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Por uma Sociologia da Juventude – releituras contemporâneas

Abstract

O presente artigo procura pensar na possibilidade de consti-tuição de uma Sociologia da Juventude, realizando uma releitura dos resultados das pesquisas feitas pela Unesco entre os anos 1998 e 2000. O contexto de emergência destas pesquisas foram os fatos ocorridos em Brasília no ano de 1997 em que cin-co jovens de classe média-alta da cidade, numa "diversão" da madrugada, atearam fogo no índio pataxó Hã-há-hãe, Galdino Jesus dos Santos, de 45 anos, que dormia num ponto de ônibus no Plano Piloto da cidade. Tal evento chocou a opinião pública, pois, além do fato em si, marcado pela gravidade da ação, trazia para o centro do palco jovens bem nascidos, com educação for-mal condizente e de famílias prestigiosas da sociedade. Como explicar tal ação? O que está acontecendo com os jovens de classes médias e altas? Como analisar este aconteci-mento, uma vez que ele colocava em xeque aquela velha equação de pobreza=violência, demandando outros modelos teóricos explicativos para tal...

Key takeaways

  • Para os jovens da periferia da capital federal, o trabalho, categoria-chave de inclusão na sociedade moderna, "[...] não é visto como uma fonte de satisfação, de prazer, de realização pessoal e nem mesmo de segurança e de integração social.
  • Nª 8 -abril de 2006 caso a trapaça de fato ocorra, é preciso que ela não fique impune.
  • Neste sentido, juventude não é simplesmente uma categoria etária ou biológica.
  • O tema da diferenciação social é tratado aqui por outras categorias que não as de classe social, etnia, religião.
  • De um lado, ele não é definido por nenhum passado, o que determina sua oposição à velhice, de outro, não há para ele o futuro" (SIMMEL, 2005, p. 172).