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A leitura dos textos complementares também é importante, pois indicam os possíveis desenvolvimentos e ampliações para o estudo e a discussão. São recursos que vocês podem explorar de maneira eficaz, pois buscam promover atividades de observação e de investigação que permitem desenvolver habilidades próprias da análise antropológica e exercitar a leitura e a interpretação de fenômenos sociais e culturais.
PERSPECTIVAS/17 CARVALHO, S.M.S.; RAVAGNANI, O.M.; LAUAND, N. A Antropologia e os dilemas da Educação. Perspectivas, São Paulo, 3: 29-50, 1980. RESUMO: Tentativa de avaliação da contribuição que o estudo de outras culturas pode oferecer para se repensar a Educação na sociedade moderna, a Educação no Brasil de hoje. Revisão crítica da obra de Margaret Mead, como representando a maior contribuição da Antropologia americana voltada para o estudo das relações entre Educação, Cultura e Personalidade. Os dilemas da Educação na África, a partir de um conto de Munanairi. Algumas considerações sobre os pontos fundamentais a serem repensados e o significado de "tradição". UNITERMOS: Antopologia; educação; Margaret Mead e sua obra. "Tradição" na África e no Brasil. M. Mead. Na 2. a edição de (8) constam 58 títulos de obras suas. E ela não parou de escrever até sua morte, ocorrida recentemente. 29 CARVALHO, S.M.S.; RAVAGNANI, O.M.; LAUAND, N. A Antropologia e os dilemas da Educação. Perspectivas, São Paulo, 3: 29-50, 1980
2001
RESUMO: Este artigo é um relato do desenvolvimento da disciplina de Antropologia junto aos alunos 3o semestre do Normal Superior/Pedagogia da Uniopec/Sumaré. Trata-se de recuperar aqui o nosso percurso na sala de aula, desde como foram sendo construídos, inicialmente, os conceitos fundamentais para a antropologia (alteridade, cultura, relativismo cultural, dentre outros) até como foram sendo buscadas as interfaces entre a antropologia e a educação. Ao descrever essa experiência, o intuito é mostrar como a antropologia foi se tornando importante para a formação – pessoal, social e profissional – dos alunos, a maioria deles também professores do ensino infantil e fundamental. PALAVRAS CHAVE: conceitos antropológicos – diversidade sócio-cultural – professores interculturais – prática educativa – ensino fundamental.
Antropologia é uma palavra iluminante que chama a atenção pelos dois substantivos que a compõem, ambos de origem grega: anthropos = homem; logos = estudo, e também "razão", "lógica". "Estudo do homem" ou "lógica do homem" são duas possíveis definições distintas, porém convergentes, daquilo que se entende por Antropologia. No primeiro caso, a Antropologia faz parte do campo das ciências -ciência humanatal como a Sociologia ou a Economia; no segundo caso, ela está relacionada a temas que estão no campo da Filosofia, da Lógica, da Metafísica e da Hermenêutica, como se fora uma coadjuvante mais sensitiva.
O objetivo deste artigo é introduzirmos antropologia como ciência social, a partir dos seus próprios conceitos, assim como os da cultura e do homem, constituindo -estes três (a antropologia, a cultura e o homem) -os focos principais. O que temos praticamente aqui são três níveis de estudo onde antropologia se vê como um círculo de conhecimento acadêmico cuja abrangência seria mais vasta e englobaria a conceituação de cultura e sucessivamente do homem, pois este é a célula menor dentro da composição de todos os demais segmentos culturais. Acreditamos portanto que, de maneira bem prática, se conceituarmos Antropologia, Cultura e Homem teremos uma boa base acadêmica sobre tal assunto como ciência.
