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Discutimos, no presente texto, a relação estabelecida entre a categoria espaço (considerado socio-historicamente) e a dimensão subjetiva dos diversos atores sociais que dele, necessariamente, se apropriam. Partindo da cidade, objeto privilegiado de nossa análise, buscamos, além de uma breve discussão sobre alteridade, indicar a articulação do espaço com a formação e consolidação de identidades. Para a discussão deste processo, tomamos, especialmente, a centralidade do trabalho nos novos arranjos urbanos. Entendemos que é de suma importância a refl exão sobre a relação espaço/subjetividade. A partir de uma ótica transdisciplinar, buscamos destacar, na cidade moderna, a questão da segregação e seu impacto subjetivo. Palavras-chave: espaço; subjetividade; trabalho; cidade.
This paper produces some issues for debate on the relationships between work and subjectivity. Under this perspective, work implies, from a human point of view, the fact of working: gestures, know-how, a commitment of the body, the mobilization of intelligence, the ability to reflect, to interpret and to react to situations; it is the power of feeling, of thinking and of inventing. Actual work is always affectively manifested to the subject, whereby a primordial distress relationship is established, experienced by the subject, embodied. To work is to fill the gap between the prescribed and the real. This is why an important part of the effective work remains in the shade, and cannot, therefore, be assessed. Another question concerns the agreements built by workers within the collective of a team or of a job, which always present a double vectorization: from the one hand, a work efficacy and quality goal; on the other hand, a social goal. A discussion of the psychodynamics of work theory is also proposed, where the work centrality is one of their pillars as well as the psychoanalytical theory, where this issue is not directly approached.
Revista Critica de Ciencias Sociais
O s estudos recentes de Danièle Linhart problematizam e analisam os discursos disseminados pelos altos quadros do capital sobre as atuais condições de trabalho. Esses discursos pintam um cenário positivo da " moderna " forma de gestão empresarial e demonstram uma preocupação com a qualidade e a segurança dos locais de trabalho e do bem-estar do trabalhador, mas tal imagem se contrasta com o aumento, sem precedentes nas últimas décadas, do sentimento de mal-estar e de sofrimento daqueles que vivem do trabalho. A estu-diosa trata desse tema em seu mais recente livro — que pode ser traduzido como A comédia humana do trabalho: da desumanização taylorista à hiper-humanização gerencial — e defende a tese de que o drama do trabalho contemporâneo não se origina apenas da desumanização proporcionada pelo capital e seu maquinário, mas também pelo fato do atual modelo de gestão mobilizar a seu favor os aspectos mais profundamente humanos da subjetividade dos trabalhadores. Danièle Linhart é francesa, socióloga do trabalho, diretora de pesquisa emérita do
Revista Mal Estar E Subjetividade, 2011
Education and the work context in educational institutions are recurring themes in the analysis of experts and theorists, in view of new social configurations and subjective processes that are included in them. In almost all discourses, questions on new pedagogic methods and interventions , as well as on the challenges to face contemporary problems are raised. Education is embedded in the social net and it is trespassed, all the time, by forces, power and knowledge relations that define modes of being and acting. Teachers suffer the effects of these new social formations , both in relation to the different social bonds and relationships that are daily established at school, and in relation to their own working mode. This article's aim is to discuss how the edu-cator's subjectivity is being configured, considering him from a worker position. We examined the different social configurations that were produced during the Brazilian educational historical development in order Revista Mal-estaR e subjetividade-FoRtaleza-vol.Xi-Nº4p. 1429-1460dez/2011 Subjetividade e trabaLho Na educação 1431 to understand the transformations that take place and the work processes that are produced, constituting different modes of being and working in the Porto Alegre Municipal Education Net (RME). We delineated a discourse analysis, inspired by a dialogue between the studies of Michel Foucault and Gilles Deleuze, considering teachers and principals' discourses found in files of counseling, meetings and training with teachers of RME, taken as analyzers of the historical construction of discoursivities. We emphasized the complaint as an expression of teacher's suffering and illness at work, produced by the hegemonic discourses and practices that put the teacher-worker in a place of weakness and impotence, effects of a neoliberal rationality, a logic that operates on the behavior regulation and today's subjectivity processes.
Na contemporaneidade, o entendimento do fenômeno do trabalho perpassa por temas como sua precarização, suas formas atuais de constituição, suas condições objetivas e sua relação com a constituição da subjetividade do trabalhador. Nesta perspectiva, este artigo objetiva discutir a relação trabalho e subjetividade sob o olhar das relações de trabalho constituídas mais recentemente. Trata-se de um estudo bibliográfico que se baseia na análise dos estudos sobre o trabalho: Marx . Os autores estudados indicam que esta captura não se dá apenas no plano individual, mas principalmente na intersubjetividade, ou seja, na existência do ser social. Outra constatação é que a forma do capitalismo atual influencia a subjetividade do trabalhador por meio de ações para sua ampliação e manutenção, ocorridas a partir da década de 1970 no mundo e de 1990 no Brasil vem comprometendo o desenvolvimento das experiências e vivências das pessoas com seu trabalho e consequentemente não permitindo que de forma satisfatória e saudável elas consigam relacionar seu mundo interno com o mundo externo e desta forma compreender seu papel como indivíduo e como ser social por meio do trabalho.
