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An analysis of news coverage on directives from the Brazilian Ministry of Education concerning racism in the children’s book Caçadas de Pedrinho (Little Pete Goes Hunting) by Monteiro Lobato (1882-1948) reveals numerous media attacks against a purported “leftwing politically correct patrol”. Such media coverage also denied or glossed over the racism in Lobato’s literary work and life. The current article differs from the dominant stance in the Brazilian main stream media by exposing the blatantly racist content of various passages in Lobato’s books, the need and justification for political correctness in contemporary democratic societies, and the inappropriateness of the dominant media position and the Ministry of Education’s recommendations on the use of this book in classrooms. Key words: Monteiro Lobato; political correctness; racism; children’s literature; media
Um apanhado geral sobre os principais acontecimentos da Primeira República brasileira através do livro Problema Vital de Monteiro Lobato
Quero agradecer àqueles que contribuíram para a elaboração e execução desta tese no decorrer do curso da pós-graduação. Sem a sua ajuda a consecução desse objetivo teria sido impossível. Em primeiro lugar, agradeço a meu orientador, prof. dr. Gabriel Cohn, pela paciência, delicadeza e rigor em suas avaliações e pelas sugestões para o andamento do trabalho. Igualmente sou grata aos professores das disciplinas que cursei, em particular aos profs. drs. Ricardo Mussi e Marcelo Siqueira Ridenti. Agradeço à Pró-reitoria de Pós-graduação da Universidade Federal do Mato Grosso pela oportunidade de pesquisar e desenvolver-me intelectualmente e ao Departamento de Sociologia e Ciência Política por proporcionar-me sem ônus o afastamento das aulas. Sou grata também às ricas discussões que mantive com Marco Aurélio Lagonegro e Marcello Lagonegro, ao qual devo ainda a editoração deste trabalho. É impossível não esquecer a gentileza e prestatividade das funcionárias do Programa de Pós-graduação em Ciência Política Rai, Ana Maria, Regina e Viviane; dos funcionários da biblioteca e dos serviços de pós-graduação da FFLCH-USP, bem como o carinho e apoio do Áurio André Gabriel de Lima, bem como os amigos que compartilharam comigo os momentos mais difíceis deste percurso. Embora este trabalho tenha contado com a contribuição de várias pessoas, convém lembrar que a responsabilidade pelos erros, defeitos e insuficiências cabem apenas ao autor 6 Resumo Este trabalho compara a atuação e a vida pública de dois intelectuais que tiveram um papel de destaque em meio às discussões que trataram da modernização do Brasil, bem como compara os projetos de país com os quais se envolveram durante as décadas de 20 e 30. A partir da análise das atividades do Departamento de Cultura da prefeitura paulistana entre 1934 e 38 chefiada pelo modernista Mário de Andrade e da vida e obra do escritor e editor Monteiro Lobato, pretende-se avaliar a postura que assumiram diante da modernização inexorável de uma sociedade agrária e exportadora como a brasileira, de reação e defensiva por parte do primeiro, e de adesão ativa ao modelo norte-americano de sociedade afluente a de mercado interno pelo segundo. Defende também que a coerência interna do modelo proposto por Lobato frutificou tanto na esfera pública, tendo o Estado assumido várias de suas bandeiras como a causa da siderurgia e do petróleo, quanto entre os indivíduos, na medida em que a "pedagogia desenvolvimentista" que elaborou, se não chegou a resultados materiais expressivos, a formação embutida nela engendrou a geração de militantes políticos das mais audaciosos que já houve no país, encorajando-os indiretamente à ação armada.
