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2000
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182 pages
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Novos Estudos - CEBRAP, 2009
A fama de certos livros costuma induzir o leitor a enganos. A Dialética negativa, publicada originalmente em 1966, poderia ser muito bem recebida no Brasil como a consumação da obra filosófica de Theodor W. Adorno. A aura de obra difícil, reforçada por décadas de inacessibilidade em língua portuguesa, seria uma preparação condizente com o posto de obra-prima. Tal fetiche poderia naturalmente justificar-se em diversos elementos que, de fato, se encontram no livro. Os leitores familiarizados com outros textos do autor não terão dificuldade em encontrá-los, embora alguma suspeita não faça mal a quem folheia o livro pela primeira vez. Os interessados, por exemplo, na gênese das idéias de Adorno saberão rastrear temas que remontam àquelas primeiras conferências do início da década de 1930, sobre "A atualidade da filosofia" e sobre a "Idéia de história natural". Nestes trabalhos programáticos, com as quais um jovem e pretensioso filósofo estreava na cena universitária alemã, delineava-se o confronto do panorama da filosofia contemporânea, herdeira, segundo Adorno, do idealismo alemão, com uma noção ainda bastante vaga de filosofia materialista, inspirada nos escritos de juventude de Walter Benjamin. Essa intenção de realizar uma crítica imanente da filosofia idealista alemã, avaliando-a pelas suas próprias pretensões, de modo a extrair, nesta crítica, uma concepção bastante singular de materialismo, certamente pode ser reencontrada na Dialética negativa.
Inquietações e Proposituras na Formação Docente, 2019
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Problemata: International Journal of Philosophy, 2021
A obra Dialética Negativa (1966) propicia uma importante reflexão sobre a estruturação do pensamento filosófico moderno sendo um legado conceitual e epistemológico fundamental para a compreensão do pensamento de Theodor W. Adorno. Sua leitura complexa suscita tensões acerca dos limites do papel da razão e compreende a necessidade metodológica da construção de uma dialética que escape à tendência absolutizante observada como imanente da velha dialética. Dessa maneira, por meio de uma revisão de literatura, esse artigo se propõe a estudar os significados que emergem a partir do conceito de razão na Dialética Negativa adorniana. Para tanto, de início, demonstra-se como a crítica à razão é uma constante do pensamento do autor que vai ganhando forma e relevânciadesde a Dialética do Esclarecimento, que apontara criticamente para a tecnicidade positivista expressa na forma denominada razão instrumental, até a radicalidade da crítica encontrada na obra Dialética Negativa. Posteriormente, aponta-se para os limites da forma preponderante da filosofia, materializada na dialética hegeliana, e os limites da experiência no interior do jogo de forças entre teses e antíteses, destacando a necessidade da construção de uma filosofia que faça violência contra si mesma. Compreende-se que outras formas de estruturação do pensamento, como os aforismas, podem alcançar espaços singulares da experiência formativa estrangeiros ao pensamento filosófico predominante. Por fim, aponta-se para o totalitarismo da dialética tradicional como obstáculo fundamental, encaminhando princípios de outra razão exposta em uma Dialética Negativa, que não vise à dissolução das diferenças e o apaziguamento das tensões como forma resolutiva do pensamento.
Prisma Juridico, 2008
O artigo procura explicitar o conceito de retórica a partir de uma análise crítica fundada em uma teoria platônica da verdade. De acordo com uma abordagem perspectivista, a retórica, de um ponto de vista dialético, é enfocada não apenas em seus possíveis resultados subjetivos, mas também, e antes, no contexto objetivo de sua função no interior do discurso.
Revista Eletrônica Estudos Hegelianos, 2024
Argumento que o modelo hegeliano de liberdade depende da dissolução de dicotomias rígidas entre história e natureza. Em última instância, sugiro que tal superação ganharia efetividade através de um conceito corporificado de agência, no qual a singula- ridade de cada organismo concreto encontrasse ex- pressão normativa em sua forma de vida. Para isso, sugiro que a tese dialética da identidade especulativa entreteça crítica social e crítica à linguagem filosó- fica. Chamarei esse entretecimento de crítica grama- tical, mostrando como seu momento terapêutico o re- curso hegeliano ao conceito de vida. A vida seria a primeira atualização da normatividade que o espírito busca realizar a nível social. Isso me permitirá apre- sentar o bloqueio normativo de sua infinitude como critério para o diagnóstico de patologias sociais, as quais se instanciariam na oposição rígida entre corpo e mente. Ao final, recorro à noção adorniana de “recordação da natureza” para mostrar como a elaboração de uma forma de vida emancipada dependeria da viabilidade de seus agentes para conjugar reflexiva- mente aquela normatividade vital.
A Dialética Negativa (1966) de Theodor Adorno estabelece como tarefa da Filosofia a aproximação ao não-idêntico e não-conceitual. Desse modo instaura-se uma relação antinômica entre seu projeto e a atividade conceitual: ora de crítica do conceito forjado sob o princípio de Identidade; ora de valorização do conceito como organon necessário do conhecimento. Como resposta a esse impasse encontramos a necessidade de um desencantamento do conceito como via de reconfiguração da atividade conceitual e, com ela, da própria filosofia. Este artigo tem por objetivo delimitar o problema configurado como desencantamento do conceito, pretendendo responder sobre o que leva Adorno a concluir, em face do problema do conceito, pela necessidade de seu desencantamento; como se desenvolve propriamente este processo; e, por fim, quais seus resultados e seu papel dentro do projeto da Dialética Negativa. Palavras-chave: Adorno; Dialética Negativa; Conceito; Não-idêntico.
