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Tem de todas as coisas. Vivendo, se aprende; mais o que se aprende, mais é só a fazer outras maiores perguntas."
Direitos reservados. Proibida a reprodução (Lei nº 5.988) tradução: Nathanael C. Caixeiro Ph.D. em Filosofia, Universidade do Texas capa: Eliane Stephan diagramação: Ana Cristina Zahar composição: Zahar Editores S.A. 1983 Direitos para a língua portuguesa adquiridos por ZAHAR EDITORES Caixa Postal 207, ZC-00, Rio que se reservam a propriedade desta versão Impresso no Brasil INDICE Prefácio Este livro encerra três artigos sobre o Riso (ou antes, o riso suscitado sobretudo pelo cômico) anteriormente publicados na Revue de Paris. (Revue de Paris, 19 e 15 de fevereiro, 19 de março de 1899.) Ao reuni-los em livro,
Nietzsche nasceu em 15 de outubro de 1844, em Rökken (Prússia, atual Alemanha). Criado em uma família de clérigos luteranos, Nietzsche foi preparado para ser pastor. Aos 18 anos, perdeu a fé em Deus e passou por um período libertino, quando contraiu sífilis. Nietzsche tornou-se professor de filosofia e poesia gregas com apenas 24 anos, na Universidade de Basileia, em 1869. Abandonou a universidade em 1879. Sofrendo de intensas dores de cabeça e de uma crescente deterioração da vista, levou uma vida solitária, vagando entre a Itália, os Alpes suíços e a Riviera Francesa-ele atribui à doença o poder de lhe conferir uma clarividência e lucidez superiores. Em janeiro de 1889, ao ver um cocheiro chicoteando um cavalo, abraçou o pescoço do animal para protegê-lo e caiu no chão. Havia enlouquecido? Muitos amigos que visitavam Nietzsche na clínica psiquiátrica duvidavam de sua doença e alguns de seus biógrafos afirmam que, longe de loucura, ele atingiu uma enorme sanidade. O filósofo morreu em 1900. "Aquele que luta com monstros deve acautelar-se para não tornar-se também um monstro. Quando se olha muito tempo para um abismo, o abismo olha para você." Para Nietzsche, a filosofia, representada por Sócrates (o "homem de uma visão só"), instaura o predomínio da razão, da racionalidade argumentativa, da lógica, do conhecimento científico e do "espírito apolíneo"-derivado de Apolo, deus da ordem e do equilíbrio. Assim, perde-se a proximidade da natureza e de suas forças vitais, da alegria, do excesso e do "espírito dionisíaco"-derivado de Dionísio, o deus do vinho e das festas. A história da filosofia é, portanto, a história do triunfo da razão contra a "afirmação da vida". Seria preciso, assim, resgatar o elemento dionisíaco da vida. Entretanto, não foram apenas os filósofos que contribuíram para a decadência do homem e da cultura ocidental. Para Nietzsche, o cristianismo também teve o seu papel. Isso porque os cristãos defendem uma "moral dos escravos" ou do "rebanho" contra uma "moral dos senhores" ou dos "espíritos livres". A "moral dos escravos" nega a vontade e o desejo, enquanto a "moral dos senhores" se relaciona com aqueles que afirmam a vida. Importante notar que o termo escravo deve ser entendido aqui não no sentido social, mas psicológico. Devido à força do número, a mediocridade do rebanho venceu. A moral cristã é hostil à vida, uma forma de os fracos deterem os fortes. Os cristãos condenam os belos, os fortes e os poderosos a um inferno fictício, enquanto legaram aos escravos o céu. O cristianismo sufoca nosso impulso criativo, insaciável. Contra aquilo que pregam os cristãos e filósofos, é preciso ser fiel à vida: "Permanecei fiéis à Terra e não acrediteis nos que vos falam de esperanças supraterrestres! Envenenadores são eles". Nietzsche propunha uma transvaloração de todos dos valores: por meio de seu método genealógico (A Genealogia da Moral), é preciso investigar a origem dos valores, em vez de simplesmente aceitá-los. Ao falar da "morte de Deus", Nietzsche, ao contrário do que se pensa, não se colocava como um "anticristo" no sentido evangélico do termo, mas como alguém que queria a morte das "muletas metafísicas", ou seja, dos "apoios" fora da vida, de viver baseado num mundo que não existe. Como assim? Para acalmarem a angústia da própria existência, os homens ocidentais sempre procuram inventar em sua vida uma finalidade (um sentido, um motivo, uma razão para sua existência e para os acontecimentos da vida), uma unidade (o conhecimento científico, garantindo que podemos entender o universo) e uma verdade (uma moral, uma razão filosófica). Para Nietzsche, esses três conceitos são ilusões, ídolos. Assim, o filósofo alemão derrubava os três