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Apoiado nas leis da Física newtoniana descritas por meio de equações diferenciais, os cientistas acreditaram durante muito tempo que a natureza era determinista sabendo que com base nelas, era possível prever todos os fenômenos. Por volta da virada do século XIX para o século XX, os avanços nas ciências naturais e da matemática colocaram sérias dúvidas sobre a validade da visão mecanicista newtoniana. A Mecânica Quântica colocou em xeque a visão de mundo determinista introduzindo o princípio da incerteza. No enfoque determinista tradicional, a incerteza era vista como resultado da ignorância das diferentes causas envolvidas na realização de um evento, bem como da complexidade do mesmo. A Teoria do Caos ou a nova Ciência da Complexidade sugere que o mundo não deve seguir rigorosamente o modelo determinista newtoniano, previsível e certo, porque tem aspectos caóticos. O observador não é quem cria instabilidade ou imprevisibilidade devido a sua ignorância porque estes fenômenos existem na natureza. Um exemplo típico é o clima. Os processos da realidade dependem de um enorme conjunto de circunstâncias incertas, que determinam, por exemplo, que qualquer pequena mudança em uma parte do planeta, haverá nos próximos dias ou semanas um efeito considerável sobre a outra parte da Terra. A Teoria do Caos ou a Ciência da Complexidade representou um dos grandes avanços na pesquisa científica do século XX terminando com a dicotomia que existia no enfoque determinista tradicional entre determinismo e aleatoriedade.
Breve história do instituto de engenharia social do condado de Sussex, Inglaterra, o qual foi o responsável pela elaboração de determinantes padrões de manipulação social através da mídia, desde o Radio Research Project, liderado por Theodor Adorno e a Escola de Frankfurt, até a criação do conceito de Contracultura, em pleno festival de Woodstock. Conhecer Tavistock é conhecer as mais intimas formatações dos programas televisivos e midiáticos atuais.
2021
and ordinary differential equations to explain the phenomena that have occurred since the discovery of the virus until the suspension of classes and the beginning of remote teaching, counterposing to these facts the several variables that change the initial state of an event and increase successively changing the outcome, assuming certain results according to previous decisions. This is the goal of the theme: to relate the events and deliberations to understand the current state of affairs in Brazil, bringing to discussion some studies and research that make it possible to substantiate our work. For this, the analysis of facts both in reality and in fiction, serve to create an analogy of the current context, the initial interferences and how they influenced the final result. This article is not an end point, but a warning for future actions and how they will have the power to intervene in the future of education in Brazil.
Revista Geotemas, v. 11, e02112, 2021
O estudo dos sistemas dinâmicos não-lineares vem recebendo cada vez mais atenção da comunidade científica. A Teoria do Caos, desenvolvida no início da década de 60, busca soluções para sistemas que não se aproximavam do equilíbrio nem de uma solução periódica, descobrindo assim, o movimento caótico (oscilações irregulares e aperiódicas) sobre um atrator estranho. Esta descoberta foi um avanço para a análise da dinâmica hidrológica, considerada agora um sistema não-linear. Portanto, este artigo busca apresentar, sob a perspectiva da Teoria do Caos, potencialidades para a análise hidrológica de um sistema fluvial. Para isto, analisou-se a dinâmica fluvial e processos de erosão e sedimentação, além de entender dados de cotas, descarga líquida e sedimentos em suspensão, buscando compreender as médias mensais para prever os dados sob a perspectiva da Teoria do Caos. Os resultados apontam que análise dos fluxos turbulentos, em específico, fluxos helicoidais, e processos de transporte e deposição de sedimentos é interessante sob a perspectiva do Caos para uma escala de tempo curta, sendo difícil prever os resultados em uma escala de tempo maior. A utilização de médias mensais para prever fenômenos dados de cotas, descarga líquida e sedimentos em suspensão não é indicada pela dinâmica não-linear dos dados, porém é possível prever os dados em uma escala temporal curta. Observou-se, também, que quanto maior for a escala temporal prevista, maior a chance de haver inconsistências nos dados, não sendo indicada o uso para previsões, usando a Teoria do Caos, superiores a um ano.
Este livro é dedicado àqueles que acreditam que o governo é um mal necessário: Vocês estão metade certos.
