrição para possível teorização de processo museal tão relevante para a práxis dos museus em transição.
Iñigo Clavo, M. (2017) The Museum of Popular Art, and the Attempt to Write and Art History with no Names. Adriano Pedrosa e Instituto Cultural J. SAFRA (org.), MASP. Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, Coleção museus brasileiros, Instituto Cultural J. SAFRA: São Paulo, 2017, pp. 35 - 45.
Entre 1973 e 1975, Pier Paolo Pasolini (1922-1955) escre-via o célebre "O artigo dos vaga-lumes", que integra seus Escritos corsários. Neste texto, ele compara a cultura popular com a luz suave dos vaga-lumes em perigo de extinção na Roma daquela época. 2 Os valores da civilização "paleo-industrial", do mundo agrícola, da família, da economia doméstica e dos espaços do popular "já não servem, nem sequer como falsos [...] o espírito do popular tem sumido", lamentava-se Pasolini. 3 Georges Didi-Huberman usou essa potente metáfora para falar do popular como as vulneráveis luzes, pequenos relâmpagos que na atualidade são cegados pelos grandes focos da representação mediática-essas luzes sedutoras do espetáculo, a voz do capitalismo que as sufoca. Os vaga-lumes só podem brilhar porque existe a escuridão. Proponho pensar que esse brilho tem também a ver com a sua presença viva e presente, em movimento. No seu ensaio Sobrevivência dos vaga-lumes, o que Didi-Huberman repro-vava em Pasolini era precisamente seu desespero último, que abordava a destruição dos vaga-lumes, do popular, mas não vislumbrava a possibilidade das formas de sobrevivên-cia que ainda eram possíveis. É isso, precisamente, o que parece ter interessado Lina Bo Bardi (1914-1992). Neste ponto, cabe mencionar a diferença entre o contexto italiano de Pasolini e o brasileiro. Enquanto na Europa os es-paços do popular se extinguiam, no Brasil eles continuavam O museu popular: na tentativa de escrever uma história além dos nomes María Iñigo Clavo 1 Vista da exposição A mão do povo brasileiro, no MASP na avenida Paulista, projeto de Lina Bo Bardi, com colaboração de Martim Gonçalves, Glauber Rocha e P. M. Bardi,1969
A elaboração deste trabalho não foi possível sem a colaboração e o grande apoio de todos aqueles que estiveram ao meu lado durante todo este meses e anos e que se mantiveram disponíveis em todos os momentos, principalmente os mais difíceis.
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