CHICO BUARQUE EM FRAGMENTOS DE CENA

2010

Este artigo tem por objeto a análise de audiência e recepção, em contextos histórico, cultural e midiático, por meio de Pesquisa Histórica, do início da carreira do artista Chico Buarque e sua rápida ascensão à condição de ídolo da cultura de massa. A pesquisa foi realizada como parte integrante da tese de doutoramento intitulada UM TEATRO EM NOME DA LIBERDADE - Um estudo sobre a dramaturgia de Chico Buarque e suas relações midiáticas. Palavras-chave: Chico Buarque; Estudos de Recepção e Audiência; Mídias e História do Mercado Cultural no Brasil.

Este artigo tem por objetivo analisar os conceitos de paródia, intertextualidade e estilização trabalhados por autores como Linda Hutcheon, Mikhail Bakhtin e J. Tynianov, na música Cálice, de Chico Buarque de Holanda e Gilberto Gil, levando em consideração a recepção do leitor como agente dessa intertextualidade e paródia.

A peça Cyranu de Bergérac, de Edmond Rostand (1868 -1918, estréia em 1897, no Théâtre de la Porte Saint-Martin, em Paris. Apesar de encenada numa época em que os ideais românticos há muito já haviam cedido lugar aos princípios realistas, essa excelente comédia heróica, escrita em versos, alcança enorme sucesso de público. E esse sucesso vem se repetindo desde então como o atestam as centenas de encenações bem sucedidas em todo o mundo e as inúmeras adaptações para o cinema.

O presente artigo tem por objetivo fazer uma breve leitura crítica do livro do Professor Marcelo Torres, Professor da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG , acerca do sistema administrativo burocrático e seus consectários, agregando também o pensamento de contemporâneos pensadores do Direito que embasaram nossas conclusões.

Escrita em dois atos, a peça Gota D'água (1975) de Chico Buarque e Paulo Pontes, remonta a tragédia clássica de Eurípides (c. 480-406 a.C.), que narra a vingança de Medeia contra Jasão. Seu texto foi escrito tendo como base a adaptação que Oduvaldo Vianna Filho (1936-74) fez para uma série de TV, em 1972. Na trama original, Medeia, após ajudar Jasão a dominar o Velo de Ouro,

Cadernos de Arquitetura e Urbanismo, 2015

A cidade de Belo Horizonte é objeto de intensa e ubíqua competição por muros, fachadas e monumentos públicos na qual complexas e enigmáticas grafias tatuam a paisagem urbana, deixando pistas acerca dos limites territoriais de grupos de pichadores. O ato de pichar suscita uma série de conflitos a partir do momento em que a prática não é compreendida e muito menos aceita pelos não iniciados, sendo tratada pelo Estado como crime ambiental. A pesquisa catalogou e espacializou o fenômeno dentro do recorte do Hipercentro de Belo Horizonte, com o intuito de identificar padrões espaciais e territorialidades. O estudo baseou-se em levantamento primário de informações, catalogação e mapeamento de dados, trabalhando locais, estilos, instrumentos e a natureza das pichações.

Frango na Púcara, 2023

As fartas terras de Alcobaça, afortunadas e geridas pelos monges de cister ao longo de 700 anos, desenvolveram-se, expandiram-se e aprofundaram os seus saberes agrícolas, exploraram como num laboratório e educaram a comunidade sobre a maneira de usufruir da terra e de tudo o que poderiam plantar. Se no refeitório, alimentavam o espírito e o corpo, nas suas terras semearam e lavraram o coração de Alcobaça, plantaram a espiritualidade que é palpável, do chão que pisamos e esculpiram os cumes que avistamos à distância. A cidade de Alcobaça de mansinho ensina a apaixonamo-nos pelas carnudas ginjas, leva-nos a sentir-nos ávidos pelas sumarentas maças, rodeia-nos com a sua obscura paisagem e fascina-nos pelas casas caiadas de brancura e humildade. Alcobaça tornou-se no albergue dos encontros, dos cruzamentos, o palco do mundo, no qual todos vão desembocar e saborear a sua história e cultura a cada garfada. Passar por Alcobaça, passou a associar-se à sua gastronomia. Ler Alcobaça é viajar pelo seu património alimentar, diversificada e única. E encontrar o lar de toda a infância, num albergue de conveniência, a sensação de lar para todos os viajantes, um espaço que protege, reforça o estômago e enamora os olhos. Quem passa por Alcobaça, não passa sem cá voltar.

