Academia.edu no longer supports Internet Explorer.
To browse Academia.edu and the wider internet faster and more securely, please take a few seconds to upgrade your browser.
Anais do XXVI Simpósio Nacional de História -ANPUH • São Paulo, julho 2011 1 VIAGENS DE PEREGRINAÇÃO: DEVOÇÃO, SALVAÇÃO E OUTRAS POSSIBILIDADES VIVIANE AZEVEDO DE JESUZ * Durante o medievo, desenvolveu-se de forma intensa a prática do deslocamento de pessoas a locais considerados sagrados, de modo que em seus séculos finais a peregrinação já se encontrava plenamente difundida. Peregrinos de diversas localidades da cristandade lançavam-se a essas viagens, que eram por vezes longínquas e de difícil realização devido aos obstáculos físicos dos caminhos que conduziam aos lugares santos. As dificuldades, no entanto, não refreavam esse movimento dos viajantes cristãos, cuja meta era o encontro com o sagrado, ainda que despendessem muito mais tempo enfrentando os desafios do que apreciando os lugares santos. Em nosso estudo, discutimos a participação dos citadinos neste movimento de peregrinação, adotando como fonte de análise o conjunto de contos reunidos na narrativa inglesa The Canterbury Tales, escrita por Geoffrey Chaucer em fins do século XIV. 1 Trata-se de um conjunto de vinte e quatro histórias em versos, nas quais os peregrinos, oriundos principalmente do meio urbano, narram momentos da vida de diversos personagens, enquanto também são personagens de uma outra história, mais ampla, a da peregrinação. Segundo Michel Sot, as peregrinações comportam quatro características centrais. Em primeiro lugar, está a própria viagem física, que acarreta uma relação com o espaço, trate-se daquele do qual se afasta, ou daquele através do qual se movimenta. Existe, então, um fim dessa caminhada, em que se espera propiciar o contato com uma nova realidade, uma realidade sagrada. A peregrinação é ainda um tempo de celebração, pois, embora se busque um objetivo, o essencial são as provações do caminho percorrido. Por fim, como recompensa por seu esforço, os peregrinos alcançam os benefícios desejados, sejam estes espirituais ou físicos, o perdão ou a cura.
Revista de Ciências Humanas, 2005
O objetivo deste artigo foi analisar o fenomeno da peregrinacao na sociedade moderna e contemporânea e suas interfaces com o turismo religioso. Serviu como campo etnografico da pesquisa o Caminho da Fe uma rota para peregrinacao inaugurada oficialmente no dia 12 de fevereiro de 2003. O itinerario inicia-se em Tambau (SP), cidade onde viveu o Padre Donizetti Tavares de Lima, e passa por varias cidades do interior de Sao Paulo e do sul de Minas Gerais, com o objetivo de chegar a Aparecida (SP), local do maior santuario catolico brasileiro. Com um total de 415 quilometros, pode ser considerada a mais nova e maior trilha permanente do Brasil. O meu olhar foi direcionado preferencialmente para a diversidade de contextos historicos, culturais, religiosos, economicos e politicos que sao atualizados nas diversas dimensoes constitutivas do objeto de estudo.
Toniol, Rodrigo; Steil, Carlos Alberto. Peregrinação, viagem, turismo e caminhadas. In: Toniol, Rodrigo; Steil, Carlos Alberto. Nos rastros da natureza. Curitiba: Appris Editora, pp. 19 - 42, 2016
Sociologia, 2012
Este estudo indaga as várias possibilidades de compreensão crítica da experiência-humana e religiosa-da peregrinação. Depois de se explorar a polaridade presente na própria noção de "experiência" tal como pensada pela mentalidade técnico-científica e pela convicção religiosa, mostra-se, ainda, como também as abordagens das ciências humanas reproduzem polaridades semelhantes, até ao ponto da rutura epistemológica. A consideração da peregrinação como "arquétipo" e "narração" completa as possibilidades de compreensão crítica desta experiência, as quais são, finalmente, submetidas a avaliação à luz da atual busca de espiritualidade.
Motriz. Revista de Educação Física. UNESP, 2010
As inquietações geradas pelas culturas de massa e tecnológica, associadas ao estresse ambiental deste século, são capazes de motivar, no ser humano contemporâneo, uma busca por novas possibilidades de usufruto do seu tempo disponível.
