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Esta obra foi publicada originalmente em francês com o título LES REGLES DE LA METHODE SOCIOLOGIQUE. Copyright© Flammarion, 1988, para o aparelho crítico. Copyright© 1995 São Paulo, para a presente edição.
Até o presente, os sociólogos pouco se preocuparam em caracterizar e definir o método que aplicam ao estudo dos fatos sociais. É assim que, em toda a obra de Spencer, o problema metodológico não ocupa nenhum lugar; pois a Introdução à ciência social, cujo título poderia dar essa ilusão, destina-se a demonstrar as dificuldades e a possibilidade da sociologia, não a expor os
Jeferson Bunder, 2015
Resenha: Do Autor: Durkheim, Émile - Do livro: As Regras do Método Sociológico – Do texto: Prefácio I e II; Introdução; Capítulo I O que é Fato Social; e Conclusão – Da Tradução: Eduardo Lucio Nogueira – Da Editorial Presença – Lisboa, 2001- Da Obra de 1895.
2017
Todo o fato social poderia ser sentido através da força dispendida para deixá-lo, eles não eram imutáveis, mas apresentavam algo como uma inércia, uma resiliência ante a tentativa de modificá-los, basta ter em mente toda a mudança de leis ou de costumes para entender. Ao mesmo tempo a leitura inversa também é possível, trata-se de algo tão enraizado que podemos acreditar seguir a liberdade de nosso próprio arbítrio, quando na verdade estamos simplesmente enquadrados dentro de um fato social.
Resenha do 1º prefácio, 2º prefácio, introdução e conclusão da obra “As Regras do Método Sociológico.” de autoria Émile Durkheim.
Há uma intensidade normal de todas as nossas necessidades intelectuais, morais, assim como das físicas, que não pode ser ultrapassada. Em cada momento da história, a nossa sede de ciência, de arte, de bem-estar é definida tal como os nossos apetites, e tudo que vá para além desta medida deixa-nos indiferentes ou faz-nos sofrer." 1 Coube ao sociólogo francês Émile Durkheim (1858-1917) a tarefa de dar contornos de ciência à Sociologia, delimitando seu objeto e definindo seu método científico de análise, à imagem e semelhança das ciências naturais, o que fez em sua obra As Regras do Método Sociológico, de 1895. Outras obras importantes do autor são: A Divisão do Trabalho Social (1893); Suicídio (1897); As Formas Elementares da Vida Religiosa (1912). Para Durkheim, a Sociologia estudaria os fatos sociais, isto é, aquelas ações coletivas já instituídas e cristalizadas em normas, tornadas regulares. Quem quisesse entender a sociedade humana deveria estudar esses hábitos coletivos já sedimentados e expressos nos códigos, nas estatísticas, nos provérbios, nos monumentos históricos, nas roupagens, nas artes, etc. Logicamente, a vida social também têm suas correntes, está 1 A Divisão do Trabalho Social. Lisboa: Ed. Presença, 1977, vol II, p. 17. 2 sempre em transformação, mas isso, segundo o autor, o olho humano não consegue apreender, e não seria, portanto, o melhor aspecto para o estudo da realidade social. Os fatos sociais: coercitividade, externalidade e generalidade Durkheim definiu os fatos sociais como "as maneiras de pensar, agir e sentir,
Departing from Durkheim's Les Régles de la Méthode Sociologique and Les Formes Eleméntaires de la Vie Réligieuse, and putten into context with some of Georg Simmel's ideas, this article debates the main ideas of Émile Durkheim regarding the sociological method and the borders between this discipline and others belonging to the so called Humanities.
Para poder compreender o papel que Émile Durkheim designa para a Sociologia, é necessário, antes, compreender sua noção de Sociologia a partir de seu elemento fundamental, de sua unidade básica de análise: o fato social. Pelas palavras do próprio autor, " fato social é toda a maneira de fazer, fixada ou não, suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior: ou então, que é geral no âmbito de uma dada sociedade tendo, ao mesmo tempo, uma existência própria, independente das suas manifestações individuais. " O fato social tem, portanto, duas características fundamentais: primeiro, ele tem um poder coercitivo, e, segundo, ele é superior ao nível individual, existindo para além das consciências individuais. Para Durkheim, a Sociologia é, assim, a ciência que se ocupa dos fatos sociais. A análise sociológica precisa, além do objeto, deum método para abordá-lo de maneira científica, o que gera a necessidade de algumas regras metodológicas. A primeira dessas regras propostas é que se trate o fato social como uma coisa. Reduzido à condição de coisa, o fato social se torna manipulável pelo cientista, à semelhança dos objetos das ciências naturais. " Tratar os fenômenos como coisas é tratá-los na qualidade de data' que constituem o ponto de partida da ciência ". Mais ainda, para Durkheim, é necessário analisar os fenômenos sociais em si mesmos, para além das consciências que os indivíduos têm deles; ou seja, é necessário tratá-los como coisa exterior. A necessidade da exterioridade no tratamento do fato social também perpassa a relação entre o sociólogo e seu objeto. O pesquisador deve livrar-se de seus pressupostos e pré-noções (vulgares, formadas na experiência prática e sem qualquer critério de cientificidade) sobre o objeto, o que significa que aquele precisa ter uma relação de exterioridade para com este. Para Durkheim, essa relação de exterioridade, com o afastamento sistemático de todas as pré-noções, constitui a pré-condição básica para que a relação entre o sujeito pesquisador e o objeto do conhecimento seja estritamente científica. Entretanto, Durkheim reconhece quão problemática é essa busca pela exterioridade em Sociologia – se comparada com as outras ciências –, que se dá pela possibilidade de o pesquisador ser afetado emocionalmente pelo objeto que pesquisa. É pela via afetiva que as pré-noções impregnam o pesquisador com mais força; suas crenças políticas, religiosas e morais são defendidas antes com ardor passional que com rigor racional (embora se possam criar– e com bastante frequência – arcabouços racionalizados para justificá-las) e elas influenciam na maneira como se concebe o mundo. Enquanto o objeto e o sujeito estão – ao menos em grande medida – desligados um do outro nas outras ciências, a Sociologia (assim como em outras Ciências Humanas) possui a particularidade de o sujeito do conhecimento fazer parte, de alguma forma, do seu objeto, o que torna mais perigosa a influência dos afetos na pesquisa sociológica, uma vez que essa influência é, também, mais possível que nas outras ciências. Para alcançar essa separação entre a afetividade e a análise racional do objeto, Durkheim propõe não estudar o objeto a partir das ideias que se têm sobre ele, mas a partir das propriedades do objeto que lhe são inerentes. Deve-se, portanto, " nunca tomar como objeto de investigação senão um grupo de fenômenos previamente definidos por certas características exteriores que lhes sejam comuns, e incluir na mesma investigação todos os que correspondam a esta definição. " A partir disso, constroem-se os conceitos, necessários para exprimir corretamente a natureza dos objetos tratados na ciência. O que se torna, então, um problema é a formação desses conceitos, considerando que todos os conceitos (assim como todo o conhecimento que se tem sobre o mundo) se formam a partir da experiência sensível, em um primeiro nível.
