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O artigo em tela é produto de reflexões teóricas que vêm sendo realizadas desde 2012, no Setor de Estudos e Pesquisas em Saúde e Serviço Social, no contexto de operacionalização do projeto de pesquisa “Serviço Social, Política de Saúde e Intersetorialidade: Repercussões, desafios e perspectivas para o Assistente Social na atenção básica. O objetivo deste artigo é contribuir para o debate acerca da estratégia da intersetorialidade, por se entender que ela vem se constituindo numa estratégia frequentemente utilizada na atividade profissional dos Assistentes Sociais, apresentando, paradoxalmente, uma produção científica ainda incipiente no âmbito do Serviço Social em relação à articulação entre a estratégia citada e a prática profissional. Os arranjos intersetoriais produzidos nos espaços sócio-ocupacionais para o enfrentamento das expressões da questão social têm tido o protagonismo do Serviço Social, notadamente quando se analisa a política de atenção básica em saúde. As determinações sociais que se articulam ao processo saúde-doença têm provocado um volume intenso de demandas à rede de atendimento, necessitando, portanto, de um enfrentamento integral na busca deresolutividade. A integralidade almejada, imprime a necessidade da construção de arranjos setoriais e no decurso desse processo as intervenções dos Assistentes Sociais têm se mostrado elos importantes no itinerário que o usuário percorre dentro do Sistema de Saúde.
Amazônica, Revista de Antropologia (on line), 2017
This manuscript focuses on indigenous discursive practices in the struggle to reduce asymmetries in Brazilian health policies. In these, the “interculturality” discourse is almost absent, different from the one observed in education policies and in several indigenist policies in other Latin American contexts. The scrutiny of situations and documents showed the emphasis on “social participation” and “differentiated attention”. The question is what is the meaning of not taking the axis of culture, implicit in the “interculturality” category, as mediator of the defense of indigenous rights in health? To that end, the indigenous health subsystem is presented, and the 5th CNSI is held in order to reflect on the “social participation” category and to establish a dialogue between “differentiated attention” and “interculturality”, which proposes that the indigenous struggle in health has been given in terms of ensuring a power differential (political-strategic and moral) to be reversed in their favor and not primarily as an achievement of substantive rights. Keywords: indigenous health, interculturality, social participation, citizenship, political anthropology of health.
O presente artigo objetiva refletir sobre a atuação regulatória do Estado em relação aos reajustes por sinistralidade dos contratos de saúde coletivos. Inicialmente, aborda-se a configuração do sistema de saúde brasileiro, diante da participação da iniciativa privada, bem como a atuação da agência reguladora da área – a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Na sequência, busca-se a compreensão das modalidades de contratação de planos de saúde, sobretudo os planos coletivos. Ao final, mostra-se que, na modalidade coletiva, a atuação da agência reguladora não é forte e diante da regulamentação normativa, os beneficiários são prejudicados pelas estipulações contratuais realizadas entre as operadoras de saúde e as entidades, o que implica no desequilíbrio das relações de consumo
2003
Sumário: 1. Introdução; 2. Metodologia de análise; 3. Fonte de dados e definição das variáveis; 4. Resultados; 5. Considerações finais. * Artigo recebido em fev. 2001 e aprovado em dez. 2001. A autora agradece as valiosas sugestões e comentários de dois pareceristas anônimos a uma versão preliminar, ressaltando, porém, que os erros e omissões eventualmente remanescentes são de sua exclusiva responsabilidade.
Khronos, 2021
A empatia é uma habilidade inata que pode ser aprimorada por meio dos relacionamentos. Esta pesquisa teve o objetivo principal de compreender as relações de empatia no contexto da área da saúde na obra Ensaio sobre a Cegueira, de José Saramago, além de identificar o comportamento de empatia na interação entre médico e pacientes em recortes da narrativa e exemplificar alternativas para desenvolver empatia na área da saúde. Sugere-se que o comportamento empático entre profissionais da saúde e seus pacientes, o qual pode ser desenvolvido pela literatura, arte e meditação, melhora a prática clínica e favorece a relação de confiança entre ambos, promovendo qualidade ao atendimento com repercussões no tratamento.
