Academia.edu no longer supports Internet Explorer.
To browse Academia.edu and the wider internet faster and more securely, please take a few seconds to upgrade your browser.
2000
…
38 pages
1 file
Boa parte da vasta produção teórica que a sociologia e outras ciências sociais têm dedicado, nas últimas décadas, à problemática do racismo, especialmente no mundo anglo-saxónico, ao procurar dar conta das mutações de forma e conteúdo que ele sofreu desde as suas primeiras formulações e manifestações práticas, acaba por inflacioná-lo conceptualmente. Neste artigo, em que se analisa esse processo de inflação conceptual, muitas vezes associado a uma extrema ideologização e politização do conceito, tenta fazer-se, ao mesmo tempo, a especificação teórica do racismo, em cada uma daquelas que, consensualmente, se reconhece serem as suas três dimensões constitutivas: ideologia, preconceito e discriminação.
REPECULT - Revista Ensaios e Pesquisas em Educação e Cultura, 2019
Nos últimos anos, o racismo se tornou mais aberto no Brasil; simultaneamente, vem ganhando força a percepção de que ele é, amiúde, um exagero das minorias ou uma retórica distorcida dos grupos que as defendem. Trata-se da narrativa ultraconservadora que concebe o racismo como "mimimi" dos negros. Na Europa e nos Estados Unidos, o racismo também voltou à agenda cotidiana, atuando como estruturante de opções políticas, a exemplo da eleição de Donald Trump e do Brexit. Neste artigo, procedemos a uma análise teórica do racismo no contexto de emergência dos discursos populistasconservadores da atual conjuntura brasileira. A perspectiva adotada é da psicologia social das relações intergrupais. A hipótese de análise é a de que, nos últimos anos, como consequência de um relativo avanço social, cultural e econômico das minorias, foi gerado um sentimento difuso, misto de nostalgia do passado e ressentimento, que alimenta formas mais abertas e virulentas de racismo.
Estudos De Psicologia, 2004
Recentemente tem-se verificado uma condenação social aberta às formas mais tradicionais e flagrantes de racismo. Em conseqüência, em várias partes do mundo, alguns estudos utilizando metodologias tradicionais de coleta de dados têm demonstrado que os estereótipos negativos associados aos negros têm diminuído. Todavia, novas e mais sofisticadas formas de expressão do preconceito e do racismo têm surgido, corporificando muitos comportamentos cotidianos de discriminação, quer ao nível institucional, quer ao nível interpessoal. Estas novas formas de expressão do preconceito e do racismo produzem na psicologia social várias teorizações. Temos as teorias do racismo moderno, do racismo simbólico, do racismo aversivo, do racismo ambivalente, do preconceito sutil e do racismo cordial, dentre outras. Neste trabalho procuramos analisar cada uma das novas teorias sobre o preconceito e sobre o racismo, e discorremos sobre o suporte empírico que fundamenta cada uma dessas teorias.
Estudos de Psicologia (Natal), 2004
Recentemente tem-se verificado uma condenação social aberta às formas mais tradicionais e flagrantes de racismo. Em conseqüência, em várias partes do mundo, alguns estudos utilizando metodologias tradicionais de coleta de dados têm demonstrado que os estereótipos negativos associados aos negros têm diminuído. Todavia, novas e mais sofisticadas formas de expressão do preconceito e do racismo têm surgido, corporificando muitos comportamentos cotidianos de discriminação, quer ao nível institucional, quer ao nível interpessoal. Estas novas formas de expressão do preconceito e do racismo produzem na psicologia social várias teorizações. Temos as teorias do racismo moderno, do racismo simbólico, do racismo aversivo, do racismo ambivalente, do preconceito sutil e do racismo cordial, dentre outras. Neste trabalho procuramos analisar cada uma das novas teorias sobre o preconceito e sobre o racismo, e discorremos sobre o suporte empírico que fundamenta cada uma dessas teorias.
