Academia.edu no longer supports Internet Explorer.
To browse Academia.edu and the wider internet faster and more securely, please take a few seconds to upgrade your browser.
2023, História: usos do passado, ética e negacionismos
https://doi.org/10.31560/pimentacultural/2023.98980.11…
229 pages
1 file
A história do tempo presente vem se consolidando como campo internacional de investigações. A exploração de seus domínios, em termos epistemológicos, metodológicos, conceituais e políticos, envolve tensões próprias a discussões e problemáticas que estimulam intersecções entre o debate político e a produção social de memórias no tempo presente. Quando são levadas em conta as diferentes escalas de observação de fenômenos históricos que, em boa parte dos casos, seguem em andamento, tal complexidade é ampliada. No Brasil, o domínio da História do Tempo Presente conta com significativo volume de pesquisas e publicações que abordam diferentes elementos do presente enquanto tempo histórico.
Comunicação & Educação, 2002
Antônio Albino Canelas Rubim Professor Titular do Departamento de Comunicação da Universidade Federal da Bahia. Ex-diretor da Faculdade de Comunicação. Expresidente da Associaçiio Nacional de Pós-graduação em Comunicaçgo-C O M P~S .
Artigo Revista e-hum V.4, N.1, 2011
RESUMO: Busca-se examinar a relação entre Tempo e História, particularmente atentando para os principais conceitos referidos a esta relação: temporalidade, duração, evento, processo e outros. Em um segundo momento, desenvolve-se um contraste entre o conceito aristotélico e o conceito agostiniano de tempo, de modo a preparar as outras duas discussões do artigo: a relação entre ‘tempo da ação’ e ‘tempo da narrativa’ na construção da História, de acordo com Paul Ricoeur, e as relações entre Futuro e Passado na constituição do Presente, de acordo com as contribuições de Koselleck. PALAVRAS-CHAVE: Tempo; Narrativa; História. ABSTRACT: This article aims to examine the relation between Time and History, attempting in particular to the mainly concepts referred to this relation: Temporality, duration, event, process, and others. In a second moment, it’s developed a contrast between the Aristotelian concept and the Augustinian concept of time, in order to prepare the two other discussions of the article: the relation between ‘action time’ and ‘narrative time’ in the construction of History, according Paul Ricoeur, and the relations between Future and Past in the constitution of Present, according the contributions of Koselleck. KEYWORDS: Time, Narrative; History. Recebido: 06/02/2011 Aceito: 05/04/2011 Palavras-chave Tempo; Narrativa; História;
Apresentação de dossiê em periódico científico, 2019
O texto apresenta o dossiê "DIÁLOGOS ENTRE CULTURA, POLÍTICA E HISTÓRIA SOCIAL" organizado pelo autor na revista Fato & Versões, volume 11, número 22.
Resumo: Este artigo buscou realizar uma discussão acerca do problema das relações entre memória e história, a partir de algumas considerações sobre acontecimentos recentes da história chilena. Nesse trajeto, desvelou-se que o processo de resgate do passado e as estratégias seladas para tal resgate configuram-se claramente como programas políticos, o que remete o historiador a uma reflexão sobre seu protagonismo enquanto sujeito produtor de conhecimento.
Revista Tempo e Argumento, 2011
em perspectiva crítica. Bauru, SP: EDUSC, 2007.
Editora Mundo Acadêmico, 2022
Obra organizada e escrita por Artur Lopes Filho, Mario Marcello Neto e Felipe Krüger com o intuito de trazer, para professores de história, algumas possibilidades de uso de mídias no ambiente de sala de aula
Este artigo examina os usos da historiografia acadêmica nos dispositivos empregados nos processos de formação escolar de adolescentes. Especificamente, explora as apropriações que as propostas curriculares estaduais brasileiras e estadunidenses – produzidas entre 2002 e 2012 – fazem do “contemporâneo” e o do “tempo presente”. Aqui, sugerimos que as singularidades dos perfis societários, dos processos de formação de professor e da institucionalização da pesquisa sobre ensino de história, nos dois países, explicam não só a predominância do contemporâneo sobre os demais períodos e ausência de definição do “tempo presente” (nos EUA e no Brasil), como também a ênfase nos acontecimentos do pós-segunda guerra (nos EUA) e na experiência posterior ao fim do socialismo real (no Brasil).
