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Estudantes do Prouni entre o lulismo e o ceticismo

Abstract

No ano de 2005, o governo Lula deu início ao Programa Universidade para Todos (Prouni), beneficiando cerca de 1,4 milhão de pessoas até 2014. Junto de outras políticas públicas de inspiração lulista, ele acompanha o desenvolvimento do modo de regulação e a demanda por um determinado tipo de mão de obra pouco qualificada e de baixa remuneração. Neste artigo, destacam-se dois grupos de estudantes bolsistas do Prouni – dos cursos de Pedagogia e da área de tecnologia – de uma grande universidade privada da cidade de São Paulo, destacando suas disposições políticas em estreito vínculo com as suas dinâmicas de vida. No decorrer da pesquisa, eles se mostraram diferentes em suas concepções revelando, de um lado, uma categoria entre o projeto do trabalhador e o lulismo e, de outro, um setor dinâmico do capitalismo pós-fordista em que surgem aspectos de negação da condição operária.