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Pessoa Plural―A Journal of Fernando Pessoa Studies, 2017
FREITAS, Filipa de, "Alvaro de Campos dois poemas na Coleccao Fernando Tavora" (2017). Pessoa Plural―A Journal of Fernando Pessoa Studies, No. 12, Fall, pp. 488-501. Brown Digital Repository. Brown University Library. https://doi.org/10.7301/Z0N29V5N Is Part of: Pessoa Plural―A Journal of Fernando Pessoa Studies, Issue 12 Álvaro de Campos: dois poemas na Colecção Fernando Távora [Álvaro de Campos: two poems in the Fernando Távora Collection] https://doi.org/10.7301/Z0N29V5N RESUMO Dois poemas dactilografados de Álvaro de Campos foram encontrados na Colecção de Fernando Távora, no Porto. Estes testemunhos, que pertenceram a Raul Leal, são, pelas suas características materiais, idênticos aos do espólio de Fernando Pessoa. Pretende-se, assim, apresentar estes documentos e a proximidade que os caracteriza. ABSTRACT In Fernando Távora's private collection, at Oporto, two typed documents have been found containing poems of Álvaro de Campos. These copies belonged to Raul Leal, and are similar to the ones found in Fernando Pessoa's literary estate. We present these documents and the connections between them. BIBLIOGRAFIA CENTRO DE ESTUDOS PESSOANOS (1978). 1.o Congresso Internacional de Estudos Pessoanos | Minha Pátria É a Língua Portuguesa — Exposição Iconográfica e Bibliográfica. Catálogo da Exposição. Impr. Rocha Artes Gráficas. MATOS, Ana Cardoso; FARIA, Fernando; CRUZ, Luís (2004). A Electricidade em Portugal: dos primórdios à 2ª Guerra Mundial. Lisboa: EDP/Museu da Electricidade. PESSOA, Fernando (2004). Obra Completa de Álvaro de Campos. Edição de Jerónimo Pizarro e António Cardiello, com a colaboração de Jorge Uribe e Filipa Freitas. Lisboa: Tinta-‐‑da-‐‑china. _____ (2000). Poemas 1934-‐‑1935. Edição de Luís Prista. Lisboa: Imprensa Nacional-‐‑Casa da Moeda. Edição Crítica de Fernando Pessoa. PIZARRO, Jerónimo (2017a). “Álvaro de Campos Revisited”, in Estudos Regianos, n.º 22-‐‑23, Vila do Conde, Centro de Estudos Regianos, pp. 67-‐‑90, http://joseregio-‐‑cer.pt/index.php/o-‐‑boletim/ PIZARRO (2017b). “Poemas e documentos inéditos: o lote 31 e a colecção Fernando Távora”, in Pessoa Plural – A Journal of Fernando Pessoa Studies, n.º 12, Outono, pp. 333-‐‑456. VIZCAÍNO (2017). “O Meta-‐‑arquivo da Colecção Fernando Távora”, in Pessoa Plural – A Journal of Fernando Pessoa Studies, n.º 12, Outono, pp. 18-‐‑81.
Anais do XIV Seminário Nacional de Literatura, História e Memória, 2020
Fernando Pessoa (1888-1935), poeta português da primeira metade do século XX, em suas "Ideias Estéticas" (1946, 1974, 1986) confirma as vinculações interartísticas fundamentadas na tradição. A proposição não é ingênua: o poeta português entende que a despersonalização, ou seja, a constelação heteronímica, não é, em suas mãos, novidade para a Literatura, uma vez que são as epopeias homéricas as substanciais matrizes de uma radical aposta na pluralidade alegórica de temperamentos tornados entes. Se o gesto de Fernando Pessoa ele-mesmo é herança da poesia feita na Antiguidade Clássica, nesta comunicação arrisca-se a pensar na ideia de que a obra heteronímica-em especial a de Álvaro de Campos-portanto, procura dar, em novos formatos, as mesmas respostas artísticas que já se esboçaram na poesia homérica. A orientação metodológica parte, em primeiro lugar, de que as obras artísticas reúnem-se num continuum de formas; em segundo lugar, de que a obra de arte irradia insumos para realização de sua própria crítica (Benjamin, 2013, 2018); em terceiro lugar, de que o teor espiritual da crítica da arte é estabelecer, de maneira sui generis, uma antítese com a e na sociedade (Adorno, 2008). Nesse caminho procuramos experimentar uma enérgica aproximação entre alguns trechos da Ilíada e da obra de Álvaro de Campos, mostrando que este heterônimo dá atenção a dilemas não resolvidos no âmbito da guerra cantada. Palavras-chave: Álvaro de Campos; Ilíada; Fernando Pessoa; Teoria Crítica.
