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2022, Tempo Psicanalítico
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Pretende-se discutir o horizonte ético político de uma clínica que se articula à ideia de uma multidão de minorias a partir da consideração de experiências transidentitárias, ancoradas na recusa da norma binária de gênero. Para tanto, parte-se de uma breve consideração histórica da apropriação psicanalítica da dita transexualidade, indicando deslocamentos entre a figura do dito transexual verdadeiro, descrita por Robert Stoller, e as formas contemporâneas de dissidências de gênero para em seguida determo-nos na crítica a um aspecto central de tal apropriação: a ênfase no modelo diagnóstico-etiológico. Por fim, propomos a consideração da clínica psicanalítica como campo de experimentação ética, sustentado por uma atitude crítica que interrogue permanentemente as formas hegemônicas de subjetivação e de laço social.
Subjetividades , 2020
Este artigo busca, a partir de uma revisão da bibliografia mais recente no âmbito da psicanálise, discutir algumas questões relativas ao conceito de gênero e às dissidências de gênero em psicanálise, exercitando um pensamento crítico e situado e apontando algumas proposições. Inicialmente, realiza-se uma apresentação do debate sobre gênero e segue-se uma discussão crítica sobre a problemática da diferença sexual. Para tanto, utiliza-se a contribuição de diversas psicanalistas-como Arán, Pombo e Porchat-que, embora não desconsiderem a materialidade do corpo, problematizam a naturalização adquirida por essa noção em psicanálise. Autores como Judith Butler e Paul Preciado são resgatados, posteriormente, à medida que os psicanalistas citados também os mencionam e utilizam seus aportes, os quais servem como analisadores externos para pensar a própria psicanálise. Na última parte, é realizada uma discussão sobre a importância da análise da contratransferência e sua relação com a discussão de gênero. Palavras-chave: psicanálise; gênero; dissidências de gênero; diferença sexual. Abstract Based on a literature review of recent publication in the psychoanalytical field this article aims to discuss some issues related to the concept of gender and gender dissent in psychoanalysis, exercising a critical and situated thinking and pointing out some propositions. Initially, a presentation of the gender debate takes place, followed by a critical discussion on the issue of sexual difference. Therefore, the contribution of several psychoanalysts such as Arán, Pombo and Porchat-who, while do not disregard the materiality of the body, problematize the naturalization acquired by this notion in psychoanalysis. Authors such as Judith Butler and Paul Preciado are later discussed as the aforementioned psychoanalysts also mention them and make use of their contributions, which serve as external analyzers to reflect on psychoanalysis itself. In the last part, over the last part, the importance of countertransference is brought to discussion, along with its relationship to gender discussion. Resumen Este artículo busca, a partir de una revisión de la bibliografía más reciente en psicoanálisis, discutir algunos temas relacionados al concepto de género y las disidencias de género en psicoanálisis, ejercitando el pensamiento crítico y situado y señalando algunas proposiciones. Inicialmente, realizamos una presentación del debate sobre el género, seguido de una discusión crítica sobre el tema de la diferencia
Conexão Fepal, 2023
Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental
Neste texto, discuto algumas colaborações e resistências da psicanálise à violência social de gênero, evidenciando conflitos e tensões no âmbito de suas práticas. Reflito especialmente sobre a noção da diferença de sexos, segundo Freud e Lacan, dada a sua posição estratégica nas abordagens psicanalíticas sobre sexuação e subjetividades LGBTQI+. Apresento algumas vinhetas teóricas de autores contemporâneos, organizando-as em torno de três eixos que visam, respectivamente: reposicionar e/ou transpor o Édipo; desconstruir o binarismo e pensar/clinicar com a noção de corpo aberto, e problematizar o sujeito epistêmico no dispositivo da escuta analítica.
