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o corpo é uma encruzilhada na qual teorias e experiências se concentram na ambiguização de seu trânsito. Alvo de toda sorte de inflexões e reflexões, sacraliza-se nos mais diversos discursos litúrgicos tal qual se profana pela concupiscência da carne dos homens de realidade mediada. A via crucis do corpo é o martírio da separação biológica e espiritual. Nesta trajetória, fazem-se vigentes manifestações acaloradas, pautadas em certezas científicas ou filosóficas (ainda que na perspectiva retórica da metafísica). Neste ínterim, o corpo se reduz a objeto de estudos, tornando-se mero corpus sem a devida atenção etimológica, ou melhor, elevando o sentido de coletividade material que sua etimologia permite.
Geralmente nos achamos tão identificados com o nosso corpo físico, que consciente ou subconscientemente nos julgamos ser esse corpo, e que, portanto, tudo de virtuoso ou vicioso que haja nesse corpo, faz parte integrante de nosso ser. E por esse padrão julga-mos também as demais pessoas. O que a autora deste livro procura demonstrar-nos é que esse conceito é fundamen-talmente errôneo, porque em verdade não somos o corpo físico. Que nós somos, sim, um Ego imortal, que se reveste de um corpo físico, como este se reveste de uma roupa para atuar em seu próprio ambiente. Assim como, gasta essa roupa, a alijamos e vestimos uma outra mais nova e quiçá mais bela, assim também age o Ego em relação à sua rou-pagem mais externa, que é o corpo físico: usa-o enquanto se presta ao seu objetivo e abandona-o quando perdeu a sua finalidade. Mas não existe apenas o corpo físico como veículo de manifestação do Ego: interpe-netrando-o existem outros corpos mais sutis, chamados corpo astral ou de desejos, corpo mental ou dos pensamentos concretos, corpo causal ou dos pensamentos abstratos, além de outros mais transcendentes, espirituais, que a humanidade ainda não começou a de-senvolver. Assim, pois, do mesmo modo que o corpo físico não se cobre apenas com as peças externas, mas também com outras internas e mais íntimas, assim também ocorre com o Ego: o corpo físico é o mais externo e mais grosseiro, porém entre ele e o Ego e-xistem outros corpos mais íntimos, e portanto invisíveis aos sentidos físicos. Mas a autora não se limita a descrever esses corpos; ela também aborda o seu trata-mento, não só para conservá-los e aperfeiçoá-los, mas ainda para preencherem melhor suas funções e se tornarem instrumentos adequados às necessidades do seu possuidor, o Ego, também denominado Consciência, Alma etc. A começar pelo corpo físico, a autora mostra que sua constituição é mais complexa do que a que vulgarmente se conhece. Não consiste apenas de sua parte densa, visível e palpável, mas também de uma parte etérica, que está para a parte densa assim como o forro está para o paletó. Do ajuste da parte etérica com a densa e da harmonia de suas relações dependerá a boa ou má saúde física, a resistência do organismo e a sensibilida-de de seu sistema nervoso. Daí toda uma técnica para a disciplinação dos órgãos físicos, o refinamento dos hábitos físicos e o seu alinhamento com os corpos internos. Tudo isso, e muito mais, expõe a autora num estilo claro, lúcido e empolgante, com as características de quem conhece sobejamente o assunto e pode argumentar com fatos comprovados em suas próprias experiências pessoais. É um livro de grande interesse para todos: crianças, jovens, adultos e idosos de am-bos os sexos. Quem o leia simplesmente, poderá, no mínimo, aumentar a sua cultura; quem o leia e realize praticamente, melhorará sua saúde física, ampliará suas emoções, aprofundará suas idéias e pensamentos, e terá pela frente uma perspectiva mais cintilante na vida.