Estudos de Religião, 2019
O objetivo primeiro deste artigo é acompanhar as transformações que ocorrem na trajetória histórica das peregrinações e nos estudos sobre catolicismo no Brasil. O artigo destaca quatro momentos nesta trajetória. As imagens e devoção à Paixão e os livros Santuários Marianos (1722) e Peregrino da América (1728), como marcos do catolicismo tradicional da época. O movimento de romanização da Igreja Católica nos séculos XIX-XX e os estudos sociológicos sobre os movimentos camponeses milenaristas, que eclodem nas guerras de Canudos, Contestado e na controvérsia sobre o Padre Cícero. A Teologia da Libertação e as romarias da terra, de caráter contestatório. Finalmente, discorre sobre os estudos antropológicos sobre as romarias, nos anos de 1980, e as tendências atuais nos estudos de peregrinação.
Territorios, fiestas y paisajes peregrinos: cartografías sociales de lo sagrado, 2016
A proposta deste trabalho é abordar um tipo diferenciado de peregrinação. A peregrinação renovada ou pós-moderna, ligada ao movimento de renovação da Igreja Católica Apostólica Romana, denominado Renovação Carismática Católica. Esse movimento de renovação tem como principal objetivo uma recatolização, ou seja, tornar novamente os católicos praticantes em sua fé, a partir do batismo do Espirito Santo. A prática de devoção ao sagrado nesse movimento diferenciado traz por principal transformação, a volta de uma tradicionalidade da Igreja e consequentemente um novo tipo de peregrinação. Está diretamente interligada com uma prática e percepção de fé renovada. Desta maneira para atender aos objetivos propostos o presente artigo será dividido em três partes: a) movimento de renovação na Igreja Católica: a Renovação Carismática Católica – RCC; b) Hierópolis Carismática de Cachoeira Paulista e; c) Canção Nova e as peregrinações pós-modernas.
Resumo: No capítulo CCXIII de Peregrinação, Fernão Mendes Pinto faz uma apresentação da doutrina budista, por intermédio da personagem de um «bonzo», um monge zen budista japonês. Se bem que sucinta e fragmentária esta apresentação é a primeira no género, na Europa. No contexto da grande literatura de viagem europeia é a primeira vez que a doutrina budista é assim apresentada a um público geral. Certos aspetos da doutrina budista passam por este meio a ser comunicados a um público alargado, a partir de 1614 com a publicação de Peregrinação, e o universo dos leitores que primeiro recebem esta informação é, logicamente, o universo dos leitores de língua portuguesa. Pode-se assim afirmar que, pelo menos desde a publicação de Peregrinação, o público literário europeu, em geral, passa a ter uma notificação do que seja a doutrina budista.
ACCADERE, 2023
Nos séculos xvii e xviii o número de pessoas em movimento era elevado. Os caminhos estavam repletos de indivíduos que se deslocavam em busca de uma vida melhor, de oportunidades de trabalho, tratamento de doenças ou a negócios. Todavia, muitos vagueavam pelas estradas após terem cometido delitos nas suas terras natais. Fugiam, desta forma, aos castigos a que seriam sujeitos. A fuga e a inconstância a que estes homens e mulheres ficavam votados, vendo-se obrigados a criar vidas de fachada para serem acolhidos no seio das comunidades onde se queriam estabelecer levava-os, após alguns anos, a buscarem regularizar a sua condição. É neste último caso que procurámos centrar a nossa atenção. Pretendemos analisar a peregrinação enquanto forma de absolvição não só divina, mas também social. Através do ato de peregrinarem, homens e mulheres passavam a estar aptos para abandonarem as margens da sociedade. A dupla dimensão da peregrinação que colocava o romeiro, até então muitas vezes era conotado como vagabundo, em graça com Deus e com os homens, será o nosso objeto de estudo. Palavras chave: matrimónio, peregrinação, concubinato, Santiago.
Tecnologia e Ambiente
Este artigo resulta de uma pesquisa sobre a questão da moradia em uma unidade de conjunto habitacional do programa “Minha Casa Minha Vida” da cidade de Criciúma/SC. A reflexão segue na linha da Psicologia Ambiental, da Filosofia e da Geografia Cultural. O objetivo foi entender o processo de busca da casa por meio do conceito de peregrinação, identificado durante as entrevistas. A amostra da pesquisa foi composta por 54 moradores. A pesquisa se deu pela abordagem qualitativa nas modalidades exploratória e explicativa no sentido de entender a dinâmica da busca pela casa própria. A pesquisa identificou que, na história de vida das pessoas, esteve presente um processo de peregrinação e a busca pelo lugar essencial entendido como casa, marcado por grandes sofrimentos e expectativas. Os instrumentos de coleta de dados foram a observação sistemática e entrevistas semiestruturadas. Os achados da pesquisa foram: a casa do conjunto se caracteriza pelo conceito de casa biológica, o conjunto co...