Este trabalho se propõe a discutir, do ponto de vista teórico e metodológico, a prática investigativa da História do Tempo Presente, buscando situá-la no debate historiográfico contemporâneo. Ao enfatizar as complexas relações entre a história e a memória, ressaltamos a importância da mídia na constituição do próprio modo de ver e perceber o mundo contemporâneo. Nesta perspectiva, reiteramos a necessidade de que os currículos de história incorporem estas novas fontes, pois não basta formar historiadores apenas lendo livros. É necessário que os professores de história forneçam ferramentas teórico-metodológicas para que a formação intelectual dos estudantes esteja de acordo com o tempo em que vivemos.
Apresentar ao público ponugu& um livro de Roger Chartier implica uma -reflexão preliminar sobre as condiçõeJ da sua recePfão. Para isso, devemos começar por precisar o sentidq das trot:as entre as historiografias francesa e portuguesa nas últimas dkadas. No âmbito dos estudos relativos à época moderna, tais /rtJ(as poderão ser pensada.r a parlir ds três domínios essenciais. Em primeiro lugar, um ~onjunto lk trabalhos d8 histórit~ económica e social-dimensioMdos em diferentes escalas: urbana, regional, oceânica, intemmtinental -rtvela o grau de intervenção e a capacidade t:k influinâa do círculo ronslituíd() pela antiga École Pratique des Hautes Etudes. Em segtmdo lugar, um número comitkrável d4 estudos ds histriria ru!tural, atentos sobretudo aos registos literários, exprime não só o interwe frands por obras e auttms portugueses, mas também a jJre«up(lfáO em proceder à sua legitimação -através de revistas própritJJ, r:ú provas t~cadémicas e de formas de reconhecimento imtituciondl-1 ( Sorbonne, Coll8ge de France, Éco{e Pratique, Centre Culturel Portugais). PIW úttimr;, as tradufÕes de o!J,.as francesas -promovidas por alg11111as editoras liJboetas, entre as quais a Cosmos desempenhou um papel pioneirosão a prova dl uma pracura mscente da produção prowniente da «escola» dos Annales. Ser.J uma evidênda afirmar que nestes tfis domínios existem atrasos nacionais, num quadr() tk trocas tksiguais (salvaguardando o carácter excepcional de obYas com11 a de VitiJrino Magalhães Godinho). Mais difícil Jef'á diagnosticar a situarão actuaJ. A este pt'Opósito, alguma.s questões poderão ser dt.ixadas em aberto. Antes dt. maiJ, importa C()fJSiderar a bt~nalização de conceitos e de modelos explicativos da hisMria económica e social -em boa parte proportionada por prog,-amm e cut'1"ículos esfolares -uma vez dissociadfls do seu quadro original, verdadeirt~ml!nte inovado'f. Depois, há que reconhecer o dtclínio do intfflJse. frands pelos estudos de literatura portug11esa, facto 8 HISTÓRIA. CULTURAL a que não será estranha a interrrtPfão do diálogo entre as histórias da literatura e da cultura -consequência da difosã() de rZbordagens pottco interessadas no . . contexto temporal dos discursos e. resultado de dem;nfumfa! frente à fonte literária, . dotada de um estatuto menos real que o documento de arquivo. Por fim, interessa analisar o mercado das traduções, quando pretende paisar· pr:;r mteais produtos com dez ou vinte anos, chegandD a não identificar os teu! tradutores e só mttito raramente arriscando uma apresentafão das obras e dos autores. Ora, é a possibilidade de levar mais fundo a interrogação sobre eifas três questões que o pre1ente livro nos faculta. Propõe-nos uma reflexão sobre o paradigma hísloriográfico dos anos 5O e 60, construido em relação à economia e sociedade, mas que se tornou extensivo à história das mentalidades. Arsume como um dt~pto problema as formas narrativas, por um lado, porqtte são inerentes ao disctirso histórico e literário, por outra, porque fazem par/e dos documentos que o historiador toma