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Capítulo do livro "UFSC 50 anos: trajetórias e desafios", sob organização de Roselane Neckel e Alita Diana, dedicado a discutir o surgimento da Universidade Federal de Santa Catarina, a implantação de seu campus principal, as brigas políticas presentes na instituição, o papel dos estudantes, a influência do governo militar, entre outros aspectos.
Educar em Revista, 2014
Analisar os discursos que registraram uma superlotação universitária acontecida no Brasil nos anos 1960, apresentando as dificuldades relacionadas à distribuição dos estudantes ao término do Ensino Médio é o objetivo deste artigo. Será dada ênfase à condição do aluno "excedente", jovens que passavam no vestibular, mas não conseguiam se matricular por falta de vagas, porque esse tema é reiteradamente tratado na bibliografia referente aos manifestos estudantis no período da ditadura militar brasileira. As fontes selecionadas para o estudo foram periódicos educacionais, legislação, pareceres, artigos de jornais diários e revistas semanais. Foi possível perceber que os estudantes ficaram à mercê de um entrave educacional na passagem entre os dois ciclos: no ensino médio havia um movimento que buscava acelerá-los para que o curso fosse concluído; no ensino superior, havia a barragem do fluxo, fosse por falta de vagas ou por outros transtornos de ordem social e acadêmica que ser...
É objetivo deste trabalho possibilitar a compreensão da Reforma Universitária ocorrida no final da década de 1960 e sua implementação pela Universidade de São Paulo. Para tanto, na pesquisa que resultou neste texto foram formuladas três questões básicas. Ocorrida no final da década de 1960, a Reforma Universitária deve ter sido resultado de um acúmulo de críticas à universidade do período e também de soluções destinadas ao que se criticava. Neste caso, na década de 1960, quais os diagnósticos formulados por intelectuais ligados ao ensino superior sobre a universidade de então? E quais as saídas apontadas? A Reforma Universitária, com a elaboração de sua lei no decisivo ano de 1968, e o desfecho dos conflitos políticos do período com o AI 5, editado duas semanas depois da sanção da Lei 5.540/68, são acontecimentos que estavam relacionados? Como se implantou concretamente a Reforma Universitária em ao menos uma universidade? No caso, optou-se pelo estudo da Universidade de São Paulo. Estas três questões resultaram nas três partes distintas e complementares deste trabalho e também no uso de três tipos de fontes documentais diferentes para cada uma destas partes. O primeiro capítulo trata das discussões da intelectualidade brasileira na década de 1960 sobre os caminhos que a universidade deveria tomar. Utilizou-se como fonte documental desta questão os periódicos acadêmicos do período. As possibilidades de recorte do tema eram muitas, pois os textos encontrados tratavam dos mais diversos assuntos quando se referiam à necessidade de Reforma Universitária. Somente após a consulta da ampla variedade de abordagens se decidiu por dois temas condutores das discussões que possibilitassem coerência às diversas propostas então formuladas. O primeiro tema selecionado trata das críticas ao sistema de cátedras então em vigor e a proposta de sua substituição pelos departamentos. O outro tema aborda o fracasso das Faculdades de Filosofia, Ciências e Letras em seu propósito de dar coesão à universidade e a proposta de sua substituição por Institutos de ciência básica. Este capítulo intitula-se “Os Departamentos e os Institutos”. A formação de um consenso em grande parte da intelectualidade da década de 1960 em torno destes dois temas possibilitou as bases para a elaboração da Lei de Reforma Universitária. O segundo capítulo intitula-se “A Reforma Universitária e a ditadura militar”. Este capítulo trata das discussões parlamentares em torno da elaboração da lei de Reforma Universitária. Os debates parlamentares sobre o tema ocorreram em pleno processo de acirramento dos conflitos estudantis e de escalada autoritária da ditadura militar, que culminará no AI 5. Utilizou-se privilegiadamente como fonte documental os Anais da Câmara dos Deputados. Decidiu-se por acompanhar os debates parlamentares sobre a Reforma Universitária nos anos de 1967 e 1968, quando o assunto chega a seu auge. O terceiro capítulo, intitulado “A reforma da Universidade de