O fato de a antropologia ter se consolidado no Brasil como uma das ciências sociais é pleno de conseqüências, se comparamos o caso brasileiro com o desenvolvimento da disciplina em outros contextos, especialmente nos centros reconhecidos de produção intelectual. Mas, mesmo como uma das ciências sociais, a antropologia no Brasil manteve a dimensão de alteridade que é característica fundante da disciplina. Este artigo tem sua motivação nesse fato. Nele são discutidas algumas conseqüências mais gerais que dele decorrem, assim como uma específica: a configuração que a antropologia adquire no Brasil a partir dos anos 60. O fato É no período que compreende as décadas de 60 e 70 que a antropologia no Brasil começa a se ver como uma genuína ciência social – isto é, como um ramo da sociologia dominante dos anos 40 e 50. Penso não ser exagero usar como metáfora o fato de a antropologia ter se desenvolvido como uma " costela " da sociologia então hegemônica. No entanto, para se constituir como antropologia nesse contexto, foi necessário manter e desenvolver um estilo sui generis de ciência social, no qual uma dimensão de alteridade assumisse a dupla função de produzir uma antropologia no Brasil e do Brasil. Inicio portanto com a pergunta: o que há de fundamental nos anos 60 que marca essa orientação? Se optamos por um olhar institucional, é nos anos 60 que se implantam os primeiros programas de pós-graduação em antropologia nas universidades federais. 2 É esse o momento em que se inicia a reprodução social dos antropólogos de maneira sistemática, formando o que hoje, retrospectivamente, se reconhece como gerações e descendências. 3 convite para participar do colóquio " Antropologias Brasileiras na Viragem do Milênio " e a Joaquim Pais de Brito os comentários. 2 Esse é o período em que se fundam os programas no Museu Nacional/UFRJ e na Universidade de Brasília. Logo em seguida, cria-se o programa de Campinas, que se soma, em São Paulo, ao mais antigo doutorado em antropologia no país, o da USP. 3 Na concepção de Antonio Candido, trata-se do início de uma tradição de saber, diferente de manifestações anteriores, que constituem momentos em que não há continuidade de obras e autores, e quando os últimos não estão cientes de integrarem um processo de formação. Naturalmente, o tempo das manifestações não impede surgirem obras de valor; na verdade, os autores desse período são freqüentemente considerados fundadores pelos que os sucedem, quando estão estabelecidas linhas contínuas de estilos, temas, formas ou preocupações (Candido 1959).
Educação, Estado e Diversidade, 2021
Este texto tem como objetivo refletir sobre a interface entre a Antropologia e a Educação, tendo como ponto de partida um relato de experiência de uma atividade realizada no subprojeto do Programa Residência Pedagógica tratando da temática acerca dos povos indígenas, especificamente, a história indígena, atendendo a Lei nº 11.645/2008, para os estudantes no Ensino Médio em três escolas públicas do município de São Bernardo no Maranhão.
É viável visualizar um referencial teórico que nos aproxime do texto bíblico e nos ajude a dialogar com o mesmo, considerando a dinâmica e a construção da narrativa. Na perspectiva da pesquisa bíblica, torna-se imprescindível a compreensão de conceitos de cunho históricoantropológicos que são inerentes à dinâmica das identidades que interagem no âmbito das culturas no cristianismo primitivo.
Despite their pretense, the declaredly egalitarian, yet to be routinized, cross-cultural dialogues are never in fact between equals, for the absence of a fully governing convention, of a mutually acceptable third, fosters hierarchy — a (silent) assertion of authority over, an " understanding " of, the position of the interlocutor. (Or its opposite.) There is little to mediate — to attenuate — the challenge each participant, coming, as it were, from somewhere else, poses to the other. (Vincent Crapanzano 1991) An alliance of multiple interests and perspectives is often a stronger political and social force than attempts to enforce a unitary movement. (Michael M. J. Fischer 1994) Clássicos, história teórica & antropologia em contexto Nas comunidades transnacionais que são as ciências sociais é imprescin-dível uma ideologia comum que mantenha os ideais de universalidade e cimente as relações sociais entre cientistas de várias origens. É nesse con-texto sociológico que estão situados os clássicos. A leitura e o conheci-mento das obras assim consideradas formam os iniciados na tradição que, na antropologia, por exemplo, são aqueles praticantes que dominam o corpus etnográfico de alguns autores-chave que trouxeram o exótico à consciência do Ocidente e o utilizaram tanto para a tarefa mais óbvia e banal de servir como seu espelho existencial, quanto para a responsabili-dade mais plena de refinar um instrumental teórico com pretensões uni-versais. Os clássicos de uma disciplina são, portanto, criações sociologi-camente necessárias e teoricamente indispensáveis, através dos quais os praticantes se identificam e se (re)produzem nos diversos contextos aca-dêmicos; eles tornam possível a existência de uma comunidade de cien-tistas sociais, daí derivando sua relevância singular e contínua.