José Bento Monteiro Lobato , ou simplesmente Monteiro Lobato, foi um homem de múltiplas atividades. Graduou-se em Direito, porém logra pouco tempo como promotor. Passa então a dedicar-se à agricultura, no Vale do Paraíba, onde trava contato com os caboclos do local, fato que irá reverberar em suas obras literárias. Em 1917, Lobato inicia sua investida na atividade de editor e em 1918 lança seu primeiro livro. "Bocatorta" é apresentado em seu livro de estréia, Urupês 3 , uma coletânea composta por doze contos e dois artigos, direcionados ao público adulto. A obra se torna um fenômeno de vendas e crítica. A fortuna crítica lobateana concorda que os contos reunidos nesse livro trazem a experiência vivida pelo autor na época em que era fazendeiro no Vale do Paraíba A ambientação do conto, no interior do país, traz, além da marca da vivência do escritor, também a marca da "literatura do medo" 4 no Brasil do século XIX e início do século XX, que tem como espaço principal, o ambiente rural: "A quarto de légua do arraial do Atoleiro começam as terras de igual nome, pertencente ao major Zé Lucas. A meio entre o povoado e o estirão das matas virgens." (LOBATO: 1961, p. 215) A grandiosidade de dimensões do "famoso pântano" representada no início da narrativa, por exemplo, é, segundo Edmund BURKE (1993) 5 , uma fonte poderosa do sublime. O pântano de Lobato nos é revelado não como um monstro em si, mas como um ambiente propício a ocorrências monstruosas: Notabiliza-o, porém, a profundidade. Ninguém ao vê-lo tão calmo sonha o abismo traidor oculto sob a verdura.
Lobato criou diversos personagens marcantes, entre eles, existem alguns que ganharam uma maior notoriedade, esses são:
2020
Professores relutam em recomendar para o ensino fundamental dos anos iniciais a leitura de contos de alta qualidade como, por exemplo, Conto de escola, de Machado de Assis. Poder-se-ia levantar a hipotese de que relutam porque Machado de Assis escreveu para o publico adulto. Entretanto, a obra de Monteiro Lobato tambem nao tem sido frequentemente recomendada e a mesma hipotese nao poderia ser aceita, porque ele escreveu para criancas. A linguagem de meados do seculo XX parece ja nao encontrar ressonância nos jovens leitores do seculo XXI. Com o auxilio de artigos academicos que discorrem sobre a natureza da linguagem e com a analise do capitulo um da obra Cacadas de Pedrinho, de Monteiro Lobato, pretende-se discutir, neste ensaio, como o processo de transformacao da linguagem e os valores sociais afetam o status de uma obra em diferentes contextos historicos, sociais e culturais.
Em dez cartas e cinco anos de correspondência (1919-23), Monteiro Lobato (1882-1948) traça a Alberto Rangel (1871-1945) – que, membro do corpo diplomático brasileiro, vivia então na França –, com pinceladas de vários matizes, um retrato do Brasil. Desde o convite a Rangel para colaborar na Revista do Brasil, formulado na primeira carta, de 06 de janeiro de 1919, passando pelas discussões em torno dos artigos a serem publicados naquele periódico, até a derradeira mensagem, de 09 de junho de 1923, Lobato desenvolve a tese de que “o Brasil é uma delícia... de longe” – alusão óbvia à condição de exilado voluntário de Rangel. Pretende-se, assim, analisar essa correspondência – depositada no Arquivo Nacional, no Rio de Janeiro –, apontando como Lobato retrata o país como o “Grande Opilado”, maneira como alcunha o Brasil em carta de 09 de abril de 1919.
José Bento Monteiro Lobato , ou simplesmente Monteiro Lobato, foi um homem de múltiplas atividades. Graduou-se em Direito, porém logra pouco tempo como promotor. Passa então a dedicar-se à agricultura, no Vale do Paraíba, onde trava contato com os caboclos do local, fato que irá reverberar em suas obras literárias. Em 1917, Lobato inicia sua investida na atividade de editor e em 1918 lança seu primeiro livro. "Bocatorta" é apresentado em seu livro de estréia, Urupês 3 , uma coletânea composta por doze contos e dois artigos, direcionados ao público adulto. A obra se torna um fenômeno de vendas e crítica. A fortuna crítica lobateana concorda que os contos reunidos nesse livro trazem a experiência vivida pelo autor na época em que era fazendeiro no Vale do Paraíba A ambientação do conto, no interior do país, traz, além da marca da vivência do escritor, também a marca da "literatura do medo" 4 no Brasil do século XIX e início do século XX, que tem como espaço principal, o ambiente rural: "A quarto de légua do arraial do Atoleiro começam as terras de igual nome, pertencente ao major Zé Lucas. A meio entre o povoado e o estirão das matas virgens." (LOBATO: 1961, p. 215) A grandiosidade de dimensões do "famoso pântano" representada no início da narrativa, por exemplo, é, segundo Edmund BURKE (1993) 5 , uma fonte poderosa do sublime. O pântano de Lobato nos é revelado não como um monstro em si, mas como um ambiente propício a ocorrências monstruosas: Notabiliza-o, porém, a profundidade. Ninguém ao vê-lo tão calmo sonha o abismo traidor oculto sob a verdura.