São Paulo”, estuda o caso concreto de reforma da principal universidade do país. O que ocorreu na USP não pode ser generalizado para as demais universidades brasileiras. No entanto, o estudo de um caso específico demonstra como a Reforma Universitária se processou numa instituição de importante referência para o ensino superior brasileiro. As fontes documentais privilegiadas neste capítulo foram as atas de reunião da Congregação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP – principal unidade afetada pela reforma – e a atas de reunião do Conselho Universitário da Universidade de São Paulo, onde se debateu a reforma da instituição. Para este capítulo, também se recorreu a algumas entrevistas. Porém, não se pretendeu nada relacionado à história oral. A história oral é sempre uma história do tempo presente. Ela trabalha com a memória, que difere dos procedimentos metodológicos que têm como objetivo principal o passado, mesmo que recente. As entrevistas foram usadas como complemento aos documentos escritos no período dos acontecimentos aqui narrados. Serviram para elucidar dúvidas sobre a documentação. Os entrevistados tiveram acesso prévio aos documentos sobre os quais eram questionados, ou às versões iniciais do texto que tratavam de acontecimentos que os envolviam. A parte intermediária do trabalho – com o capítulo denominado “A Reforma Universitária e a ditadura militar” – está carregada de imbricações políticas do período. Isto não quer dizer que as demais partes não estejam. Porém, o foco utilizado para aproximação com o tema provoca visões diferentes das relações entre a Reforma Universitária e a luta política de então. Não se pretende, ao enfocar discussões acadêmicas ou a vida institucional de uma universidade, separar conflitos aí existentes dos confrontos políticos simultâneos. No entanto, às vezes, podem ser percebidos como camadas diferentes das renhidas e radicais disputas ocorridas nos conturbados anos sessenta do século passado.
Cadernos De Historia Da Educacao, 2014
O dialogo estabelecido no texto tem com foco apresentar as contribuições de Lauro de Oliveira Lima, para a consolidação da Universidade Brasileira na década de 60 do século passado, elucidando a compreensão educacional delineada na universidade brasileira, a partir da perspectiva do intelectual. Sustenta em seus escritos que, o Ensino Superior, a formação universitária, deveria promover uma incessante interlocução entre os problemas adjacentes do cotidiano social e os saberes academicamente produzidos nos bancos escolares.
Revista Cadernos Do Ceom, 2010
Eu penso que ele me deu autonomia. Deu muita autonomia, não só na questão de conteúdo, na questão do ensino em si, mas na questão da própria vida. Profª. Evânia
Revista Tempo e Argumento, 2013
This paper aims to present the first years of the civilmilitary coup in Pará having as focus the Federal University of Pará, between the years 1960 to 1969, the mandate of the rector José da Silveira Neto and understand, within the specific context of civilmilitary dictatorship, as were the early years of the regime, the debate about the need for university reform, the intervention in some colleges and the impacts of AI-5 and its repression of students, teachers and civil servants UFPA after occupations 68 in the institution.
Risco: Revista de Pesquisa em Arquitetura e Urbanismo (Online), 2009
Mouseion
Este artigo objetiva apresentar uma sistematização da trajetória do Instituto de Matemática e Estatística (IME) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, de 1959 a 2016, desvelando algumas memórias da instituição. São apresentados inicialmente aspectos teóricos sobre complexidade, memória social, abordagens institucionalistas e memória institucional. Foi realizada uma pesquisa qualitativa que envolveu análise documental e dezoito entrevistas semiestruturadas, sistematizadas e analisadas segundo a análise de conteúdo. Os resultados indicam que a trajetória do IME pode ser sistematizada em duas fases principais: a antiga (1959 – 1985) e a contemporânea (1985 – 2016). Percebem-se vários elementos em comum entre as duas fases, sobressaindo-se os de conquistas e desafios. Entre os desafios destacam-se uma fragmentação de memórias onde algumas lembranças centram-se mais nos cursos do que no IME, bem como grande foco na administração e planejamento presentes, tais como entraves adminis...
