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A Fundação Alexandre de Gusmão, instituída em 1971, é uma fundação pública vinculada ao Ministério das Relações Exteriores e tem a finalidade de levar à sociedade civil informações sobre a realidade internacional e sobre aspectos da pauta diplomática brasileira. Sua missão é promover a sensibilização da opinião pública nacional para os temas de relações internacionais e para a política externa brasileira.
2019
Este texto sintetiza uma pesquisa realizada em 2016/2018 no Brasil e em Portugal, como parte de um pós-doutorado em Sociologia da Cultura, realizado no Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais – CISNOVA da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa que deu origem ao livro Raízes – A contribuição portuguesa na formação da cultura brasileira. Apresenta sucintamente os resultados da investigação das raízes portuguesas que contribuíram, ao longo da história, para o processo de formação do Brasil. Além de examinar a questão em sentido sociopolítico, deriva para a análise de uma parcela substancial do folclore que, na atualidade, alimenta a economia cultural do país, a partir das manifestações artísticas relacionadas com as artes plásticas consideradas convencionais (pintura, escultura, desenho e gravura); a atividade artística visual no campo simbólico (cerâmica e intervenção urbana); as artes e espetáculos (dança, música, circo e teatro, e outras manifestações folclóricas populares). Adotou-se, para que os objetivos pudessem ser atingidos, uma metodologia qualitativa e processos de pesquisa descritiva, territorial, histórica, bibliográfica e documental. Concluiu-se pela importância da contribuição recebida e que portugueses e brasileiros com todas as suas naturais diferenças são dois povos amigos e ligados por um passado historicamente muito rico, que os orgulha e enobrece.
Artigo publicado no volume 10 da Diálogo das Letras, 2021
Estudos pautados no Sistema de Transitividade, da Linguística Sistêmico-Funcional (LSF) dão conta que esse é um sistema de relação entre os componentes que constituem figuras de representação. Este trabalho objetiva analisar as funções das orações existenciais, que para Halliday e Mathiessen (2004, 2014) representam o que existe ou acontece, na unidade retórica Introdução, do banco de dados TACTESE, de Figueiredo-Gomes e Bertuleza (no prelo). A metodologia empregada consiste no recenseamento dos processos em orações existenciais, por meio do uso da ferramenta Concord, do suíte computacional Word Smith Tools (SCOTT, 2018), a partir da lista de processos tipificados por Halliday e Matthiessen (2004, 2014) como neutros, abstratos e com traços circunstanciais, aplicados a usos da língua inglesa, que Fuzer e Cabral (2014) apresentam como passíveis de realizar significados existenciais no Português Brasileiro. Foram identificados 212 usos de orações existenciais na unidade retórica Introdução. Os grupos verbais mais produtivos tipificados como neutro do existir são haver e existir; como neutro do acontecer são ocorrer e acontecer; como neutro possessivo é ter; com traços circunstanciais de tempo é seguir-se, e com traços circunstanciais de lugar são encontrar-se e surgir; dos processos tipificados como abstratos não foram identificados usos nessa unidade retórica. Acredita-se que essa ausência pode está relacionada ao nível de tecnicidade do texto tese de doutorado, que não admite realizações desses processos, frequentes em gêneros do narrar.
O futuro do pretérito é uma forma verbal que, dentre outros valores, expressa polidez. Neste trabalho, a partir de uma investigação quantitativa, objetivamos definir o arranjo de traços linguísticos do valor de polidez do futuro do pretérito a partir do arranjo temporal. A coleta de dados foi direcionada para propiciar contextos de ameaça à face, a fim de possibilitar o uso da forma de futuro do pretérito. Os resultados apontam para o arranjo temporal presente, em sequências explicativas/opinativas, com atenuadores de modalização e condicionais.