A Deus, e à Mãe Aparecida que me deram a oportunidade de iniciar e findar essa experiência tão edificante. A toda a minha família: "os Mello" e "os Lima", lá de Casa Branca/SP e adjacências. Ah! Esse pessoal é incrível. À minha mãe, Maria Clara: "você já leu o jornal hoje, Marisinha? Olhe: faça palavra cruzada, pois isso ajuda muito a melhorar o vocabulário". Ao meu pai, Luiz Antonio: "você vai vencer, bem. Afinal são difíceis essas viagens a Brasília!" Ao Celso, meu irmão: "como está lá no mestrado, Pititica?" À Marina e Marília, minhas irmãs-mães. Serei eternamente grata por cuidarem de mim com tanto zelo desde os tempos em que éramos "nós três" estudando em Goiânia/GO. Às minhas tias Ceição e Celo, que sempre torcem e oram por mim e que "caminharam" ao meu lado para o desenvolvimento deste trabalho. À Renata Mazaro-Marcos Fernando, Dante e Enzo-minha querida grande amigairmã de outras vidas, que tenho a felicidade de ter ao meu lado desde os tempos de infância. Re, grata por todos os momentos em que me ajudou a chegar até aqui e por tudo o mais. Aos meus amigos do coração: William Luciano, que vibrou comigo em todas as conversas em que eu contava-lhe de minhas conquistas no mestrado. Wil, grata por ter cuidado de mim, como uma irmã, nos dias difíceis que passei neste ano. Se hoje eu estou recuperada, e ótima, é porque os seus "primeiros socorros" foram decisivos. Murilo Wascheck, que me dá os empurrões necessários para eu sair do conforto profissional, acreditar em mim e ir adiante sempre. "Marisa você é uma excelente professora de Educação Física. Tem um trabalho aqui e outro ali que é a sua cara, vai que você vai se dar bem". vii Dário Álvares, meu amigo motoqueiro e poeta. Você me faz sentir especial pelo amor e carinho que tem por mim, mas especial é você. Francisco Blumensheim, pelo companheirismo e carinho desde o dia em que nos conhecemos; principalmente nos dias de minha recuperação e toda a força que me deu durante o mestrado. Carla Barreto, minha coordenadora da ocasião. Sua compreensão com as substituições no trabalho e tantas outras situações foi decisiva para eu vencer essa etapa. Artemio Cardoso, meu amigo e companheiro peregrino. Grata pelo carinho e pelos cuidados que teve comigo. A caminhada contigo deu um tom especial à minha peregrinação; Aos meus colegas de mestrado: Cláudio José Arruda, com quem já me simpatizei desde o primeiro momento em que o vi. Primeiro porque você é um moço bonito e depois, e principalmente, por sentir em você uma energia tão boa que não poderia deixar de tê-lo como amigo. Mayhron Abrantes, pela força e dicas valiosas que me deu durante o curso. Como dizemos aqui 'no Goiás': valeu demais. Nadson Santana, por me ajudar com palavras especiais em nossas longas conversas ao telefone. É incrível como "esse menino" tem o dom de nos hipnotizar com o seu jeito de falar, seu vocabulário, sua emoção pela vida. Thayanne da Costa, por ter sido sempre solícita aos meus pedidos de ajuda na construção desse e de outros trabalhos do curso. Nathalia Macedo, que me incentivou a fazer mais uma disciplina como aluna especial e que terminou com minha aprovação no mestrado. Letícia Teixeira, sempre muito prestativa comigo-obrigada mesmo; e a todos os colegas do NECON.
A RETROSPECTIVE JOURNEY TO ANTHROPOLOGY OF RELIGION
2008
O Oriente sempre exerceu um grande fascinio ao homem ocidental. As viagens para essas longinquas terras, no seculo XVI, tinham o sabor de sal do mar e cheiravam a especiarias. Considerando este contexto, o objetivo deste trabalho e analisar como se processa o discurso sensorial em um dos grandes classicos da literatura portuguesa, a Peregrinacao (1614) de Fernao Mendes Pinto.
Mário Varela Gomes, 2011, Insígnias de peregrinação encontradas em Portugal. In: Cristãos e Muçulmanos na Idade Média Peninsular. Encontros e Desencontros, pp. 281-296, Instituto de Arqueologia e Paleociências das Universidades Nova de Lisboa e do Algarve, Lisboa.
