Academia.edu no longer supports Internet Explorer.
To browse Academia.edu and the wider internet faster and more securely, please take a few seconds to upgrade your browser.
2016
…
8 pages
1 file
Uma característica das instituições democráticas é a de que elas dão alguma dose de previsibilidade ao sistema político, de modo que os diferentes atores em disputa podem mais facilmente antecipar as ações dos demais. Uma ilustração das vantagens disso talvez seja a defesa que o socialista Karl Kautsky (1964) fez da opção democrática: “Quando as pessoas são despertadas para a ação em uma democracia, há menos risco do que sob o despotismo de que pensamentos e aspirações revolucionários sejam prematuramente provocados, ou que elas desperdicem sua energia em esforços fúteis. Quando a vitória é alcançada, ela não é perdida, mas mantida. E isso é melhor no fim do que a mera excitação palpitante de um novo drama revolucionário.” (the beginning, not an abstract)
chamou de "a velha e honrada tradição norte-americana de odiar os poderosos". 19 Ele era, escreveu Hadley, um mestre ao explorar "o velho e manifesto ódio americano". Wallace muitas vezes incitava a violência e exibia uma desconsideração casual pelas normas constitucionais, declarando: Há uma coisa mais poderosa do que a Constituição … É a vontade do povo. Ora, o que é uma Constituição? É produto do povo, o povo é a primeira fonte de poder e o povo pode abolir a Constituição se quiser. 20 Índice remissivo Números de página em itálico se referem a tabelas
Revista Portuguesa de Ciência Política / Portuguese Journal of Political Science, 2019
É urgente e contemporâneo o tema central deste livro. Desde a eleição de Donald Trump em 2016, como presidente dos Estados Unidos, acendeu-se um alerta preocupante sobre o futuro do regime democrático. Os cientistas políticos, Steven Levitsky e Daniel Ziblatt, investigam a cerca de 20 anos sobre colapsos das democracias pós--guerra-fria na América Latina e Europa, e conseguiram identificar comportamentos semelhantes de como líderes autocratas eleitos podem subverter gradualmente as normas democráticas. Nesta obra buscaram compreender os fenômenos que permitiram que o outsider Donald Trump chegasse à presidência dos Estados Unidos e a tentar entender o atual fenômeno político em que democracias consolidadas estão tornando-se enfraquecidas. Steven Levitsky [1] é professor de governo na Universidade de Harvard. Seus interesses em pesquisas incluem partidos políticos, autoritarismo e democracia, bem como fracas e informais instituições com foco na América Latina. Por sua vez, Daniel Ziblatt [2] é professor da Eaton de Ciência do Governo na Universidade de Harvard e investiga a democratização, o colapso democrático, os partidos políticos, a construção do Estado e a economia política histórica, com ênfase na Europa do século XIX até o presente. Nesta obra, os autores destacam a principal característica do fenômeno político contemporâneo: "o retrocesso democrático começa nas urnas". Longe de atos de ruturas a exemplo de "fechamento de congresso, golpe militar ou leis marciais" que transgridam de uma hora para a outra as normas democráticas, Levitsky e Ziblatt afirmam que as democracias estão a morrer porém de forma imperceptível para mui-1. <https. 2. <https.
Nexo Jornal, 2020
A recente convocação pelo presidente de manifestações contra o Congresso deve ser vista mais como sintoma das dificuldades políticas do governo do que como expressão de uma estratégia articulada para solapar o regime democrático
enfraquecidos de modo "legal", por dentro, é fundamental. E Como as democracias morrem realmente nos ajuda nessa tarefa. JAIRO NICOLAU a a Jairo Nicolau é cientista político, professor titular do Departamento de Ciência Política da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pesquisador do CNPq. Autor de diversos livros, publicou pela Zahar História do voto no Brasil (2002), Eleições no Brasil (2012) e Representantes de quem? (2017). ↩ história e a esperança deste livro é que possamos encontrar as rimas antes que seja tarde demais. Com a ordem política restaurada pela nomeação de Mussolini e o socialismo em retirada, o mercado de ações italiano subiu fragorosamente. Estadistas mais velhos do establishment liberal, como Giovanni Giolitti e Antonio Salandra, se viram aplaudindo a virada dos acontecimentos. Eles encaravam Mussolini como um aliado útil. Contudo, como o cavalo da fábula de Esopo, a Itália logo se viu sob rédeas e esporas. ambos os partidos conseguiram manter essas figuras fora da corrente dominante. Até 2016, é claro. Em resumo, os norte-americanos têm há muito uma veia autoritária.
