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Neste artigo relacionamos a teoria dos sistemas dinâmicos, a teoria da auto-organização e o processo de significação musical. A primeira parte do trabalho descreve os sistemas dinâmicos e apresenta algumas aplicações desta descrição encontradas na literatura na área da música. A segunda parte traz o conceito de auto-organização na sua formulação inicial proposta por Ross Ashby, durante a segunda cibernética, e as noções de auto-organização primária e secundária da teoria desenvolvida por Michel Debrun. Mencionamos alguns trabalhos na área da música, especialmente na composição musical, que utilizam o conceito de auto-organização e estabelecemos alguns paralelos com os processos de aquisição das capacidades lingüísticas no desenvolvimento infantil. A terceira parte do texto trabalha sobre a descrição do processo de significação musical através lógica-semiótica de C.S. Peirce, focado principalmente sobre o conceito de inferência abdutiva e seu papel na formulação de hipóteses na escuta musical. Na quarta e última parte, relacionamos as três primeiras, enfatizando que a compreensão da significação musical enquanto processo semiótico envolve tanto a noção de auto-organização quanto as concepções dinâmicas sobre sistemas.
compmus.ime.usp.br
Após apresentar sucintamente aspectos importantes dos sistemas dinâmicos não-lineares estudados pela Teoria do Caos, discutimos dois conceitos apresentados por Malt e Xenakis acerca da sua utilização na composição musical, tendo em vista a busca de uma certa organicidade no material musical gerado. Como exemplos, aplicados à Composição Assistida pelo Computador, apresentamos três patches construídos em Max/MSP, com quatro aplicações diferentes. "Non-Linear Dynamic Systems and Organicity in Musical Material" Abstract: After presenting briefly some important aspects of non-linear dynamic systems studied as part of Chaos Theory, we discuss two concepts brought forth by Malt and Xenakis concerning their use in musical composition, as for the pursuit of a certain organicity in the musical material generated. As examples, applied to Computer Aided Composition, we present three Max/MSP patches, with four different applications.
Neste artigo descrevemos a criação musical e a escuta musical tomando por base algumas formulações do conceito de auto-organização. Depois de definir auto-organização, passamos a investigar como essa noção se relaciona à composição musical e ao entendimento corriqueiro da criação em música. Argumentamos que a noção da auto-organização oferece um ponto de vista interessante para se tratar a criatividade artística, superando o mito do gênio criador que ainda se sustenta de maneira proeminente na cultura ocidental. Essa visão da criação pela (semi-)ótica da auto-organização é, então, relacionada à escuta musical e aos processos lógicos que lhe possibilitam atribuir significados e afetos ao fenômeno musical. A descrição dos processos de significação musical na escuta se estabelece pela relação entre a psicologia da expectativa musical, a lógica da descoberta e o conceito de auto-organização. Nossa descrição é bastante sucinta e nosso objetivo é o de apresentar algumas consequências possibilitadas pelo entendimento de que a música é um sistema dinâmico cujo comportamento se atualiza por meio da auto-organização, seja no domínio da composição, seja no domínio da escuta.
CONGRESSO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO EM MÚSICA (ANPPOM), 21., 2011
Resumo: Este trabalho pretende analisar as formas de gestão, liderança e organização do trabalho em grupo desenvolvidas em uma organização musical-no caso, um coro amador sediado na cidade de São Paulo-SP. A partir de questionários aplicados a 35 cantores e ao maestro e de uma entrevista realizada com este diretor artístico, são destacadas possibilidades de intersecção entre as práticas administrativas e organizacionais desenvolvidas na Rede Cultural Luther King e conceitos como autogestão, liderança participativa e trabalho em grupo. As conclusões apontam a viabilidade e a necessidade dessas práticas de gestão em organizações musicais como os coros amadores. Palavras-chave: regência coral, regente como gerente, gestão de organizações musicais. Management of musical organizations: from the tyrant maestro to the self-management Abstract: This paper aims at analyzing the forms of management, leadership and teamwork organization developed in a musical organization-in this case, an amateur choir placed at São Paulo city, Brazil. Starting from questionnaires applied to 35 singers and to the maestro and from an interview with this artistic director, we detach possibilities of intersections among these organizational and managerial practices developed in Luther King Cultural Network and concepts such as self-management, participative leadership and teamwork. The conclusions point out the possibility and necessity of these managerial practices in musical organizations such as amateur choirs. A gestão de organizações musicais vem sendo objeto de um grande número de críticas e novos modelos administrativos