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belasartes.br
Uma reflexão sobre as aproximações entre a linguagem fotográfica e a audiovisual Prof. Me. Cristiano Franco Burmester RESUMO O texto possui como objetivo principal refletir sobre a aproximação da linguagem fotográfica com a audiovisual, decorrente das recentes transformações da tecnologia fotográfica e cinematográfica. Enquanto mídias analógicas, a fotografia e o cinema foram referências conceituais mútuas. Com a tecnologia digital e a convergência das mídias , este processo se acentuou. O trabalho reflete sobre como estes limites tem sido ultrapassados e quais são os novos contornos desta relação. ABSTRACT The text has as main objective a reflection on the new proximities of the photographic and audiovisual languages, after the transformations of the photographic and cinematographic languages. While analogic medias, photography and cinema were mutual conceptual references. After the arrival of the digital technology and the media convergence, this process has increased. This work reflects on how these limits are being surpassed and what are the new contours of this relation. A fotografia tem passado por profundas transformações decorrente da intensa e recorrente renovação tecnológica a que vêm sendo submetida desde que informática e imagem passaram a trilhar um percurso cada vez mais convergente.
Cartema
No século XIX, a maneira como artistas e cientistas enxergavam o movimento foi abalada pelo surgimento da cronofotografia, realizada pelo francês Etienne Jules Marey e, posteriormente, o trabalho de Eadweard Muybridge. Nestas fotografias podiam-se enxergar as frações temporais do movimento e visualizar imagens que o olho humano não conseguia captar.
Neste trabalho a autora produz narrativas em imagens e analisa as narrativas verbais de pessoas idosas que vivem em situação asilar, suas memórias, objetos de memória e a relação que se estabelece entre fotografia e narrativa. Para tanto, foram ouvidos e fotografados 13 moradores do Asylo de Mendigos de Pelotas, instituição que abriga idosos de baixa renda, ao longo de doze meses de convívio. Resultado de uma pesquisa interventiva, este trabalho se insere no campo da memória e da identidade e utiliza como aporte a Antropologia visual, não apenas como método, mas como proposta de narrativa, fruto de apropriações por parte dos próprios narradores. Percebeu-se que a fotografia contribuiu para o trabalho de memória e para a fluência das narrativas, e que, ao valorizar a imagem do idoso, funciona como um convite para pensar as categorias velhice, asilamento, solidão, saúde, casa, entre outras. Além disso, a partir das imagens geradas é possível apresentar ou reapresentar cenas de um contexto que talvez não povoe o imaginário da sociedade de maneira ampla, o da velhice institucionalizada. Essas imagens, produzidas em conjunto com os narradores, serviram para comunicar aspectos extremamente valorizados nessa etapa de vida. A partir desses enunciados de valor, identificou-se: a fotografia como relicário da memória, a morte como uma categoria presente, a saúde e a vida como patrimônio, o exercício narrativo como processo benéfico de identificação e autovalorização da identidade do idoso e a atribuição de valor excepcional às memórias do passado.
JOSUE BRAUN, 2018
Resumo: Esse artigo tem como objetivo analisar a evolução da fotografia documental desde os seus primeiros expoentes no final do século XIX e no começo do século XX até os trabalhos das últimas décadas, acompanhadas pelas evoluções tecnológicas mais marcantes para a mudança nos processos fotográficos. O texto tem como proposta fazer um panorama da produção fotodocumental ao longo do tempo e apontar as principais diferenças entre as produções documentais clássicas e contemporâneas. Por fim, a produção autoral de um trabalho documental acompanhada da explicação de todo o processo: escolhas, mudanças que aconteceram durante as saídas fotográficas, decisões técnicas e artísticas que foram tomadas e relatos da experiência prática. Palavras-chave: fotografia; fotografia contemporânea; fotodocumentarismo; ensaio fotográfico.