Os seres humanos sempre tentaram explicar o universo e os diferentes fenômenos ao seu redor, primeiro pelos mitos e depois pela ciência. A mitologia tem sido associada à falsidade e a ciência à verdade. Interessantemente, a ciência está sempre negando suas "verdades" e as substituindo pelas descobertas mais recentes e isso, de certa forma, a torna menos distante da mitologia. Como pontua Armstrong (2005, p. 3), "a mitologia assim como a ciência amplia a visão dos seres humanos". 2 Entre os cientistas, existe uma disputa en tre os que defendem a subjetividade e aqueles que a rejeitam, posicionando-se a favor da objetividade. Lakoff e Johnson (1980) afirmam que tanto a objetividade como a subjetividade são mitos. Eles explicam: Os mitos nos oferecem formas de compreender a experiência; eles trazem ordem a nossas vidas. Como as metáforas, os mitos são necessários para atribuir sentido ao que est á ao nosso redor. Todas as culturas têm seus mitos, e as pessoas não vivem sem mito e nem sem metáforas . (p. 185-186) Lakoff e Johnson oferecem uma alternativa a essa dicotomia e advogam a favor do mito do experiencialismo, que não contrapõe aspectos internos e externos da compreens ão. Para eles, não existe verdade absoluta nem imaginação totalmente irrestrita: O mito do experiencialismo vê o homem como parte do ambiente e n ão como uma entidade separada. Ele coloca o foco na interação constante com o ambiente físico e com as outras pessoas. O experiencialismo vê essa interação com o ambiente como alg o que envolve uma mudança mútua. Não se vive no ambiente sem mudá -lo ou sem ser mudado por ele. (LAKOFF; JOHNSON, 1980, p. 230-231) 1 Agradeço a Roberval Araújo de Oliveira pelas valiosas sugestões. 2 Essa e as demais traduções são de minha responsabilidade. Mantive no original apenas a s narrativas de aprendizagem que foram reproduzidas in totum ou em excertos sem edições ou correções.
Introdução: Pensar o afeto, afetar o pensamento. Quando pensamos em "estética", o saber filosófico e a arte que inicialmente seduzem à aventura teórica. Porém, nosso trabalho extrai uma concepção de estética na clínica, presente no laço transferencial do fazer analítico. Em psicanálise, consideramos que a estética é uma dimensão do ato de saber e fazer no reino da alteridade, a partir do qual se estabelecem novos critérios de classificação para as qualidades da experimentação afetiva e do pensar sobre o afeto. Mesmo que esse campo operacional, aparentemente, não pareça trabalhado conceitualmente por Freud, ela está, contudo, presente em sua obra de forma eloquente e mesmo decisiva para que seus conceitos teóricos tenham se erguido com tamanha qualidade inovadora (RANCIÈRE, 2001/2009). Para chegarmos à estética como dimensão na clínica psicanalítica, seguimos o rastro das concepções freudianas a partir de três eixos: 1) aqueles ligados à utilização dos mecanismos de deslocamento e condensação nas produções do inconsciente, tal como o sonho, os atos falhos, o brincar infantil e o humor; 2) a teoria da sublimação; 3) o terreno dos fenômenos ligados ao estranho e ao regressivo. Vamos nos deter nesse último para avançar em nossas hipóteses, considerando que a dimensão estética na clínica aponta para a presença e ação daqueles elementos que, por Freud, foram inseridos no conceito de "estranho" (FREUD, 1919/2010). Esses elementos indicam que existem traços e registros no psiquismo que escapam à tradução como representação verbal a partir do préconsciente, recorrendo em intensidade maior ao registro do figurativo e do analógico na captura do vivido.
