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2014, Revista de Estudos Literários
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Este ensaio sustenta que as décadas de 60 e 70 do último século foram o momento em que ocorreram duas importantes mudanças no domínio dos Estudos Literários Portugueses: em primeiro lugar, uma notável viragem da atenção crítica para a literatura contemporânea (entendida, aqui, como a literatura produzida ao longo do século XX) e, em segundo lugar, um afunilamento do foco na literatura portuguesa, a qual se tornou, cada vez mais, objeto de elogio e celebração. De igual forma, dá-se lugar de destaque ao movimento que colocou o ensaio – e a própria ideia de “Estudos Literários” – no lugar originalmente ocupado pela “Crítica” e, por fim, esboça-se um retrato da história autónoma do polémico discurso em torno da poesia moderna.
Com essa série de movimentos eclodindo simultaneamente em diversos luga-res, não é tarefa muito simples delimitar o começo exato da produção modernista. Um dos marcos que pode ser considerado para essa delimitação é a fundação, na Alemanha, da Staatliches-Bauhaus. A revolucionária Escola de Design, Artes e Arquitetura de vanguarda foi fundada em 1919 por aquele que viria a ser o seu primeiro diretor, o Arquiteto Walter Gropius. Seu manifesto continha uma declaração apaixonada e envolvente dos seus princípios: " o objetivo final de todas as artes visuais é o edifício completo (...) hoje as artes existem em um isolamento do qual só podem ser resgatadas pelo esforço cooperativo e consciente de todos os artistas ". Gropius defendia a formação de um profissional total, que pudesse atuar em todas as escalas do design, do objeto ao edifício e à cidade. Na Bauhaus, a arquitetura passa a ser entendida como uma resultante da con-vergência de várias disciplinas. A máquina, a produção industrial e o desenho de produtos se destacavam na formação deste profissional, que só viria a ter contato com o ensino de história depois de alguns anos de estudo, para que os padrões herdados do passado não influenciassem o processo criativo. Este deveria ter base apenas em princípios racionais e funcionais. Antes de tudo, se aprendia a lidar com os materiais modernos e inovadores e a refletir sobre a produção e o design no novo contexto da industrialização e das novas demandas da sociedade. Cento e cinquenta estudantes logo se inscreveram, muitos deles profissionais atuantes com a esperança de um novo começo, mais alinhado com os novos tem-pos, na primeira escola reformada depois da Primeira Grande Guerra. Em busca do objetivo primordial do seu manifesto original, de unir as artes e os grandes artistas para produzir o artesanato e a tecnologia do novo tempo, uma das tarefas mais importantes era conseguir angariar os nomes de maior destaque mundial para que participassem dessa construção coletiva de um novo mundo. Os professores foram substituídos por mestres e os alunos passaram a ser chamados de aprendizes. Personalidades que viriam a lecionar na Bauhaus, como o pintor e poeta suíço Paul Klee, o pintor russo Wassily Kandinsky, o arquiteto, poeta e artista holandês Theo van Doesburg e o arquiteto alemão Mies van der Rohe (que mais tarde viria a imigrar para os Estados Unidos, a exemplo de Gropius) fariam com que a influência daquela escola alcançasse os quatro cantos do planeta e atravessasse gerações.
Psicologia em Revista
O artigo propõe uma reflexão acerca da violência e do desamparo na Contemporaneidade, por meio do referencial psicanalítico. Parte de considerações sobre a inserção moderna da crítica freudiana sobre a civilização para atestar o desamparo fundamental da condição humana, demandando um trabalho de gestão do laço social. Apresenta os modelos freudianos da estrutura social e de grupos em sua relação com os ideais para discutir sua dinâmica na Contemporaneidade, a partir da falência dos referenciais simbólicos. Caracteriza as condições de enfraquecimento institucional e de mudanças temporais nas relações intersubjetivas para definir um quadro social de deficiência da narratividade e historicidade. Discute os mecanismos subjetivos para lidar com o desamparo e as implicações de violência e negação da diferença. Defende o resgate da condição alteritária por meio da violência fundamental como condição ética para instituição de laços sociais e saída coletivas para a gestão do desamparo.