Eleições e a ruína da democracia.
Revista TOMO, 2019
Este texto é uma resenha do livro "Como as democracias morrem" (2018), de Steven Levitsky e Daniel Ziblatt. Nele, apresento a obra e discuto suas principais teses. Por fim, relaciono a discussão das crises democráticas as eleições presidenciais brasileiras de 2018.
Almanaque de Ciência Política, 2021
Diversos livros têm sido lançados sobre a onda iliberal que varreu o mundo na última década. Pouco se tem debatido tanto na ciência política, e nas ciências humanas em geral, quanto a recessão democrática mundial. A atenção é tanta, que dois livros com praticamente o mesmo título e ideias foram lançados com um espaço de pouco mais de seis meses: Como a democracia chega ao fim, de David Runciman; e Como as democracias morrem, de Steven Levitsky e Daniel Ziblatt.
Revista Direitos Culturais
O presente artigo tem como problema os motivos que legitimam os tributos no Século XXI e por qual razão eles estão em crise. Para tal fim, analisar-se-á os fundamentos que legitimaram os tributos em outras épocas, para determinar qual o seu fundamento no momento atual, bem como os critérios para averiguação da justiça fiscal e outros motivos que acarretam a não aceitação dos tributos pela sociedade. Para tanto, adotar-se-á o método hermenêutico fenomenológico. Como resultado, estabelece-se como legítimo um sistema tributário baseado no dever fundamental de pagar tributos, como uma consequência da cidadania, relacionado à solidariedade e à dignidade humana. Além disto, a tributação deve ser graduada conforme a capacidade contributiva dos cidadãos e haver gasto público de acordo com os objetivos constitucionais. Por fim, analisa-se os efeitos das crises política e estatal, bem como de fatores comportamentais que influenciam na legitimidade dos tributos. Conclui-se, então, que a falta ...
Sapere Aude, 2018
Jacques Derrida entende a crise da democracia não em termos de um movimento histórico a ser superado por medidas corretivas, mas em termos de uma crise permanente provocada desde sempre por um sistema autoimune que ataca o organismo democrático a partir do seu interior. A forma privilegiada de combate a essa crítica permanente consiste na possibilidade de um porvir imprevisível e improgramável que foi objeto de questionamentos por representantes maiores da tradição marxista.
Prometheus - Journal of Philosophy
Este artigo interpreta a quarta conferência de uma série de seis pronunciadas por Foucault em Berkeley (Universidade da Califórnia) de outubro a novembro de 1983. A problemática da parrhesia retomada pelo filósofo francês do diálogo Laques, de Platão, suscita uma discussão sobre os sentidos de democracia, sistema político em baixa na Atenas do final do século V a.C. Articulando os discursos cômico e filosófico, evidenciam-se, ao mesmo tempo, a força e as lacunas do texto de Foucault. Se, por um lado, o interesse foucaultiano pela verdade força um retorno ao “falar franco”, por outro, falta, nesta conferência, um olhar de conjunto mais amplo que dê conta da parrhesia como sintoma de uma falta e da decadência do espírito democrático ateniense nos termos propostos no Laques. Deriva dessa falta, por exemplo, a ideia de que, do ponto de vista conceitual, o Laques seria “um fracasso”. PALAVRAS-CHAVE: Democracia; Discurso; Parrhesía; Verdade.
Loading Preview
Sorry, preview is currently unavailable. You can download the paper by clicking the button above.
Cadernos de Ética e Filosofia Política
Revista Teoria e Pesquisa (UFSCAR), 2019
Eleuthería - Revista do Curso de Filosofia da UFMS
Áskesis - Revista des discentes do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFSCar, 2021
Teoria & Pesquisa: Revista de Ciência Política
Revista Cantareira, 2020
Artefilosofia, 2024
Revista Portuguesa de Ciência Política / Portuguese Journal of Political Science
MISES Journal, 2018