Do século XVI ao século XIX, o tráfico transatlântico trouxe em cativeiro para o Brasil quatro a cinco milhões de falantes africanos originários de duas regiões da África subsaariana: a região banto, situada ao longo da extensão sul da linha do equador, e a região oeste-africana ou "sudanesa", que abrange territórios que vão do Senegal à Nigéria.A região banto compreende um grupo de 300 línguas muito semelhantes, faladas em 21 países: Camarões, Chade, República Centro-Africana, Guiné Equatorial, Gabão, Ango-la, Namíbia, República Popular do Congo (Congo-Brazzaville), República Democrática doCongo (RDC ou Congo-Kinshasa), do Sul. Entre elas, as de maior número de falantes no Brasil foram o quicongo, o quimbundo e o umbundo. O quicongo é falado na República Popular do Congo, na República Democrá-tica do Congo e no norte de Angola.
RESUMO © : No presente trabalho objetivamos observar como Joaquim Mattoso Câmara Jr. deixa em seu discurso traços que apontam para uma discordância em relação a uma Hipótese do Português Crioulo no Brasil. Concomitantemente, buscamos fazer uma leitura de um artigo de Carson, escrito uma década após as reflexões de Mattoso, em que, sem fazer referência ao autor, consolida uma posição em relação à hipótese crioulística que, mesmo em diferentes condições de produção, vai ao encontro das reflexões do lingüista. PALAVRAS-CHAVE: História das Idéias Lingüísticas, Mattoso Câmara, Neusa Carson. INTRODUÇÃO Após a época das grandes descobertas territoriais, tivemos um período de colonização que, no caso do Brasil, houve a chegada de uma nova língua a um espaço lingüísticocultural desconhecido pelo ocidente. A Língua Portuguesa, trazida pela expansão ultramarítima de Portugal (séc. XV-XI), instituiu movimentos de memória, deslizamentos lingüísticos, os quais, ao longo da história, foram observados por teóricos da linguagem. A busca por um estudo aprofundado da Língua Portuguesa no/do Brasil levou muitos desses estudiosos a se preocuparem com a descrição e análise da referida língua, da mesma forma que de outras línguas presentes no nosso território, como as línguas indígenas, as línguas africanas; as línguas vindas do continente europeu, como o Italiano, o Alemão, o próprio Português, entre outras. Esse trabalho, em torno da diversidade lingüística no país, ocorreu devido ao fato de que, para tal descrição e análise, os pesquisadores se lançavam em um estudo não somente da língua que estavam trabalhando, mas também analisavam se havia -influências‖ de outras línguas em © Trabalho desenvolvido a partir do projeto Lingüística no Sul: estudos das idéias e organização da memória dos anos 80 a 2000 sob orientação da profª Dr. Amanda Eloina Scherer. funcionamento no ambiente lingüístico-cultural em que os sujeitos observados estavam imersos. Dentre os pesquisadores em línguas que se destacaram no cenário Nacional, temos o teórico Joaquim Mattoso Câmara Jr. como um importante lingüista brasileiro a se interessar sobre esse tema. No início da década de 40, o autor publicou a obra Princípios de Lingüística Geral, bem como outros textos e artigos específicos sobre análise, descrição e estrutura da língua portuguesa. Em um artigo intitulado Línguas européias de ultramar: o português do Brasil, que teve primeira versão em alemão no ano de 1963, o estudioso faz observações sobre a relação do nosso português com línguas indígenas e africanas bem como faz reflexões sobre uma -hipótese crioulística‖ do Português do Brasil. Sobre esse trabalho, Tânia Alkmim (2005, p.105) afirma que o lingüista -tenta mostrar que tal hipótese representa uma contribuição inovadora para o debate da questão do português brasileiro‖. O estudo acerca da hipótese crioulística também foi realizado por uma lingüista santamariense, Neusa Martins Carson, uma das primeiras lingüistas do Rio Grande do