Segundo Boudon & Bourricaud (1982), o conceito de anomia, utilizado por vários sociólogos, tem a ambição de traduzir de maneira precisa a noção vaga de desregramento social. Sob um ponto de vista amplo, "anomia" quer dizer ausência de organização natural ou legal. Nota-se a ideia de um desregramento fundamental das relações entre o indivíduo e a sociedade. Na análise durkheimiana dos fatos sociais, podemos encontrar uma teoria do desvio, principalmente nas obras Da divisão do trabalho social (1893) e O suicídio (1897). Para Durkheim, a anomia surge na sociedade quando ocorre um estado de desregramento e desorganização social, geralmente em crises de cunho econômico ou causadas por mudanças sociais e/ou ideológicas. Tendo uma base funcionalista, o conceito de anomia diz respeito aos fenômenos que estão fora da normalidade e da regularidade da vida social. Este artigo tem como objetivo esmiuçar o arcabouço teórico de Émile Durkheim, especificamente tomando como base a análise da moral, para compreender as nuances de uma sociologia do desvio em um dos autores clássicos das ciências sociais. Palavras-chave: Moralidade. Normas sociais. Desvio. Anomia.
In LEMOS FILHO, Arnaldo et alii. Sociologia Geral e do Direito. 6ªedição. Campinas: Ed. Alínea, 2012 Émile Durkheim ( 1858-1917), judeu franco-alemão, nasceu em Épinal na região da Alsácia, na França, numa família de rabinos. Iniciou seus estudos em sua terra natal e depois, em Paris, freqüentou as grandes escolas francesas. Muito estudioso, formou-se em Filosofia, e em 1882 foi nomeado professor. Em 1885, obteve licença de um ano para estudar Ciências Sociais na Alemanha, onde esses estudos já estavam mais avançados. Na volta, em 1887, foi nomeado Professor de Pedagogia e Ciências Sociais em Bordeaux, onde ministrou o primeiro curso de Sociologia criado em uma universidade francesa. Na realidade, em sua aula inaugural em Bordeaux, Durkheim deixou claro que tinha a consciência de estar "encarregado de ensinar uma ciência nova e que só contava com um pequeno número de princípios estabelecidos", e pensava, como professor, "em ir fazendo a ciência à medida em que a ensinava" (Durkheim, citado por Ortiz, 2002, p. 92). E assim, Durkheim é aquele que vai, de fato, estruturar a ciência sociológica na França, tendo dedicado toda sua carreira ao desenvolvimento da Sociologia como ciência empírica e rigorosamente objetiva. A obra de Durkheim reflete, em grande medida, os problemas de seu tempo. Vivendo no período que vai da segunda metade do século XIX até o final da Primeira Grande Guerra (1914-1918), foi contemporâneo de acontecimentos históricos significativos do período. O início da III República (1870) foi marcado pela instabilidade política e social, posterior à guerra franco-prussiana, em que a França perde para a Prússia a região da Alsácia. Além do sentimento coletivo de fracasso, estava em andamento a reorganização política do Estado, e a conseqüente implementação de medidas que revelavam um rompimento com as tradições: a separação Igreja/Estado, a instituição da instrução laica obrigatória dos 6 aos 13 anos, a introdução da Educação moral e cívica, para preencher o 1
O presente texto pretende discutir brevemente a sociologia de Émile Durkheim. Para isso, apresento uma contextualização histórica sobre a recepção do autor no Brasil, primeiramente ligado à educação e as ideias de uma educação nova. Em seguida, procuro discutir sua teoria da modernidade e a consequente relação entre as perspectivas micro e macro na teoria social.
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Estudos de Sociologia, 2007
Fragmentos De Cultura, 2008
Revista De Humanidades Tecnologia E Cultura, 2013
Revista Vértices (Campos dos Goytacazes), 2003
Revista Café com Sociologia, 2014
Pos Revista Brasiliense De Pos Graduacao Em Ciencias Sociais, 2012
Confluências, 2012
Revista Acadêmica Novo Milênio, 2021
Mediações - Revista de Ciências Sociais, 2020
Fichamento: As Regras do Método Sociológico, 2019