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Vídeo e cinema: rupturas, reações e hibridismo

2003, MACHADO, Arlindo. Made in Brasil

Abstract

BENTES, Ivana. Vídeo e Cinema: rupturas, reações e hibridismo in Made in Brasil. Três décadas do vídeo brasileiro. Arlindo Machado (org.). Itaú Cultural. São Paulo. 2003. pg 113-132 Vídeo e Cinema: rupturas, reações e hibridismo Ivana Bentes O diálogo com o vídeo foi um momento decisivo, de embate, "crise", reação e deriva no campo do cinema. Transformações, virtualização e desterritorialização das imagens que culminaram na constituição de um novo campo: o do audiovisual. De um lado, o cinema sonhou o vídeo e "antecipou" alguns de seus procedimentos, "informando" a nova linguagem (as vanguardas históricas, o cinema experimental, a história do documentário), de outro, a potência do vídeo trouxe novas técnicas e procedimentos, desconfigurando o cinema e sendo incorporado por ele, trazendo fôlego à grande indústria cinematográfica e ao cinema contemporâneo . No Brasil, a passagem e o diálogo entre cinema e vídeo reflete esse amplo contexto, mas trata-se de uma relação conflituosa, em um meio, o cinematográfico, que ainda busca sua legitimação e viu no vídeo e na televisão, nas formas de consumo e difusão das imagens domésticas, menos um aliado que uma ameaça.