Sul e que teve sua produção voltada para o trabalho em descrição de línguas. A história e a produção de Carson foram objetos de nossa pesquisa em iniciação científica, ao longo do ano de 2006, o que nos leva a observar que a estudiosa foi leitora e aluna de Joaquim Mattoso Câmara Jr. Além disso, na década seguinte à publicação do referido artigo do lingüista, no ano de 1979, na Revista do Centro de Artes de Letras, Carson publicou um artigo intitulado O Português do Brasil: um Crioulo?. Neste, a pesquisadora aponta para o fato de alguns traços morfossintáticos da língua portuguesa, considerados por estudiosos como influências de línguas africanas, serem nada mais do que constituintes da estrutura lingüística da Língua Portuguesa, os quas já estavam presentes no português arcaico do século XVI. Por conseguinte, o que propomos para este trabalho é observar como um lingüista,
RESUMO Após uma breve explanação acerca do sistema ortográfico do português, sua natureza e principais características, fazemos a descrição e a análise dos erros ortográficos encontrados em textos produzidos por crianças que cursam as séries iniciais em duas escolas da Rede de Ensino da cidade de Pelotas. Focalizamos, logo após, dois tipos de erros: um que é decorrente da arbitrariedade do próprio sistema e outro que é motivado pela não observância de regras contextuais. Com a apresentação e a discussão dos resultados pretendemos oferecer subsídios para o desenvolvimento de propostas para o ensino da ortografia. Neste artigo, que aborda aspectos da aquisição ortográfica, focalizamos o estágio alfabético do processo de desenvolvimento da escrita. Nesse período, os obstáculos conceituais enfrentados pelas crianças nos períodos iniciais da aquisição da escrita já foram transpostos, o que significa dizer que, nessa etapa do desenvolvimento, a criança entende o princípio do sistema alfabético, segundo o qual um som corresponde a um símbolo. É somente a partir desse momento que se torna possível começar a discutir aspectos relacionados à ortografia. De acordo com Gak (apud Moreira e Pontecorvo, 1996:79), a criança ao ingressar no estágio alfabético tende a preservar o sistema gráfico da língua, embora infrinja, ordinariamente, o sistema ortográfico. Enquanto o ortográfico diz respeito às regras que determinam o uso de grafemas ii específicos para representar determinados sons, o gráfico refere-se aos meios de que uma língua dispõe para exprimi-los. Assim, ao criarmos seqüências de letras não atestadas na forma escrita da língua portuguesa, tais como as seqüências 'xh' ou 'gh', estaremos violando o sistema gráfico, ao passo que, ao substituirmos o 'x' da palavra 'mexer' por 'ch', estaremos desobedecendo ao sistema ortográfico. O sistema alfabético deu origem a diferentes sistemas ortográficos. No caso do português, ao indagarmos sobre a natureza da ortografia veremos que ela é, sobretudo a partir do século XX, preponderantemente fonêmica. Queremos dizer com isto que a escrita procura representar aquilo que é funcional no sistema de sons da língua, isto é, aquilo que possui valor contrastivo. Quando falamos em funcionalidade, ou elementos que possuem valor contrastivo, falamos em fonemas. Os fonemas são definidos por Crystal (1973) como aquelas unidades que contrastam funcionalmente com PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com
As construções prototipicamente reflexivas são aquelas que descrevem linguisticamente cuidados corporais (verbos de campos lexicais como WASH, SHAVE, BATHE e DRESS). Em construções desse tipo, o português brasileiro possui uma alternância semântica entre construções como se barbear e fazer a barba. Neste artigo, uma tipologia do domínio reflexivo é proposta de maneira que englobe essa segunda construção, produtiva no português brasileiro, mas não comum em outras línguas.
