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"Perte d'auréole", um dos "petits poèmes en prose" de Baudelaire, anuncia o problema enfrentado por Walter Benjamin em seu célebre ensaio sobre a reprodutibilidade da obra de arte. O revés do poeta pode expressar a metamorfose do conceito clássico de arte. É preciso, entretanto, assinalar que poucos artistas aceitaram tal mudança com o desembaraço que caracteriza a modernidade de Baudelaire. Neste ensaio, propõe-se uma leitura comparativa dos dois autores.
Une capitale n'est pas absolument nécessaire à l'homme.
Voluntas, 2019
Resumo: Em Sobre o conceito de história, Walter Benjamin procura entender como foi possível a ascensão do fascismo durante toda a década de 1930 na Europa. Disputando com a socialdemocracia e o stalinismo o uso do "método" marxista de conhecimento do presente, o materialismo histórico, Benjamin procura uma filosofia da história que seja capaz de entendê-la para além da ideia burguesa de progresso, que teria sido responsável pela incompreensão sobre o fascismo. Nosso artigo procura esclarecer essa concepção estabelecendo uma relação entre ela e as ideias de narração, experiência, memória e modernidade, presentes no ensaio O Narrador, de 1936, além de alguns pontos da teoria do conhecimento de Benjamin. O objetivo é compreender o fascismo não como mero oposto do progresso, mas fruto dele mesmo, parte da época denominada modernidade, em que o individualismo impossibilita experiências em comum e uma memória partilhada.
Detalhes da formatação: foram mudadas as numerações das páginas, assim como a exclusão das notas (que são um saco de escanear/ler).
A versão em inglês deste texto foi apresentada como comunicação oral no 36° Congresso do Comité International d’Histoire de L’Art—que aconteceu em Lyon, na França, entre os dias 23 e 28 de junho de 2024—na sessão intitulada “Ruins of ruins. Materiality and Immateriality of Degraded Ruins 2/2”, organizada por Peter Geimer, François-René Martin e Pierre Wat. Ao longo do texto, traço o itinerário de minha pesquisa de doutorado, intitulada “Por uma arqueologia da violência [Gewalt]: Walter Benjamin, das ruínas do passado, aos escombros do presente”, na qual me proponho a mapear o tropo da arqueologia ao longo da obra deste pensador, com o objetivo de interrogar 1. sobre a possibilidade de uma “arqueologia benjaminiana” e, consequentemente, 2. sobre a especificidade desta arqueologia: que tipo de “arqueologia” seria esta—mais ou menos metafórica/alegórica? Qual seria seu método de abordagem e objetos de interesse? A análise de um desvio de tradução naquela que é a mais conhecida das chamadas “Teses” Sobre um conceito de história (1940)—a nona tese, conhecida como a “tese do anjo da história”—é central nesta apresentação e abre o expediente para uma “leitura arqueológica” deste que foi o último texto que Walter Benjamin escreveu antes de tirar a própria vida no dia 26 de setembro de 1940.
Resumo: O objetivo deste artigo é o de apresentar a teoria da alegoria moderna desenvolvida pelo filósofo Walter Benjamin com ênfase na figura do poeta francês Charles Baudelaire e no conceito de mercadoria. Para tal recorremos ao Projeto das Passagens de Benjamin e aos ensaios benjaminianos escritos no final da década de 1930, a saber, "Paris do Segundo Império" e "Sobre alguns temas em Baudelaire". Palavras-chave: Benjamin; Baudelaire; Alegoria.
Kínesis - Revista de Estudos dos Pós-Graduandos em Filosofia, 2018
Da proposta freudiana de Além do Princípio do Prazer (1920), este artigo põe à prova a “teoria do choque” desenvolvida por Walter Benjamin como chave da crítica à modernidade, e cuja problemática visa distinguir Erfahrung e Erlebnis. Primeiramente, veremos como a segunda tópica freudiana nos põe diante daquilo que está subscrito ao aparato psíquico. Numa segunda instância, compreenderemos 1) como, da vivência dos choques, Benjamin encontra em Baudelaire um caminho à lírica da modernidade e 2) como, lendo Freud, a vida nas cidades nos despe da memória das experiências passadas, forçando-nos a estar atentos aos perigos imediatos e, sob o preço de uma irreflexividade, criar modos de defesa capazes de proteger-nos dos múltiplos choques. Veremos como estas vivências afetam as distintas esferas da vida cotidiana à ponto de habitar todos os seus domínios. Todavia, se aqui a “estética dos choques” leva à atrofia da experiência histórica, veremos, à luz de Freud, como o ensaísta jamais disti...
