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2015, Revista Sísifo
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Pensar o "Ocidente" que se forja como imaginário em contraponto ao "Oriente" (ou aos orientes) e a relação de espelhamento que se produz nestas relações.
Locus: Revista de História
O sentimento de rechaço ao islã tornou-se algo como um lugar-comum junto à emergência da nova direita populista em vários países e regiões do planeta. Sobretudo após os atentados de 11 de setembro de 2001, o islã ganhou um papel de protagonismo dentro daquilo que essa direita propõe combater. Todavia, os motivos do sentimento anti-islâmico tornam-se turvos, uma vez que antes do 11 de setembro vários setores da direita na Europa e nos EUA já enquadravam o imigrante não europeu, ou de países do chamado terceiro mundo como um grande problema. Quando o sentimento anti-islâmico surge nos discursos da direita em países que não se defrontam com a questão da imigração de forma tão incisiva, como no Brasil, este tema fica ainda mais problemático, tornando-se necessária uma averiguação mais detalhada da questão. Neste artigo analisa-se a abordagem do islã no contexto da nova direita no pensamento de Olavo de Carvalho, um influente formador de opinião da direita brasileira atual. Busca-se comp...
2019
Resumo: Este texto tem por objeto a visão de Ocidente presente no pensamento do general Golbery do Couto e Silva, explicitado em suas obras Geopolítica do Brasil e Planejamento estratégico. Para analisá-la, aborda-se sua visão de homem, de história, de estado e de civilização; traz-se à luz a sua inspiração teórica para o debate sobre civilização ocidental e encerra-se com a relação de dependência mútua que percebe entre Brasil e Ocidente, além das proposições que faz a partir desse diagnóstico, da opção pelo Ocidente e da criação do Brasil-potência. Palavras-chave: Golbery do Couto e Silva; civilização ocidental; pensamento conservador. The West and History in Golbery do Couto e Silva Abstract: This text has as its object the vision of the West present in the thinking of General Golbery do Couto e Silva, explained in his works Geopolitics of Brazil and Strategic planning. To analyze it, it approaches his vision of man, history, state and civilization; and its theoretical inspiration is brought to light for the debate on civilization, ending with the relationship of mutual dependence that he perceives between Brazil and the Western civilization, besides the propositions that he makes from this diagnosis, the option for the West and the creation of Brazil-power.
Uwa’kürü - dicionário analítico, vol. 2, 2017
Redigimos esse texto na cidade de Rio Branco, no Estado do Acre, a capital mais ocidental do Brasil, situada na Região Norte. Contudo, para aproximar-nos tanto ao Ocidente quanto ao Norte globais sem ultrapassar a fronteira nacional, precisaríamos percorrer vários milhares de quilômetros em direção sul-oriental, até chegar ao Sudeste Metropolitano, centro nevrálgico do país. E depois, desde esse “embrião de uma futura megalópole”, onde “se localiza o maior parque industrial da América Latina”, teríamos a opção de viajar por 8.000 km rumo a nordeste, para finalmente chegar à Europa, cuja cultura, conforme um livro para as escolas que chegou às nossas mãos, “é ocidental, baseada no alfabeto latino, nas religiões judaico-cristãs e na idéia de progresso ou desenvolvimento material”. Por um lado, somos continuamente mobilizados para combater as guerras (simbólicas, políticas, ou até concretas) desse dito Ocidente, e por outro lado somos continuamente excluídos da superioridade moral que parece caracterizar quem consegue caber dentro dele. Antes de tentar estabelecer um diálogo, e antes de nos desencadear e de fagocitar o Ocidente, precisamos desagregá-lo, fragmentá- -lo simbolicamente. Somente a partir dos seus pedaços, das suas migalhas desvinculadas dessa ambição de normatizar e impor desejos e obrigações, confinar, policiar, domesticar e assepsiar o Outro, poderemos começar um diálogo que seja verdadeiramente decolonial.
O Ocidente hoje está envolto num conflito violento e dilatado contra as forças do radicalismo islâmico. Esta luta é sumamente difícil, tanto pela dedicação do nosso inimigo à sua causa, como -talvez principalmente -pela enorme desconjunção cultural por que passaram Europa e América desde o fim da guerra do Vietnã. Em termos simples, os cidadãos do Ocidente perderam o seu apetite por guerras estrangeiras; perderam a esperança de conquistar qualquer vitória que não fosse temporária; perderam a confiança no seu modo de vida. De fato, não têm mais certeza sobre as exigências que esse modo de vida lhes faz.