This paper analyses different patterns of forms of address in the pronominal system in Brazilian Portuguese in the beginning of the 20th century. The analysis is based on a sample of private letters written between 1906 and 1936. The analysis is based on two theoretical frameworks: Sociolinguistics and Discourse Tradition Model. The results show four different patterns in the period: (I) the exclusive usage of the intimate tu (you-sg.) in letters of “higher intimacy relationship”; (II) the exclusive usage of você (you-sg derived from Vossa Mercê “Your Grace” or “Your Mercy”) in letters of the same nature; (III) the usage of intimate tu (you-sg) correlated with você (you-sg) pronominal paradigm, such as imperative- subjunctive moods in a specific section of the letter; (IV) the tu and você (you-sg) alternation in the same functional contexts but in a different morphosyntactic distribution: tu occurs with a higher rate in [+morphologized] contexts used as a verbal affix or an accusative/dative clitic (te) whereas você is more frequent in [-morphologized] contexts used as a strong pronoun (nominative or prepositional complement).
Revista Virtual de Estudos da Linguagem - ReVEL, 2010
Este trabalho tem como objetivo fazer uma análise sobre a relação entre processos fonológicos lexicais e pós-lexicais e a classificação do ritmo do Português Brasileiro (PB) como silábico ou acentual. Por ser o ritmo um fenômeno que opera no nível pós-lexical – de acordo com a Teoria da Fonologia Lexical –, sugere-se, aqui, que para a classificação do ritmo das línguas, seja levada em consideração a distinção dos níveis em que ocorrem os processos fonológicos (lexical e/ou pós-lexical). A partir deste ponto de vista, considerando-se os processos fonológicos que operam no PB no nível pós-lexical, foram encontradas evidências que podem classificar esta língua como língua de ritmo acentual.
Anais do VII Colóquio Internacional do Museu Pedagógico da UESB, 2022
Academia de Marinha. Atas VI Simpósio de História Marítima Pedro Álvares Cabral, 2004
Durante os séculos XV e XVI, a marinha portuguesa foi pioneira no descobrimento científico de grande extensão de navegação oceânica e costeira, e responsável pela redação e aperfeiçoamento continuado dos seus roteiros, nomeadamente relativos à navegação no Atlântico Sul. O grande número de roteiros portugueses que nos chegaram, testemunho da navegação praticada por Portugal, constituem documentação fundamental para a compreensão da História da Náutica, bem como da História dos Descobrimentos. Após a viagem de Pedro Álvares Cabral, uma nova rota atlântica ligando Portugal ao Brasil foi estabelecida com continuidade. Tal pressupôs a descoberta e o aperfeiçoamento de um novo Roteiro de Navegação Oceânica para a Carreira do Brasil, bem como o surgimento de Roteiros de Navegação Costeira, capazes de abranger um extenso litoral gradualmente reconhecido e ocupado. Neste estudo, procedemos a uma caracterização global deste facto histórico, através da análise dos principais Roteiros portugueses do século XVI relativos ao Brasil. Durante vários séculos, marinheiros de outras nacionalidades regularam-se pelos roteiros portugueses nesta navegação, copiando-os e traduzindo-os sucessivamente. Desse facto, é testemunho eloquente a importante coleção de Roteiros portugueses coligidos pelo holandês Jan Huyguen van Linschoten. O interesse então suscitado pelo importante grupo de textos roteirísticos portugueses que coligiu, é testemunhado pelas várias edições que a obra cedo conheceu em holandês, francês e inglês tendo, certamente a partir destes textos, prosseguido a evolução dos Roteiros. [Este artigo sistematiza o Capítulo 5 da dissertação de Mestrado da autora, intitulado «Roteiros Portugueses Relativos ao Brasil do Século XVI à Primeira Década do Século XVII», in TAVEIRA, Maria Armanda de Mira Ribeiro Fernandes Ramos. Os Roteiros Portugueses do Atlântico de finais do século XV à primeira década do século XVII. Elementos para o seu estudo. Lisboa: Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, 1994, pp. 294-363. Dissertação de Mestrado em História dos Descobrimentos e da Expansão Portuguesa, Séculos XV a XVIII - Orientação de Prof. Doutor Luís de Albuquerque]