Justificando, 2020
Psicologia Em Estudo, 2006
The purpose of this study is to undertake a non-systematic revision of the bibliography dedicated to the perception The objective of the present study was to adapt the Scale of Modern Racism to the Brazilian context. Specifically, it was intended to know its construct validity (factorial structure) and reliability (Cronbachs Alpha, a). It consisted of 269 subjects, average 21 years of age (SD = 4.76; ranging from 15 to 38). Most of them were female (73.6%), single (81.8%), and undergraduate students (74%). They answered demographic questions and a set of six measures. Among them was the Modern Racism Scale, which presents two theoretical factors: negation of prejudice and threat for equality principles. The factor analysis performed suggested two factors that together account for 32.4% of the total variance. Coherently, these factors were named as negation of prejudice (a = .71), and affirmation of differences (a = .74). These findings are discussed based on previous studies. it is suggested the possibility of consider a two-factors structure for measuring the modern prejudice on the studied population.
Revista de Estudios Sociales, 2018
Nos anos recentes, o viés racial na configuração de mortes violentas no Brasil se evidenciou. Especialmente na população jovem, há o crescimento de homicídios entre negros e a redução entre brancos, o que significa o crescimento da desigualdade na vivência da violência entre os grupos raciais. O monitoramento de letalidade policial por cor/raça aponta maior incidência sobre negros. A população encarcerada cresceu, impulsionada pelo encarceramento de negros. A vitimização diferencial dos jovens negros tem sido o principal tema do movimento de juventude negra, que elabora a denúncia do “genocídio contra a juventude negra”. Além de dados quantitativos, o artigo documenta a apropriação dos dados pelo movimento de juventude negra para a construção da bandeira de luta contra o “genocídio” e analisa as proposições de ação política que respondem ao quadro e às demandas do movimento. In recent years, the racial slant in the pattern of violent deaths in Brazil has become evident. Especially in the younger sector of the population, there have been a growing number of homicides of black people and a decline in the number among white people, which indicates an increasing inequality in the experience of violence among racial groups. When broken down into color and race, the lethal incidents monitored by the police show that they increasingly affect black people. The prison population grew, due to the jailing of black people. The discriminatory victimization of young black men has been the main concern for the social movements of black youth, which has called it “a genocide against black youth”. In addition to quantitative data, this article analyses the way that such movements have interpreted the data, in order to raise the banner of social protest against that “genocide”, and it also discusses the calls for political action to redress the problem and the specific demands of the social movements in question.
Contrafatual, 2022
Este ensaio comenta alguns exemplos de distorção do conceito de racismo em publicações jornalísticas no Brasil.
2010
O racismo é um fenómeno bastante complexo e multifacetado, a sua compreensão exige a convocação de diversos níveis de análise, desde os processos cognitivos internos até aos factores históricos, sociais e culturais que foram moldando as formas de expressão do racismo ao longo do tempo. Neste capítulo procede-se à discussão das rupturas e continuidades nas expressões dos 'velhos' e 'novos' racismos. 1. Preconceito, etnocentrismo e racismo No Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da responsabilidade da Academia de Ciências de Lisboa, o racismo é definido como "teoria, sem base científica, fundada na crença da superioridade de certas raças humanas, que defende o direito de estas dominarem ou mesmo exterminarem as consideradas inferiores e proíbe o cruzamento da suposta raça superior com as inferiores; teoria da hierarquia racial". São ainda referidos outros dois significados do conceito de racismo: "atitude política ou opinião concordantes com essa teoria" e "intensificação do sentimento racial de um grupo étnico em relação a outro ou outros" (2001: 3062). Como veremos ao longo deste capítulo, estas definições de