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Romanische Forschungen, 2017
Defendemos, neste artigo, que muito do valor mais substancial da crítica portuguesa de todos os tempos sobre o riso e a sátira reside em textos de Eça de Queirós e de Ramalho Ortigão (que, como é bem sabido, também escrevem textos satíricos em prosa ficcional e jornalística). No seu todo, esses escritos funcionam como uma poética mais didática do que normativa e como um tratado de sociologia da sátira portuguesa, acessível a um grande público. Segundo Eça e Ramalho Ortigão, a sátira deve orientar-se pelos melhores modelos universais, de Rabelais a Boileau. Ao procurarem e ao divulgarem as leis ou as invariantes de uma sátira eticamente formada, ao detetarem os exageros e os perigos em que incorrem os satíricos, estes autores referem-se com grande clareza e profundidade à elevação e à sublimação mas também à maldição da sátira.
2025 "O riso tem como causa o sangue que, vindo da cavidade direita do coração pela veia arterial e enchendo de súbito e repetidas vezes os pulmões, obriga o ar que eles encerram a sair com impetuosidade pela laringe, provocando sons inarticulados e vibrantes; e tanto os pulmões a encherem-se como o ar ao sair excitam todos os músculos do diafragma, do peito e da garganta, fazendo desse modo mover os do rosto que com eles têm qualquer conexão. E é apenas esta acção do rosto com esses sons inarticulados e vibrantes que constituem o riso." (Descartes, As Paixões Da Alma, 124, p.132). "(...) Os macacos não riem o riso é próprio do homem, é sinal da sua racionalidade (...) O riso é sinal de estultícia (...) Cristo não ria (...)" (Humberto Eco, O Nome da Rosa, pp.128, 129); "(...) É claro que se ri por infinitas razões (...) há quem ria por vitalidade, quem o faça por alegria (...) e quem (...) por visão beatífica (...)" (Humberto Eco, Entre a Mentira e a Ironia, p.62). "(...) Não há cómico fora daquilo que é (...) humano (...)" (Henri Bergson, O Riso, p.14); "(...) o riso é uma das expressões mais frequentes e mais notórias da loucura (...)" (Charles Beaudelaire, Da Essência do Riso, p.17). 2 "-Voltaire dizia que o céu nos deu duas coisas como contrapeso às muitas misérias da vida: a esperança e o sono. Ele teria podido ainda acrescentar-lhe o riso (...)" (Kant, Crítica da Faculdade do Juízo, 228, p.242). É físico, inesperado, transgride, desafia, desconstrói, o que é o riso? "(...) De resto, se alguma coisa omiti, és tu, Aristófanes, que a deves completar! Todavia, se preferes louvar o deus de maneira diferente, fá-lo, já que tão depressa os soluços te passaram. -Passaram, sim, mas não sem que tivesse de usar o remédio dos espirros. Admira-me que a harmonia do corpo exija ruídos e cócegas como os espirros, porque logo que espirrei passaram os soluços. -Meu caro Aristófanesrespondeu Erixímacotoma tento no que dizes, pois provocas o riso no momento do discurso (...)" 1 . ... "Nem todos podemos ser filósofos (...) mas todos podemos rir (...)" 2 . "(...) o riso, como ensinam os teólogos, é próprio do homem (...) Cristo nunca riu (...) São Lourenço sabia (...) rir e dizer coisas ridículas (...) para humilhar os próprios inimigos (...) o que demonstra que o riso é coisa bastante próxima da morte e da corrupção do corpo (...) e devo admitir que se comportou como bom lógico (...)" 3 .
TEOLITERARIA - Revista de Literaturas e Teologias ISSN 2236-993, 2011
O trabalho pretende estabelecer um paralelo entre o conceito de riso e o princípio esperança de Ernest Bloch, diferenciando sua relação entre a busca da felicidade individual, tida como ideológica, enganosa e precária, e a busca da felicidade coletiva, de caráter altruísta, que apesar de utópica, é também verdadeira e real, exatamente por ser altruísta e real porque, sendo expressão coletiva, indica de modo concreto e politicamente, a possibilidade real.
