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2020, Romanitas - Revista de Estudos Grecolatinos
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O presente artigo apresenta uma tradução da Vida de Terêncio, de Suetônio, discute os critérios utilizados para a versão das passagens em verso contidas no texto e apresenta os principais problemas de interpretação que a vita suscita.
2010
Resumo A presente dissertação consiste em um estudo e na tradução do Eunuchus de P. Terêncio Afer. A obra é a quarta comédia de Terêncio, representada em Roma no ano de 161 a.C., durante os Ludi Megalenses. O estudo divide-se em três partes: o contexto da obra, a sua estrutura e o ethos das personagens. Em relação ao contexto, são considerados o gênero da obra, os espetáculos cênicos, as origens do teatro latino e a biografia literária do autor. Para a análise da estrutura da obra, são examinadas separadamente as duas partes que a constituem: o prólogo e o enredo. O prólogo terenciano tem como peculiaridade o seu uso para a polêmica literária. O enredo organiza-se em duas bases: a suspensão do argumento e a dupla intriga. O ethos das personagens é o alvo principal deste estudo. Foram escolhidas seis personagens para a análise: Taís, Pítias, Pânfila, Fédria, Quérea e Parmenão. Nessa análise, procurou-se operar com dois tratamentos dados ao conceito de ethos: o primeiro, dentro do pensamento aristotélico, nos desdobramentos que o termo ganha na Retórica e na Poética; o segundo, situado no âmbito da Análise do Discurso Francesa, em um desenvolvimento feito por Dominique Maingueneau, ao recuperar, por via da pragmática, a noção de ethos da retórica.
No entanto o mal não se via: era apenas Um leve sabor a podre que fazia parte Da natureza das coisas.
O renovado interesse pela leitura dos clássicos no Brasil, ainda que marcado pelo consumo de um público específico e não tão amplo quanto se desejaria, pode ser atestado, sem maiores contestações, pelo crescimento recente de tal nicho em nosso mercado editorial, e me refiro aqui especificamente aos textos produzidos por autores pertencentes ao período histórico que se convencionou chamar de Antiguidade clássica greco-latina. Um exemplo bastante ilustrativo disso são as novas traduções dos poemas homéricos, que vêm ganhando destaque nestas primeiras décadas do século XXI, no Brasil e em Portugal, fazendo da poesia do mítico rapsodo grego que, não obstante o prestígio, gozava até bem pouco tempo de uma parca difusão cultural, por meio de traduções, na língua portuguesa, um dos produtos mais acessíveis de nosso mercado livreiro. Tais traduções, o que é mais interessante, tem por principal mérito revelar, cada uma ao seu modo, facetas novas do velho aedo, que vão desde os aspectos propriamente poéticos e artísticos de sua criação até questões de ordem rigorosamente filológica que envolvem a composição dos seus poemas.
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No presente artigo, temos como objetivo estudar a obra de Suetônio sua biografia "As vidas dos Doze Césares", sobre 12 governantes romanos, desde o General Júlio César até o fim da Dinastia dos Flávios com o Imperador Domiciano. Vamos demonstrar que o está biografia, pode ser utilizada como fonte para o estudo da vida desses administradores e também para entendermos melhor o poder exercido por eles que viveram em Roma, da transição da República para o Império. Sobre Suetônio acredita-se ter nascido em Roma, aparentemente em 69d.C., e morreu provavelmente no ano de 141. Filho de Suetônio Leto, tribuno da 13 ª , legião que lutou em Bedríaco, numa importante batalha onde Vitélio triunfou sobre Otão. Suetônio teria começado sua vida exercendo a advocacia nos tribunais de Roma e foi amigo de Plínio o Jovem. Plínio, homem político influente na sociedade romana do século I e II d.C., que lhe abriu o caminho das letras, com o pedido de concessão do ius trium liberroum para o Imperador Trajano, quando Suetônio estava com ele na Bitínia, província governada por Plínio. O ius trium liberorum era o conjunto de privilégios que Augusto concedia para pais de três filhos. Nesses privilégios incluíam-se a isenção de alguns tributos e a preferência entre candidatos a funções públicas. Suetônio teria sido um estudioso da retórica e advogado, mas foi sobretudo um grande erudito, e também é provável que ele tenha exercido a profissão de gramático. É provável que nesse período tenha escrito uma de suas maiores obras, o De viris ilustribus, por volta do triênio que vai de 106 a 109 d.C., escrita antes da sua outra grande obra De vita Caesarum (As vidas dos doze Césares).