RESUMO: Este artigo tem como objetivo embasar, do ponto de vista de uma análise inter-semiótica letra-música, a afirmação de que Chico Buarque é um dos maiores e mais completos compositores da música popular brasileira. Tal afirmação não pode ser sustentada como um truísmo, de modo impressionista, sem que se demonstre, de forma, digamos, mais científica (em que pese as consequências do uso desse termo), como se atesta esta superioridade lírico-musical de Chico, num domínio onde sobeja a qualidade artística. Nossa hipótese é a de que um dos caminhos para se avaliar a qualidade da produção buarquiana está no entendimento da exploração que o compositor faz da iconicidade de aspectos musicais como a melodia, a harmonia e o ritmo, promovendo diálogo máximo com a letra que lhes é sobreposta. Como este recurso, embora sem as ferramentas da semiótica de que modernamente dispomos, já foi percebido em diversas de suas canções, reservamo-nos a fazer uma pequena revisão de alguns casos mais notórios, a título de exemplificação para, em seguida, determo-nos em três de suas canções mais recentes. ABSTRACT: This article aims to find theoretical basis, from an intersemiotic standpoint, to the statement that Chico Buarque is among the best and most complete Brazilian popular music composers. Such statement cannot be sustained as a truism, in an impressionistic way, if one does not show, let us say, scientifically (notwithstanding the consequences of using such a word), how this lyrical-musical superiority is supported, in a domain where artistic quality abounds. Our hypothesis is that one of the ways to evaluate Chico Buarque's musical production is to understand how the composer explores the iconicity of musical aspects such as melody, harmony and rhythm, in order to promote maximum dialogue with his lyrics. As this resource, although without the semiotic tools offered nowadays, was already noticed in many of his early compositions, our proposal is to make a brief review of some notorious cases, as exemplification, so that we can then analyse three of his most recent songs.

2012

Master's Dissertation (2012). Visual Chinese fragments in Brazilian's Minas Gerais eighteen century.

A experiência no trato com a vanguarda da produção artística de sua época possibilitou a Benjamin tanto o desenvolvimento do conceito de alegoria quanto sua aplicação ao Barroco, e não o contrário, observou Peter Burger em sua teoria da vanguarda 1 . Também Lukács qualifica Benjamin como "teórico das vanguardas" 2 : na sua Estética, o filósofo húngaro -mesmo considerando a alegoria uma forma decadente de expressão artística -não se furtou a admirar, como sendo bastante conseqüente, a concepção de Benjamin de que a problemática da arte é a do mundo mesmo 3 . Isto porque os estudos de Benjamin sobre as representações alegóricas partem do modo de percepção e de comportamento humano ante à realidade do seu tempo, a alegorização de seu tempo interessa ao filósofo; Lukács observa que os pensamentos benjaminianos sobre a alegoria "têm sua verdadeira pátria intelectual" nas concepções modernas da arte e podem se "converter em fundamento conceitual da arte de vanguarda" 4 . Embora discorde da doutrina benjaminiana da alegoria, o filósofo húngaro o faz ressaltando "sua acuidade" 5 . A tensão entre o pensamento dos dois filósofos localiza-se na noção de totalidade. Lukács considera que a obra de arte deve, realisticamente, representar uma totalidade abrangente, ainda que contraditória, reconhecível em seu sentido; e para ele, o ressurgimento da alegoria caracterizaria uma visão decadente, uma vez que tal figura sinaliza a ausência de um significado último. Mas para Benjamin, que abre mão de uma totalização dialética sumária, criticar o real, criticar a cultura, talvez signifique também criticar as pretensões de universalidade e normatividade de nossos discursos: não para abrir a porta ao irracionalismo ou a um relativismo desenfreado, mas para ter a paciência de perceber como o detalhe, o particular, o anormal, o estranho, o estrangeiro, podem colocar em questão as normas e as totalidades em vigor. 6 1 BURGER. Theory of the avant-garde, p.68. 2 LUKÁCS. Contra o equívoco do realismo.