racismo são insuficientes para dar conta dos 'novos' racismos, uma vez que incidem em formas de expressão flagrantes de discriminação racial e não tanto nas suas manifestações mais subtis, como as que observamos hoje em dia em sociedades formalmente democráticas. Na literatura científica é comum encontrarmos definições ambíguas de racismo, sendo Rosa Cabecinhas Expressões de racismo: mudanças e continuidades CECS ______________________________________________________________________________________ Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade www.cecs.uminho.pt Rosa Cabecinhas Expressões de racismo: mudanças e continuidades CECS ______________________________________________________________________________________ Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade www.cecs.uminho.pt Rosa Cabecinhas Expressões de racismo: mudanças e continuidades CECS ______________________________________________________________________________________ Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade www.cecs.uminho.pt
Problemata
O presente artigo tem como finalidade analisar o raça-ismo como uma pseudo-ideia que extermina a população negra. Assim, o texto pretende colocar sobre tela a questão da linguagem usada enquanto promotora de categorização que suaviza a dominação do outro e, consequentemente, justifica a violação do sujeito concreto. A subjetivação desse sujeito concreto proporciona um afastamento da realidade concreta, onde o outro é encarado sob o viés do discurso dominador e racional do pensamento ocidental. Quando se afirmar que o conceito de raça é insuficiente, isso implica dizer que se deve rejeitar a relação construída culturalmente sobre o âmbito da oposição dos conceitos de "negro" e "branco". Compreender o processo de construção do conceito de raça é fundamental para que haja uma desconstrução do aparato discriminatório que surge desde Europa, que já qualifica a raça a partir da pigmentação da pele. A questão da violência sobre a população negra não pode ser encarada tão somente a partir da cor, mas é uma questão política e social. O negro e a negra são vítimas de um sistema que tem suas referências eurocentralizadoras, que despreza a expressividade da alteridade do rosto e marginaliza a aparência como face formatada pela exclusão. Neste sentido, é necessário tratar o âmbito do racismo sob os aspectos políticos, éticos e econômicos, para assim, promover a justiça às vítimas do sistema que é previamente pensado para excluir e dominar.
Zenodo (CERN European Organization for Nuclear Research), 2023
RESUMO O objetivo deste trabalho é investigar a linguagem numa perspectiva dialógica, como fenômeno ideológico, enquanto produto social e sua relação com quem detém o poder nas instituições sociais, visto que ela é condicionada pelas organizações sociais, que a utilizam para realização dos seus interesses socioideológicos, apresentando uma ordem considerada estável pela sociedade. Buscamos mostrar como alguns desses interesses são questionados e como é proposta uma nova ordem no gênero charge a partir da linguagem carnavalesca, que incita o leitor a refletir sobre sua realidade. Para tanto, selecionamos duas charges que têm em comum denúncias de injustiças sociais e raciais. Como fundamento para a análise, utilizamos noções da teoria dialógica como linguagem, contexto, ideologia, relações dialógicas, enunciado e carnavalização. A análise mostra que o uso da carnavalização deixa evidente o racismo presente na sociedade, as relações de poder e, ao mesmo tempo, as injustiças cometidas por quem detém o poder na sociedade contra as minorias, instigando o leitor a refletir sobre essas questões e a se posicionar frente a elas.
Loading Preview
Sorry, preview is currently unavailable. You can download the paper by clicking the button above.
Unoesc International Legal Seminar, 2013
Psicol. estud, 2006
Novos estudos CEBRAP, 2020
Racismo em Português. O lado esquecido do colonialismo , 2016
Ensaios sobre Racismos, 2019
Revista Arquivos, 2021
Vol. 45, N.ESP, 2022
Sapere Aude Revista de Filosofia PUC Minas, 2024
Revista USP, 1996
Historia Ciencias Saude-manguinhos, 2006
Macabéa - Revista Eletrônica do Netlli, 2019
Cláudia Resende, 2008
Identidades, Representações e Discursos: Entre teorias e práticas, 2024
Revista Brasileira de Ciências Sociais, 2018
Comunicação, Jornalismo e Colonialidades do Ser, do Saber e do Poder, 2024