Contexto, 2020
RESUMO: Este artigo procura abordar o riso no terceiro capítulo do livro VI da Instituição Oratória, de Marco Fábio Quintiliano, denominado De risu, que trata de aspectos da utilização do riso no discurso oratório. Citando a obra de Marco Túlio Cícero, De oratore, no livro II (§ § 216-291) De ridiculis, Quintiliano procura explicar o empreendimento da arte do riso na Oratória. Ainda que não havendo um conjunto de regras pré-estabelecido, o riso funciona, segundo os autores, nos embates, nos momentos em que o orador necessita de mais agudeza e engenho na sua argumentação. Autores como Ivan Júnior (2008, p. 17) afirmam não haver uma categorização cabal e definitiva do riso, nas obras de Cícero e de Quintiliano, dado que a matéria é flexível e aprendida pela prática e pelos exemplos, mas ambos os autores colocam o riso como ponto de apoio fundamental no âmbito da Retórica. Quintiliano acrescenta, nas suas reflexões, o uso do riso com moderação, nos discursos do orador.
2013
O riso e um fenomeno cultural, nao rimos das mesmas coisas em diferentes coletividades. O riso se realiza como instrumento de catarse, permitindo a liberacao de energias reprimidas e recalcadas, revelando uma visao de mundo dos sujeitos na esfera cotidiana. Na sociedade ocidental, e possivel observar mudancas sobre as praticas em que se evidencia o riso, isto e, a escolha dos temas, a forma de sua realizacao, bem como na relacao dos interlocutores envolvidos nesta atividade. Os componentes provocadores do efeito risivel foram estudados profundamente por Bergson (1987), Bakhtin (1996) e Propp (1992). Estes autores demonstram como os aspectos comicos e humoristicos se organizam para criticar individuos, de uma forma particular, ou atacar valores ditados por uma instituicao social. A forma irreverente de lidar com realidade, presente no dominio discursivo humoristico que conhecemos hoje, esta estritamente ligada a manifestacao do riso na cultura ocidental da Antiguidade e da Idade Medi...
Kalankó Indians live in the hinterland of Alagoas and until 2003 were not recognized as indigenous by the nation-state. This is part of a historical process that seeks to erasure ethnic difference and increase territorial expropriation. They are aware about that. From Kalankó point of view, this process gave rise to what is called "Time of Struggle", when they try to organize themselves politically in order to guarantee their rights. This happens especially with the intensification of rituals and the establishment of particular behaviors, based on some emotions. This paper seeks to identify this ethic of emotions. And, moreover, analyze their importance in relation to the concept of person among them. In this context, the ritual of toré is a central living space, where subjects set values related to certain emotions and a particular style of life, called "quiet life". This style exists in contrast to the world of suffering.
escrituras sensíveis : relação entre processos poéticos e metodologia de pesquisa, textualidade e plasticidades [, 2015
f the world reproduces the same message indefinitely always (there is a mesh and you are part of it), what do we do front to the insurmountable? For destabilize the rigid structures that delimit our space we can impinge contradictory forces or intentional and frequent frictions on them. Maybe engendering the void in the armor-plated day-to-day, scanning and penetrating them. Art rips the hard mesh that confines life, it creates passages, transport roads, other landscapes. This text turns about art that makes itself a rip: Étant donnés: 1. La chute d’eau, 2. Le gaz d’éclairage...; Vazadores; Experiência no 2; Cuando la fe mueve montañas; and O Muro. The searchis for doing calligraphy of their emptiness in the sense of the illegibility. Keywords: Art. Rip. Space.
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Psicologia em Estudo, 2016
REVELLI - Revista de Educação, Linguagem e Literatura (ISSN 1984-6576), 2020
Letras Clássicas, 2003
BARBOSA, Rodrigo Francisco., 2011
Uniletras, 2012
Scripta Alumni, 2021
Arquivos de Neuro-Psiquiatria, 1985
Prometeica - Revista de Filosofía y Ciencias, 2012
Open Minds International Journal, 2023