In his work Apologeticus XXI, 10-14, Tertullian defines the christians’ god as a unit in three persons, revealed by Jesus’ person. We will present the passage in which Tertullian in his christians’ defense with the gentiles, explains the creation by the Father, through the person of the Word, with the divine breath. The passage occupies an important place, because in the latin world it will be probably the first time that similar definition happens. The Apologeticus, published in 197 A. D. with Ad Nationes, the Testimonium animae and Ad Scapulam, consists in a dialogue in favor of Christians. It’s very important such work, because it consists in reflexions about citizenship’s exercise with the liberty of several cults, in the face of defamation and slanders of which christians were targeted in roman Africa. Bringing this text to contemporary reflection is pertinent, since this work was the most read and best known and translated of this remote priest of the Latin Church.
(100 a 44 annos anles òe Christo) Júlio César contava apenas 16 annos de edade, quando per- deu seu pae, e aos 17 foi nomeado sacerdote de Júpiter. * Cossutia, descendente de cavalleiros muito ricos, assim que saiu da infância, lhe foi destinada para noiva, mas Júlio Cé- sar a repudiou, para casar com Cornélia, filha de Cinna, que havia sido quatro vezes cônsul, e d'este matrimonio houve uma menina que se chamou Júlia. César resistiu abertamente a Sylla, então dictador, que in- tentava forçai-o a separar-se de sua mulher por um divorcio, e que, não podendo conseguir o seu intento, o privou do sa- cerdócio, dos bens da mulher e de algumas heranças de famí- lia, e o encarou desde logo como absolutamente votado ao partido do povo. César viu-se obrigado a não apparecer mais em publico, e, apezar de doente, a mudar todas as noites de domicilio ; não escapou mesmo, senão á força de dinheiro, áquelles que o per- seguiam. Foi preciso que as vestaes, Aurélio Coita e Mamerco /Emlio, seus parentes e seus alliados, se reunissem para lhe obterem o perdão. Passa por certo que Sylla resistiu por muito tempo aos pe- didos dos seus melhores amigos e dos homens mais distinctos 1 Nasceu em Roma no mez òe Julho oo anno 100 antes òe Christo. ROMA GALANTE do Estado, e que, vencido pela tenacidade das suas instancias, exclamou, fosse prophecia ou penetração: «Vós o quereis, consinto ; mas sabei que este homem, de quem me pedis a vida com tanto interesse, será o inimigo mais fatal do partido que vós tendes defendido comigo : ha em César mais que um Mário.» Júlio César fez as suas primeiras armas na Ásia, ás ordens do pretor Thermo, e foi alojado na mesma tenda. Enviado por elíe a Bithynia para mandar vir navios, demorou-se algum tempo em casa do rei Nicodemo, não se livrando da fama de ter tido com este príncipe contratos de prostituição; e serviu para confirmar este boato, o voltar alguns dias depois a Bithy- nia, com o pretexto de pagar o dinheiro devido a um liberto, seu cliente. Adquiriu depois mais vantajosa reputação, e teve a honra d'uma coroa civica na tomada de Mithylene. Serviu algum tempo em Cilicia sob as ordens de Servilio Isaurico; mas, ao saber da morte de Sylla, apressou-se a vol- tar para Roma, por lhe darem esperanças de novos tumultos excitados por Lépido. Comtudo, recusou-se a acceitar algu- mas vantagens que lhe promettiam, e não quiz ligar-se a um homem de quem conhecia o génio fraco, nem comprometter- se n'uma empresa, que lhe não parecia feliz. Acalmados os tumultos accusou de fraude Dolabella, homem consular e illustrado por um triumpho. O accusado foi absol- vido, e César resolveu retirar-se a Rhodes, não só para fu- gir aos inimigos que attrahira, como para se entregar nalguns momentos tranquillos ao estudo da eloquência e ás lições de Molon, celebre rhetorico. N'este trajecto, emprehendido no inverno, foi aprisionado pelos piratas, * perto d'uma ilha chamada Pharmacusa, e viu-se com indignação retido por elles mais d'um mez, tendo ao seu lado apenas um medico e dois creados de quarto, pois mandara immediatamente todo o seu séquito a buscar o dinheiro preciso para o resgate. Pagou 50 talentos, e apenas se viu livre do captiveiro, foi em busca de navios a um porto próximo, perseguiu os pira- tas, e não descançou emquanto os não prendeu e mandou en-forcar; já por vezes, em ar de gracejo, os havia ameaçado. Mithridate devastava então os paizes visinhos do império. César, para não parecer insensível aos perigos dos alliados de Roma, passou de Rhodes á Ásia, levantou tropas, e tendo expulso um tenente de