Projeto Historia Revista Do Programa De Estudos Pos Graduados De Historia E Issn 2176 2767 Issn 0102 4442, 2007
"Paris, meados do século XIX: cidade revolucionária, palco e memória das revoluções de 1789, 1830 e 1848; cidade burguesa, de afirmação de uma nova ordem espacial, de redefinição dos espaços públicos e privados, de expressão da modernidade trazida pelas novas tecnologias – panoramas, estradas de ferro, fotografia; cidade proletária e industrial, na qual as classes sociais se misturavam por meio de um tecido urbano favorável às trocas interpessoais; cidade múltipla, rica de experiências históricas e dotada de uma forte identidade urbana. Entretanto, essa identidade, construída ao longo dos séculos, punha em risco a nova ordem político-econômico-social do Segundo Império (1852-1870),sustentado pela burguesia industrial e financeira. Era urgente e imprescindível “modernizar” Paris, de forma a domesticá-la, evitando que novas insurreições, simbolizadas pelas barricadas, colocassem em risco os ganhos obtidos pelo capital industrial e financeiro. Georges Eugène Haussmann (1809-1891, administrador de Paris2 de 1853 a 1870), perpetuado na história como barão Haussmann, foi chamado, e seu projeto de embelezamento estratégico atendeu, de certa forma, aos anseios de uma alta burguesia interessada em se preservar dos riscos de uma nova Revolução, cujo alvo não seria mais o Antigo Regime, mas a ordem burguesa que o substituíra. Uma nova imagem seria construída para a cidade, a partir de então caracterizada como a “cidade-luz”. Luz proveniente da nova iluminação pública, das amplas vitrines, dos novos tecidos, dos interiores pertencentes aos ricos burgueses, dos grandes teatros, enfim, de uma cidade que se ilumina para o mundo ver a sua modernidade."
e José Marques de Melo, trata-se de uma verdadeira homenagem e exposição sobre a trajetória de vida profissional do grande mestre pernambucano, jornalista, pesquisador e folclorista Roberto Emerson Câmara Benjamin. Amigo e discípulo do criador da disciplina de Folkcomunicação no Brasil, Luiz Beltrão, Roberto Benjamin herdou do companheiro o desejo e a ânsia por compreender e pesquisar sobre os fenômenos das manifestações populares e suas relações com os meios de comunicação, dando continuidade aos estudos sobre essa temática. Formado em Direito e Jornalismo, Benjamin nunca escondeu a sua paixão pelos estudos folkcomunicacionais e o seu carisma, junto à sua vasta atuação acadêmica, cativou e inspirou a curiosidade investigativa de muitos de seus alunos com interesse em desenvolver pesquisas neste campo.
Caligrama: Revista de Estudos Românicos, 1997
RESUMO: Estudo do aspecto fílmico da imagem em Illuminations, de Rimbaud, e do vínculo que, a partir daí, a obra estabelece com a representação da cidade moderna. Em artigo publicado na Folha de São Paulo, o cineasta Arnaldo Jabor evidenciou a antevisão do cinema em uma fotografia tirada por Rimbaud em Aden (Egito). No interior da foto (1883), que retrata um homem sentadoñ ão se sabe bem se um vendedor ambulante de café ou se um mendigo-, entre utensílios e objetos em ruínas, há, por um segundo, o movimento de seu rosto, "um leve desfoque na cabeça do abissínio", (Jabor 1991: p. 5-3) tornando o quadro focado pelo poeta-fotógrafo "um flagrante, mas não de um fato ou ação", e sim de uma imobilidade. Mas uma iniabilldade que parece mover-se. ferver nas moléculas como um quadro de Van Gogh ou o trecho de um "travelling" de Resnais. Não capta o movimento de algo precioso; apenas um homem IlO chão, parado. A foto quer sugar o inerte. Diz-se que afotofoi tomada do balcão da loja em que o poeta trabalhava, em Aden. Isto transforma afoto num "contracampo ", um espelho domundo de Rimbaud, um avesso. De um lado, um europeu fugitivo com um aparelho moderno, de outro, o milênio. * Recebido para publicação emjulho de 1996. ** Professor assistente de Teoria da Literatura do Departamento de Semiótica e Teoria da Literatura da Faculdade de Letras da UFMG.
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VISO – Cadernos de Estética Aplicada, 2017
Paralaxe: revista de Estética e Filosofia da Arte, 2025
Cadernos Benjaminianos
Discurso - USP, 2019
Cadernos Benjaminianos, 2009
CADERNOS WALTER BENJAMIN, 2013
Revista Texto Poético
Cadernos Benjaminianos
Cadernos Benjaminianos, 2015
Cadernos Walter Benjamin, 2010
Kriterion: Revista de Filosofia, 2009