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NOS " LUGARES DE MEMÓRIA " TAMBÉM SE EDUCA

Abstract

Esse texto é fruto de minha pesquisa sobre os espaços educativos não formais e sua relação com a dimensão pedagógica dos chamados "lugares de memória". Parto do princípio da afirmativa de que toda a cultura é pedagógica porque ensina alguma coisa e toda pedagogia é cultural, ou seja, é fruto de um contexto histórico específico. Sendo assim, fiz um recorte teórico e metodológico em minha investigação e analiso os conceitos de educação formal, de educação não formal e de educação informal estabelecendo correlações com os "lugares de memória" e o possível empoderamento identitário. Interessa-nos sobremaneira, o papel das narrativas históricas na construção das memórias em prol do fortalecimento identitário, como no caso dos museusquer sejam museus clássicos, ecomuseus ou museus comunitários. Podemos situar teoricamente nossa pesquisa na fronteira da Educação com a Museologia Social, os Estudos Culturais, a Memória e a História. Conjugamos do interesse recente pelos museus como espaços de representação do outro e de grande potencial educativo ou pedagógico. Além disso, entendemos serem os museus guardiões e divulgadores de culturas e de ideologias de grupos sociais específicos. Tentaremos entender a missão educativa dos museus privilegiando o estudo sobre os museus comunitários e/ ou ecomuseus. Nosso estudo de caso foi o Museu da Maré na cidade do Rio de Janeiro, visto como um espaço de educação não formal que constrói narrativas históricas e memórias fortalecendo identidades culturais locais. São essas questões e suas relações com as práticas educativas de empoderamento social e possível fortalecimento identitário, através da construção da(s) memória(s) coletiva(s), que pretendemos analisar.