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Mosaicos

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Abstract

Destacamos neste texto o fundamento da emergência ambiental, particularmente a questão climática tem suas raízes fundadas na dinâmica socioeconômica hegemônica. Por isso a emergência é socioambiental e socioclimática. O fundamento da crise é civilizacional e não apenas restrito a um sistema dominante, como é o capitalismo na atualidade, porque o crescimento e o desenvolvimento deixaram de ser concebidos como meios para se atingir o bem-estar das populações para se transformar em objetivos em si, acima das pessoas e dos demais integrantes da natureza. Estabelecemos como objetivo demonstrar a dinâmica dessa conjuntura, trazendo ao texto outras perspectivas e horizontes eclipsados pela imposição que coloniza as mentalidades e aprofundamos a discussão em torno das dimensões socioambientais do sistema alimentar, da dinâmica urbana, da transição energética e da conservação da natureza. Para isso, o trabalho baseia-se numa ampla revisão bibliográfica e documental sobre os temas citados. A partir do desenvolvimento deste trabalho, depreendemos que a mudança social se impõe como a medida básica para enfrentar as chamadas crises ambientais em suas diversas manifestações, incluindo a climática. Outrossim, observamos que o único e possível antídoto para o aquecimento global é o ‘desaquecimento da economia’, incluindo a posição que ela ocupa na centralidade de nossos pensamentos e soluções. Avaliamos, neste contexto, que o “desaquecimento da economia” não depende apenas de medidas econômicas, mas de medidas sociais e culturais que nos trasladem de sociedades do crescimento, do consumo e do produtivismo para outras referências.