Embora Fernando Pessoa nunca tenha visitado o Oriente, revisitou-o em inúmeras ocasiões. Dos vestígios dessas viagens surgiu o nosso intuito de traçar alguns dos caminhos percorridos pelo autor, horizontes de uma cartografia constituída pelas mais diversas vozes de filósofos e poetas. Desde as já conhecidas traduções de quartetos de Omar Khayyâm − manuscritas no exemplar ainda hoje presente na sua biblioteca particular (cf. Rubaiyat, 2008) − à tradução de alguns versos do Fruit-Gathering [Colher de Frutos] de Rabindranath Tagore e de Nezāmi (estes últimos acompanhados de escansão), passando por extensas listas de literatura clássica hindu onde curiosamente encontramos a «Mrichchhkati (The Toy Cart)» –peça construída em torno da troca de identidade entre personagens –, este dossiê pretende ilustrar a duradoira relação que Pessoa manteve através dos livros com o Oriente.
Nesse livro, uma coleção de textos sobre o Próximo Oriente e Orientalismo nos traz um panorama da diversidade cultural e histórica dessas civilizações, bem como suas possíveis interpretações.
Resumo: Pretendemos repensar filosoficamente as relações entre Oriente e Ocidente a partir de uma experiência transversal aos seres humanos, aquém e além das problemáticas e sempre indeterminadas fronteiras entre culturas, filosofias e religiões. Trata-se da respiração, intimamente ligada às entranhas da vida somática e às dimensões mais subtis da consciência. Todas as tradições espirituais da humanidade a consideram como uma via privilegiada de acesso à realidade primeira e última, mas neste percurso limitar-nos-emos a expor algumas das suas abordagens nas tradições bramânica-hindu e cristã.
Livro com ensaios sobre a questão do estudo das várias formas e possibilidades de História Asiática no Brasil e no Mundo. O livro traz os seguintes estudos: A DIFICULDADE EM FALAR SOBRE 'ORIENTE' NO BRASIL André Bueno, p.5 ESTUDOS SOBRE DAOÍSMO EM PERSPECTIVA HISTÓRICA: HISTORIOGRAFIAS, TEMAS E NOVAS DIREÇÕES Bony Schachter, p.17 DE MATTEO RICCI À MISSÃO FRANCESA: O ENCONTRO ENTRE OS JESUÍTAS EUROPEUS E O IMPÉRIO DO MEIO (SÉCULOS XVI A XVIII) Carmen Lícia Palazzo, p.31 ÍNDIA, ESPELHO DE NOSSA VOCAÇÃO ESPIRITUAL Edgard Leite, p.47 IMPERIALISMO, CONTATO, HIBRIDISMO: A VIDA NOS PORTOS ABERTOS JAPONESES NA ERA DA EXTRATERRITORIALIDADE (1859-1899) Emannuel Reichert, p.53 O IMPERIALISMO JAPONÊS NA ÁSIA Emiliano Unzer Macedo, p.71 FILOSOFIA CHINESA: FATO OU FICÇÃO? Jana S. Rošker, p.93 ALTERIDADE E IDENTIDADE NO IMPÉRIO ASSÍRIO Kátia Pozzer, p.105 “FILOSÓFICO OU RELIGIOSO"? REFLEXÕES PARA DESCOLONIZAR OS ESTUDOS EM DAOÍSMO/TAOÍSMO Matheus Oliva da Costa, p.127 TOYOTOMI HIDEYOSHI E A PROIBIÇÃO DO TRÁFICO DE ESCRAVOS NO JAPÃO, 1587 Rômulo Ehalt, p.143 O NEOTRADICIONALISMO DE XI JINPING Xulio Rios, p.157
Portugal-China: 500 Anos, 2014
No tempo de Eça de Queirós, o Oriente estava na moda. E também na ordem do dia, do ponto de vista político, pois que por lá se decidiam questões relevantes de que dependiam poderes imperiais e interesses económicos. Mas nesse mesmo tempo, o Oriente era vastíssimo e incluía muitas terras, muitas gentes e muitas culturas. Do chamado Próximo Oriente ao Japão, dito do Sol Nascente para quem o considerava a partir de um lugar de observação eurocêntrico, iam distâncias consideráveis. Entre a Europa e o Japão estava o Império do Meio (entenda -se: no centro do planeta), ou seja, a China que resistia aos ventos da Revolução Industrial e que só pela força militar usada nas chamadas Guerras do Ópio se foi abrindo ao comércio com o Ocidente. A pouco e pouco, os estrangeiros deixaram de ser, como até então, bárbaros. Arrastam -se estas tensões e os derivados conflitos bélicos por várias décadas, ao longo do século , com consequências que o Eça da segunda metade de Oitocentos conhecia bem, sendo, como era, leitor atento da melhor imprensa de então.
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2018
O Ocidente experimenta o Brasil, 2021
Camões. Revista de Letras e Culturas Lusófonas, 9-10 , 2000