são buscados para se superar a tradição autocrática que marcou a figura dos maestros líderes e regentes gerentes. Nesse contexto, o presente artigo busca analisar o caso de uma rede coral em que são implementadas práticas participativas de gestão e organização do trabalho. O estudo é baseado em uma breve revisão bibliográfica sobre a teoria da administração e em uma pesquisa junto ao diretor artístico e a 35 cantores do Coro Luther King, sediado na cidade de São Paulo-SP. Por meio de um questionário semi-estruturado aplicado aos cantores e ao maestro e de uma entrevista oral com este maestro (registrada em audiovisual e posteriormente transcrita), buscou-se entender como se constroem as práticas gerenciais nesse grupo. Assim, segundo os procedimentos de coleta de dados, a pesquisa conjuga os caracteres de: 1) estudo de caso único e 2) pesquisa de campo, já que pretendeu ir ao locus de seu objeto de estudo (a atividade coral) e colher, dentre seus agentes, os dados relevantes; 3) pesquisa de opinião exploratória, técnica de pesquisa social que visa a fornecer uma visão de determinados agentes acerca do contexto organizacional no qual estão inseridos (GIL, 1995)-no caso, tais agentes são os regentes e coralistas. 2. Autogestão e trabalho em grupo A teoria clássica da Administração, preconizada no livro de 1916 Administration industrielle et générale, de Henri Fayol (1841-1925), concebia que o trabalho do administrador poderia ser descrito por
Estudo acerca da aplicação de sistemas dinâmicos não-lineares da Teoria do Caos na composição musical em geral e na composição assistida pelo computador em especial. Tomando como ponto de partida um apanhado conciso dos principais conceitos da Teoria do Caos, seguiu-se para a análise de alguns aspectos pontuais de textos e obras dos compositores Iannis Xenakis, György Ligeti, Rolf Wallin e Mikhail Malt, visando a levantar diferentes formas de utilização composicional dessa Teoria. Sobre os conceitos aventados, construiu-se a análise que o autor faz de seis composições próprias. São abordados principalmente aspectos dos processos de criação, escrita e execução das obras, que dizem respeito ao tema, complementados por considerações acerca da própria prática composicional. "Music and Non-Linear Dynamic Systems: a compositional approach" Abstract: Study about the application of non-linear dynamic system from Chaos Theory in musical composition in general and computer aided composition specially. Taking as starting point a concise review of the main concepts in Chaos Theory, an analysis of specific issues in texts and works of the composers Iannis Xenakis, György Ligeti, Rolf Wallin and Mikhail Malt follows, aiming to summarize different types of compositional use of this Theory. Over this conceptual body an analysis of six works by the author is constructed. Mainly, aspects of the composition, writing and execution processes are addressed, complemented by considerations regarding his own compositional practice.
Informação & Sociedade: Estudos
A linguagem especializada não é a única forma de se referir à música, e, por conseguinte, não é a única forma de seus usuários a buscarem. Assim, no âmbito da Organização do Conhecimento (OC), focamos justamente naqueles conceitos sugeridos pela experiência do ouvinte não especialista. A experiência como vivenciada não pode ser diretamente transmitida, mas pode ser compartilhada por meio da autonarrativa daquele que a vivenciou. O objetivo desta pesquisa é compreender como os próprios usuários da informação musical, no papel de ouvintes, relatam as experiências relacionadas à música por meio da descrição dos elementos que compõem essa experiência. A Semiótica de Peirce é a base teórica que permite estruturar esses elementos: signo, objeto, interpretante e hábito. Para tanto, foram realizadas 17 entrevistas individuais com jovens entre 18 e 29 anos, sem conhecimento formal de música. Cada entrevistado foi convidado a relatar um momento intenso que teria vivido enquanto escutava músic...
DEBATES | UNIRIO, n. 21, p.155-178, nov., 2018
Ao nos debruçarmos sobre o fenômeno musical, interessados no seu modo de apresentação formal, observamos todo tipo de relação entre intensões autorais, estímulos textuais, prescrições diretivas, inspirações de momento, aspirações idiossincráticas, resoluções, expressões de desejo e resultados sonoros cujas formas, ao passo em que muitas vezes guardam traços evidentes de sua origem, no mesmo movimento podem apresentar também desvios, incompletudes, bons exemplos de coincidência e obediência à norma, mas também planos b e "maus exemplos". Na prática, diante de um universo de manifestações tão amplo e multifacetado como o do fenômeno musical, onde os caminhos de uma determinada morfologia são traçados muitas vezes de forma errante esbarrando no acaso, no devir da ação performática e na realidade concreta do fenômeno social, somos forçados a considerar como especialmente sui generis um fenômeno entre outros: a Obra Musical como algo repetível, abstrato, ideal e a priori e, ao mesmo tempo, matéria por excelência de uma práxis humana, efetiva e afetiva.