Mithridate, conteve em respeito povos hesitantes e incertos. Voltando a Roma, * a primeira dignidade que obteve pelos suffragios do povo, foi a de tribuno dos soldados, e d'este cargo se serviu para ajudar com toda a sua influencia os que queriam estabelecer a potencia tribunicia em todos os seus direitos, que Sylla havia cerceado muito. Fez valer a lei Plo- tia, para chamar de novo a Roma, Lúcio Cinna, seu cunhado, e os outros partidários de Lépido, que, depois da sua morte, se haviam retirado para junto de Sertório; pronunciou mesmo uma arenga sobre este assumpto. Sendo questor, encarregou-se da oração fúnebre de sua tia Júlia e de Cornélia, sua mulher, fallecidas recentemente. No elogio de sua tia exaltou muito a sua origem commum, que dizia descender, d'um lado, dum dos primeiros reis de Roma, Anco Mareio, e do outro, da deusa Vénus. «Portanto, affirmava elle, encontrase na minha família a santidade dos reis, que são os senhores dos homens, e a majestade dos deuses, que são os senhores dos reis.» Depois da morte de Cornélia desposou Pompeia, filha de Q. Pompeu e sobrinha de Sylla, de quem se separou pouco depois, por suspeita de adultério com Clodio, que aceusavam tão publicamente de ter sido introduzido em casa d'ella ves- tido de mulher, com auxilio duma festa, que o senado ordenou uma inquirição de sacrilégio. Sendo questor, César teve o departamento da Hespanha ul- terior, e, encarregado pelo pretor de ir assistir ás assembleias dos negociantes romanos estabelecidos n'esta província, chegou até Cadiz. Foi ali que, tendo descoberto n'um templo de Hercules a estatua de Alexandre, chorou, segundo se diz, cen- surando-se, muito envergonhado, por não ter feito ainda nada ROMA GALANTE memorável n'uma edade em que o heroe da Macedónia ha- via já subjugado uma parte do universo. Pediu logo licença para vir a Roma, esperar occasião de se engrandecer, e os momentos afortunados. Os adivinhos alimentaram-lhe também esperanças, interpretando um sonho que tivera. César havia sonhado que violara sua mãe, e os adivinhos lhe prometteram o império do mundo, dizendo que esta mãe que vira submissa, era a terra, nossa mãe commum. Saiu, portanto, de Hespanha antes do tempo marcado e, encontrou as colónias latinas occupadas em intrigar a burgue- zia romana. Tel-as-ia agitado, se, para demorar os seus emprehendimentos, os cônsules não tivessem demorado algum tempo ao pé de Roma as legiões destinadas para a Cili- cia. Comtudo, já meditava maiores projectos, se é verdade como se suppõe, que poucos dias antes de ser edil, se tivesse unido a M. Crasso, personagem consular, com Publio Sylla e L. An- tronio, ambos convencidos de intriga e privados do consulado, que lhes fora concedido, e que todos juntos tivessem conspi- rado, querendo atacar o senado á mão armada, no começo do anno, degolar uma parte, e dar a dictadura a Crasso, que teria tido César por commandante da cavallaria, e depois de se tornarem assim senhores do governo, restabelecer P. Sylla e L. Antronio no consulado que lhes haviam tirado. Tanusio Gemino, na sua historia ; M. Bibulo, nos seus edis. e C. Curion, pae, nas suas arengas, falam d'esta conjuração, Cicero, n'uma carta a Axio, parece também fazer d'ella men- ção, quando diz, que o consulado de César tinha estabelecido a tyrannia preparada durante a sua edilidade Tanusio ajunta que Crasso, ou por medo, ou por arrependimento, não appa- recera no dia marcado para a execução, e que por esse motivo César não deu o signal convencionado, que era ao que se refere Curion, deixar cair a toga dos hombros. O mesmo Curion* apoiado no testemunho de Actorio Naso, lhe imputa ainda uma outra conspiração com o joven Pisão, e pretende que foi para a prevenir, que se deu a este rapaz, por commissão extraordinária, o departamento de Hespanha ; não obstante, Pisão concordou em sublevar os povos de além do Po e os das margens do Lambre, emquanto que César pro- guiado no senado ácêrca do seu departamento, ou porque re- ceasse de ser citado judicialmente ao terminar o cargo, ou porque julgasse não ter um momento a perder para dar aos alliados do império o auxilio que pediam contra as pilhagens de alguns reis visinhos. Pacificada a Hespanha, não foi menos prompto a voltar a Roma, mesmo sem esperar que lhe dessem um successor. Sollicitava ao mesmo tempo o consulado e o triumpho, mas teve de renunciar ao triumpho, porque precisava entrar na cidade como simples particular, para se apresentar entre os aspirantes ao consulado. Quiz ser exceptuado da lei, mas encontrou demasiada opposição. Entrando na posse do seu