Neste artigo busco trazer a Antropologia para dentro da Educação Básica, percebendo o ofício do etnógrafo como revelador de “atos cognitivos” – olhar, ouvir e (d)escrever, que podem colaborar, na práxis cotidiana do(a) professor(a) na sala de aula, tanto na produção de conhecimento sobre a escola quanto na sua pedagogia com os discentes. Ao considerar que o ofício docente deve ser pautado em uma ação reflexiva e (auto)crítica em relação ao outro, pensando principalmente na relação simbiótica entre a pesquisa e a docência, compreendo que a etnografia pode colaborar na pedagogia de aprender com o outro. Ao olhá-lo cuidadosamente, ao ouvi-lo atentamente, estando presente de corpo inteiro, pode-se vislumbrar outra possibilidade de se pensar e produzir conhecimento. Assim, o trabalho destaca a valorização dos encontros intersubjetivos cotidianos presentes na escola entre professores, discentes e funcionários, na tentativa de elaboração de um saber que compreenda a diferença e a diversidade cultural existente no ambiente escolar.
O objetivo da Antropologia é, creio eu, o de buscar um entendimento generoso, comparativo, não obstante crítico, do ser humano e do conhecimento em um mesmo mundo no qual todos nós habitamos. O objetivo da etnografia é o de descrever as vidas das pessoas que não nós mesmos, com uma precisão e uma afiada sensibilidade através da observação detalhada e da experiência de primeira mão. Minha tese é a de que a antropologia e a etnografia são empreitadas de ordens bem diferentes. Isso não é reivindicar que uma é mais importante que a outra, ou mais honrosa. Nem é negar que elas dependem uma da outra de maneiras significativas. É simplesmente afirmar que elas não são a mesma coisa. De fato, isso pode parecer uma afirmação óbvia e, assim sendo, não está longe o fato de se tornar lugar comum -ao menos no último quarto de século -para escritores de nossa área tratar as duas como virtualmente equivalentes, trocar antropologia por etnografia mais ou menos como um capricho conforme o humor os leva ou mesmo explorar o suposto sinônimo como um dispositivo estilístico para evitar a repetição verbal. Muitos colegas, a quem eu tenho informalmente colocado a questão, têm me falado que nos seus pontos de vista há uma pequena, se há, distinção entre o trabalho antropológico e o etnográfico. Muitos estão convencidos que a etnografia reside no núcleo do que é a antropologia. Para eles, sugerir o contrário parece quase anacrônico. É como se voltássemos aos malfeitos velhos tempos -os tempos, alguns poderão dizer, de Alfred Reginald Radcliffe-Brown. Pois, foi ele quem, sedimentando as fundações do que -nas primeiras décadas do século XX -foi a nova ciência da antropologia social, insistiu na absoluta distinção entre etnografia e antropologia. Ele fez isso em termos de um contraste, muito debatido na época, porém pouco ouvido nos dias de hoje, entre investigação idiográfica e nomotética. Uma investigação idiográfica, 1 Tradução e revisão para a língua portuguesa brasileira feita por Caio Fernando Flores Coelho e Rodrigo Ciconet Dornelles, de acordo com texto original publicado em: INGOLD, Tim. Epilogue: "Anthropology is not Ethnography." In: ______. Being Alive. Routledge: London and New York, 2011. pp. 229-243. Algumas notas de rodapé deste texto, originais ao livro, fazem referência a capítulos deste.