Theodor W. Adorno: A atualidade da crítica, 2017
REVISTA FOCO
Na tradição filosófica, a dialética representava o próprio processo do pensamento, qual seja, o argumento A (tese) produz seu contra-argumento B (antítese) e desses dois poderia surgir um argumento modificado C (síntese). Neste sentido, pensar é argumentar dialeticamente, pois os objetos e os fatos do mundo dão-se a conhecer de maneira progressiva e contínua. Entretanto, para Theodor Wiesengrund Adorno, um dos sustentáculos da Teoria Crítica, a dialética não desagua naturalmente na síntese. Pelo contrário, a dialética emperra sempre na antítese. Ela é negativa, porque encalha no segundo movimento. A antítese permeia a dialética. Os processos sociais esbarram sempre na dissonância cognitiva, ou seja, nas diferenças. Por essa razão, a dialética negativa conquistou significativo espaço na Teoria Crítica, inclusive na educação. A dialética negativa auxilia na explicação do fracasso do Plano Nacional de Educação, pois ele não é uma política-síntese para a educação básica, mas sim uma pol...
Resumo: O presente trabalho objetiva apresentar a recepção de Hegel por Nishida no contexto do que historiograficamente se convencionou designar por Escola de Kyoto. O ponto de encontro para a apropriação crítica que Hegel recebe de Nishida é a sua lógica especulativa. Nessa direção, ao observarmos o próprio percurso especulativo de Nishida, exporemos o problema do começo da filosofia como questão fundamental para um discurso filosófico autêntico e tematizaremos a dialética do Ser e do Nada, enquanto momentos do discurso hegeliano apropriados por Nishida. Em seguida será reconstruída a crítica de Nishida à Hegel através da exposição da tese da anterioridade do Nada absoluto em relação à dialética do Ser e do Nada, e de como o autoodespertar emerge do Nada absoluto. Por fim se efetuará uma reconstrução crítica da dialética hegeliana no horizonte da perspectiva de Nishida. Em fevereiro de 1931, então com 60 anos (*19.05.1870), Nishida redige uma série de reflexões sobre a dialética de Hegel 1 , antes de tudo a sua lógica especulativa, que é um balanço crítico da sua relação a Hegel, um acerto de contas com o autor que ele diz ter começado a ler aos vinte anos, e que "mesmo hoje não deixa a minha cabeceira" 2 . Em 15 de maio de 1937 ele acrescenta a essas considerações numeradas o seguinte: "meu pensamento hoje comporta várias coisas que me foram ensinadas por Hegel; todavia, mesmo se eu me considero como mais próximo dele do que de qualquer outro pensador, tenho ao mesmo tempo muito a dizer contra ele." (NH, § 40) 3 1.O começo da filosofia na experiência pura e o lugar do nada absoluto. 1 Nishida, Kitaro, La dialectique de Hegel considerée de ma position (1931), trad. Ibaragi Daisuké e Michel Dalissier, in : Philosophie, nº 103, automne 2009, Les Éditions de Minuit, Paris, pp. 51-75. As citações no corpo do texto serão indicadas pelas maiúsculas NH (Nishida-Hegel), seguidas da numeração dos parágrafos da edição japonesa original NKZ, XII, pp. 64-84, incorporada na tradução. 2 Dalissier, M., Présentation, ibid., p. 51. 3 No período em que Nishida exerceu a docência na Universidade Imperial de Kyoto, entre 1910 e 1928, ele ofereceu quatro cursos sobre a Ciência
Brito, Rodrigo Pinto de; Marcondes, Danilo. Da coerência pragmática da dýnamis cética em uma perspectiva dialética. Rio de Janeiro, 2013. 213p. Tese de Doutorado – Departamento de Filosofia, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Tese em que se desenvolve um modo de interpretar o ceticismo Antigo, especialmente o pirrônico, e que isenta a dýnamis cética da acusação de apraxía. Essa ‘via média’ interpretativa emerge como um modo de superar as aporias entre as interpretações rústica e urbana e tem sua eficácia testada quando aplicada como ferramenta exegética para ‘Contra os Retóricos’. Palavras-chave: Apraxía; protoceticismo; ‘Vida de Pirro’; sucessores de Pirro; média academia; estoicismo; pirronismo; Sexto Empírico; via média; ‘Contra os retóricos’.
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Revista Horzontes, 2019
Devir Educação
Educação Matemática Pesquisa …, 2010
Veritas (Porto Alegre)
Conjecturas, 2022
2014
PERcursos Linguísticos, 2020
Lua Nova: Revista de cultura de politica, 2003
Germinal: marxismo e educação em debat, 2023
Domínios de Lingu@gem, 2016
Veritas: revista da Pontificia Universidade Catolica …, 1999