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Era uma vez um jovem rebelde, arruaceiro e dissoluto que amava "alucinadamente" as mulheres e fumava maconha e cheirava cocaína no mesmo ritmo que dirigia sua moto -mais do que uma alma perdida, era a promessa de um legítimo cafajeste.
Apresentação Era uma vez um jovem rebelde, arruaceiro e dissoluto que amava "alucinadamente" as mulheres e fumava maconha e cheirava cocaína no mesmo ritmo que dirigia sua moto-mais do que uma alma perdida, era a promessa de um legítimo cafajeste. Um dia, esse moço acordou aos gritos achando que estava com uma cobra sucuri enrolada no corpo, mordendo-lhe o braço e inoculando-lhe veneno. Era uma visão, claro, não uma cena real, mas foi como se fosse. Caio Fábio tinha então 19 anos, já estivera perto da morte por acidente ou suicídio, e aquela foi a última vez que, simbolicamente, se sentiu possuído pelo demônio. No dia seguinte, decidiu, iria nascer de novo: "Vou viver com Jesus e ser um homem de Deus para o resto da minha vida." Convertido, o jovem acabou se tornando pastor protestante, assim como seu pai, um agnóstico que certo dia, lendo a Bíblia, também se convertera e abandonara tudo, inclusive um próspero escritório de advocacia do qual era sócio o senador Bernardo Cabral, ex-ministro e presidente da CPI dos precatórios. As memórias que Caio Fábio lança agora encerram mais do que a conversão de uma alma desgarrada que escolheu como referência não um presbiteriano como ele, mas um santo, Santo Agostinho, cujas Confissões pontuam como epígrafes os capítulos do livro, criando um curioso contraponto católico a essa saga protestante. Encerram mais do que isso. As Confissões são também a emocionante aventura de uma vocação pastoral sem temor e sem preconceitos, que sobe os morros, entra nos presídios, freqüenta palácios, catequiza traficantes, batiza governador, é perseguida politicamente, e nada abala a sua crença de que o Evangelho é imbatível, de que tem o poder de "mudar bichos, monstros e pervertidos". No livro, como na vida, pode-se encontrar esse pastor tão pouco ortodoxo em Bangu I convertendo Gregório, o Gordo, o maior ladrão de carros da história do Brasil e estrategista do Comando Vermelho. Ou batizando o perigoso traficante Isaías do Borel, contaminado pelo vírus do HIV: "Isaías, eu te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo." E pode estar também, algumas páginas depois, na casa da maior autoridade do Estado: "Em maio de 1994, batizei o governador do Estado, Nilo Batista, e sua esposa, Vera Malagute Batista." Que outro líder espiritual seria capaz de uma ação pastoral tão arriscada, eclética e ecumênica? As incursões de Caio Fábio, ou melhor, sua imersão permanente no mundo profano, na vida
2001
fi n s do sec. IV. Provincia rom ana da Numidia, chamada 0 «celei ro de Roma,>, Cidade de Hip ona Regia, 397 anna Domini. o recem-aclamado Bi spo, Aurelio Ag ostinho, mais conh ecido depois por Santo Agosti nho, tern 43 anos e comec;:ou hoje a escrever as suas Confissoes. Acto simb alieD,
ABRIL CULTURAL 1980 ■ EDITOR: VICTOR CIVITA CIP-Brasil. Catalogação-na-Fonte Câmara Brasileira do Livro, SP Agostinho, Santo, 354-430. A221c Confissões ; De magistro = Do mestre / Santo Agostinho. -2.ed.
in AZEVEDO, Carlos Moreira (direção) - História Religiosa de Portugal. Lisboa: Círculo de Leitores, 2000, vol. II, pp. 250-255
A eclesiologia como tema teológico, tem ganhado expressividade em seu estudo e debate por conta dos últimos acontecimentos, principalmente com a chegada do cardeal Jorge Mario Bergoglio ao Vaticano como Papa Francisco. Este artigo procura tratar de algumas características que compõem uma eclesiologia de baixo, pontuando caminhos e mediações pastorais para uma igreja que procura ter dimensões abertas a partir do atual contexto histórico.
Litterata, 2021
Já sei que o mais difícil vai ser encontrar a maneira de contar, e não tenho medo de me repetir. Vai ser difícil porque ninguém sabe direito quem é que verdadeiramente está contando, se sou eu ou isso que aconteceu, ou o que estou vendo (nuvens, às vezes uma pomba) ou se simplesmente conto uma verdade que é somente minha verdade, e então não é a verdade a não ser para meu estômago, para esta vontade de sair correndo e acabar com aquilo de alguma forma, seja lá o que for. "As babas do diabo", Julio Cortázar 1 ,. Em uma cena de Captain Fantastic, filme estadunidense de 2016, dirigido e escrito por Matt Ross, acompanhamos Ben Cash, o pai, interpretado por Viggo Mortensen, inquirir à filha acerca do livro que lê, Lolita, de Vladimir Nabokov. A personagem de Samantha Isler, Kielyr Cash, depois de fazer comentários superficiais sobre o enredo, passa a uma análise da narrativa dando-se conta de que, por ser apresentado do ponto de vista de Humbert Humbert, é possível simpatizarmos com o protagonista do romance mesmo que se trate de um pedófilo. A leitura de Lolita torna-se intrigante por fazer com que sintamos compaixão e, ao mesmo tempo, asco pelo personagem principal e narrador da trama. Por mais que se trate da confissão de estupro de uma menor, na silabação lá no
Escrita não-criativa e autoria, 2018
Capítulo do livro "Escrita não criativa e autoria", organizado por Luciene Azevedo e Tatiana da Silva Capaverde. Cada vez tem se tornado mais comum autores contemporâneos referirem-se a suas próprias obras como um trabalho de curadoria. Mas como pensar o autor como curador? Como pensar essa imbricação entre o curador e o artista e mais especificamente investir na possibilidade de aproximar a condição do autor contemporâneo a de um curador de sua própria imagem e de sua obra? Os artigos reunidos neste livro tematizam questões que discutem a condição da autoria no presente considerando os procedimentos da escrita não-criativa e a possibilidade de pensar o autor como um curador. O ponto de partida de muitos ensaios são as premissas defendidas por Kenneth Goldsmith, professor da universidade da Pensilvânia, que ministrou durante alguns semestres um curso que ele mesmo chamou de “Escrita não-criativa” e que consistia em estimular seus alunos a investigarem técnicas de apropriação de obras alheias, defendendo a ideia de que os “escritores estão se tornando curadores da linguagem e fazendo um movimento similar à emergência do curador como artista nas artes virtuais”. Ao lado dele, Marjorie Perloff (2013) relaciona iniciativas como as de Goldsmith à não-originalidade, às práticas da citação, da cópia, da reprodução, da colagem e identifica, aí, a possibilidade de um novo paradigma para a criação literária. Nossos autores tomam essas provocações como ponto de partida para a reflexão e oferecem ao leitor um bom panorama sobre essas discussões.
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Vox Faifae Revista De Teologia Da Faculdade Faifa, 2009
Revista Acadêmica Licencia&acturas, 2017
Revista de Estudos Filosóficos e Históricos da Antiguidade, 2017
Teocomunicacao, 2007