HORIZONTE - Revista de Estudos de Teologia e Ciências da Religião, 2018
Em termos etimológicos, peregrinação remonta ao vocábulo latino peregrinus, que designa o estrangeiro, aquele que vive alhures e que não pertence à sociedade autóctone estabelecida, ou seja, é aquele que, pela força do prefixo, percorreu um espaço e, neste espaço, encontra o outro. A peregrinação, portanto, está relacionada ao encontro com o outro, com o estrangeiro, instaurando, assim, uma situação de alteridade. Ao mesmo tempo, do ponto de vista do peregrino, a experiência da viagem por terras desconhecidas e inóspitas, carrega em si um traço de aventura e de heroísmo. Este movimento no espaço físico, por outro lado, remete o peregrino a um movimento interno, de busca e de encontro consigo mesmo. A alteridade externa torna-se, assim, uma metáfora da alteridade íntima do sujeito que se percebe cindido entre sua condição humana e seu devir existencial. Assim, a peregrinação traz este duplo sentido, da viagem exterior do herói em direção ao outro e da jornada interior do virtuoso em busca de seu verdadeiro eu, que percorre os meandros e os labirintos da alma humana. Embora esteja comumente associada à religião, o primeiro sentido que configura a peregrinação,
Mitos, mídias e religioes na cultura contemporánea, 2017
2017
Agradecemos a todos que nos ajudaram a realizar este trabalho, não só por meio de palavras de incentivo, mas também pela participação intelectual e material. Agradecemos à Capes pela bolsa de pós-doutoramento na Universidade de Paris IV, que nos possibilitou reunir o material necessário à realização desta edição crítica, e à professora Michèle Fruyt, que nos recebeu; ao professor Pierre Maraval, pelo auxílio com a bibliografi a; à Véronique Th omson-Ballif, pela amizade e acolhimento em Paris; às bolsistas de Iniciação Científi ca pela participação-Elisa Vigna, Pietra Acunha, Mauni Oliveira e, em particular, Luciana Malacarne, a quem devemos um agradecimento especial pela perfeita simbiose de trabalho-; ao monitor de latim Pedro Jung Th omé, que nos auxiliou na formatação e diagramação do livro; à família, pelo apoio e ajuda no quotidiano; ao professor e amigo Bruno Fregni Bassetto, que nos encorajou a realizar esta edição crítica e nos ajudou a solucionar muitas questões sobre ela. Sumário Prefácio Introdução Esta edição crítica As peregrinações do século IV Nome da autora e título da obra Identidade da autora Origem da peregrina Condição social da autora Data da viagem Língua, estilo e fontes da obra Transmissão do texto Legado da obra do ponto de vista fi lológico e cultural A liturgia em Jerusalém Principais edições da obra Edição crítica Critérios de tradução e de transcrição do manuscrito Bibliografi a Abreviaturas e símbolos do aparato de crítica textual Texto e tradução Primeira Parte Segunda Parte Glossário Índices Índice de palavras que compõem o Glossário Índice de palavras referidas nas notas fi lológicas Manuscrito do séc. XI-Codex Aretinus (405) Maria Cristina Martins também anônimo e não indica o local de origem do autor. Por último, não há um consenso entre os estudiosos sobre qual seria a condição social da pessoa que realizou tal viagem. Não há dúvidas, no entanto, de que se trata de uma mulher, pois essa informação é revelada no texto: Tunc ego, ut sum satis curiosa, [...] "Então eu, que sou bastante curiosa, [...]" (16,3). O nome Itinerarium deve-se ao fato de terem sido escritos vários Itineraria aos Lugares Santos entre os séculos IV e VII, quase como roteiros ou guias de viagem, tais como o Itinerarium Burdigalense, o primeiro do gênero, ao qual já nos referimos. Nós, porém, preferimos usar o termo Peregrinatio, uma vez que a obra é mais que um catálogo de lugares visitados ou um guia de lugares e pousadas, característicos de um Itinerarium. Trata-se efetivamente de uma peregrinação, narrada quase como um diário de viagem, cuja motivação religiosa é bastante clara. Assim, assumindo o texto como um diário de peregrinação, optamos por denominar a obra como "Peregrinação de Egéria: uma narrativa de viagem aos Lugares Santos". O texto divide-se em duas partes. A primeira parte (cap. 1-23) é um diário de viagem aos Lugares Santos da História Sagrada, onde são descritas quatro viagens de Egéria: 1) a peregrinação ao monte Sinai e o retorno a Jerusalém pela terra de Gessen (1-9)-como o texto se apresenta fragmentado, não sabemos qual foi o ponto de partida, mas