Remate de Males, 2012
São sempre as mesmas cartas, as mesmas obras e as mesmas informações, mas, por milagre da paixão e da linguagem, quando cruzadas com seu contexto, as pesquisas sugerem e condimentam apaixonadas polêmicas..." Marisa Lajolo. Monteiro Lobato, um brasileiro sob medida À Marisa, por seu contagiante entusiasmo e capacidade de reinvenção O Vale do Paraíba, região Leste do Estado de São Paulo e que faz divisa com o Estado do Rio de Janeiro, constituiu-se em área pioneira do plantio do café. Ao crescimento e riqueza conhecidos a partir da segunda metade do século XIX, seguiu-se uma lenta e continua decadência, fruto da expansão dos cafezais para o oeste. As novas áreas não só dispunham de clima e solo mais adequados à rubiácea como foram ocupadas num momento em que o fim do regime de trabalho escravo era iminente, o que obrigou os fazendeiros a organizar a entrada de grandes levas de imigrantes. As crescentes distâncias das plantações em relação ao porto de Santos inviabilizavam, por sua vez, o transporte por tropas e exigiram a construção de uma intrincada malha ferroviária. No início do século XX, às cidades da porção paulista do Vale -Bananal, Silveiras, Areias, São José do Barreiro -só restavam lembranças de antigas glórias. Trabalhos historiográficos específicos, levados a efeito partir de inventários e testamentos, álbuns de famílias, informações genealógicas, correspondências, diários e livros de anotações, têm contribuído para uma compreensão mais ampla acerca das práticas sociais e das estratégias políticas e econômicas imperantes numa sociedade organizada em torno do trabalho escravo e do capital mercantil, como era a do Vale do Paraíba. Exemplo marcante nesse sentido é a obra coletiva Resgate, uma janela para o oitocentos, 2 escrita a partir da ampla e variada documentação do Comendador Manoel de Aguiar Vallim, conservada na fazenda Resgate, uma de suas propriedades em Bananal. O caso do Comendador, grande fazendeiro de café, dono de muitos escravos e um dos homens mais ricos do país quando de sua morte em 1878, permite aquilatar o enorme impacto representado pelo fim do tráfico de escravos em 1850, medida que condenou à extinção não apenas o regime de trabalho, mas a ordem que se erguera sob o solo da escravidão. Em algumas décadas, a região do Vale do Paraíba transitou do fausto à decadência, processo que deve ter impressionado vivamente os contemporâneos. A própria morada da família Vallim e seu estilo de vida evidenciam a prosperidade do apogeu cafeeiro: as amplas sedes das fazendas com sua arquitetura neoclássica; o interior ricamente decorado, que incluía pinturas e ornamentos nas paredes e portas; a mobília sólida de mogno e os delicados lustres; os aparelhos de chá e demais louças, faqueiros, pratarias e castiçais, marcas de fidalguia essenciais para o bem receber e que distinguiam o ilustre pro-
Cadernos De Pesquisa, 2000
Diversidade e Educação
No Brasil, criou-se a Lei 12.735, de 2012, que garante a punição a pessoas que fizerem ofensas racistas contra os negros, e isso se deve a uma longa dívida social que a nação tem para com eles, visto que foram escravizados entre 1535 e 1888, e perto de 49 milhões de pessoas perderam suas vidas. Apesar disso, Monteiro Lobato publicou um romance de ficção científica em 1926, tão somente com o objetivo de encontrar soluções para o extermínio da raça negra. O presente ensaio visa analisar como o escritor de Taubaté fez isso no romance O Presidente Negro. Para tanto, estudou-se a história da escravidão em autores como Abdias do Nascimento, Sandra Jatahy Pesavento e Joaquim Nabuco.
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Revista Ciências Humanas
História Econômica & História de Empresas, 2021
MISES: Interdisciplinary Journal of Philosophy, Law and Economics
Monteiro Lobato: Novos Estudos, 2022
Cordis Revista Eletronica De Historia Social Da Cidade Issn 2176 4174, 2008
Revista Desassossego, 2011
Revista Espaco Academico, 2012
Revista Brasileira de Literatura Comparada
Potência Brasil: Gás natural, energia limpa para um futuro sustentável , 2008