RESUMO O presente estudo investiga a habilidade de discriminação fonêmica do Português Brasileiro (PB) e da Língua de Sinais Brasileira (Libras) em crianças e adultos ouvintes bilíngues bimodais (filhos de pais surdos), e em crianças surdas usuárias de implante coclear (IC) filhas de pais surdos ou de pais ouvintes, com acesso irrestrito ou restrito à Libras. Para avaliação da discriminação fonêmica do PB foi utilizado o Teste de Figuras para Discriminação Fonêmica (TFDF), proposto por SANTOS-CARVALHO (2007), e para avaliação da discriminação fonêmica em Libras foi elaborado um teste com organização do TFDF. Os resultados revelaram que a habilidade de discriminação fonêmica do PB e da Libras em crianças ouvintes bilíngues bimodais está ocorrendo de forma esperada/normal. Em relação às crianças surdas usuárias de IC, o desempenho da criança surda com acesso irrestrito à Libras foi superior às outras crianças surdas com acesso restrito à Libras, e igual ao de adultos bilíngues bimodais no teste em Libras. A aquisição bilíngue bimodal (PB – Libras) por crianças e adultos ouvintes bilíngues bimodais, e por crianças surdas usuárias de IC com acesso irrestrito à Libras, não impede o desenvolvimento da habilidade de discriminação fonêmica na Libras nem no PB. ABSTRACT The present study investigates the ability of phonemic discrimination in Brazilian Portuguese (BP) and in Brazilian Sign Language (Libras) in bimodal bilingual children and hearing adults (children of deaf parents), and in deaf children users of cochlear implants (CI) born from deaf parents or from hearing parents, with unrestricted or restricted access to Libras, respectively. For assessment of PB phonemic discrimination was used the Teste de Figuras para Discriminação Fonêmica (TFDF), proposed by SANTOS-CARVALHO (2007), and for assessment of Libras phonemic discrimination was prepared a test with the same organization of TFDF. The results revealed that the ability of phonemic discrimination in PB and Libras is occurring as expected for bimodal bilingual children. In relation to deaf children users of CI, the performance of the deaf child with unrestricted access to Libras was far superior to the other deaf children with restricted access to Libras, and equal to the bimodal bilingual adults in the Libras test. The bimodal bilingual acquisition (PB – Libras) for bimodal bilingual children and hearing adults, and deaf children users of CI with full access to Libras, does not prevent the development of phonemic discrimination ability in Libras or in PB.
Este estudo investiga a aquisição da morfologia derivacional do português brasileiro (PB) por crianças com diagnóstico preliminar de dislexia. A literatura tem sugerido uma dificuldade dos disléxicos em processar palavras morfologicamente complexas (CAPLAN, 1998), o que remete a um possível distúrbio no modo como palavras derivadas são representadas no léxico mental dos portadores de dislexia e por eles processadas. Outra explicação cabível seria a de que o disléxico apresenta problemas na passagem do reconhecimento da forma gráfica da palavra para a forma fônica correspondente. Em qualquer dos casos, essa dificuldade se reflete tanto nas habilidades de leitura quanto na aquisição das regras subjacentes aos processos derivacionais de formação de palavras em PB. A fim de prover mais evidências sobre essa questão, realizou-se um experimento, valendo-se da Técnica de Decisão Morfossemântica (BESSE;VIDIGAL DE PAULA;GOMBERT, 2005), numa adaptação da que foi usada por Mota (2008). Foram testadas 25 crianças sem queixa de dislexia, divididas em dois grupos etários, as quais serviram como controle, e 16 crianças com diagnóstico preliminar desse distúrbio, também divididas em dois grupos etários. Os resultados indicam que as crianças disléxicas que adquirem PB têm maior dificuldade em ler e processar as palavras morfologicamente complexas, em relação às crianças não disléxicas que adquirem essa mesma língua. Palavras-chave: Morfologia. Aquisição da linguagem. Processamento da leitura. Dislexia.