No campo dos movimentos sociais, as concepções sobre desigualdades sociais vêm se transformando e agregando outras dimensões. Para entender como movimentos sociais contemporâneos entendem o que são as desigualdades sociais e como combatê-las, realizamos entrevistas qualitativas com lideranças de quatorze organizações de movimentos sociais com expressão nacional nas áreas dos feminismos, antirracismos e sexualidades. Os resultados demonstram que a compreensão das desigualdades sociais vem se alargando, agregando clivagens como gênero, raça e sexualidade. Explicamos tais resultados remetendo à produção e disseminação do conhecimento, especialmente do movimento feminista negro.
O presente estudo possui o objetivo de identificar os desafios enfrentados por Conselhos de Saúde no Brasil. Trata-se de uma revisão integrativa de literatura que teve como questão norteadora "Quais os conhecimentos científicos produzidos acerca dos desafios enfrentados por Conselhos de Saúde no Brasil nos últimos cinco anos?". A revisão foi construída por meio da biblioteca virtual Scientific Electronic Library Online (SciELO), utilizando-se os descritores "Conselhos de Saúde", "controle social" e "políticas de saúde". Após finalização do percurso metodológico, foram selecionados 15 artigos para compor a discussão. Frente à investigação, passou-se aos pontos da discussão dos resultados encontrados, que contemplaram a análise do processo participativo, a representatividade, a dinâmica de funcionamento dos Conselhos, a prestação de contas, a importância de deliberações e reuniões e o perfil e papel dos conselheiros. De modo a expressar sua relevância, revela-se a necessidade de disseminação de práticas de sucesso dos Conselhos, solidificando a participação social como instrumento essencial ao desenvolvimento das políticas públicas de saúde. Os Conselhos devem trabalhar fomentando o acesso à saúde pela população, respeitando os princípios do Sistema Único de Saúde de integralidade, equidade e universalidade da assistência. Sua atuação deve permitir, ainda, que atividades de fiscalização e controle cumpram preceitos de accountability e transparência sobre atos e decisões. Palavras-chave: Conselhos de Saúde. Controle Social. Participação Social. Políticas de Saúde.
Caderno de Educação, Saúde e Fisioterapia (ABENFISIO), 2021
Contextualização: estudantes da área da saúde frequentemente associam doenças a fatores biológico e comportamentais e minimizam o peso das questões sociais envolvidas. Este trabalho observa os efeitos da Caminhada do Privilégio na sensibilização dos estudantes quanto à influência de fatores sociais em suas trajetórias de vida. Descrição da experiência: vinte estudantes de fisioterapia iniciaram lado a lado e caminharam, para frente ou para trás, a partir de sentenças sobre suas trajetórias. Resultados e impactos: as mudanças na percepção das causas das desigualdades e o impacto emocional da atividade foram avaliados. A maioria denominou a atividade de Caminhada da Desigualdade e a considerou positiva, apesar de ter gerado emoções negativas, importante ativação emocional e pouco domínio emocional durante sua execução. A atividade evidenciou questões estruturais relacionadas com a desigualdade social e resultou no debate de questões sociais com empatia. Considerações finais: a Caminhada do Privilégio se mostrou uma estratégia pedagógica efetiva no debate de questões sociais relacionadas com a saúde.
Synthesis, 2019
Vigilância significa o controle sobre situações que poderiam ter sido evitadas ou que necessitam de intervenção, em vista do risco à cidadania e/ou à vida. Expressa o exercício do poder público sobre os sujeitos ou sobre os serviços, em determinado território, com a finalidade de prevenção, controle e erradicação de situações de vulnerabilidades e riscos. Esse artigo apresenta os resultados da análise georreferenciada da sífilis no período de 2010 até 2017, referentes aos municípios de Queimados e Resende, com base nos dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Nas últimas décadas observou-se um aumento das notificações de casos de sífilis e, em 2016, a doença foi declarada como um grave problema de saúde pública no Brasil. A metodologia desenvolvida associa a prevalência desta doença com outros dados que retratam vulnerabilidades sociais no território, extraídos do Cadastro Único da Assistência Social e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A análise georreferenciada contribui para efetividade de seguridade social pela possibilidade de fornecer subsídios para ações que integram vigilância em saúde e em assistência social.
Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, 2012
A edição no 25 da RBMFC traz temas interessantes para os profissionais da APS/ESF, a começar pela experiência em uma unidade de saúde da Espanha que implementou o programa Mentoring para a capacitação de profissionais médicos e enfermeiros na realização de pequenas cirurgias e/ou procedimentos. Esse artigo explora o potencial instalado nos serviços de saúde para multiplicação de conhecimentos e habilidades entre pares, visando atender a carteira de serviços e melhorar tanto a resolutividade do profissional (e consequente autoestima) como a satisfação dos usuários do sistema de saúde. Já na seção Ensaios, o artigo Hiperplasia Prostática Benigna e PSA: o efeito dominó discute um tema polêmico, visto que a recomendação atual do USPSTF é contrária ao rastreamento do câncer de próstata1. As diversas diretrizes sobre o PSA e HPB variam em suas recomendações, desde a não utilização até o uso rotineiro da dosagem do PSA. Porém, o autor traz à tona a necessidade de não se inserir como rotina...
REDIR, 2022
A dificuldade de distribuição justa de recursos de saúde acompanha diversos modelos sanitários desde a sua criação e não é diferente com o Sistema Único de Saúde (SUS). O sistema de saúde brasileiro tem por fundamento constitucional o acesso universal, integral e igualitário que, se corretamente contextualizados, são capazes de garantir equidade do direito à saúde. A equidade, aqui proposta, é aquela que se aproxima dos ideais de justiça social e que possibilita também pensar a saúde como um direito de cidadania. A crise atual do sistema brasileiro (e talvez sua maior inequidade) evidencia-se pelo seu alto custo e seu baixo impacto social e deve se agravar nos anos pós-pandêmicos, justamente porque se deixou de pensar nas determinantes de saúde. Por isso, a partir de pesquisa bibliográfica e normativa, o presente artigo investiga como a equidade permite realizar uma justiça distributiva que realmente opere sobre as determinantes de saúde, abandonando-se a gestão morbocêntrica hoje estabelecida e aproximando-se do real possível.
Os ideais da igualdade surgem num contexto histórico preciso e correspondem a uma nova concepção de justiça que funda e organiza as sociedades modernas. 1 Como esclarecem Fitoussi e Rosanvallon (1997): "A igualdade é um projecto, um princípio de organização que estrutura o devir de uma sociedade.
A global preocupação com a necessidade de melhoria da qualidade dos sistemas de prestação de serviços de saúde se tornou evidente já há algumas décadas. Essa preocupação acomete a maioria dos stakeholders do sistema de saúde: governo federal, contribuintes, profissionais da saúde, provedores de serviços, governos estaduais, organizações de fiscalização, usuários, dentre outros. O presente artigo destaca algumas importantes temáticas contemporâneas relacionadas a melhoria da prestação dos serviços de saúde, esboçando o estado atual das pesquisas relativas à área, utilizando o método de revisão bibliográfica.
2023
Resumo: Esse trabalho tem por objetivo apresentar uma análise sobre as ligas acadêmicas em saúde e espiritualidade, espaços que predominam na formação sobre o tema no Brasil. Procura-se analisar como a formação em espiritualidade dessas organizações é secular, não só pela forma de mobilizar a espiritualidade, se não também por características próprias da configuração da saúde. Por um lado, desde o surgimento das ligas na medicina é possível ver vínculos com o religioso, embora tenha sido inspirada na ciência a inícios do século XX. Por outro, se reconhecem vínculos religiosos diversos, seja na trajetória das pessoas, ou no surgimento das ligas de saúde e espiritualidade. Dessa forma, compreende-se o surgimento das ligas nucleadas na Associação Acadêmica de Ligas e Grupos de Estudo em Espiritualidade e Saúde (AALEGREES), prestando especial atenção aos vínculos entre ciência e religião.
O presente capítulo, de cariz teórico, pretende recordar a importância das estruturas sociais quando se considera a saúde, a doença e a morte, destacando o género, a idade e o estatuto socioeconómico. Reflete sobre as desigualdades sociais em saúde, que continuam a ser na atualidade acentuadas e, em alguns dos casos, pouco reconhecidas. O enfoque usado é o qualitativo e alicerça-se na análise de vários estudos realizados à escala internacional e em Portugal, que revelam a importância da hierarquia socioeconómica, o impacte da pobreza e da privação na saúde, como a mais estudada determinante social da saúde. Por último, a componente espacial é ressaltada na explicação das desigualdades sociais em saúde, devido à singularidade e expressividade do padrão geográfico das mesmas desigualdades.
Ao tentar descrever os aspectos sociológicos de pessoas com baixa renda em relação à alimentação, observa-se que, em situação de pobreza explica em partes praticas alimentares e culturais. Além do mais, fatores econômicos, habitus a alimentares, o papel da mídia, estilo de vida e uso de tabaco também contribuem bastante para o tipo de dieta e qualidade de vida em questão.
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