pilares da cultura ocidental. Para Nietzsche, os principais temas abordados por todos os filósofos até o século XIX, como Deus, Ser, Razão, Sentido, Verdade, Ciência, Produção, Beleza, Ordem, Justiça, Estado, Revolução, Família, Demonstração, Lógica, seriam construções, valores morais ocidentais, que domesticavam o homem e anulavam sua criatividade. Os valores do mundo estão, portanto, baseados em nada-a cultura que não supera isso é uma cultura niilista. Niilismo é a inversão dos valores vitais pelo cristianismo, que transforma em afirmação de poder o sofrimento e a lassidão de uma vida diminuída. O niilismo, assim, é a doença dos tempos modernos, a vida depreciando a vida. Paradoxalmente, niilismo é também a denúncia desses valores. Em O Crepúsculo dos Ídolos, Nietzsche declara guerra a esses falsos deuses que criamos: o Estado, as instituições, as ilusões da filosofia, a verdade. Apenas os espíritos mais refinados têm asco a essas normas, negando Deus, a ciência, a verdade. Superando essa cultura do medo e do ressentimento, nos tornamos o super-homem ou além-homem. Zaratustra-protagonista do livro Assim Falou Zaratustra-é o além do homem (Übermensch), pois ele viu muitas coisas, sofreu muito, amou, odiou, foi guerreiro, experimentou a morte, comemorou a vida. Em seu caminho cheio de pedras, ele superou a si mesmo. Zaratustra é o homem superior, cujo querer emancipado de todo ressentimento, de toda culpa, de toda negação,
Psicologia USP, 1998
ra. Carolina Bori, uma das personalidades mais marcantes da Universidade de São Paulo, dedicou-se, com muita eficiência, à melhoria das condições relacionadas à educação em nosso país. Líder competente e lúcida, possui a grande qualidade de transmitir a vontade de trabalhar, estimulando o que há de melhor entre os indivíduos do grupo. Enérgica quando necessário, tem os olhos voltados para metas bem estabelecidas durante sua rica trajetória. O convívio com a Dra. Carolina Bori, no projeto BID/USP/CECAE, na Estação Ciência, no IBECC/SP, mostrou as várias faces de sua competência e dignidade.
Um doloroso e trágico espetáculo surge diante de mim: retirei a cortina da corrupção do homem. Essa palavra, em minha boca, é isenta de pelo menos uma suspeita: a de que envolve uma acusação moral
P. F. Strawson e a tradição filosófica , 2019
Este artigo narra a história de uma divergência, e por meio dela apresenta algumas diferenças entre as filosofias destes dois grandes filósofos contemporâneos, P. F. Strawson (1919-2006) e W. V. Quine (1909-2000). O objeto declarado da divergência de que aqui tratamos foi a tese da eliminabilidade dos termos singulares, rejeitada por Strawson e defendida por Quine. Como seguidamente acontece em divergências filosóficas, também esta tinha raízes mais profundas, nas concepções de filosofia e nos projetos filosóficos em que cada um se engajou. Como essa é uma situação filosófica recorrente, e como o desvelamento das raízes mais profundas de divergências declaradas pode ser esclarecedor para todos (uma espécie de moral da história), e como, ainda, a divergência particular protagonizada por Quine e Strawson ecoa diversas outras da história da filosofia, vale a pena rever alguns detalhes desse vai e vem dialético de Strawson e Quine a respeito de termos singulares.
Jair Pinheiro - Ler Althusser , 2016
Em 1965, Louis Althusser publicou Pour Marx e Lire Le Capital, duas coletâneas que impactaram o debate teórico no campo do marxismo na agitada década de 1960. A primeira, constituída por textos que ele mesmo vinha publicando desde o começo da década, como crítica ao economismo e ao humanismo teórico ao mesmo tempo em que polemizava com aqueles que advogavam a tese de que o marxismo vivia uma crise terminal, que era preciso superá-lo para avançar no campo das ciências humanas. A segunda, composta por textos seus, de Pierre Macherey, Jacques Rancière, Étienne Balibar e Roger Establet, jovens pesquisadores, seus alunos, que o acompanhavam no projeto de renovação do marxismo, consiste no que Althusser chamou de leitura sintomal da obra magna de Marx, visando à sistematização do que se encontra em estado prático em O Capital, ou seja, não formulado e sistematizado.
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Gazetamatemática, 2013
Estudos Italianos em Portugal, 2009
“Balsa”, in T. Nogales Basarrate, Ciudades Romanas de Hispania II. Cities of Roman Hispania II, Mérida: Museo Nacional e Arte Romano, pp. 361-372., 2022
P. F. Strawson e a Tradição Filosófica, 2019