Num texto de 1966, intitulado “Uma literatura desenvolta ou os filhos de Álvaro de Campos”, Eduardo Lourenço aponta os ficcionistas portugueses emergentes entre as décadas de 50 e 60 como os legítimos descendentes do mais modernista dos heterônimos pessoanos, na medida em que se afastavam de certo compromisso com a ética e com a ideologia, desvalorizando o discurso logocêntrico e as grandes narrativas. Partindo dos pressupostos laurentinos, pretendemos demonstrar em que sentido a poesia de Carlos Fradique Mendes, criado em 1869, a partir de uma experiência heteronímica coletiva levada a termo por Antero de Quental, Eça de Queirós e Jaime Batalha Reis, pode ser vista como antecipatória das inovações estéticas que Eduardo Lourenço afirma terem sido trazidas à poesia portuguesa pelo heterônimo futurista de Pessoa e retomadas pelos autores da “Nova Literatura”. Logo, em vez dos “filhos”, trataremos daqueles que, seguindo o mesmo raciocínio traçado por Lourenço, podem ser vistos como os “pais” geracionais ou intelectuais de Álvaro de Campos.
Tamanha Poesia, 2022
Resumo: O trabalho que apresentamos ensaia e persegue, na poesia de Álvaro de Campos, a concepção de que a linguagem artística, como antítese da sociedade (ADORNO, 1988), formaliza um campo de conhecimento metafisicamente poético e estabelece uma rivalidade epistemológica com outras instâncias de conhecimento, a saber, oriundas da tradicional sistematização filosófica. As nossas percepções giram em torno da ideia de que a poesia do heterônimo pessoano citado é o receptáculo de uma herança artística que atualiza a arte como um campo de batalha. Nesse sentido, ela faria a manutenção de tons e moldes poético-especulativos do que chamamos “estar-aí-belicoso”, outrora fundamental na Ilíada. Para a compreensão desse modus operandi, solicitamos, além de uma postura crítica de Walter Benjamin e de Theodor Adorno, as reflexões estéticas de um Fernando Pessoa teorético (1985). Walter Benjamin, em Origem do drama trágico alemão (2013), crê que as obras de arte são produtoras de sua própria crítica e, desta forma, o enfrentamento entre obras de arte estabelece um continuum de formas. Suas investigações são, teoricamente, entendidas por Fernando Pessoa, quando, em Ideias estéticas (1986), pensa em todos os poemas com um quê de Homero e indica que a despersonalização não é novidade em literatura; e, de forma empírica, executadas pelo programa poético de Álvaro de Campos. Theodor Adorno, por sua vez, cogita, em Teoria estética (1988), a obra de arte como indigência de sua inflexão conceitual. Logo, o elemento que lhe particulariza – o dinamismo de sua universalidade – revela-se pelo antagonismo entre obras. Apostando nesta aproximação radical entre as modalidades poéticas contingenciadas, historicamente, à modernidade e à antiguidade, objetivamos, pois, contemplar como se configura traços do pensamento negativo ilíaco no diálogo com a poesia de Álvaro de Campos e com a forma de resistência à secularização do gesto monadológico quando a literatura tomba no painel do Conhecimento. https://tamanhapoesia.wordpress.com/ volume 7 | número 14 | jul.-dez./2022 Territórios do Poema
Álvaro de Campos, a personagem mais activa, interventiva e penetrante criada por Fernando Pessoa, foi a única que deixou uma prosa (até 2012 amplamente inédita) de uma dimensão idêntica à que se encontra no Livro do Desasocego (publicado em 1982). Daí que a publicação da Prosa de Álvaro de Campos, segundo Jerónimo Pizarro, se possa considerar um acontecimento editorial tão relevante quanto a primeira publicação do Livro do Desasocego há exactamente trinta anos. Afinal, a prosa tardia de Campos é contemporânea da prosa tardia do Livro e ambas foram escritas pelo mesmo autor quando este havia já atingido um raro domínio da sua arte. Para mais, foi o próprio Pessoa quem afirmou que o seu semi-heterónimo Bernardo Soares se assemelhava em «muitas coisas» ao seu heterónimo Álvaro de Campos. Neste sentido, a presente edição da prosa reunida de Campos vem lembrar, mais uma vez, que Pessoa continua inédito, embora seja esta uma realidade que