O espaço no qual nos movemos cotidianamente parece tão estável e sólido que nos faz esquecer que a forma como vemos o mundo é sempre afetada por aquilo que acreditamos ou sabemos. No aRiaNe patRícia ewald, RaFael RaMos GoNçalves e caMila FeRNaNdes bRavo Revista Mal-estaR e subjetividade -FoRtaleza -vol. viii -Nº 3p. 755-777set/2008 entanto, ao determos os olhos sobre alguma coisa, imediatamente a trazemos para perto e nos situamos em relação a ela. Esta constatação motiva nosso estudo sobre a relação entre espaço e subjetividade. Pretendemos mostrar que a noção de Espaço não pode ser reduzida a uma concepção tecno-científica que o toma como algo dissociado da subjetividade. Ao contrário, ele é o lugar de encontro das subjetividades, possibilitado pela expressividade do corpo, no qual se realiza o intercâmbio entre sujeito e mundo. Palavras-chave: subjetividade, espaço, lugar, existencialismo, fenomenologia.
Aletheia, 2006
Resumo. O artigo discute a importância das articulações teóricas entre subjetividade e trabalho, priorizando a análise da contemporaneidade e seus desafios, contradições e possibilidades. Apresenta como uma das possibilidades emancipatórias o trabalho associativo e solidário, organizado de forma autogestionária.
Research, Society and Development
Este artigo tem como objetivo refletir sobre o lugar da subjetividade na construção do imaginário urbano que atravessa as cidades, utilizando-se de um aporte literário multifacetado para compor sua empiria. Inicialmente, o artigo dedica-se a uma discussão ancorada em Merleau Ponty (2004), acerca do mundo percebido, isto é, do universo de investigação dos sentidos, na arte, na pintura, na filosofia e na literatura, que ajuda a esclarecer nossa compreensão dos eventos históricos e da cidade; e na ideia de imaginário de Bachelard, fundamentalmente no que tange a obra A poética do espaço (2008), na qual o autor concebe o espaço como “um instrumento de análise para a alma humana” (2008). Em seguida, e a partir desse modo dialético de olhar para o espaço edificado, trabalhamos com a hipótese de alguns autores como Canclini (1997), Bollas (2000) e Leitão (1998, 2011, 2012, 2021), de que pensar as cidades perpassa, indissociavelmente, a relação imaterial entre indivíduos e espaço urbano. P...
Revista Letras, 2003
O objetivo deste trabalho é analisar as marcas do sujeito, Diogo Mainardi, em três publicações assinadas na Revista Veja (edições 1683, 1699 e 1700). Serão as marcas lingüísticas, reveladoras da subjetividade do jornalista, que analisaremos à luz de uma perspectiva discursiva, tal como propõe Possenti (2001). Um acontecimento pessoal o filho com necessidades especiais provoca a quebra do estilo de Mainardi, habitualmente irônico, e de suas regras básicas de construção discursiva. A partir dessa análise, faremos algumas considerações sobre a representação que o autor faz de seu leitor, de si mesmo, do filho e de crianças de condição similar, bem como sobre a representação dos pais sobre essas patologias infantis. The aim of this paper is analysing traces of the individual, Diogo Mainardi, within three columns of his authorship in Revista Veja (editions 1683,1699 e 1700). We will analyse linguistic traces, revealers of the journalists subjectivity, based on a discourse treatmen...
2011
Este artigo trata da implantação de um escritório de gerenciamento de projetos (PMO) em uma organização, com vistas aos resultados que podem ser obtidos através da gestão da qualidade. Isto inclui o suporte prestado às equipes para utilizaçção das práticas de gestão de projetos e à centralização de todas as informações relativas a essa gestão. São apresentados dados de dois departamentos e analisam-se os motivos para elevação dos índices de aderência ao procedimento de gestão de projetos em um destes, que estava aquém do esperado antes da implantação do PMO. Considera-se que o modelo de PMO adotado, baseado em cinco frentes, ocasionou tal resultado devido à integração e atuação conjunta nas ações realizadas, sendo que, de maneira independente e individual, provavelmente não ocasionariam o mesmo efeito. Os motivos da atuação integradas das cinco frentes são apresentados, além de realizada uma análise relativa ao aumento da confiabilidade do processo produtivo, quando aderente a um procedimento padronizado na área de tecnologia de informação.
