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Este artigo se propõe a tratar da contribuição fenomenológica de Heidegger para o âmbito da educação, mostrando que o método fenomenológico permanece como um método científico em geral. Para isto, expomos, em primeiro lugar, o conceito de fenomenologia em Husserl, em seguida o heideggeriano, e, finalmente, a relação entre fenomenologia, ontologia e hermenêutica no horizonte da compreensão de ser, analisando obras de Heidegger de 1922 (Interpretações Fenomenológicas de Aristóteles) a 1927 (Problemas Básicos da Fenomenologia).
Controversia, 2013
Mestrando em Filosofia pela UNISINOS Faz-se necessário precisar, dada à amplitude e complexidade do pensamento de Heidegger, que este trabalho se centre exclusivamente em sua primeira época como docente em Friburgo (que tem demonstrado tão fecunda e decisiva) e que toma em consideração os cursos e escritos correspondentes a tal período. Esta comunicação quer manter-se no marco das concepções e narrativas do sujeito. Se não sempre, pelo menos em seus primeiros anos, Heidegger dedicou seus esforços (desde o impulso proporcionado pela filosofia da vida) a proporcionar uma interpretação nova e radical do Dasein humano. É certo ainda que, em seus primeiros escritos, refere-se explicitamente ao ser si mesmo (Selbstsein) e, portanto, ao sujeito. Logo abandona esse tipo de denominação, motivado pelo desejo de evitar a dialética ocidental: sujeito-objeto. Ainda que considerando as restrições oportunas, seria possível (pelo menos em ordem do diálogo) entender sua hermenêutica da facticidade como única concepção ou narrativa do Dasein humano. Única porque Heidegger não entendia sua proposta simplesmente como uma nova concepção acerca do ser humano. O que pretendia era conseguir uma experiência originária da vida fáctica em que esse objeto pudesse falar por si mesmo, mostrar-se como fenômeno, além de toda mediação teórica, distante, portanto, de qualquer conceitualização e longe de toda aplicação a priori de categorias. A categoria de Heidegger tampouco seria uma narração do sujeito posto que buscava, precisamente, a fundação de uma ciência rigorosa da vida. Assim, sua hermenêutica fenomenológica da facticidade não seria nem concepção nem teoria. Seria, de acordo com seu propósito, hermenêutica, interpretação da facticidade e, desde ela, colocar que a filosofia foi entendida como prolongação de um movimento fundamental (Grundbewegheit) que se encontra na mesma vida fáctica.
Esse artigo procura analisar um dos problemas enfrentados por Heidegger em seus primeiros cursos ministrados em Freiburg, os quais são fundamentais para a compreensão da formação do projeto filosófico que resultaria, anos depois, em Ser e Tempo. Nos focamos no problema da apreensão filosófica das experiências da vida fáctica, questão decisiva para o afastamento de Heidegger da fenomenologia husserliana e para sua busca por uma nova metodologia filosófica capaz de resolver tal dificuldade. Essa análise implica em uma exposição tanto da crítica de Natorp à fenomenologia, bem como da resposta de Heidegger para tal crítica e sua primeira tentativa de solução para o problema da vida fáctica. Além disso, mostramos que, nesse percurso, Heidegger desenvolve suas primeiras análises sobre o caráter específico que devem ter os conceitos filosóficos para poderem apreender a experiência concreta – o que significa mostrar sua radical diferença em relação aos conceitos científicos. PALAVRAS-CHAVE: Heidegger, fenomenologia, experiências da vida fáctica, conceitos filosóficos.
Princípios - Revista de Filosofia, 2019
Resumo: Este artigo toma duas preleções do filósofo alemão Martin Heidegger (1889-1976) como ponto de partida: A ideia da filosofia e o problema da visão de mundo (1919) e Ontologia (hermenêutica da facticidade) (1923). Partindo da hipótese de que é possível aproximar ambas as preleções, este trabalho se desenvolve a partir das temáticas próprias de cada texto com a intenção de mostrar que a filosofia se viabiliza para Heidegger a partir do solo da facticidade. Nesse sentido, a vida fática é considerada como tema central tanto em 1919, onde a filosofia é apresentada como ciência originária pré-teórica, quanto em 1923, onde a filosofia se identifica com a fenomenologia ontológico-hermenêutica. Por fim, percebe-se que ambas as preleções são fundamentais para consolidar a vida fática como objeto próprio da filosofia. E mais: para que a tarefa da filosofia se identifique com a da fenomenologia desenvolvida por Heidegger. Abstract This paper takes two lectures by the German philosopher Martin Heidegger (1889-1976) as a starting point: “The idea of philosophy and the problem of the world view” (1919) and “Ontology (Hermeneutics of Facticity)” (1923). Starting from the hypothesis that it is possible to approach both lectures, this paper develops from the specific themes of each text with the intention of showing that philosophy is feasible for Heidegger from the ground of facticity. In this sense, factic life is considered as a central theme both in 1919, where philosophy is presented as an original pretheoretical science, and in 1923, where philosophy is identified with ontological-hermeneutic phenomenology. Finally, it can be seen that both lectures are fundamental to consolidate factic life as the proper object of philosophy. Moreover, for the task of philosophy to be identified with that of phenomenology developed by Heidegger.
2018
O objetivo deste trabalho e analisar como se torna possivel uma investigacao fenomenologica em Heidegger, o que implica num questionamento acerca da anterioridade da materia e do conteudo sensivel do qual o proprio mundo e constituido. Como parâmetro desta analise, adotaremos uma linha conceitual e argumentativa de passagens presentes no conjunto selecionado dos textos iniciais da obra do filosofo, contemplando, sobretudo, as licoes de Marburgo. A partir dos quais defenderemos que a fenomenologia e o como de uma investigacao filosofica que, por sua vez, so e possivel mediante uma via de acesso livre e direta. Tal via e, para Heidegger, a hermeneutica da faticidade. Ao desenvolver a hermeneutica enquanto metodo fenomenologico, Heidegger empreende a Abbau confrontando-se com os problemas conceituais inerentes a historia da propria filosofia. Sob esta conjectura, pretendemos assinalar a abordagem do filosofo no tocante aos problemas metodologicos da fenomenologia de Husserl atraves das...