pOt' objecto. Enfim, apreJenta-se como acttial, pois indtd oito ensaios publicados após 1982, r;rganizados txclusivamente para a edição portuguesa, numa altura em qtte se preparam ()ZJ começam a sair traduções do autor em inglês ( Princeton University Pms, Po!ity Pre.ss) e ital~no. Neste contexto, ler a História cultural: entre práticas e representações implica uma segunda ()f'dem de· reflexões, de modo a pâ1em cauJa as possibilidades de migração das ickias de Roger Chartier. O que equivale a perg:mtar: qual a distância entre o autor na sua origem e neste seu ponto de chegada/) Sem preocup~ções siitemáticas, repare-se que uma primeira distância .re encontra r~a configuração de atttores, reiviTJdicada ou aceite pelo próprio, e o ctmhecimmto que os leitore.r portugtteses poderão ter dos me.rmos. Tanto Pierre Bt>urdieu como Michel de Certeau são pouço conhecidos Bm língua portug~teJa e, apesar da.s traduções do primeiro, publicadas no Bratil, enconiram-NOTA DE APRESENTAÇÃO 9 -se por diwdgar algmru::s da.s suas obras mais importantes. Editores brasileiros têm-se preompado em dar a conhecer a obra de Michel Foucault, mas do lado de cá do Atlântico só muito dificilmente essas traduções pod~ ser comparadas ao fragmento que nos ofereceu, vai para dez anos, uma antologia organizada por E. Prado Coelho. A sondagem dwerá ser extensiva a outros autrwes -Gadamer, Getrtz, Hahermas, jauss e, ainda, Ricoeur-quase ignorados entre nós, mas INTRODUÇÃO Por uma sociologia histórica das práticaJ culturais PRÁTICAS CULTURAIS
ATENA EDITORA, 2022
O e-book “História Tempo & Argumento” traz um conjunto de estudos inéditos que apetecem contribuir com o campo da pesquisa em história. Nero e Evangelista Júnior, em sua pesquisa, investigam o "Monstro de Guaianases" que teria sido autor de pelo menos 29 crimes entre ataques sexuais e homicídios na cidade de São Paulo no período entre 1936 a 1952, um tema ousado, que levanta questionamentos que merecem a atenção do leitor. No texto de Bandeira, há uma discussão pautada no medo que acompanha a sociedade brasileira desde a pandemia do século XIX. Por meio das charges publicadas na Revista Ilustrada, o autor traça um paralelo com a pandemia do século XXI, de COVID-19, buscando propor um equilíbrio para a vida em comunidade. A imagem do caixeiro viajante ressurge no estudo de Vieira Filho, que traz sua importância social e econômica para o interior do Piauí, trazendo elementos da cultura material e imaterial que envolve o desenvolvimento econômico, político, social e cultural do Estado. No artigo de Claro, a autora propõe seu olhar a partir do estudo da líder religiosa do Terreiro de Candomblé Ilê Axé Opô Afonjá, Eugênia Anna dos Santos e seu papel educacional na resistência e luta negra em Salvador/BA. No artigo de Lara, a autora discute o drama social vivido pela pandemia de COVID-19 e sua relação com a ocupação/desocupação do espaço acadêmico da UNEMAT, no município de Cáceres/MT, propondo como esse processo impactaria na trajetória acadêmica destes alunos. A história da Universidade de Sorocaba foi registrada por Xavier e Pinto que pesquisaram o período de 1951 a 2021 apontando o crescimento da instituição em várias áreas, com destaque a extensão universitária. Utilizando-se da história oral, Mendes e Marta pincelam a história da cena musical do rock em Vitória da Conquista/BA no período de 2000 a 2009. É uma importante oportunidade de conhecermos um pouco mais sobre esse gênero musical e sua presença no interior do Brasil. Uma ótima leitura a todos! Willian Douglas Guilherme (Organizador)
PATRIMÔNIO ARQUITETÔNICO: DEBATES CONTEMPORÂNEOS, 2021