ela parece ter iniciado a viagem no Egito e daí ter se dirigido ao Sinai (cf. cap. 9); 2) a peregrinação ao monte Nebo (10-12), onde Egéria quer contemplar, tal como Moisés, o panorama da Terra Prometida; 3) a peregrinação à Idumeia, país de Jó (13-16)-essa viagem permitiu que os peregrinos visitassem lugares onde se conservam lembranças de outros personagens bíblicos, como Melquisedec, João Batista, Elias e Jeft é, como atesta o culto que lhes ofereceram nesses lugares; 4) a peregrinação à Mesopotâmia e a volta a Constantinopla, passando por Tarso, Selêucia e Calcedônia (17-23). Na segunda parte (24-49), é feita uma descrição da liturgia de Jerusalém: os ofícios feriais da semana e o ofício dominical (24-25); as festas litúrgicas da Epifania (Natal) e da apresentação de Jesus no Templo (25-26); a Quaresma, a Semana Santa, a Vigília Pascal, a Semana da Páscoa, o Tempo Pascal (chamado Quinquagésimas), a Ascensão e o Pentecostes (27-44). Ela também descreve os principais ritos da iniciação cristã, dando ênfase especial à catequese (45-47). A obra termina de modo incompleto, com a narração da festa da consagração das igrejas de Jerusalém, até o início da descrição do quarto dia de festa (48-49). Bibliografi a Manuscrito Codex Aretinus (405) (anteriormente Codex Aretinus VI,3), século XI. Arezzo: Biblioteca da Sociedade Fraternità dei Laici. Edições críticas ARCE, A. Itinerario de la virgen Egeria (381-384). Madrid: La Editorial Católica, 1980. (Biblioteca de Autores Cristianos, 416).
Kaliope Revista Do Programa De Estudos Pos Graduados Em Literatura E Critica Literaria Issn 1808 6977, 2011
Bulletin of Hispanic Studies, 1994
Num texto de 1966, que podemos considerar un classico da moderna teoria da narrativa, Roland Barthes escreveu: Le recit ne fait pas voir, il n'imite pas; la passion qui peut nous enflammer a la lecture d'un roman n'est pas celle d'une 'vision' (en fait, nous ne 'voyons' rien), c'est celle du sens, c'est-a-dire d'une ordre superieur de la relation, qui possede, lui aussi, ses emotions, ses espoirs, ses menaces, ses triomphes: 'ce qui se passe' dans Ie recit n'est, du point de vue referentiel (reel), a la lettre: rien; 'ce qui arrive', c'est le langage tout seul, l'aventure du langage, dont la venue ne cesse jamais d'etre fetee.! Aparentemente, Roland Barthes celebra tambem, com estas palavras, a crise da mimese ou, noutros termos, a desmistificacao da linguagem transparente, instrumento de consumacao linear e directa da narrativa. Com essa funcao mimetica esgotar-se-ia, portanto, nao s6 a capacidade de sobrevivencia da linguagem e em particular da linguagem narrativa, mas sobretudo a sua disponibilidade para representar outros sentidos que nao aqueles que podemos ler imediatamente deduzidos da representaeao do real. Atraves da Peregrinaciio de Fernao Mendes Pinto, confirmar-sea , desde ja, a pertinencia das palavras de Barthes. Trata-se, antes de mais, de um relato em que 0 tempo hist6rico e 0 tempo humano se encontram estreitamente associados; 0 tempo, do mesmo modo que a concepcao do discurso como elemento fundamental da sua vivencia, entendido como ponto de partida para uma sedutora aventura da linguagem. Diz 0 narrador da Peregrinaciio, no limiar do seu relato: ... Quado vejo que do meyo de todos estes perigos & trabalhos me quis Deos tirar sempre em saluo, & porme em seguro, acho que nao tenho tanta razao de me queixar por todos os males passados, quata de lhe dar gracas por este s6 be presente, pois me quis conseruar a vida, para q 87
2008
Since the years 2000 the panorama of pilgrimage in Brazil has been increased with the addition of new routes of pilgrimage which are inspired in the Route of Santiago of Compostela, in Spain. Amongst these routes, five became quite known as Caminho da Luz (Light Path, Minas Gerais), Caminho do Sol (Sun Path, São Paulo), Passos de Anchieta (Anchieta Path, Espírito Santo), Caminho da Fé (Faith Path, Minas Gerais and São Paulo), and Caminho das Missões (Missions Path, Rio Grande do Sul). In this article we analyze these five routes, which have become part of touristic programs, from a comparative perspective while trying to understand the longstanding aspects and general tendencies of these events in present time as well as their peculiarities and modalities within each specific context.
Loading Preview
Sorry, preview is currently unavailable. You can download the paper by clicking the button above.