cargo estabeleceu em primeiro logar, que se fizesse um jornal de todas as actas do senado e do povo, e que esie jornal se tornasse publico. Fez reviver o antigo uso de se dar ao cônsul, no mez em que o seu collega tivesse as fasces * um meirinho a marchar na sua frente e li- ctores que o seguissem. Publicou leis novas ácêrca da partilha das terras, e não po- dendo vencer a resistência do seu collega, expulsou-o da praça publica á mão armada. No dia seguinte, Bibulo foi queixar-se ao senado; mas, na consternação geral, não se atrevendo ninguém a tomar reso- luções vigorosas, que por vezes já haviam sido tomadas por menores perigos, o cônsul, desesperado, retirou -se para sua casa, não fazendo outra cousa em todo o tempo do seu con- sulado, do que affirmar a sua opposição a todos os actos de César. Desde então, César governou a republica com uma auto- ridade tão absoluta que vários cidadãos datavam, por gracejo, de consulado de Júlio e de César, separando assim o nome e o sobrenome. Encontram-se também em versos d'essa época : «que ninguém se pôde recordar de se ter dado algum suc- cesso no consulado de Bibulo.» 1 Fasces, feixe òe varas com uma segure ou machaòa no meio, que serviam òe insignia aos lictores e carrascos que caminhavam aòeante Òos primeiros magistraòos. A planície estreitada, consagrada aos deuses pelos nossos antepassados, e os campos da Campania, cujos rendimentos eram applicados ás urgências do Estado, foram distribuídos, por ordem de César, sem se tirar á sorte, a 20:000 cidadãos da classe d'aquelles que tinham, pelo menos, três filhos. Fez uma remessa dum terço aos recebedores dos dinheiros públi- cos, recommendando-lhes que desde então não elevassem de- masiado os lances das herdades do Estado. Continuou a mostrar-se assim liberal nas despezas da repu- blica, e nada recusava a ninguém. Tudo subjugava, de bom...
Este artigo pretende anahsar a construção narrativa elaborada por Tácito, nos Annales, objetivando o estudo detalhado de elementos que possibihtem a possível identificação do personagem tacitiano, Petronio Artbiter Elegantiae, com o autor da obra conhecida como Satyricon. Cornelius Tacitus teria sido pretor em 88 d.C., cônsul em 97 e procônsul da Ásia de 110 a 113. Sobre sua morte e seu nascimento pouco sabemos. Imagina-se que teria nascido em finais dos anos 50 e morrido por volta de 120 d.C. Seus escritos foram objeto de vanas discussões entre especialistas até chegar-se a certas conclusões e, finalmente, outorgar-lhe a autoria das seguintes obras: Diálogo dos Oradores, Vida de Agrícola, Germânia e os Annales. Este breve estudo tem como perspectiva a análuse de dois capítulos dos Anais de Tácito, especificarnente o 18 e 19 de seu livro XVI. Nestes capítulos, Tácito narra o fun de Petrônio-Arbiter Elegantiae, cortesão de Nero-e as circunstâncias que o levaram ao suicídio. Nosso objetivo é
Um possível diálogo entre o Poema, de Parmênides, e o Tratado do não-ser, de Górgias 10 Daniela Brinati Furtado & Fábio da Silva Fortes Língua e recepção: o caso de uelim + subj. em um comentário às Filípicas, de Cícero 20 Alex Mazzanti Jr. O clássico no clássico: recepção e intertexto entre Heroides e Metamorfoses , de Ovídio 32 Fabrizia Nicoli Dias O leitor e o gênero epistolar no livro 2 das Epístolas Morais, de Sêneca 43
No presente artigo, propõe-se uma leitura comparada dos prefácios das Controvérsias de Sêneca o Rétor e das Vidas dos Poetas de Suetônio. Após a identificação dos diferentes tipos de gêneros de imitação a que se filiam os prefácios de Sêneca -epistolografia, historiografia e biografia -, busca-se destacar as características da biografia em função de "crítica literária", tanto em Sêneca como em Suetônio. Por meio da análise comparativa dos trechos biográficos com função de crítica, emergem as afinidades e diferenças formais e estilísticas entre os dois autores, que podem ser justificadas com base nos objetivos e nas posições histórico-literárias de cada autor. ABSTRACT
Análise do tríptico "A Vida", realizado por António Carneiro nos finais do século XIX. Esta é considerada uma das poucas obras de cariz simbolista da arte portuguesa. Os três páineis que a constituem revelam um tema típico do simbolismo, o ciclo da vida.
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Scientia Traductionis
Cadernos de História e Filosofia da Ciência, 2015
Revista LaborHistórico, 2019
Classica - Revista Brasileira de Estudos Clássicos
PHAOS - Revista de Estudos Clássicos da UNICAMP, 2017
Mediaevalia. Textos e Estudos, 2016
CODEX - Revista de Estudos Clássicos