2018
Resumo. A Crônica de Hidácio, bispo de Chaves, contempla a narração dos acontecimentos ocorridos na Hispânia entre os anos de 379 a 469. Defensor do Império Romano, Hidácio narra a desagregação deste a partir de uma perspectiva apocalíptica, na qual os povos germânicos teriam sido os responsáveis pela alteração da ordem do mundo, introduzindo uma série de modificações no espaço em questão. Portanto, nosso objetivo, nesta comunicação, será compreender como um membro da Igreja Católica entendeu e narrou um momento de transformações que mudaria significativamente a realidade até então vivida pelos povos hispânicos. Em nossa análise privilegiaremos, sobretudo, as considerações tecidas pelo bispo acerca dos suevos que se instalaram na Galiza, terra natal de Hidácio, mantendo contato direto com este. Para empreendermos nossas reflexões, recorreremos ao referencial teórico-metodológico da Análise Crítica do Discurso desenvolvida pelo linguista britânico Norman Fairclough que entende os discursos como inseridos em uma concepção tridimensional que prioriza o texto, a prática discursiva e a prática social nos permitindo, assim, verificar as intenções de Hidácio, os poderes por ele defendidos e a forma como os germânicos foram caracterizados em seu texto a partir da compreensão do bispo sobre a realidade vivida por ele. Palavras-chave: Crônica; Hidácio de Chaves; Germânicos; Análise Crítica do Discurso. Introdução/Justificativa A Crônica de Hidácio, bispo de Chaves1, configura-se como a fonte de maior importância para o estudo das mudanças ocorridas no século V na Hispânia no que tange os momentos finais do Império Romano e a ascensão das monarquias germânicas. Abarcando um período de noventa anos (379 a 469), a obra narra os acontecimentos que Hidácio julgou serem os mais relevantes, e dentre as temáticas abordadas apontamos, principalmente, os assuntos de ordem religiosa e política que 1 Acerca da biografia de Hidácio não sabemos com exatidão a data de seu nascimento, mas supõe-se que era natural da região de Guinzo de Limia (Orense). Por volta de 403 teria partido rumo à Palestina com seus familiares, retornando à Galiza em 416 para seguir na vida religiosa.
2002
Resumo: Gaia é uma teoria recentemente proposta. Ela foi apresentada pela primeira vez por James Lovelock no início da década de 1970. As primeiras conjecturas que levaram Lovelock a propor esta teoria foram feitas na década de 1960, mais precisamente, quando Lovelock trabalhou na NASA (The National Aeronautics and Space Administration of the USA), em colaboração com Dian Hitchcock, em um projeto que buscava encontrar indícios de vida em outros planetas, principalmente em Marte.
Este artigo visa apresentar a gênese da ciência e sua evolução desde a Antiguidade até a era contemporânea. Os filósofos da ciência e cientistas consideram as investigações antigas da natureza como sendo pré-científicas. Mesmo sem o uso do método científico inaugurado por Galileu Galilei na Idade Média, as investigações da natureza anteriores a este período, consideradas pré-científicas, contribuíram enormemente para o avanço da ciência.
Teologia e Ciência, 2014
A investigação teológica se fundamenta em um pressuposto irredutível: a existência objetiva de Deus como realidade fundamental e causal do mundo. Deus é! A natureza de Deus, seu poder de criação, suas propriedades e atributos, e o modo como interage com a coisa criada são objetos da Teologia. Nesse sentido, portanto, como afirma Libânio, a Teologia se ocupa de problemas universais, sendo ela mesma universal, uma vez que não somente as questões que levanta como também as respostas que oferece buscam a compreensão do todo, e não das partes: A teologia, porém, mantém viva a pergunta pelo todo do ser humano, do mundo, da história.
Pretendemos discutir se o filme é uma teoria e que essa “teoria” possa contribuir para a discussão de temáticas da teoria do cinema, de ca‑ riz científico. Inserido no âmbito da abordagem “Teoria dos Cineastas” pela qual não apenas os filmes mas, também, o discurso verbal e escrito dos cineastas se apresenta como um modo viável e legítimo para compreender o cinema, este artigo pretende abordar a possibilidade da teoria ser elabo‑ rada apenas a partir dos filmes, ou seja, uma teoria que advém do processo criativo.