Anais VII ENLIJE, 2018
O Romance de Cordélia, publicado em 1998, da autoria de Rosa Lobato de Faria, trata de diversas questões pertencentes ao universo feminino. O principal é a prisão da protagonista, que remete também a mostrar a vivencia de mulheres cumprindo pena em um presídio português. A autora evidencia que na maioria das vezes a pena aplicada não corresponde ao crime ou que houve condenações injustas. O romance mostra a trajetória sofrida de Cordélia e sua luta pela sobrevivência após sair do presídio. O objetivo dessa comunicação e, por conseguinte, do artigo é a necessidade de apresentar a jovens leitores, sejam dos anos finais do ensino fundamental, sejam jovens leitores do ensino médio os temas presentes no romance. Nosso foco é discutir e mostrar que as diversas situações vividas pela protagonista geram, como consequência das diversas formas de dominação pelas quais ela passa, um corpo violentado, subalterno e disciplinado. Como tantas outras mulheres, Cordélia sofre violência física e psicológica que resultam na submissão do corpo e do espírito. Este trabalho é parte de um projeto Pibic, desenvolvido no Grupo Interdisciplinar de Estudos Literários Lusófonos (GIELLus), da Universidade Estadual da Paraíba, que aborda questões de gênero no romance com protagonistas femininas. A análise sobre as várias formas do corpo dominado está respaldada, principalmente, pelos estudos de Elizabeth Badinter (1985), Elizabeth Grosz (2000) e Elódia Xavier (2007), dentre outros que tratam das questões de gênero ligadas ao corpo feminino.
Revista Crioula
Para este trabalho, elegemos dez narrativas de expressão homoerótica (contos e romances), de autores e períodos díspares, com o propósito de analisarmos numa perspectiva diacrônica/panorâmica e pela interlocução teórico-crítica entre estudos literários e culturais (questões de gênero e sexualidades), produções literárias nacionais que plasmam em seus enredos o corpo masculino mercantilizável de sujeitos prostitutos e as inter-relações e desdobramentos com personagens clientes no negócio do sexo.
BORBA, Rodrigo. Posfácio -O corpo distópico. In.: BONFANTE, Gleiton, A erótica dos signos. Rio de Janeiro:Multifoco, no prelo. POSFÁCIO O corpo distópico Para que eu seja utopia, basta que eu seja um corpo. Michel Foucault A excitabilidade é uma propriedade elementar do vivo. O vivo é, de início, excitado: chama a responder a um exterior. Jean-Luc Nancy
Aletria: Revista de Estudos de Literatura, 2011
Estação Literária, 2020
O presente estudo trata dos temas do corpo abjeto e da violência de gênero no romance de José Donoso intitulado O lugar sem limites, publicado originalmente em 1966. Nele, de forma pioneira na literatura latino-americana, Manuela, uma dançarina travesti, é a personagem protagonista que assinala, tanto através de suas memórias de rejeições, discriminações e abusos físicos e psicológicos, quanto através do seu percurso trágico, os dispositivos de poder e normatividade que comandam o que Judith Butler denomina como corpos que importam, relegando à marginalização e à violência de gênero, em contrapartida, as subjetividades queer, portadoras de corpos "inabitáveis". A categoria da abjeção, tal como definida por Julia Kristeva, também se constitui como aporte teórico-crítico preponderante para a análise do romance, na medida em que traça as associações entre o (não-)ser inabitável e o intolerável. PalavRas-chave: José Donoso; O lugar sem limites; abjeção; violência de gênero.
Teresa - Revista de Literatura Brasileira, 2023
Este artigo busca pensar as figurações da Ninfa enquanto forma feminina em movimento na poesia de João Cabral de Melo Neto. Para desdobrar o que vemos como uma luta tensa com o fluido na poética cabralina, propomos uma leitura de “Estudos para uma bailadora andaluza” em seus ritmos intermitentes de contenção e explosão, próprios do flamenco, em que as variações de um corpo em dança são também as variações de uma obra que se abre em sua tensão dialética fundamental.
2015
Resumo. Com este texto pretende-se reflectir sobre o lugar do corpo no contexto educativo. É feita uma breve revisão teórica sobre a corporeidade e o seu carácter multidimensional e repensa-se a relação pedagógica como um espaço intersubjectivo onde há um elemento inexorável das nossas vivências: o corpo. Através dos relatos de experiências vividas na escola e de histórias de relação pedagógica, procuramos dar conta do que essas memórias nos trazem a propósito do corpo, nas suas diferentes dimensões.
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ANUNCIACAO, GLEIDISON.
Revista e-scrita : Revista do Curso de Letras da UNIABEU, 2018
Artigo para Revista da FUNDARTE, v. 44, 2021
dObra[s] – revista da Associação Brasileira de Estudos de Pesquisas em Moda, 2009
Revista de Psicanálise Stylus, 2010
Interdisciplinaridade e Conhecimento …, 2007
Cadernos Camilliani, 2011