ainda hoje nos espanta, quer por não a imaginarmos possível, quer por a desconhecermos por completo. Texto da contracapa: «Não tenho preocupação intelectual ao escrever. Tenho a unica preocupação de emitir emoções, deixando á inteligencia que se aguente com elas o melhor que puder. Tenho o desejo de ser de todos os tempos, de todos os espaços, de todas as almas, de todas as emoções e de todos os entendimentos. Menos que tudo é nada para a alma que não cata piolhos na logica, nem olha para as unhas na estetica. Não podendo ser a propria força universal que envolve e penetra a rotação dos seres, quero ao menos ser uma consciencia audivel dela, um brilho momentaneo no choque nocturno das coisas… O resto é delirio e podridão.» ÁLVARO DE CAMPOS
Álvaro de Campos, um dos mais importantes heterónimos de Fernando Pessoa, poeta e engenheiro naval, foi uma das personalidades mais ativas no processo de mudança estético-literária que se deu em Portugal no início do século XX. Poeta simbolistodecadentista, no seu primeiro momento, passando, numa segunda fase, por um sensacionismo e futurismo walt whimaniano deveras exacerbado, Campos surge, naquele que é o seu terceiro momento poético, com uma escrita e postura intimista, angustiada e pessoal. Na verdade, e como afirma Teresa Rita Lopes, "Campos é bem esse produto romântico" (LOPES, 1990, p. 28), onde desaguam, numa fase intimista, fechada e pessoal, características várias que podemos encontrar no movimento Romântico, fazendo parte, pois, da mentalidade e do imaginário dessa época. Quando falamos em Álvaro de Campos surge de imediato no nosso imaginário o poeta e engenheiro naval cantando triunfalmente a máquina, o movimento, o progressoprogresso aqui visto a nível da indústria e da tecnologia, não humanoe as sensações múltiplas e entrecruzadas. De imediato associamos Campos a uma estética modernista, onde o futurismo de Marinetti, com influências de Walt Whitman e do sensacionismo do mestre Caeiro pululam entre as odes "Marítima", "Triunfal" e "Marcial", assim como no poema "Saudação a Walt Whitman". A apologia do movimento surge como uma regurgitação do poeta moderno que tem como missão cantar a guerra e o internacionalismo, o constante "desejo de universalidade" (REIS, 2006, p. 170) presente na vontade de rutura com os códigos e preceitos do passado, tendo sempre em mente uma estética aberta ao novo, ao diferente e ao original.
Matraga - Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras da UERJ, 2010
RESUMO O artigo se propõe a pensar a máxima de Lacoue-Labarthe-"a coragem da poesia é a prosa"-, a partir de um poema de só um verso que não se distingue de uma frase ordinária. Nesse sentido, o artigo busca compreender a beleza da indiferença do poema através da relação estabelecida com uma obra de arte contemporânea de Waltércio Caldas, "Garrafas com rolha". Palavras-chave: poema, ordinário, história e indiferença. Aos poetas capazes de alterar até mesmo o nome dos leitores.
O objectivo desta dissertação consiste em avaliar a relação entre Fernando Pessoa e Walt Whitman, através da análise do impacto que o autor de "Leaves of Grass" tem no heterónimo, Álvaro de Campos. Esta influência é estudada a partir do impulso que Emerson dá ao que virá a ser dos mais conceituados poetas americanos. Nenhum deles foi compreendido na sua época, porém acreditaram em si mesmos e concretizaram os seus projectos poéticos, mesmo considerando que Fernando Pessoa não tenha chegado a publicar a maioria da sua poesia. Álvaro de Campos é, dos heterónimos, o mais abertamente moderno. Tenta chegar à força e ao optimismo de Whitman, mas acaba por expor a sua fragilidade. O Sensacionismo é a expressão exagerada da vida e do corpo e Campos não aguenta as suas explosões enérgicas por muito tempo. Na realidade, o engenheiro descobre a sua imensa dificuldade em coabitar na solidão da cidade. Álvaro de Campos encontra ainda, em Whitman, a visão para a morte que lhe seria fácil integrar na vida. Ao aceitar e até amar a morte, como parte da vida, tudo se torna mais simples. Contudo, até aí, o autor de “Ode Marítima” nunca chegará.