AUTOR: ANTÓNIO NEVES JOSIAS MARQUES 1 RESUMO: O presente artigo tem como objectivo abordar as diferentes acepções sobre a teoria do desenvolvimento, partindo dos pensadores clássicos, neoclássicos até aos contemporâneos. Neste sentido, procurar-se-á esmiuçar a diferença entre os termos " desenvolvimento " e " crescimento " , tendo em vista que ao longo dos tempos, para uns e outros teóricos da ciência económica, e não só, esses termos encerravam o mesmo significado. Demonstraremos que, apesar de estarem intrinsecamente ligados, não representam a mesma coisa. Assim, nos propusemos a acompanhar a evolução destes conceitos ao longo do tempo, até a presente época. Estas considerações irão conduzir-nos ao estudo do caso angolano, com o fito de aportar os desafios a serem prosseguidos para que o crescimento económico de Angola não se confine somente aos números mas que tenha repercussão efectiva na vida de cada cidadão. ABSTRACT The present article aims to address the different meanings of the theory of development, starting from the classical thinkers, neoclassical until the contemporary ones. In this sense, we will try to narrow the gap between the terms "development" and "growth", given that over time, for some economics theorists, and not only, these terms had the same meaning. We will show that, although they are intrinsically linked, they do not represent the same thing. Thus, we set out to follow the evolution of these concepts over time, up to the present time. These considerations will lead us to the study of the Angolan case, in order to provide the challenges to be pursued so that Angola's economic growth is not confined to numbers alone but has an effective repercussion on the lives of every citizen.
Engenheiro Químico pela UNICAMP, Mestre em Administração de Empresas pela EAESP/FGV e Profissional do Setor Fibras e Polímeros da Rhodia S.A. * RESUMO: Um dos desenvolvimentos mais importantes das últimas décadas foi a descoberta e estudo do chamado comportamento caótico de sistemas dinâmicos não lineares. Esta pesquisa procura sintetizar as principais aplicações da Teoria do Caos relacionadas a campos de estudos ligados à Administração de Empresas. São sucessivamente tratados estudos relacionados a Finanças, Economia e Gerenciamento. Os princípios, idéias e conceitos tratados pela Teoria revelam-se ferramentas úteis na evolução do conhecimento dos sistemas complexos. Relacionados aos desenvolvimentos ligados à Teoria dos Sistemas, ao Paradigma da Complexidade e aos sistemas auto-organizados, os conceitos da Teoria do Caos representam uma importante troca de paradigma nas ciências sociais e naturais: a superação da visão de um mundo determinista e previsível, sujeito a leis universais. 94 Revistade Administraçãode Empresas * PALAVRAS-CHAVE: Teoria do Caos, complexidade, Teoria Sistêmica, modelagem, sistemas auto-organizados. * ABSTRACT: One of the most important developments in the last decades has been the discovery and study of the so called chaotic behavior in dynamic, non-linear systems. This research summarises some theoretical and practical applications of the Chaos Theory in various fields of the Business Administration. Studies related to Finances, Economyand Management are treated. The principIes and ideas derived from the Chaos Theory are useful skills to enhance the knowledge of complex systems. These concepts are dose to those from Open Systems Theory, the Complexity Paradigm and the Self-organized Systems. They represent an important shift of paradigm in the natural and social sciences: the overcome of the vision of the world deterministic and predictable, subordinate to universal and controlled rules.
Pode-se afirmar que todo país é possuidor de 5 grandes sistemas: 1) científico e tecnológico; 2) econômico; 3) social; 4) ambiental; e, 5) político e moral. Na atualidade, o padrão desejado de desempenho de um país é medido pelo que se realiza apenas no campo da economia utilizando-se como referencial de progresso o tamanho e o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) desconhecendo os demais sistemas. Tratase de um enorme equívoco porque o desempenho desejado de cada um dos 5 sistemas acima descritos deveria levar em conta os 5 padrões descritos a seguir:
