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Apresentaremos uma leitura problematizadora de um dos argumentos de João Cezar de Castro Rocha, em Machado de Assis: por uma poética da emulação. Para Castro Rocha, ele teria sido o primeiro crítico machadiano a reconhecer a necessidade de uma interpretação que se valesse dos diferentes gêneros praticados por Machado de Assis. A partir da fortuna crítica machadiana, questionaremos a assertiva crítica. Hipótese: apropriação antropofágica, através de releituras, mas não ineditismo - um ponto de vista sem igual na história da interpretação machadiana.
Varia Historia, 2019
Anuário de Literatura, 2013
o artigo visa estabelecer uma aproximação entre a Política Linguística, enquanto campo de saber linguístico, e a hermenêutica, enquanto campo de saber filosófico. Trata-se de, a partir dos conceitos de linguagem e de hermenêutica do filósofo francês Paul Ricoeur, indagar a respeito da dimensão política e ética da Política Linguística. Com isso, são apresentados tantos os conceitos basilares da Política Linguística, como da filosofia ricoeuriana. Em seguida, propõe-se uma leitura crítica daqueles conceitos a partir da perspectiva filosófica, apontando para as fragilidades políticas e éticas das Políticas Linguísticas enquanto campo do saber que fornece argumentos “científicos” para políticas linguísticas estatais e jurídicas. Defende-se que a reflexão hermenêutica é crucial para redefinir, ou problematizar, aquilo que conta como língua para as Políticas Linguísticas.
Unioeste - Universidade Estadual do Oeste do Paraná, 2018
Resumo: Neste artigo, discuto o uso dos relevos palacianos assírios como fontes, revisando sua vinculação a uma ideologia da realeza assíria. Para isso, uma contextualização do período Neoassírio (934-610 AEC) é feita, retomando a política de expansão imperial, alguns fundamentos da chamada ideologia real e seus usos historiográficos nesse recorte de pesquisa. Os aspectos contextuais dos relevos dos palácios assírios solicitam uma ponderação sobre o que se atribui como sua função social. Destaco a espacialidade dos relevos e sua acessibilidade a uma audiência, elementos pouco considerados no tratamento desses objetos. Com isso, uma crítica à noção de ideologia pode ser construída, favorecendo abordagens dos relevos palacianos assírios como fontes em contexto e uma compreensão ampliada de seu papel social. Ao invés de veículos de uma ideologia, os relevos podem ser considerados como uma materialidade praticada em prol de uma memória num ambiente circundante palaciano.
ETD - Educação Temática Digital, 2018
Este artigo busca pensar o arquivo como um plano de pensamento aberto a ações tradutórias em educação. Toma a tradução de um texto de partida atravessado por movimentos-fluxos como via de escrileituras que promovem a reinvenção empírica de dados e que se tornam uma potência afirmadora no campo da educação. Nesse processo, o educador-tradutor é tomado por uma força intensiva que faz variar o existente, passando a produzir novas conexões imaginativas que se cruzam e se atualizam em ações experimentais atravessadas por elementos filosóficos, científicos, artísticos e literários. Tais encontros possibilitam práticas afirmativas da docência, visto que o educador-tradutor não se limita a reproduzir os conhecimentos originais, pois, à medida que traduz, atribui novos e múltiplos sentidos ao próprio texto de partida e por esse meio passa a expressar e a construir novas realidades articuladas com uma poética de escrita. Sendo assim, o conhecimento contido em um determinado arquivo torna-se possibilidade de invenção e de ficção, porque se constitui como um suporte gerativo e didático para novos saberes que são experimentados cotidianamente no ensino e na educação contemporânea.