RESUMO: Este trabalho enfoca construções de futuro no português brasileiro, com base no • modelo de gramática de construções proposto por Goldberg (1995 e na teoria dos espaços mentais (FAUCONNIER, 1994). Partindo da noção de subjetividade como projeção ascendente de informação na confi guração de espaços mentais (FERRARI; SWEETSER, 2008), argumentamos que as construções perifrásticas de futuro são mais subjetivas do que as construções de futuro morfológico. Em seguida, estabelecemos que a forma mais gramaticalizada do futuro perifrástico [ir + infi nitivo] faz parte de uma rede construcional [(SN) AUXILIAR INFINITIVO (X)], da qual também fazem parte outras construções perifrásticas que permitem inferências de futuro, tais como [poder/dever + infi nitivo]. Por fi m, demonstramos que as construções perifrásticas diferem quanto ao tipo de informação que adicionam aos espaços epistêmicos e de ato de fala, que se caracterizam como espaços implícitos que confi guram a base complexa (BSCN) ou Ground. PALAVRAS-CHAVE: Construções gramaticais. Futuro perifrástico. Futuro morfológico. • Subjetividade.
Nova Gramática do português brasileiro. Para uma obra que trata da língua falada neste país, seria difícil imaginar um título menos previsível. Quando pensamos no nome de um livro que descreve a língua, a primeira palavra que nos ocorre é "gramática". E o idioma que tem servido de espaço de comunicação para os 185 milhões de habitantes que o Brasil tem hoje é incontestavelmente isso: o "português brasileiro". Não nos deixemos enganar pelas aparências: com seu título aparentemente tão banal, esta é uma obra altamente inovadora.
IX SEMINÁRIO DE PESQUISA EM ESTUDOS LINGUÍSTICOS, 2017
RESUMO Neste trabalho, nosso objetivo é avaliar o papel das informações auditiva e visual na percepção das fricativas do no Português Brasileiro, quando apresentadas com ambiguidade / manipulação do sinal acústico. Nossos resultados indicaram que os índices de identificação das fricativas foram maiores quando elas apresentavam a informação audiovisual. Evidencia-se que, quando as fricativas têm seu sinal manipulado seu desempenho perceptual aumenta nos casos em que a informação visual é apresentada com a auditiva, ou seja, diante da manipulação do sinal, as fricativas apresentam médias de recuperação mais altas com a informação audiovisual do que com a informação, apenas, auditiva. PALAVRAS-CHAVE: Percepção. Fricativas. Informação auditiva e visual. INTRODUÇÃO No âmbito da percepção da fala, a visão ganhou atenção e relevância a partir do momento em que a percepção deixou de ser vista como um processo apenas monomodal. Ao longo dos anos, alguns trabalhos, como os de Sumby e Pollack (1954) e McGurk e MacDonald (1976), evidenciaram que a percepção da fala é
ENECULT, 2010
Este trabalho2 tem como objetivo enfatizar o papel da dança no diálogo entre culturas. Para tal, será levantada a discussão em torno do conceito de diálogo intercultural relacionando-o com as danças africanas que estão presentes em Portugal. Tendo por base esta realidade, serão analisados e problematizados diferentes modos de ocorrência de diálogos interculturais no contexto dessas danças, tentando perceber como que a ampliação de experiências vividas no corpo podem motivar também o alargamento de visões de mundo.
Este artigo discute sobre o estatuto da construção de transferência no português brasileiro. Particularmente, analisa-se a ocorrência dos verbos cozinhar, fritar, desenhar, pintar, cantar e dançar, considerados transitivos, nesse tipo de construção. Os dados extraídos de textos disponíveis na internet demonstram que a estrutura argumental da sentença resulta da associação entre argumentos do verbo e argumentos da construção, fato que explica a presença de um argumento destinatário ao lado dos verbos estudados. Adota-se como referencial teórico a Gramática das Construções (GOLDBERG: 1995, 2006).
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