Avaliação dos programas de pós-graduaçãodo ponto de vista de um nativo CLAUDIA FONSECA 100 O papel do financiamento e da avaliação na constituição do campo disciplinar GIRALDA SEYFERTH 134 Documento de área (1998-2000): Antropologia e Arqueologia 152 Duas décadas de expansão da antropologia no Brasil MIRIAM PILLAR GROSSI 183 Cultura de auditoria e políticas de expansão da pós-graduação brasileira-triênio 2005-2007 BELA FELDMAN-BIANCO Área de antropologia e arqueologia-CAPES: reminiscências e fragmentos na memória de um coordenador (2007-2009) CARLOS ALBERTO STEIL A avaliação da CAPES como processo. Um olhar sobre a área de antropologia e arqueologia LIA ZANOTTA MACHADO Disciplinamento avaliativo técnico, político e histórico da área de antropologia e arqueologia consolidada e em expansão de 2013 a 2016
Debates em Educação , 2019
Este artigo apresenta reflexões no âmbito da antropologia da educação derivadas do uso de diários de campo etnográficos, escritos pelos alunos, para a compreensão da própria sala de aula. Esta estratégia pedagógica e antropológica, utilizada entre 2015 e 2016, no curso de Pedagogia da Universidade Federal do Ceará, demonstrou a possibilidade da antropologia apresentar recursos práticos para o ofício do educador-pedagogo, sem recair na instrumentalidade. Embasado na noção de reflexividade, advinda da teoria de Pierre Bourdieu, este uso dado aos diários de campo permitiu que os discentes percebessem que a cultura é uma forma de aprendizado, ao mesmo tempo em que viviam o aprendizado formal como uma maneira de realizar a cultura. Palavras-chave: Antropologia. Educação. Diários de Campo. Escrita Antropológica. ABSTRACT This article presents reflections on the scope of the anthropology of education derived from the use of ethnographic field journals, written by students, for the understanding of the classroom itself. This pedagogical and anthropological strategy, used between 2015 and 2016, in the Pedagogy course of the Federal University of Ceará, demonstrated the possibility of anthropology presenting practical resources for the education of the teacher-pedagogue, without falling into instrumentality. Based on Pierre Bourdieu's theory of reflexivity, this use of field diaries allowed students to perceive culture as a form of learning, while experiencing formal learning as a way of producing culture.
Resumo: A Antropologia existe desde sempre na medida em que toda a sociedade quer tenha ou não atingido a fase científica interpretou as instituições culturais e sociais que ela própria construiu. Assim, a História da Antropologia é tão longa quanto a História da Humanidade. Cada autor tem uma interpretação da história desta ciência, mais ou menos própria. No entanto, todos estão de acordo que a pré-história, desta ciência, se iniciou na Antiguidade, uma vez que, o Homem não se limitou a ser o simples criador da sua cultura, ele comentou-a. Além disso, nesta época já existiam descrições de povos "exóticos" com os quais, Romanos e Gregos, durante os seus processos de expansão, contactaram. De entre os escritores Romanos podemos destacar Tácito, César e Tito Lívio. O primeiro, descreveu os Germanos e, os outros dois, os Gauleses.
A pesquisa tem como tema a "Antropologia e Tradução". A idéia central é abordar o conceito de tradução, associando-o ao ofício do etnógrafo -sendo este um tradutor de culturas. Isso é viabilizado pelo contexto do pós-modernismo, que se caracteriza pela ruptura com as grandes narrativas -a partir de então, o mundo passa a ser percebido como fragmentado e descontínuo. A antropologia da tradução pode ser pensada por meio do questionamento dessas grandes narrativas.
Resumo: O artigo discute os dilemas da aproximação interdisciplinar entre antropologia e educação, a partir de duas perspectivas importantes: a etnografi a e as práticas culturais juvenis. Aborda-se como a etnografi a constitui um ponto controverso de diálogo. Discute também a incontornável e clássica discussão sobre as noções de juventude e de fases da vida, que tem propiciado um debate bastante profícuo, agregando pesquisas que se situam entre a antropologia e a educação. Conclui-se, assim, que a antropologia pode contribuir para o debate público sobre a educação e as diferenças no mundo contemporâneo, mas, para isso, precisa aproximar-se mais do contexto educacional e escolar. Palavras-chave: antropologia, educação, etnografia, juventudes. Abstract: This article discusses the dilemmas of interdisciplinary approach between anthropology and education, from two important perspectives: ethnography and youth cultural practices. It discusses how ethnography is a controversial point of dialogue. It also conducts the essential and classic discussion about the notions of youth and stages of life, which has provided a very fruitful debate, by means of researches that are between anthropology and education. It concludes, therefore, that anthropology can contribute for the public debate on education and differences in the contemporary world. However, in order for this to happen, it's necessary a broader anthropological approach of educational and school context.
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