Revista Encontro de Pesquisa em Educação, 2013
Nas últimas décadas, boa parte dos estudos acadêmico-científicos no âmbito da Educação tem enfatizado a instituição escolar enquanto espaço de difusão de representações e práticas. O processo histórico-educacional pelo qual a instituição escolar se organizou-e ainda se organiza-permite constatar que a própria concepção de escola está associada às diversas práticas, presentes não só no âmbito escolar, como também nos âmbitos histórico, político, econômico e social de determinada sociedade. Ancorado nesses preceitos, o presente trabalho vincula-se à pesquisa de doutoramento iniciada no ano de 2013, que tem como objeto de investigação o Colégio Tiradentes, escola situada na cidade de Uberaba, no estado de Minas Gerais. Fundado no ano de 1964, para atender aos filhos de policiais militares, o Colégio Tiradentes representa uma importante instituição de ensino mineira, alicerçada em uma metodologia pautada no desenvolvimento de práticas que exaltam o militarismo na constituição da sociedade. Este trabalho tem por objetivo elencar considerações sobre parte do aparato teórico-metodológico que vem sendo desenvolvido na pesquisa, sobretudo em relação à concepção de práticas de leitura e história oral-conceitos fundamentais para se compreender o Colégio Tiradentes a partir do conhecimento sobre os sujeitos que dele fazem (ou fizeram) parte, com ênfase para os professores. O resultado deste trabalho incide sobre a compreensão das práticas de leitura enquanto apropriações/interpretações feitas por leitores e, da história oral, cuja teoria se utiliza, em grande parte, do testemunho de fontes orais.
Letronica, 2009
Para combater o desperdício da experiência social, não basta propor um outro tipo de ciência social. Mais do que isso, é necessário propor um modelo diferente de racionalidade. Sem uma crítica do modelo de racionalidade ocidental dominante pelo menos durante duzentos anos, todas as propostas apresentadas pela nova análise social, por mais alternativas que se julguem, tenderão a reproduzir o mesmo efeito de ocultação e descrédito. Boaventura de Sousa Santos 2 Este artigo apresenta algumas reflexões sobre a pesquisa "O Imaginário no discurso dos contadores de "causos" e assombrações da ilha de João Pilatos, Ananindeua/PA". Os moradores do lugar são intérpretes de um discurso culturalmente híbrido reatualizando e ritualizando mitos, nos contando algo que não era, começou a ser, e continuará sendo, mesmo ainda enfrentando, por parte de alguns estudos pautados em "racionalidades" científicas discutíveis, visões depreciativas associadas à fantasia e à mentira.
2015
The critical lyricism and post-poetry are different expressions of the literary landscape of contemporary French poetry. Their main representatives are, respectively, Jean-Michel Maulpoix and Jean-Marie Gleize. Although they have different aesthetic proposals, both the critical lyricism and the post-poetry find a support for their thematic and formal constructions in the reinterpretation of Charles Baudelaire's work. Elaborating the longings of the poet of modernity in a contemporary setting, they indicate new paths for the contemporary French poetry.
Revista Diadorim
O presente número da Revista Diadorim propõe uma discussão sobre os diálogos que autores de língua portuguesa estabelecem entre si ou com obras de tradições literárias e artísticas oriundas de outros contextos linguísticos. Se, por um lado, a instituição literária abriga projetos que se contrapõem às formas de ortodoxia política, ela favorece, por outro, o surgimento de conflitos internos de natureza estética, que incitam os escritores a uma comunicação com textos próximos ou distantes, por via da homologação ou da diferenciação do que lhes precede. Por se tratar de um fenômeno que faz interagir modelos, abre-se ao texto a fecunda hipótese das relações (explícitas ou secretas) com outras obras (escritas ou orais), problema que já mereceu atenção de intelectuais de diversos quadrantes, como Ángel Rama, Antonio Candido ou Ber
A Cor das Letras
O propósito deste estudo é estabelecer relações entre a literatura e a identidade nacional portuguesa, compreendendo aquela como reflexo de episódios situacionais históricos específicos, tais como as cruzadas, as navegações e o sebastianismo. Sabemos que o conceito de identidade é um constructo social pautado em identificações em curso, sendo produto de transitoriedades. Ao atuar sobre as configurações hermenêuticas, traduzem nas identidades novas significações a partir da passagem do tempo. Dessa forma, buscamos estabelecer relações diacrônicas entre a literatura e a identidade lusitana, pontuando autores e obras que retratem momentos diferentes da historiografia portuguesa. Utilizaremos como aporte teórico Hall (2014), Santos (1994), Bernd (2011) e Lourenço (1982), entre outros.