O presente livro resulta da ampliação e restruturação de um capítulo da nossa tese de doutoramento (1997) e pretende contribuir para eliminar uma lacuna no panorama editorial português na área das Ciências da Comunicação: a inexistência de livros sobre a história do fotojornalismo, apesar de este assunto ser crucial para a compreensão do actual momento fotojornalístico. Neste trabalho, propomo-nos encarar as fotografias jornalísticas como artefactos de génese pessoal, social, cultural, ideológica e tecnológica. É um ponto de vista que parcialmente alarga o modelo com que Michael Schudson (1988) procurava explicar por que é que as notícias são como são e parcialmente se opõe à visão schudsodiana, uma vez que esse autor afirmou taxativamente que as notícias são cultura, não ideologia (Schudson, 1995, 31). Por outro lado, estruturámos a nossa visão da história do fotojornalismo em função de momentos determinantes para a evolução da actividade. A esses momentos demos, à falta de melhor, o nome de "revoluções" e é com base neles que subdividimos o presente trabalho em capítulos. Em acréscimo, falamos também da evolução histórica do fotojornalismo em Portugal, capítulo para cuja elaboração muito contribuiu o livro Uma história de Fotografia, de António Sena, e referimos alguns dos trabalhos mais recentes no que respeita à investigação científica sobre fotojornalismo. Estudar a evolução histórica do fotojornalismo é uma opção complexa. Nascida num ambiente positivista, a fotografia já foi encarada quase unicamente como o registo visual da verdade, tendo nessa condição sido adoptada pela imprensa. Com o passar do tempo, foram-se integrando determinadas práticas, tendo-se rotinizado e convencionalizado o ofício, um fenómeno agudizado pela irrupção do profissionalismo fotojornalístico. Chegaram, então, os géneros fotojornalísticos, nomeadamente os géneros realistas, e de um reino da verdade passou-se ao reinado do credível -como muito bem se pode ler na obra Give Us a Little Smile, Baby, de Harry Coleman, já no final do século passado se manipulavam as imagens em função de objectivos que em nada tinham a ver com a verdade, mas, de facto, unicamente com o credível. Ainda assim, na linha da não-manipulação, nasce o fotodocumentalismo, que, em pouco tempo, à vontade do registo vai sobrepor a beleza da arte. Chega-se então à ideia de fotógrafo autor e artista, criador, original. Deste ponto, rapidamente se incorporou no fotojornalismo, em consonância com a visão da época, a ideia da construção social da realidade, processo que em parte se nutre na acção dos media. Mas esta foi também a linha de partida para a interpretação fotojornalística do real, até porque as percepções que dele se têm são dissonantes da realidade em si e, neste sentido, são sempre uma espécie de ficção. Legitimam-se, assim, os criadores-fotógrafos, que olham para si mesmos como participantes num jogo que há muito deixou de ser um mero jogo de espelhos, para desembocar no jogo bem mais elaborado e complexo dos mundos de signos e de códigos, de linguagem e de cultura, de ideologia e de mitos, de história e tradições, de contradições e convenções. Nesse âmbito, interessou-nos, neste livro, focalizar o aparecimento e a manutenção de rotinas produtivas e convenções profissionais fotojornalísticas, um assunto muito bem aprofundado na obra Seeing the Newspaper, de Kevin G. Barnhurst. No campo oposto, fizemos uma incursão pelos fotógrafos-autores, aqueles que procuram traçar percursos fotográficos pessoais ou redireccionar a evolução da fotografia. As obras de Margarita Ledo Andión, particularmente Foto-Xoc e Xornalismo de Crise e Documentalismo Fotográfico Contemporáneo, constituiram, neste ponto, uma pista preciosa. É de referir que o traçado histórico-evolutivo do fotojornalismo que constitui o presente livro corresponde apenas a uma visão pessoal dessa evolução, pois não há uma história da fotografia, mas várias, apesar de os diversos compêndios sobre história da fotografia tenderem a reproduzir as mesmas imagens e a realçar os mesmos fotógrafos. Neste campo, a própria selecção de fotógrafos que fizemos, embora tanto quanto possível abrangente, não impede que muitos contributos históricos para o fotojornalismo se mantenham na sombra -a selecção de informações e personalidades, a este nível, será sempre problemática. De qualquer modo, não foi nossa intenção, com este livro, fazer história, mas tão só corresponder aos propósitos já definidos, tentando sobretudo provar a influência das pessoas, dos meios sociais, das ideologias, das culturas, das histórias e das tecnologias na evolução do fotojornalismo, de onde o relevo dado a vários fotógrafos de diferentes épocas, embora sem preocupações de exaustividade. Foi também nosso objectivo contribuir para a reunião de exemplos de temas, actuações e abordagens fotográficas que permitam ao fotojornalismo português enveredar por um fotojornalismo que, no nosso entender, será mais -e verdadeiramente-performativo, entendendo