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Analogia e abstração no ensino do projeto em arquitetura

2001, … FOR ARTS AND …

Abstract

O trabalho aborda duas etapas da disciplina do segundo semestre de 2000 do curso de Arquitetura e Urbanismo da Unicamp -"Teoria e Projeto II: Processo criativo" -nas quais destacam-se a Analogia e a Abstração no processo de criação. A problemática metodológica constitui-se em criar, representar e simular o ambiente construído segundo níveis de abstração diferentes em cada fase do curso, nas quais percepção, cognição, memória, reflexão, intuição e linguagem são articuladas. A analogia, que para os alunos iniciantes está mais próxima do procedimento mimético de configurar imagens, é colocada como uma forma de abstrair determinadas características da obra estudada. O respectivo exercício baseou-se na pesquisa e análise da arte pictorial, para a criação de ambientes que expressassem sua essência: relações formais de composição a outras mais complexas que envolvem sentido e significado para o ser humano no âmbito social, histórico, comportamental e emocional. O exercício final conjuga os conceitos abordados durante o primeiro e segundo semestre se refere a um projeto arquitetônico com local e programa de necessidades definidos, cujo tema é Espaço Lúdico. Neste, a analogia se dá de forma a elaborar contextos pictóricos, formais e espaciais de acordo com o tema escolhido pelos alunos. Os resultados dessa experiência mostraram que os alunos, além de apresentarem-se muito motivados, desenvolveram as capacidades de crítica e autocrítica; os sensos de cooperativismo, bem como as noções de espaço tridimensional e suas interferências sensoriais.

Key takeaways

  • Dentre as aulas desenvolvidas para esta disciplina apresentam-se neste trabalho dois exercícios, cujos temas são: "Analogia entre Artes Plásticas e Arquitetura" e "Espaço Lúdico".
  • GREGOTTI (1994), embora relacione projeto e atividade artística, coloca o processo em arquitetura ligado à composição e não à criação.
  • No segundo exercício, foi solicitada a criação de um espaço lúdico com base no programa dos parques do SESC (Serviço Social do Comércio -São Paulo).
  • Na pintura de Magritte (Figura 2), a sensação de se estar sem saída gerou um espaço do qual não há escapatória, angustiante e nefasto sem apelar para o tenebroso, como também acontece na obra original.
  • -ou seja, espaço em que a criança é convidada a jogar, a participar de um jogo de relação.