Translationes, 2013
artigo, 2014
Este artigo apresenta e discute alguns aspectos das escolhas da tradutora Liliana Raquel Chwat referentes ao termo “dueña” e suas consequências para o leitor em língua portuguesa, na obra Sonhos do escritor barroco Francisco de Quevedo y Villegas (1580-1645), publicada pela editora Escala em 2005. Ela, que é considerada uma obra satírica, foi escrita no período compreendido entre os anos 1605 e 1622 e apresenta uma coleção de caricaturas sociais. A obra é fruto da genialidade de um mestre na utilização de figuras de linguagem, que utiliza palavras precisas a descrever cenas repletas de detalhes e capazes de transportar o leitor ao ambiente que retrata. A “dueña” aparece nestas cenas com características marcadamente culturais, cuja compreensão exige um conhecimento apurado de aspectos sócio-históricos envolvidos no texto de partida que se constituem desafios para o tradutor e que são aqui problematizados.
Matraga - Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras da UERJ, 2021
Embora a escrita seja um artefato humano que elide ou põe entre parênteses o sujeito, deparamo-nos com situações limítrofes que ao romperem os paradigmas dos gêneros da prosa – no caso aqui, a ficção e as formas confessionais –, revelam dilemas que instabilizam o discurso literário produzido pelo imaginário. Com o objetivo de observar o limiar desta instabilidade, o trabalho pretende revisitar a postulação de diferença entre o literário e o não-literário para refletir sobre as distinções entre narrativa (escrita do outro) e o diário (escrita de si). De modo resumido a análise repousa em dois binômios - real vs. ficcional, eu vs. outro - que serão discutidos frente ao desafio de Blanchot ao sugerir um “lugar da imantação”, passagem que opõe narrativa ao diário. Na perspectiva de Peirce, a imagem é um hipo-ícone ou um quase-ícone que mantém com o real uma relação estreita de semelhança, que garante a sua independência em relação ao real e ao sujeito que supostamente lhe poderiam se...
Fronteiraz Revista Do Programa De Estudos Pos Graduados Em Literatura E Critica Literaria Issn 1983 4373, 2013
Partindo da assertiva de Candido (2006) de que Caetés talvez seja a obra de Graciliano Ramos menos estudada pela crítica literária, que a considera um trabalho de iniciação, este estudo procederá sob dois momentos: o primeiro congrega algumas reflexões sobre a poética de Graciliano Ramos e seu posicionamento na historiografia literária, em contraste com Caetés, que se distancia do conjunto de sua obra, enquanto romance que absorveu aspectos do Naturalismo e não apresenta um herói problemático. O segundo momento traz à pauta uma discussão sobre o exercício da metalinguagem em Caetés, bem como as confluências entre autor e personagem em confronto com a escrita. A tentativa de um romance sobre os índios, dentro de outra obra, configura uma revisão crítica do nacionalismo literário, máxima do Romantismo e, desta perspectiva, sustentase que esta obra de Graciliano Ramos tenha assimilado influências modernistas, dado o olhar crítico sobre a tradição brasileira. PALAVRAS-CHAVE: Caetés; Naturalismo; Modernismo ABSTRACT Considering Candido's (2006) statement that Caetés is perhaps one of Graciliano Ramos' works least studied by the literary critic, which considers it a work of initiation, this work will approach two moments: the first congregates some reflections on Graciliano Ramos' poetic and his positioning in the literary historiography, opposed to Caetés, which distances from his other Works while novel that has absorbed aspects from Naturalism and that does not present a problematic hero. The second moment brings up a discussion about the exercise of the metalanguage in Caetés, as well as confluences between author and character in confrontation with the writing. The attempt of a novel about indians, inside another novel, configures a critical review of the literary nationalism, adage of the Romantism and, from this perspective, it has been stated that this work by Graciliano Ramos has assimilated modernistic influences, given the critical view about the Brazilian tradition.