a performatividade como matéria associável à geração de conhecimento. Realce-se que a própria passagem do tempo relativiza a percepção que se tem das fotografias e da evolução do medium. Aliás, nem sequer as fotografias que entusiasmaram os nossos pais ou avós são sempre aquelas que nos entusiasmam: a aventura do olhar é uma aventura evolutiva. Por exemplo, num estudo de 1980 sobre as mensagens fotográficas eventualmente patentes nas fotos de Russell Lee da era da depressão ("A study of the messages in depression-era photos"), Paul Hightower descobriu que pessoas que viveram a depressão não viam uma pobreza tão intensa nas fotos como aquela que perspectivavam os mais novos. No estudo, o autor coloca até a hipótese de a credibilidade das imagens diminuir com a passagem do tempo, já que uma das respostas que obteve sobre uma foto de uma cozinha foi que esta "não podia parecer assim!". Vemos, assim, que a fotografia de imprensa foi percorrendo, ao longo da história, um caminho de encontros e desencontros, inter-relacionando-se com o ecossistema que a rodeava em cada momento e alargando o campo de visão dos seres humanos. Será esse caminho o motivo que procuraremos descrever neste livro, de forma cronologicamente ordenada, pois essa sistematização facilita a disposição e apreensão de dados e, consequentemente, as tarefas do autor e do leitor. A fechar, gostaríamos de explicitar leve e brevemente do que falamos quando, neste livro, falamos de fotojornalismo. RUMO A UMA VISÃO HISTÓRICA DO FOTOJORNALISMO NO OCIDENTE A história do fotojornalismo é uma história de tensões e rupturas, uma história do aparecimento, superação e rompimento de rotinas e convenções profissionais, uma história de oposições entre a busca da objectividade e a assunção da subjectividade e do ponto de vista, entre o realismo e outras formas de expressão, entre o matizado e o contraste, entre o valor noticioso e a estética, entre o cultivo da pose e o privilégio concedido ao espontâneo e à acção, entre a foto única e as várias fotos, entre a estética do horror e outras formas de abordar temas potencialmente chocantes, entre variadíssimos outros factores. E é também uma história que assiste, gradualmente, ao aumento dos temas fotografáveis, o mesmo é dizer, a uma história que assiste à expansão do que merece ser olhado e fotografado. Se na evolução histórica do fotojornalismo notamos essas tensões, também não é menos verdade que existem interpretações diferenciadas desse percurso. Por alguma razão demos o título "Uma visão…" ao presente capítulo deste livro e não o denominámos por "A história…". De qualquer modo, parece-nos que por detrás das diversas histórias do fotojornalismo se esconde a noção de que, pelo menos algumas fotografias jornalísticas, são poderosas -como a do suspeito vietcong morto à queima roupa pelo chefe da polícia de Saigão. Essas fotos, se bem que não sejam o dia a dia da profissão, permanecem como seus símbolos e correspondem às qualidades convencionalmente tidas por desejáveis nas fotografias de notícias, mostrando também que a cultura e as convenções profissionais são, em larga medida, transorganizacionais e transnacionais. De facto, os historiadores, ao desvelarem a história, tendem, concomitantemente, a impor-lhe um sentido. Por esta razão, mas também pelo facto de o significado dos produtos fotojornalísticos derivar, em larga medida, dos propósitos e significados que às fotos foram encomendadas pelo devir da civilização, encontramos versões da história da fotografia e do fotojornalismo que constroem sentidos diferenciados para esse percurso. Assim, histórias como a de Gernsheim e Gernsheim (1969), a de Geraci (1973) ou a de Hoy (1986) propõem, de algum modo, a ideia de que a evolução tecnológica (desde as primitivas câmaras escuras às actuais máquinas fotográficas) e estética (principalmente a partir da descoberta da perspectiva linear, que já vem da Renascença) permitiram a representação imagética da realidade de uma forma cada vez mais perfeita, alimentando, por consequência, a ideia de que a fotografia seria o espelho da realidade. Eles olham para a história do fotojornalismo como se fosse composta por fragmentos que levaram a actividade ao sítio onde hoje está, onde seria capaz de cumprir o ideal da reflexão dos acontecimentos actuais que ocorrem na realidade para um elevado número de pessoas. Os mais abordados desses fragmentos são os seguintes: as obras dos "grandes" fotógrafos, elevados, com frequência, a um estatuto quase mitológico (culto dos fotojornalistas); as gravuras pré-históricas; as câmaras escuras; a utilização de gravuras de madeira; o halftone; as primeiras coberturas de guerra; a emergência do fotojornalismo como profissão; as revistas ilustradas; o aparecimento das agências; o serviço de telefoto; as conquistas técnicas, que levaram à diminuição do peso e do tamanho das câmaras, à melhoria das lentes e dos filmes, à conquista do movimento (valorização do instantâneo e do espontâneo),...