Horizontes, 2021
Resumo A criação de novas universidades no Brasil é um tema pouco estudado na história da educação brasileira. E uma lacuna que se abre nesse campo do conhecimento é quem são essas universidades. O objetivo deste texto é historicizar a UFG/CAC, a partir da seguinte questão: como a UFG/CAC é tratada nas narrativas constituídas tanto pelas atas de reuniões, quanto pelos professores que atuaram na instituição, no período de 1986 a 2002? A metodologia utilizada foi a pesquisa com fontes escritas, atas de reuniões, e fontes orais, entrevistas com professores da UFG/CAC. Como resultados, percebemos que a busca pela autonomia universitária é uma luta histórica da UFG em Catalão, traduzida em ações em prol da dedicação exclusiva, licença para a pós-graduação etc.
XII Seminário de História da Cidade e do Urbanismo
Leitura, v. 1, n. 62 (2019), Novo retorno a Saussure, pp. 394-414., 2019
This paper studies the reception of Saussure's thought at the particular time when the reading of Course in General Linguistics came into contact with the anagrams. Between 1960 and 1980, the discovery of Saussure’s research on poetics gave rise to passionate debate. We study the main features, the issues and tacit knowledge which have characterized this first reception of Saussure’s anagrams. We show in which way, at that time, the anagrams impacted the reading of Course in General Linguistics regarding three major points: the linearity, the conception of the sign, and the role of the subject in Saussure's theory.
Educação e Pesquisa, 2001
Este artigo apresenta resultados de pesquisa sobre a formação universitária docente na década de 1930, no Brasil. A investigação realizou-se coligindo fontes produzidas no período, tanto as originárias da instituição em estudo quanto as advindas de periódicos, legislação, jornais e obras educacionais, entre outras. A partir do corpus documental arrolado, pode-se verificar que em 1933, no estado de São Paulo, inaugurou-se a primeira escola de nível superior para o preparo do professor, o Instituto de Educação, originário da reforma educacional de Fernando de Azevedo. Em 1934 foi incorporado à Universidade de São Paulo e, em conjunto com a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, responsabilizou-se pelo preparo docente em nível universitário. No IEUSP institucionalizou-se a primeira geração de professores universitários voltados à formação de professores primários e secundários, projeto enraizado no debate intelectual ocorrido especialmente nos anos de 1920. Embora uma das respostas...
Educação Unisinos, 2016
Este artigo analisa a trajetória de professoras assistentes do Instituto de Educação do Rio de Janeiro na década de 1960, cuja única formação, geralmente, ocorria em escolas normais, de nível médio. O ingresso dessas docentes justificava-se pela carência de profissionais mais qualificados e pelo aumento do fluxo de normalistas em razão da expansão da rede pública escolar. A abordagem teórica incorpora estudos sobre trajetórias de acordo com Giovani Levi e Claude Dubar, considerações a respeito da socialização realizada pelo programa institucional segundo a visão de François Dubet, além do conceito de experiência, na acepção de Edward P. Thompson, enquanto a metodologia baseia-se na análise documental e produção de entrevistas à luz da história oral. Conclui-se que o trabalho docente, apesar de possuir forte carga de subjetividade, pressupõe uma ação que depende da adesão dos sujeitos ao projeto escolar.
Coletânea, 2022
"O livro é uma obra coletiva dividida em três partes. A primeira se dedica à trajetória institucional e historiográfica do PPGH. Na segunda parte, o leitor encontrará capítulos dedicados a análises historiográficas sobre como determinados temas foram tratados nas teses e dissertações defendidas no Programa, desde sua fundação, na década de 1970, até o tempo presente. Por fim, a terceira parte é composta por capítulos que tratam de memórias e trajetórias profissionais de alguns dos docentes que atuaram no Programa e nele deixaram sua marca." (https://pos.historia.ufg.br/n/livrocinquentenario). O livro foi publicado nas versões impressa e eletrônica, ambas apresentam o mesmo conteúdo, com diagramações diferentes. Este é o e-book.