Revista Conexão Letras
O artigo pretende se deter em uma reflexão teórica sobre os vestígios (traces), evocando as origens do conceito bem como os principais autores que o utilizaram, introduzindo variantes terminológicas como “rastros”, “ruínas”, “resíduos”, etc. Leva-se em conta a importância desse conceito para a leitura das literaturas das Américas na contemporaneidade e apresenta-se um exemplo de romance da literatura brasileira, construído a partir de resíduos memoriais: Breviário das terras do Brasil, de Luiz Antonio de Assis Brasil (1997).
Scripta, 2004
Os estudos linguisticos e literarios vem se desenvolvendo na contemporaneidade por grupos e pensamentos desagregados, o que esta claramente representado na organizacao do conhecimento por areas e subareas em vigor no CNPq, assim como na contratacao de professores do ensino superior. Essa desagregacao no âmbito da pesquisa e do ensino nao corresponde de modo algum aos usos da linguagem humana, em que se mesclam funcoes pragmaticas, ludicas e esteticas. No que tange especialmente a funcao poetica da linguagem, observa-se, de modo significativo na producao literaria do seculo XX, que a lingua e nao so materia-prima como tambem tema sobre o qual se debrucam os escritores, numa relacao complexa de amor e rebeldia. Assim percebida, a arte verbal e antes de tudo trabalho linguistico, e o grau de consciencia do embate com o sistema parece se configurar como medida do grau de poeticidade do texto.
Pensar a diferença. Pensar sobre o que significa diferenciar numa sociedade mestiça. Se "tudo" é misturado, tudo é "igual"? Num mundo em que todos são feitos de muitos pedaços, camadas, faces, o que pode servir de referência para a coerência, para o equilíbrio, para a justiça? Transitando entre cores e aparências, também transitaremos entre éticas? Tais questionamentos sintetizam, em sua dimensão mais generalista e mais empírica, os problemas que têm se destacado para mim no âmbito de um trabalho reflexivo baseado na leitura de sentidos estruturantes da memória cultural brasileira. Uma leitura que tenho desenvolvido sob uma perspectiva triangulada, que conjuga polifonicamente textos culturais brasileiros, portugueses e angolanos. Mais do que a recomposição de uma história "comum", tenho me dedicado a mapear conexões, paralelismos e divergências entre essas textualidades e entre os cenários que elas narram, buscando montar painéis contrastivos que permitam a revisão crítica das significações imaginárias investidas na produção das contemporaneidades desses espaços identitários lusófonos.
Matlit, 2015
Este artigo pretende levantar a questão da interlíngua na contemporaneidade, um processo de inter-relação entre línguas, resultante dos processos de mobilidade, migração, nomadismo, conflito armado, globalização, colonização, exílio e, mais recentemente, da interconectividade digital, ampliada para uma dimensão planetária. Estes processos, tornados possíveis e passíveis de ressignificação graças à comunicação mediática transnacional, têm desencadeado situações de contato interlinguístico, além e através das fronteiras geográficas das nações e do ciberespaço. DOI: http://dx.doi.org/10.14195/2182-8830_3-1_2
No triângulo literário, o privilégio do autor tende a considerar o escritor como pai – aquele responsável pela criação da mensagem e responsável por ela; do ponto de vista da recepção, o leitor seria o decifrador do sentido dela. Generalizando, há leitores especializados e leigos. Mas, independentemente do grau de especialização do leitor, ambos integrariam o triângulo literário, cujos vértices seriam o autor, a obra e o público (BORBA, 2004). Neste trânsito triangular, a leitura da obra seria tutelada pelo censor especializado: o crítico oitocentista. Veremos que os prefácios rumorejantes apontam para uma espécie de república das letras, isto é, cada vértice do triângulo teria direito à coisa pública, a saber, a literatura; desestruturando assim a própria iconografia, hierarquizante, aristocrática e estática, que a imagem do triângulo sugere. Os prefácios, como se verá, questionam a relação estática entre autor-vida-e-obra.
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