A teoria musical grega, ou harmonia, compunha-se tradicionalmente de sete tópicos: notas, intervalos, géneros, sistemas de escalas, tons, modulação e composição melódica. Estes pontos são enumerados por esta ordem por Cleónides (autor de data incerta, talvez do século II d. C.) 1 num compêndio da teoria aristoxeniana; o próprio Aristóxeno, nos seus Elementos de Harmonia (c. 330 a. C.), discute demoradamente cada um dos tópicos, mas ordenando-os de forma diferente. Os conceitos de nota e de intervalo dependem de uma distinção entre dois tipos de movimento da voz humana: o contínuo, em que a voz muda de altura num deslizar constante, ascendente ou descendente, sem se fixar numa nota, e o diastemático, em que as notas são mantidas, tornando perceptíveis as distâncias nítidas entre elas, denominadas "intervalos". Os intervalos, como os tons, os meios-tons e os dítonos (terceira), combinavam-se em sistemas ou escalas. O bloco fundamental a partir do qual se construíam as escalas de uma ou duas oitavas era o tetracorde, formado por quatro notas, abarcando um diatessarão, ou intervalo de quarta. A quarta foi um dos três intervalos primários precocemente reconhecidos como consonâncias. Diz-nos a lenda que Pitágoras descobriu as consonâncias a partir de quocientes simples, ao dividir uma corda vibrante em partes iguais. Na razão de 2:1 terá encontrado a oitava, na de 3:2 a quinta e na de 4:3 a quarta.
This work deals with the use of self-player pianos - Class of automatic musical instruments - and their technical evolution and the acquis in perforated rolls of paper that containings the digital records for the instrument. Also evaluates the dimension of its use by composers and performers at the beginning of modernity and points to the musical preferences of pianists interpreters who can be seen from the cataloging of rolls for these instruments. Reinforces the conviction of relational intimacy between music and technology. [Text in Portuguese]
Musica Hodie, 2022
Nos seus primórdios, os filmes silenciosos eram exibidos em diversos locais e com diversos modos de acompanhamento, como leitores, dubladores de diálogos e sons, gramofones e música. Ao eleger as pequenas salas chamadas nickelodeon como local de exibição, a disparidade desses modos gerou uma crise. Estudos apontam para uma campanha de padronização cogitada pelos produtores de filmes, por meio de uma farta literatura normativa, mas qual teria sido o papel dos músicos nesse processo? Para delinear esse papel, fizemos uma análise de conteúdo dos manuais técnico-didáticos do período. Discutimos os resultados usando os conceitos de mundos da arte de Becker e da historiografia de crise de Altman, mas a complexidade deste sistema dinâmico nos aproximou da auto-organização de Ashby e Foerster, comentados por Heylighen, e da complexidade de Morin. Concluímos que os músicos, alimentados pela improvisação e adaptação das performances, foram agentes criativos e informacionais na auto-organização dessa arte. Palavras-chave: Cinema silencioso. Nickelodeon. Processo criativo. Improvisação e adaptação.
Estudos Setoriais: Música, 2020
O capítulo 3 abordará as dinâmicas setoriais através da perspectiva teórica das políticas públicas. O capítulo buscou as informações para a análise junto a atores dos setores, por meio das seguintes etapas: (i) busca e confecção de bancos de dados; (ii) aplicação de survey; (iii) realização de entrevistas semiestruturadas. Nesse sentido, a primeira seção apresenta os diferentes atores envolvidos na dinâmica do setor, abordando seus repertórios, narrativas e atribuições relacionadas à sua agência econômica. A análise ocorre à luz das relações que estes atores estabelecem entre si, considerando também pontos de intersecção com outros setores. A segunda seção aborda os gargalos dessas dinâmicas, enfocando no cenário no qual os atores do setor estão inseridos e suas percepções acerca da organização setorial, por meio de matrizes SWOT (Strengths - Forças, Weaknesses - Fraquezas, Opportunities - Oportunidades, e Threats - Ameaças). Isso introduz informação primária inédita e original frente aos estudos realizados anteriormente.
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Revista CENA, 2020
Dissertação de Mestrado em Engenharia Informática. Universidade de Coimbra, 2004
Cartazes musicais, 2010
Revista De Antropologia, 59(1), 321-333., 2016
Revista Música Hodie, 2020
XV Mostra de Iniciação Científica, Pós-graduação, Pesquisa e Extensão, 2015
Revista Música Hodie
Tese de Doutorado, 2018
Revista da Fundarte, 2023