Convenit Internacional, 2023
Resumo: O Constitucionalismo moderno tem duzentos anos no mundo de Língua Portuguesa. Duzentos anos é uma tradição razoável em Portugal (o Marquês de Pombal exigia só metade para haver um costume enraizado) e uma eternidade no Brasil. Ao mesmo tempo que no ano passado se comemorou o início do Constitucionalismo moderno lusófono com a Constituição de 1822, sente-se agora que estamos numa encruzilhada constitucional. As constituições cidadãs portuguesa e brasileira vigentes indicam o caminho. E não podem ser subvertidas por hermenêuticas pro domo. Felizmente, há órgãos de soberania encarregados da interpretação da Constituição. São Tribunais, têm de ser somente tribunais. Espera-se que 2023 seja o ano do retomar tranquilo da linha bicentenária do Constitucionalismo moderno. Palavras-Chave: Constituição, Constitucionalismo moderno, bicentenário da Constituição portuguesa de 1822, democracia, Estado de Direito democrático. Abstract: Modern Constitutionalism is two hundred years old in the Portuguese-speaking world. Perhaps it has never been more at risk than it is now. Two hundred years is a reasonable tradition in Portugal (the Marquês de Pombal required only half for it to have an ingrained custom) and an eternity in Brazil. While last year the beginning of modern Portuguese-speaking Constitutionalism was celebrated with the Constitution of 1822, it is felt that we are at a constitutional crossroads. The current Portuguese and Brazilian citizen constitutions point the way. And they cannot be subverted by pro domo hermeneutics. Fortunately, there are sovereign bodies in charge of interpreting the Constitution. They are Courts, they have to be only Courts. It is hoped that 2023 will be the year of a peaceful resumption of the bicentennial line of modern Constitutionalism. Keywords: Constitution, modern Constitutionalism, bicentennial of the Portuguese Constitution of 1822, democracy, democratic rule of law.
2017
A partir de uma primeira e sumária leitura da complexa condição humana na contemporaneidade, quando perspetivada no horizonte da missão das Irmãs Doroteias, o artigo sugere quatro apostas estratégicas de intervenção que podem orientar e atualizar a ação da Congregação, a saber: (i) instituir lugares de hospitalidade e tecer laços na gratuidade do dom; (ii) promover um humanismo integral e solidário; (iii) reconfigurar o humano na interioridade, alteridade e transcendência; (iv) educar a partir de uma Pedagogia do Sentido e com o testemunho dos educadores.
Novos Rumos Sociológicos, 2015
Palestra ministrada na III JORNADA BRASILEIRA DE SOCIOLOGIA - UFPEL em 12 de Novembro de 2013.
REVISTA DE CIÊNCIAS SOCIAIS - POLÍTICA & TRABALHO, 2020
O presente trabalho expõe os desdobramentos da civilização da leveza, como cunha Gilles Lipovetsky (2016), o tipo atual de projeto civilizatório e suas representações em circuitos midiáticos, articulando especialmente questões referentes à produção, à cultura e ao trabalho. Leveza e liquidez assinalam conjuntamente a precariedade e a insegurança, mas também se contrariam, pois Lipovetsky (2016) e Zygmunt Bauman (2001) parecem divergir sobre a incursão do prazer frente ao trabalho e dos possíveis ganhos civilizatórios desse contexto. Em tempo, a emergência de um capitalismo criativo, transestético estabelece uma economia do leve que dá à cognição e à subjetividade papéis centrais na elaboração de produtos e serviços. Nesta perspectiva, as considerações de Lipovetsky (2016) e Byung-Chul Han (2015) atuam conjuntamente e oferecem uma análise que verifica o caráter esquivo e ambíguo das transformações técnicas atuais, apresentadas tanto nos objetos ultraleves quanto nas implicações de de...
Passado Contemporâneo, 2019
Este texto possui alguns objetivos ao qual explorarei em uma análise de fonte específica. As questões que abordarei sobre ela aparecem em primeiro momento sobre as dimensões epistemológicas que o testemunho na histórica pode ter como verdade e como ela se constrói e se transforma pelas interpretações dos sujeitos com suas fontes. Em seguida, levantarei questões para além das epistemológicas, que dizem respeito sobre os usos do passado, e também a figura do historiador neste processo de busca por um saber científico do passado.
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Pensar - Revista de Ciências jurídicas, 2012
Soberania e Superação do Estado Constitucional Moderno Sovereignty and Overcoming of the Modern Constitutional State Resumo Discussão científica sobre os efeitos da globalização na base teórica do Estado Constitucional Moderno e sobre o conceito tradicional de Soberania. Relato panorâmico sobre as mutações sofridas pelo Estado Constitucional Moderno e sua crise atual, com fenecimento do conceito de direitos protegidos por constituições soberanas a partir da quebra de paradigmas pela realidade capitalista liberal imposta ao mundo após o colapso do leste europeu comunista. Abordagem panorâmica sobre a possibilidade de superação do Estado Constitucional Moderno.
Cultura, Revista de Estudos Cabo-verdianos, 2001
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A Justiça sub Judice, 2022
Revista X, 2021
História da Misericórdia de Coimbra, vol. II, 2024
Pessoa Plural - Revista de estudos pessoanos, 2023
Universidade Estadual de Campinas, 2023
Revista da Faculdade de Direito da UFRGS, 2016
OBSERVATÓRIO DE LA ECONOMÍA LATINOAMERICANA
3ª Conferência Gramsci, Marx e Marxismos, 2022
Ágora: Estudos em Teoria Psicanalítica, 2019