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Sexta-Feira 6: 291-309. (2001) ISSN 1415-689X Em colaboração com Tânia Stolze Lima
RESUMO: Baseado no pressuposto de que não há nenhuma razão para imaginar que os mecanismos "contra-Estado" descobertos por Pierre Clastres nas sociedades indígenas ameríndias tenham sua existência limitada a esse "tipo" de sociedade, esta comunicação pretende isolar alguns dos princípios, temas e linhas de força principais do pensamento de Clastres. Esse esforço é orientado por minha própria experiência de pesquisa no campo das religiões e das políticas afro-brasileiras, assim como em investigações sobre a história do pensamento antropológico.
Povo Ka'apor, por Darcy Ribeiro, Museu do Índio, 1951 é preciso aceitar a ideia de que a negação não significa um nada, e de que, quando o espelho não nos devolve nossa imagem, isso não prova que não haja nada que observar (CLASTRES, Pierre. A Sociedade contra o Estado).
Ética, Contemporaneidade e Desconstrução; Lógicas de Transformação: Críticas da Democracia, 2015
Resumo: O presente artigo tem por objetivo desenvolver as principais articulações da noção de dívida na obra de Pierre Clastres, de forma a explicitar a originalidade de suas teorias sobre o poder e o social. Para tanto, são apresentados, de forma breve, os conceitos de reciprocidade e troca em Lévi-Strauss e sua análise da chefia Nambikwara, bem como a teorização própria de Clastres sobre o mesmo tema. Apresento então as reflexões de Nietzsche sobre a crueldade e a dívida, além dos posteriores desenvolvimentos de Deleuze e Guattari. Por fim apresenta-se a relação que Clastres articula entre dívida e guerra, e proponho ler Clastres dessa maneira: o que ele chama de troca, tanto a nível intra, quanto a nível extracomunitário, pode ser lido, na linha de Deleuze, como dívida. Palavras Chave: Pierre Clastres; dívida; Nietzsche; Deleuze; Guattari.
Revista de Antropologia, 2003
verve, 2018
Pouco mais de quarenta anos depois da morte de Pierre Clastres, este artigo se volta sobre alguns de seus conceitos fundamentais, tendo em vista a análise de uma série de conexões entre o seu pensamento e o dos autores clássicos do anarquismo, Piotr Kropotkin e Pierre-Joseph Proudhon. Dessa forma, procura fazer avançar a hipótese de que, antes de ser uma vertente disciplinar, é possível pensar a antropologia anarquista como uma perspectiva ética que faz das diversas formas de sociabilidade seu campo de pesquisa acerca da desobediência voluntária.
Tem-se notado nos últimos anos um renovado interesse pelo pensamento de Pierre Clastres, pensamento precocemente interrompido devido à sua morte em 1977. Muito debatidos nos anos 1960 e 1970, por conta da radicalidade de suas teses sobre a "sociedade contra o Estado", os escritos de Clastres foram como que eclipsados nas duas décadas seguintes, seja porque pareciam excessivamente românticos aos seus críticosafinal, a irrefutabilidade do Estado voltava ao centro das discussões sobre a política no mundo moderno e além dele -seja porque pareciam projetar sobre o material empírico (etnográfico, histórico e mesmo arqueológico) uma imagem abstrata e idealizada da "sociedade primitiva" una e indivisa. 1 O intento deste dossiê é atinar, na contracorrente desse eclipsamento, para a atualidade do pensamento e da obra de Pierre Clastres. A atualidade que reivindicamos para o autor diz respeito tanto à ideia filosófica a que ele se aferra -o Estado não é uma necessidade inata à vida social, o que nos obriga a pensar a política em outros termos 2 -quanto à compreensão dos modos de ser (e devir) das populações ameríndias, estas que sempre estiveram na base das suas reflexões. Essa atualidade sinaliza, antes de tudo, a potencialidade das ideias clastrianas que, se não refletem imediatamente a realidade observada,
série será uma breve introdução ao público à vida, à obra e ao pensamento do antropólogo francês Pierre Clastres, que é famoso dentre nós pela tese sobre as “sociedades contra o Estado”. São previstos cinco posts. No primeiro (1), que segue abaixo, o autor é apresentado de forma bem sucinta, qualificado por mim por dois provocantes epítetos: ele é, ao mesmo tempo, um “copérnico do político” e um “etnógrafo metafísico”. Em seguida (2), será apresentada a tese clastreana das “sociedades contra o Estado”, mostrando como ele a elabora rompendo com as pressuposições etnocêntricas dos estudos sociológicos e antropológicos sobre os fenômenos políticos, realizando, assim, o que ele mesmo denomina de uma “revolução copernicana” do político. No post seguinte (3), faremos uma exposição da sua interpretação da “filosofia da chefia indígena” e sua explicação de como o dispositivo das sociedades “arcaicas” é formado de modo que impeça o nascimento de um aparelho estatal diferenciado da sociedade. A partir de então, trataremos em dois posts da repercussão da obra de Pierre Clastres. Primeiramente (4), dedicaremos um post para mostrar como a filosofia e história do político, formulada nas obras de Claude Lefort, Marcel Gauchet e Miguel Abensour, se apropria da tese clastreana das sociedades contra o Estado a fim de construir uma investigação sistemática e histórica dos fenômenos políticos. Enfim, no último post (5), iremos apresentar reflexões críticas sobre a atualidade da tese clastreana a partir do farto material etnográfico produzido desde os anos 1980, sobretudo nos estudos ameríndios tão bem representados em nossas terras tupiniquins. Encerraremos a série assim discutindo com o que há de melhor na antropologia nacional que, representada por autores como Viveiros de Castro, Tânia Lima, Márcio Goldmann, Marcos Lanna e Renato Sztutman, mantém uma interlocução direta com o pensamento de Pierre Clastres.
Novos Estudos - Cebrap, 2009
This article analyses how a particular question - the irruption of political power focuses among the ancient brazilian coastal Tupi - was treated both by Pierre Clastres and Hélène Clastres. Although her reflection continues the project for a political Anthropology, proposed by him, it is important to point out both the agreements and disagreements between the authors, in order to draw new directions to the debate they have initiated. In this sense, one intend to evaluate the most recent developments of the Tupi-Guarani anthropology, considering peoples of the past, but also of the present time.
Arthur Ramos (1903-1949) foi um dos mais proeminentes antropólogos brasileiros da primeira metade do século XX, sendo um dos responsáveis pelo processo de institucionalização da antropologia no Brasil. Embora amplamente conhecido por sua atuação na Universidade do Brasil, na Sociedade Brasileira de Antropologia e Etnologia, sua inserção no Departamento de Sociologia na Universidade Estadual de Louisiana nos Estados Unidos ainda é pouco debatido entre os antropólogos brasileiros. O presente artigo tem como objetivo analisar quais foram as condições de possibilidade para que Arthur Ramos pudesse oferecer e lecionar o curso "Raças e Culturas no Brasil", nos EUA.
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R@u. Revista de antropologia social dos alunos do PPGAS-UFSCar, 2019
Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi, 2010
Boletim Goiano de Geografia, 2009
Revista Inclusiones, Chile, 2021
Campos. Revista de Antropologia., 2011
Anuário de Literatura, 2016
Revista de Antropologia da UFSCar