Tempo e Argumento
This article describes interviews of student activists who protested at the UFBA during the 1960s. It discusses the reasons why some student protests occurred before the 1964 coup d'etát have been forgotten. In addition, this article aims to show how identifying similarities and differences between previous protests and the resistence against the military dictatorship can improve the historiography of student moviments from 1960s. Finally, it explores the connections between 1960 and 1968 generations of students.
Pontos de Interrogação, 2015
Resumo: O presente trabalho busca compreender de que forma os conteúdos relativos à História da África vem sendo ensinado nos cursos de graduação em História das Instituições de Ensino Superior (pública, comunitária e particular) do estado de Santa Catarina, tendo em vista a obrigatoriedade estudo da temática nas redes de ensino prevista na Lei Federal 10.639/03. A finalidade é analisar as possibilidades e perspectivas de abordagem da temática através dos planos de ensino do ano de 2014 das disciplinas de História da África das respectivas instituições:
2022
Existem histórias que nos inspiram. Quais são elas? Quem são as pessoas que compõem o quadro de nossas vidas? O que vamos aprendendo e ensinando nesse caminhar? Queremos resgatar um pouco da história de quem esteve e está envolvida com a Universidade de Brasília (UnB). É motivo de imenso prazer apresentar à nossa comunidade esta obra inédita na breve história de 60 anos da UnB, a voz de pessoas idosas que construíram e seguem construindo as bases da formação de cidadãos éticos. Como homenagem mútua, em pequenas e grandes ações, vamos trocando conhecimento e afetos para construir uma Universidade Promotora da Saúde (UPS). Registramos aqui nossa gratidão pela confiança depositada pelos participantes desta homenagem ao concordarem em apresentar uma parte da síntese da própria vida. Uma homenagem de pessoas comprometidas com a causa da educação pública e a construção de uma sociedade mais justa e de uma universidade emancipadora. Ao registrarem suas memórias, mais uma vez essas pessoas oferecem a dádiva da vida e prestam serviço ao conhecimento, à história dos afetos e aos sonhos e ideários de Anísio Teixeira e Darcy Ribeiro.
OLIVEIRA, Antonio José Barbosa de; QUEIROZ, Andréa Cristina de Barros (Org.). Universidade e lugares de Memória II. Rio de Janeiro: UFRJ / FCC / SiBI, 2009
Revista da FAEEBA - Educação e Contemporaneidade
As edições comemorativas foram produzidas nas décadas de 1990 e 2000, como fruto de reuniões de associações de ex-alunos de três escolas secundárias renovadas da década de 1960: os Ginásios Vocacionais (1961-1969), o Colégio de Aplicação da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras da USP (1957-1969) e o Ginásio Israelita Brasileiro Scholem Aleichem (1949-1981). Nas comemorações os ex-alunos/editores denominaram a “renovação educacional” como uma “vanguarda pedagógica”. O objetivo é comparar os discursos dos livros/artigos comemorativos e compreender quais as motivações de transformar, o reencontro de antigos colegas de classe, em divulgação das suas experiências escolares do passado para um público mais amplo. O aporte metodológico foi baseado nos debates de história, memória e comemoração e partimos da premissa teórica de que o acontecimento comemorado visa sempre o seu devir. As comemorações cumprem a função de guardiões de um imaginário social e expõe ao público a construção da a...
Brazilian Journal of Development, 2020
Este artigo é um recorte de uma pesquisa de mestrado e tem como objetivo discutir políticas públicas para Educação Infantil, especificamente, a implementação de creches universitárias. Pautando-se no materialismo histórico dialético, o estudo, de natureza bibliográfica e documental, discute os determinantes históricos que contribuíram para a criação das creches universitárias, colocando em relevo as lutas dos movimentos sociais. Conclui apontando que a implementação de creches no âmbito das universidades brasileiras está vinculada às reivindicações trabalhistas, respaldadas nas legislações e no movimento feminista em prol da luta por creches em locais de trabalho. As creches universitárias foram criadas no âmbito da política de benefício social, como forma de atender às demandas da comunidade universitária e não como direito da criança.
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