As Crônicas Coloniais no Ensino de História da América

Representações Culturais da América Indígena, 2015

RESUMO: Este capítulo apresenta algumas reflexões e propostas para a abordagem de narrativas coloniais no ensino de história indígena na Educação Básica. Tais narrativas construíram e difundiram representações sociais que necessitam ser problematizadas em sala de aula para que os estudantes percebam diferentes " modos de ver " e significar o passado indígena, além da historicidade das interpretações e das relações da linguagem com a cultura e o poder. Palavras-chaves: representações dos indígenas, ensino de história, narrativas coloniais.

Resumo: O objetivo deste artigo é discutir história local a partir de lembranças. Nesse documento desenvolvo uma análise construída a partir de narrativa produzida no ensino de História em projeto escolar, apresentando uma tradição local sob perspectiva histórica, possibilitada pelo confronto entre fontes com origens diferentes. A relevância desse trabalho está na compreensão e no desenvolvimento de metodologia que proporciona a investigação histórica, valorizando o cotidiano dos estudantes e as memórias da comunidade. Palavras chave: Ensino de História. História oral. História local. Introdução A proposta apresentada nesse texto está inserida nas reflexões desenvolvidas em minha dissertação de Mestrado 2. Em minhas atividades enquanto docente do Ensino Médio da Escola de Educação Básica (EEB) Profa. Lídia Leal Gomes 3 , localizada em Tigipió 4 , interior do município catarinense de São João Batista 5 , desenvolvo o projeto escolar Memórias da Colônia, pesquisa desenvolvida a partir de 2019, que oportuniza interpretações e construções de perspectivas históricas com origens diversas. Nesse projeto, procuro usar da metodologia baseada no uso de história oral. A metodologia é importante para a compreensão das disputas de memória e de diversas manifestações culturais (tradições e rituais partilhados) relevantes para as pessoas, em uma localidade que se desenvolveu com certas peculiaridades e com relativa independência.

IV Seminário Internacional História do Tempo Presente - ISSN 2237-4078, 2021

2023

A História da América possui muitas lacunas apagamentos e esquecimentos propositais ou não. Desde o final da década de 1980 ganham força debates , pesquisas e ações contra a perpetuação da colonização e dos seus efeitos. Em razão disso, estudar o período colonial da História da América é fundamental para a compreensão das múltiplas identidades e realidades existentes hoje. A pesquisa aqui apresentada tem como objetivo investigar se há ligação entre a ideia de América Colonial ofertada nos cursos de Licenciatura em História isto é, na formação de professores de História e os apagamentos que chegam até a sala de aula da Educação Básica. A partir da análise dos planos de ensino de seis disciplinas relacionadas à América Colonial por meio de uma pesquisa qualitativa, exploratória e bibliográfica temática ofertadas em cinco universidades federais do Rio Grande Sul , propõem-se como ferramenta no combate à colonialidade do Ensino de História a Decolonialidade tanto como movimento teórico metodológico como movimento pedagógico. Para a prática dessa proposta , oferece-se o site Decolonizante da História da América como material didático construído coletivamente , para uso de professores , estudantes e profissionais em formação. Palavras-chave: América Colonial Ensino de História Colonialidade e Decolonialidade, Formação de Professores, Decolonizante.

2017

O presente artigo busca discutir os possiveis tratamentos e analises dos relatos de viagens como fonte documental para o professor de Historia. Para tanto, busca tecer consideracoes teorico-metodologicas sobre o trabalho com esse tipo de documento e, a fim de elucidar possibilidades de interpretacoes de seus usos em sala de aula, discute alguns relatos de viagem com o objetivo de demonstrar os possiveis usos e direcionamentos do documento pelo professor.

CADERNOS DE PESQUISA: PENSAMENTO EDUCACIONAL, 2018

O objetivo deste artigo, é indicar a existência, no Brasil, de uma “tradição inventada” sobre o significado do ensino de história e os sentidos atribuídos à História da América. A partir destas reflexões, levantar algumas possibilidades de sua (re) invenção, tendo como referência a análise de manuais didáticos publicados em diferentes momentos históricos. A partir de estudos realizados por Raimundo Cuesta Fernandez (1997;1998) acerca da história das disciplinas escolares e de Schmidt (2012) acerca da periodização para a história do ensino de história no Brasil, foi sugerido um percurso histórico do ensino de história da América no Brasil, bem como os elementos que o constituem e o caracterizam, no e a partir da construção do código disciplinar da História na sociedade brasileira. Ademais, vale destacar, que o ensino de História da America pode e será analisado a partir dos diferentes momentos da construção deste “código disciplinar”, face ao desafio proposto por Antônio Viñao – Se, ...

An article on how Historiography have used colonial chronicles in 19th and 20th century.

Fronteiras, 2023

Resumo O objetivo deste artigo é discutir história indígena a partir de lembranças. Nesse documento, desenvolvo uma análise construída a partir de texto produzido no ensino de história em projeto escolar, apresentando uma memória relacionada a acontecimentos do início do século XX. A relevância desse trabalho está na utilização da história oral dialogando com outras fontes, para a compreensão de disputas de memória, e de diversas manifestações culturais relevantes para as pessoas, que pouco conhecem, sobre os não brancos que ocuparam terras catarinenses, antes da chegada dos colonizadores europeus. Palavras-chave: Ensino de História; História oral; História indígena.

v. 6 n. 1 (2023): Edição Jan/Abr , 2023

Este texto, que decorre de uma abordagem qualitativa, mediante uma revisão bibliográfica, discute a escravização de gentes africanas no Brasil colonial, quando da implantação da plantation açucareira, logo depois da expedição colonizadora de Martim Afonso de Souza, em 1530. Mostra-se, enquanto metodologia, o uso do cordel como ferramenta pedagógica no ensino de História na Educação Básica. Objetiva-se diversificar a prática pedagógica, trazendo elemento que se faz presente no cotidiano do alunado. Justifica-se em virtude de buscar transformar dessa forma, o ensino de História perpassado de sentido para quem se destina, uma vez que, por grande parte do alunado da Educação Básica, há o entendimento de serem as aulas de História algo a ser cumprindo somente por imposição curricular. São usados, como referencial bibliográfico, autores que tratam da temática escravização de gentes africanas no Brasil, seja de maneira exclusiva ou pontualmente em seus escritos. O cordel utilizado foi escrito previamente, expostas suas estrofes, isoladas ou agrupadas, e comentados os seus conteúdos.

Capítulo da obra: Cronistas do Caribe

DOMÍNGUEZ, L. S.; FERNANDES, L. E. O.; KALIL, L. G. A.; KARNAL, L. (org.). Cronistas do Caribe. Campinas: Unicamp - IFCH, 2012, p. 47-70.