A supervelocidade dos processos contemporâneos de produção e desconstrução do conhecimento em diversas áreas, fruto de um presentismo identificado pelo historiador francês François Hartog, torna necessárias abordagens específicas de proteção dos testemunhos da história presente e imediata. Essa dinamicidade no contexto do patrimônio cultural é evidenciada no diálogo entre o alargamento dos exemplares passíveis de proteção e a expansão da globalização desde a queda do muro de Berlim em 1989. Dessa maneira, é importante ter em mente as complexidades presentes nessas práticas ao encontrar-se no limiar entre o inclusivo e o silenciador, o profundo e o raso, o liso e o áspero. Quando o presentismo transborda a problemática da memória no tempo presente, afetando diretamente o tema do sensível, dos testemunhos daqueles eventos que não devem se repetir e que, no contexto atual, encontram-se na supracitada fronteira, evidencia-se a necessidade de um olhar cuidadoso sobre a temática. O patrimônio cultural na contempora neidade pode possuir uma função vigilante, buscando mediar e atuar nas disputas políticas do presente. Nesse enquadramento, o intuito deste artigo é discutir o tema da preservação de testemunhos de fatos presentes e sensíveis como passíveis de tutela, refletindo sobre o processo de patrimonialização de exemplares da memória difícil, evitando seu desaparecimento.
Resumo Pretende-se, aqui, levantar algumas discussões sobre o fazer História do Tempo Presente, com o intuito de estimular o diálogo entre os acadêmicos acerca dos procedimentos dessa história, além de mostrar como ela, assim como qualquer história, é carregada de virtudes e problemas que devem ser levados em conta pelos historiadores. Palavras-chave: História do tempo presente; metodologia; historiografia. Abstract The aim is here to raise some discussion about doing History of the Present Time, with the objective of stimulating dialogue among academics about the procedures of this history, and show how it, like any history, is full of virtues and problems that must be taken into account by historians.
A trajetória brasileira das políticas culturais produziu tristes tradições e enormes desafios. (RUBIM, 2007a) Estas tristes tradições podem ser emblematicamente sintetizadas em três palavras: ausência, autoritarismo e instabilidade.
Organização de protestos públicos para garantir a igualdade de gênero". Essa foi a alternativa C da amplamente debatida questão 1 da prova de Ciências Humanas e suas Tecnologias no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) de 2015. A referida questão, em relação a qual pudemos observar as mais diversas reações, dizia respeito a máxima "Ninguém nasce mulher: torna-se mulher", de autoria de Simone de Beauvoir, citada textualmente no enunciado. As intensas reações à presença dessa questão no exame puderam ser percebidas no dia mesmo de sua realização, quando observamos o que se comentava em diferentes redes sociais. Posicionamentos de entusiasmo e alegria, pela visibilidade nacional possibilitada ao movimento feminista, dividiram espaço com críticas e reprovações ao caráter supostamente "indevido" da questão. Dentre as manifestações de agrado, podemos citar a veiculação de inúmeras fotos da questão, ilustradas com corações e exclamações. Os incontáveis compartilhamentos vinham comumente acompanhados por legendas entusiasmadas como: "eu vivi para ver um dia o Exame Nacional do Ensino Médio, Enem, perguntar sobre Simone de Beauvoir e o feminismo <3" e "Sabe por que é certo militar? Porque teve questão sobre feminismo e cultura patriarcal no Enem". 40 De maneira diametralmente contrária, o desagravo também se fez presente. Nesse sentido, reproduzimos abaixo a postagem de um promotor que ganhou grande repercussão devido ao teor inusitado de sua assertiva:
Loading Preview
Sorry, preview is currently unavailable. You can download the paper by clicking the button above.