2010
The research currently developed; want to declare the photographic act as performance. This assertion, in our case, is allied itself to nature as physis, in the Greek sense of the word: what is common to all that exists. We build, based on the philosophical theory of Merleau-Ponty, on concepts the like are the reciprocity/reversibility between the sentient subject and the sensible world; the importance of the body in the process of feeling (what unite body and world is not reducible to a quality or a concept); in the overcoming of the binomial subject/object (which derives from the recognition of its founded and derivative nature); the exploration of the perception (pre-objective/pre-predicative by nature) and its domain; the intentionality of the sensible, and the articulation/reciprocity between sensible and intelligible. The conceptual and physical action of the photographer is here assumed as decisive in the formal definition of the photographic image. We define performance as an act that differs from the never-ending space-time flowing in which we are insert, due to a heightened consciousness of the present, of the here and now, by the performer. Itʼs like if we create a frame of the real. Photography and performance are both space-time cuts. Both emphasize the perception of the present time by the subject who produces them, implying always the question of the subject in the act, in creation/production of content and meaning. The act is previous to the work: in fact the act is the foundation of itʼs beginning and also contains within itself the intricate riddle of his disappearance.
2021
O regime de Sidónio Pais promoveu uma encenação pública do poder centrada no chefe. Ao tempo, o fotojornalismo era já uma prática consolidada, ganhando expressão na Ilustração Portuguesa, única revista ilustrada de informação geral que circulava em Portugal. De que maneira o discurso fotográfico refletiu, cro- nologicamente, a marcha do tempo e a coreografia do poder orquestrada pelo Sidonismo e como é que isto se entrelaçou com, ou afetou, os princípios da noticiabilidade e os critérios de valor-notícia? Esta investigação procura responder à questão, recorrendo a uma análise do discurso qualitativa das manifestações fotográficas do Sidonismo na referida revista. Concluiu-se que o discurso fotográfico da Ilustração Portuguesa alimentou o mito de Sidónio Pais, afetando o imaginário e a memória histórica, e que os critérios de noticiabilidade foram influenciados de maneira a acomodar o discurso mediático à situação política. A notoriedade da personagem sobrepôs-se a outros valores-not...
2006
O presente artigo procura examinar, em maior profundidade, a questão dos regimes visuais nos quais a imagem fotográfica é capaz de instaurar o efeito de testemunho, próprio de todos os gêneros de reportagem visual. Busca os modelos deste efeito de discurso na imagem, a partir dos modos como certos historiadores da arte refletiram sobre o problema da tematização do histórico nas representações pictóricas, avaliando suas possíveis repercussões no âmbito da investigação sobre a comunicação através das imagens.
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dissertação, 2016
Estudos em Jornalismo e Mídia
publicada in: devires: cinema e humanidades, 2011
Imagem: diálogos e interfaces interdisciplinares
Significação, volume 36, número 31, 2009
Revista Multiplicidade FIB | eISSN 2179-8753 | Volume IX | Ano IX, 2020
Ícone, número 15, 2013
Revista Galaxia, PUC - São Paulo, 2016
I EAVAAM, BELÉM DO PARÁ, 2014, 2014
ILUMINURAS, 2020
Em torno do acontecimento : uma homenagem a Claude Zilberberg, 2016
VI Congresso Internacional de História, 2018
Galaxia Revista Do Programa De Pos Graduacao Em Comunicacao E Semiotica Issn 1982 2553, 2010
46o Congresso da INTERCOM, 2023
MOVIMENTO RETILÍNEO E UNIFORME, 2021