Da transcriação poética e semiótica da operação tradutora Haroldo de Campos 5 Por uma poética da tradução 9 Da transcriação: poética e semiótica da operação tradutora 31 Da tradução como criação e como crítica 47 Tradução e reconfiguração do imaginário: o tradutor como transfingidor 63 Para além do princípio da saudade: a teoria benjaminiana da tradução 75 Paul Valéry e a poética da tradução: as formulações radicais do célebre poeta francês a respeito do ato de traduzir 91 O que é mais importante: a escrita ou o escrito? 107 A língua pura na teoria da tradução de Walter Benjamin 123 Tradição, tradução, transculturação: o ponto de vista do ex-cêntrico 133 Haroldo de Campos, José Paulo Paes e Paulo Vizioli falam sobre tradução 151 Referências Da transcriação: poética e semiótica da operação tradutora Por uma poética da tradução Da transcriação: poética e semiótica da operação tradutora Da transcriação: poética e semiótica da operação tradutora 13 gante, informada pelo modo laforgueano de lidar com o sentimento pretensioso e o pretenso bombástico". 5 Uma pequena amostra poderá aqui ser útil. Burlando-se, ao mesmo tempo, da escuta convencional dos professores de latim e da licorosa recepção vitoriana das elaboradas elegias de Propércio, Pound fez uma espécie de "reinvenção" dos versos do poeta latino, com o intuito de acentuar-lhes o gume irônico e resgatá-los da capa mortuária das leituras passivas. Assim, no verso: utque decem possint corrumpere mala puelas e como dez maçãs possam perverter as jovens Pound, não resistindo à oportunidade do trocadilho, traduziu maçãs (malum, i) pelo homófono que significa 'má ação', 'vício' (também neutro com o plural em -a), e escreveu: And how ten sins can corrupt young maidens E como dez pecados podem corromper donzelas Ou, como eu gostaria de retraduzir, aproveitando a "deixa" e extremando o exemplo: E como dez más ações -maçãs, má sina!podem perverter meninas, já que o trocadilho semântico de Pound parece ter sido guiado (e isto Hugh Kenner, de quem extraí o exemplo, deixa de apontar) pelo jogo fônico entre DEcEM poSSINt e TEN SINS... (Para entender o mood ou "tom" que Pound estava buscando reativar em Propércio, é só pensar no Laforgue de coisas assim: Je ne peux plus m'occuper que des Jeunes Filles, Avec ou sans parfum de famille... Não me toco senão por Menininhas Tenham ou não cheirinho de família... No meu "exemplo extremado" fiz, obviamente, um repique trocadilhesco com o mala de Propércio e o sins de Pound ("má sina"), além de brincar com as maçãs do original convertidas edenicamente nas "más ações" da voluntária mistranslation poundiana... 5 POUND. Cantares, p. 8. Em Traduzir & trovar, coletânea de ensaios e traduções meus e de Augusto de Campos (os provençais, Guido Cavalcanti, Dante, metafísicos ingleses e marinistas italianos), a equação terminológica é retomada, já no título. Numa breve nota introdutória, lê-se: "Traduzir & trovar são dois aspectos da mesma realidade. Trovar quer dizer achar, quer dizer inventar. Traduzir é reinventar". 6 E linhas adiante: Este volume expõe-se como um canteiro de trabalho. Poesia que, através da tradução, pode ser vista in fieri: o caráter concluso da obra feita fica provisoriamente suspenso e o "fazer" reabre o seu processo, refaz-se na dimensão da nova língua do tradutor. Uma didática direta. A jornada e o jornal de um laboratório de textos. 7
Boletim de Pesquisa NELIC, 2008
a pele o melhor papel para uma escrita de vertigens [...] escrita que se renova na passagem dos dias mas também se apaga [...] marés, luas cheias ventos varrem as pegadas [...] sem vírgulas reticências ou ponto final (Ademir Assunção) Do elemento Um astro, Mercúrio; um elemento amorfo, disforme, capaz de se aglutinar; mercúrio. Uma licença poética e um nome, Azougue. Um espaço subterrâneo, não por natureza, mas um espaço que se quer superfície subterraneamente. Azougue, um recalque, que conforme Derrida (2001) é reprodutivo da memória e precisa de um suporte para imprimir sua marca. A revista. Nascida em 1994, Azougue estabeleceu-se como uma das primeiras revistas de poesia na década de 1990, e que ainda remanescem. A proposta inicial, e que por certo viés, ainda perpetua, era, segundo o editor Sergio Cohn, trabalhar "com dicções poéticas que se situam à margem dos principais movimentos da poesia brasileira contemporânea" (Azougue, edição comemorativa 10 anos, p.11). Ao pensarmos em margens, somos remetidos a várias imagens: à margem do papel, que delimita espaços; às margens de um território, que estabelece fronteiras; às margens de uma sociedade, que vincula uma relação de poder entre centro e a periferia cultural, econômica ou política.
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Linguagem e Literatura: Democracia e Resistência, 2023
VIII Congreso de la Asociación de Lingüística Sistémico Funcional, 2012
Comunicação oral apresentada no XVIII Congresso da ABRALIC, 2023
Revista Texto Poético, 2014
TRANSLOCAL. Culturas Contemporâneas Locais e Urbanas, 2018