Revista Horizontes de Linguistica Aplicada, 2011
Este trabalho , fundamentado no dialogismo bakhtiniano e nos referenciais teóricos da Análise do Discurso de linha francesa tem o objetivo de analisar dissertações de vestibulandos, a fim de evidenciar como a subjetividade emerge ao longo do texto. A subjetividade nas redações será analisada por meio de três categorias: 1. posicionamento – que nos permitirá evidenciar os recursos utilizados pelo sujeito ao se posicionar em relação ao tema (ou questões com este envolvidas) proposto para a dissertação; 2. retextualização – em que evidenciaremos os recursos utilizados pelo sujeito ao se relacionar com os trechos de textos apresentados na prova; e 3. estilo – que investigará o trabalho do sujeito com os aspectos meramente lingüísticos. De forma mais ampla, propomo-nos a repensar o ensino de escrita na escola, a partir de uma visão que considera a multiplicidade dos sentidos como fundamental em qualquer trabalho com a linguagem.
2019
Como a vida nas grandes cidades influencia a nossa psique? O primeiro a colocar essa questao foi Georg Simmel, no inicio do seculo XX. Desde entao, diversos autores se debrucaram sobre o tema, tentando estabelecer as maneiras atraves das quais o cotidiano urbano molda subjetivamente aqueles que o vivenciam. Decadas depois de Simmel, Jane Jacobs analisa a rotina das grandes cidades e a sua influencia na vida dos seus cidadaos. E atraves da contribuicao desses autores, e de outros, como Richard Sennett, Christopher Lasch e James Hillman, que esse artigo busca desenvolver uma atualizacao dessa questao, procurando investigar a influencia que o convivio urbano e os rumos atraves dos quais direcionamos as nossas cidades tem nas manifestacoes da subjetividade contemporânea.
Ao propor uma discussão sobre a subjetividade e sua relação com o trabalho, abre-se uma questão que por muito tempo foi relegada à invisibilidade. O trabalho e os afetos com ele relacionados eram considerados como não relevantes, pois o que mais se privilegiava estava ligado à capacidade de trabalhar do indivíduo. Essa capacidade costuma ser definida a partir das visões preponderantes sobre o que seria o ser humano, em especial aquele que contribui para a produção dos bens necessários à civilização (cf. . Para Dejours , "trabalho é a atividade manifestada por homens e mulheres para realizar o que ainda não está prescrito pela organização do trabalho".
REVISTA TRABALHO, POLÍTICA E SOCIEDADE
O artigo discute a relação entre corpo, trabalho e subjetividade humana no contexto das mudanças no mundo do trabalho baseadas no modelo de acumulação flexível. Para isso, apoia-se, sobretudo, na revisão de literatura. As reflexões indicam que as novas formas de gestão e organização do trabalho vêm implicando em: intensificação do trabalho e precarização do trabalhador, ampliando com isso as formas de adoecimento laboral; em políticas de produção com vista a produzir o consentimento ativo, baseadas em tecnologias de gestão de recursos humanos, tais como ergonomia, programas de qualidade de vida no trabalho e ginástica laboral; e, em razão disso, desenvolve-se no interior da produção novos processos (de)formativos com implicações sobre a corporalidade viva do trabalho como um elemento significativo da captura da subjetividade do indivíduo trabalhador.
2007
RESUMO O presente estudo reflexivo tem o objetivo de desvelar o processo de trabalho na saúde, mediante a compreensão da condição humana de Hannah Arendt. Com vistas a clarear a dimensão da subjetividade, para o qual os profissionais da saúde, ao interagir com as pessoas que procuram por atendimento e cuidado, ao relacionar-se com os membros das equipes multiprofissionais, necessitam de um discurso e uma ação com base em idéias coerentes, flexíveis e multifacetadas. A filósofa Hannah Arendt defende essa opinião e, ainda, propõe um debate ético e político, que contribua para se pensar sobre os principais problemas e desafios de nosso tempo, que envolve a subjetividade, no estudo em questão, do sujeito-trabalhador. Politióloga, como preferia ser chamada, acreditava que frente aos temas e questões mais urgentes é necessário perceber o significado da história, restaurar a importância da amizade, reafirmar os laços de solidariedade e resgatar a dignidade política. Acreditamos que Arendt nos mostra uma possibilidade de transformação da realidade imposta pela sociedade, mediante a busca de alternativas de novas formas de ação e discurso, criando e redefinindo espaços no cenário da saúde, embasado no agir que é começar, no realizar e experimentar algo novo e diferente.
Teoría crítica y derecho contemporáneo, 2015
A existência de uma subjetividade de natureza jurídica está ligada ao surgimento do modo de produção especificamente capitalista, quando o capital subsume realmente o trabalho, que adquire então a forma de uma abstração praticamente verdadeira, permitindo que se constitua uma relação de equivalência efetiva, desconhecida em outras formações sociais. Esse processo pode ser acompanhado na tortuosa e ilusória elaboração conceitual dos melhores representantes da ideologia jurídica burguesa, Kant e Hegel, e plenamente compreendido nas análises que Marx e Pachukanis fazem da relação fundamental entre a forma de valor e a forma do direito.
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