O artigo investiga a relação existente entre as filosofias de Martin Heidegger e Edmund Husserl a partir do traço cartesiano identificado na fenomenologia. Revisitando a descrição husserliana do período transcendental de sua filosofia e analisar sua relação com o pensamento de Descartes, expõe-se a crítica que Heidegger dirige ao projeto fenomenológico em suas preleções de Marburg. Busca-se, com isto, compreender de que maneira a crítica apresenta um caminho para a constituição da ontologia fundamental, cuja forma maturada se encontrará em Ser e Tempo.
Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, 2014
Este livro é uma preciosa contribuição à fundamentação da terapia daseinsanalítica. Partindo do esclarecimento dos princípios da fenomenologia e do pensamento de Martin Heidegger acerca da existência humana (Dasein), adentrando em um encontro terapêutico exemplar com sensibilidade e familiaridade, Bilê mostra como estes fundamentos ontológicos estão imbricados no desenrolar-se ôntico e único da vida de pacientes, terapeutas e de cada um de nós.
2015
Este artigo trata sobre as possiveis aproximacoes entre a filosofia de Heidegger e a filosofia de Heidegger. Essas aproximacoes sao desenvolvidas em funcao do mundo cotidiano. Busca-se esclarecer quais sao as dificuldades envolvidas no estudo de ambos os autores, quando a intencao visa diretamente o ser humano, sendo esses elementos identificados com cotidiano. Na primeira e na segunda parte apresentam-se os dois autores e na terceira parte e realizada uma interface atraves da filosofia de Tugendhat. Nela se destaca a critica a Heidegger e a adocao de uma posicao naturalista. Conclui-se que tanto Heidegger quanto Hume possuem âmbitos subjacentes que determinam a suas analises do cotidiano. Estes âmbitos subjacentes se diferenciam e configuram a dificuldade fundamental nas tentativas de reunir elementos dos dois autores.
Natureza Humana, 2020
Embora influente na recepção de Heidegger nos Estados Unidos da América, o trabalho de Dreyfus foi repetidas vezes criticado por desenvolver uma leitura distorcida e seletiva da fenomenologia de Heidegger. Nesse artigo, mostramos que, independentemente de seus desenvolvimentos posteriores em ciência cognitiva, sua crítica inicial à IA simbólica se apoia em duas teses que podem ser localizadas em Ser e Tempo, a saber, de que nosso senso de situação é (i) pragmático-holístico, e (ii) intrinsecamente relevante (i.e. definido por nossas interesses). Após uma introdução geral, reconstruímos, numa primeira seção, em linhas gerais o projeto da IA simbólica e o tom geral da crítica de Dreyfus; numa segunda seção, reconstruímos a crítica de Dreyfus a SAM, de R. Schank; na terceira seção, indicamos como as duas teses podem ser localizadas em Ser e Tempo; concluímos apontando questões pendentes.
Trans/Form/Ação, 2011
A elaboração de uma ontologia fenomenológica era uma possibilidade inscrita no próprio projeto filosófico husserliano. Em que sentido, no entanto, o espírito da máxima da "volta às coisas mesmas" serviu de inspiração ao retorno à questão do ser? Em que medida as elaborações ontológicas que se atribuíram o título de fenomenológicas permaneceram fiéis ao espírito geral e às diretrizes formais do pensamento de Husserl? É na tentativa de responder a essas questões que nos propomos examinar a posição especial de Heidegger face ao problema da articulação da ontologia com a fenomenologia. Nossa preferência é ditada pela própria originalidade do emprego da fenomenologia, no autor de Ser e Tempo. O exame do sentido que assume a fenomenologia enquanto ontologia da compreensão, cujo instrumento é a hermenêutica da existência fáctica do homem, exige previamente o delineamento do projeto filosófico fundamental heideggeriano.
Cadernos PET-Filosofia
O presente artigo pretende discorrer sobre o conceito de natureza possibilitado pela ontologia de Heidegger, que busca no pensamento grego seu sentido mais originário, e a crítica do filósofo ao conceito proporcionado pela metafísica clássica que teria provocado distopias na relação entre o homem e a natureza ao objetivá-la. Tal relação de domínio, além de evidenciar a necessidade de uma reflexão sobre o antropocentrismo, também e, por consequência disso, desvela-se através da crise ambiental vivida hoje por nós. Dessa forma, Heidegger encontra tal sentido originário na palavra physis, o qual discuto nas páginas seguintes suas nuances a partir do que foi levantado pela obra do filósofo. Busca-se assim encontrar um sentido autêntico de natureza, antes do que foi assimilado pela tradição metafísica e desencoberto pelo ser humano como uma reserva ao seu dispor.
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Interações: , 2021
PHENOMENOLOGICAL STUDIES-Revista da Abordagem Gestáltica, 2019
Phainomenon, 2007
1. Revista Eleuthería, 2019
Voluntas: Revista Internacional de Filosofia
Kínesis - Revista de Estudos dos Pós-Graduandos em Filosofia
Prometeus Filosofia, 2013
Letras UFFS Cerro Largo 10 anos de ensino, pesquisa e extensão
Sociologias Plurais - UFPR, 2020
Universidade Federal do Espírito Santo, 2013
Aoristo - International Journal of Phenomenology, Hermeneutics and Metaphysics, 2021