Ártemis, 2021
Inspirado na proposta arqueogenealógica foucaultiana e na urgente necessidade de se debater cissexismos estruturais, este artigo problematiza implicações da teoria psicanalítica freudiana e lacaniana no sustento da ideia de que a neurose só se estabelece com a divisão cisgênera e heterossexual. Foram aqui debatidos trechos destas psicanálises na produção de conjunções discursivas cisheteronormativas, bem como na produção de problematizações à normalidade binária, cisgênera e heterossexual. Por fim, discutiram-se usos contemporâneos da primeira tópica freudiana no site do movimento Escola Sem Partido, usados para atacar o que lá se denomina ideologia de gênero. Resultados apontam para aplicações hodiernas da psicanálise, principalmente da primeira tópica freudiana, que corroboram com a manutenção da normalidade binária, cisgênera e heterossexual; da mesma forma, produtos da própria psicanálise, que ampliam as possibilidades da identidade, como a menção de Lacan à possibilidade de um terceiro sexo, a crítica lacaniana da condução freudiana do caso Dora, e a proposição lacaniana, contrária à economia doméstica aristotélica, de que a relação sexual não existe.
2020
O artigo, em um primeiro momento, tem por objetivo discutir historicamente o conceito de cissexismo. Em um segundo momento, visa a demonstrar como esse conceito pode se transformar em uma regra não escrita da teoria psicanalítica freudiana se o analista não estiver atento às demandas da clínica e à cultura de seu tempo. Neste artigo, justifica-se que os estudos de gênero são ferramentas clínicas de arejamento teórico para que os psicanalistas não cometam atitudes normativas, violentas e estigmatizantes na clínica. Como citar: Stona, J; Ferrari, A. G. O cissexismo como uma norma não escrita da psicanálise (ou: para que serve o gênero à clínica?). Periódicus, Salvador, n. 13, v.2, pp. 102-118.
Resenha o livro Psicanálise e transexualismo: desconstruindo gêneros e patologias com Judith Butler da psicanalista Patrícia Porchat, no qual ela discute qual noção de gênero possibilitaria uma posição mais ética, frente aos gêneros ditos não inteligíveis, que permitisse uma transformação nas pessoas, reduzindo os sofrimentos causados por um sentimento de inadequação de gênero.
2022
Este texto tem por propósito, em primeiro lugar, construir uma reflexão acerca da ideia de que gênero, além de ser um problema de todos, inclusive da psicanálise e dos/das/des psicanalistas, é um conceito imprescindível para a escuta clínica no contemporâneo. Em segundo lugar, tem por objetivo apontar tarefas teóricas e clínico-políticas para que possamos, coletivamente, desobstruir a nossa escuta e ampliar o nosso horizonte ético e político, mas, mais do que isso, para que possamos perder o medo de abrir mão de velhos conceitos e criarmos coragem de escutar as demandas do nosso tempo, inventando novos rumos e, consequentemente, novos conceitos para as psicanálises.
Analytica: Revista de Psicanálise, 2021
Revista COR LGBTQIA+, v. 1, n. 3, p. 18-29, jul, 2022
o gênero para a psicanálise tem base no binarismo homem-mulher, masculino-feminino, em situar a diferença sexual, a identidade sexual, a passividade e atividade, tendo a inscrição fálica como um marco significativo para a constituição do sujeito sexuado. Lacan (1953) propõe renunciar a psicanálise ao analista que não alcançar em seu horizonte a subjetividade de sua época, o que ele quis dizer com isso? Para tanto, pensar a horizontalidade e a subjetividade são cruciais para considerar o gênero na psicanálise e inserido na contemporaneidade.
Revista Estudos Feministas, 2010
O ensaio busca entender a 'encrenca' que implica teorizar sobre gênero pela complexidade desse conceito, que necessariamente remete ao encontro com a diferença e à necessidade de posicionamento nesse encontro, e, diante disso, à tendência da academia e da psicologia a domesticar e disciplinar o conceito. A narrativa literária é proposta como uma possível 'terapia' para essa situação.
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Gênero em Perspectiva , 2020
Por uma Gestalt-terapia crítica e política: relações raciais, gênero e diversidade sexual, 2022
Fractal : Revista de Psicologia, 2015
Revista Periódicus, 2021
EDUFBA, 2019
Revista Brasileira de Estudos da Homocultura, 2023
In F. Lemos et al. (orgs). Ética e Política Contracolonial. , 2024
Ágora: Estudos em Teoria Psicanalítica
Fractal: Revista de Psicologia, 2009
Interface - Comunicação, Saúde, Educação
Sociedade e Estado, 2017
Ágora: Estudos em Teoria Psicanalítica, 2021