RESUMO A Teoria da Contingência, uma das principais teorias administrativas, é apresentada e comentada na ótica de diversos autores e aborda, em seu contexto geral, os pontos de divergência de ideias dos autores num sentido de evolução do conhecimento e de ação e interferência dos fatores contingenciais, principalmente o ambiente, na interpretação e entendimento do assunto. Durante o desenvolvimento desta idéia, faz-se uma abordagem e revisão bibliográfica pela origem e crescimento da administração e comenta-se acerca dos primeiros pensadores e filósofos, passando-se pela revolução industrial e a grande explosão da atividade administrativa. Chega-se, por fim, aos princípios básicos e às teorias construídas durante o crescimento desta atividade cujo principal foco é a evolução da Teoria Contingencial. Dessa forma, conclui-se que a teoria da contingência enfatiza o fato de que não há um único modelo de gestão, pois os diversos fatores contingenciais, tais como, estrutura, tempo de vida da empresa, tecnologia, ambiente, dentre outros, interferem de forma decisiva na tomada de decisões e, como estes fatores também estão em constante mudança, as decisões tomadas hoje não necessariamente serão as mesmas a serem admitidas em processos futuros. A evolução social e empresarial mostra que os acontecimentos atuais são vistos de forma diferente de como eram no passado e, muito provavelmente, de como serão no futuro. Palavras Chave: teoria contingencial – evolução das escolas da Administração – gestão. INTRODUÇÃO A teoria da Contingência é, dentre as teorias de administração, provavelmente a mais divulgada e comentada atualmente e, surgiu quando a maioria das organizações utilizava os princípios da teoria clássica em sua gestão. O enfoque principal desta teoria vem da condição de que " tudo é relativo " , " tudo depende " e, neste contexto, diversos fatores contingenciais surgem e são levados em conta para a tomada de decisões e definição dos rumos das organizações, dentre os quais, pode-se citar como exemplo o ambiente, a tecnologia, o tamanho da organização, a estratégia e o ciclo de vida. A teoria da Contingência conseguiu aliar pressupostos, tanto da teoria clássica quanto da teoria dos sistemas, mas é claro que também recebeu influências das outras teorias antecedentes. Sua visão sistêmica, com enfoque principal no ambiente externo, mas sem esquecer-se dos funcionários e suas necessidades. A elaboração deste artigo se deu pelo fato desta teoria ser uma das principais teorias administrativa, com conceitos simples na forma de visualização do trabalho a ser desenvolvido, porém que se tornam bastantes complexos em virtude de aplicar conceitos e atividades diferentes em cada ambiente, além de estar em constante evolução devido a alta velocidade da comunicação e a rápida melhora dos processos tecnológicos, fato este que influencia na atividade do Administrador tornando necessário um constante aperfeiçoamento nos processos de gestão.
Resumo: Entendendo a importância de Hilda Hilst para a literatura brasileira, este trabalho busca analisar um de seus livros mais representativos: A Obscena Senhora D (1982). O romance trata, com muita organicidade, dos seus maiores e mais recorrentes temas, que serão foco de um estudo detido: o desejo, o corpo, o porco, o além, a morte, e a procura por Deus. A metodologia será embasada na psicanálise e em textos clássicos da mística. Palavras-chave: Hilda Hilst, literatura brasileira, caos, Deus na literatura. A verdadeira natureza do obsceno é a vontade de converter. H. H. Introdução: O caos organizado Colada à tua boca a minha desordem. H. H. É intensamente assombrada que inicio esta escrita. Em total e completa derrelição: fora de mim. A Obscena Senhora D (1982), de Hilda Hilst, se impôs no meu caminho e se tornou trajetória soberana. No olho do furacão, entre vozes polifônicas, encaro de frente a desordem. No olho do furacão, nos olhamos, eu e o caos. Hilda, numa entrevista a Caio Fernando Abreu em 1987, reflete: a ordem sempre teve uma grande importância para mim. Eu queria uma certa geometria, isso me emocionava, eu achava bonito. Ao mesmo tempo, havia uma desordem muito grande dentro dos seres humanos e de mim mesma. Eu queria saber a raiz dessa desordem. [...] A poesia tem a ver com a matemática, porque as palavras têm que ter uma medida, uma rítmica. Então, a partir daquela convulsão social dos anos 67, 68 aqui no Brasil, comecei a sentir essa premência de me expressar para o outro. Através da poesia, não dava mais. Não cabia na poesia essa vontade de me ordenar. Aí aconteceu essa emergência toda de ficção (HILST, 2013, p. 97). Lendo, eu percebo, impressionada, que essa bagunça possui nítidos fundamentos. E os descubro: estou lidando com uma escrita nitidamente feminina, seguindo os moldes do
ímpeto de conhecer relaciona-se ao impulso para descobrir, desvelar obscuridades, revelar pequenos instantâneos da vida ou grandes painéis da natureza e das sociedades. Miudezas do cotidiano dos seres ou a imensidão espaçotemporal do universo e toda a problemática que medeia esses dois pólos são o objeto dessa busca que está intimamente ligada às pequenas e grandes necessidades humanas e aos nossos desejos de satisfazer carências.
2014
Enquanto as ideias florescem com todas suas belezas, a Revolução surge com espinhos e espadas até esbarrar na peste disseminada como pólvora.
RH EM MEIO AO CAOS – OS DESAFIOS DO COTIDIANO ELEVADOS PELA CRISE
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