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2021, Serviço Social & Sociedade
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Este é um artigo de acesso aberto distribuído nos termos de licença Creative Commons.
Dados-revista De Ciencias Sociais, 2002
A s crescentes desigualdades socioeconômicas das duas últimas décadas têm despertado intenso interesse acadêmico e não acadêmico, como atestam as prolixas literaturas universitária, de organismos internacionais oficiais e de organizações não-governamentais. Não obstante, à exceção da Europa Nórdica onde figuram com destaque na agenda pública, as desigualdades estão notavelmente ausentes como objeto explícito de políticas públicas nacionais, mesmo quando, como no caso europeu ocidental, essas políticas têm efeitos redistributivos. Há uma série de razões para essa elipse. Em diversos países da Europa Ocidental, por exemplo, apesar de crescentes as desigualdades, o seu nível é ainda relativamente baixo, enquanto em países do continente africano, a insuficiência absoluta de recursos, mais do que sua dis-649 * Versões parciais deste trabalho foram apresentadas no Rio Inequality Workshop, julho de 2001, e no 3º Encontro da Associação Brasileira de Ciência Política-ABCP, julho de 2002, beneficiando-se dos comentários de Fábio Wanderley Reis e Isabel Ribeiro, e, posteriormente, das observações feitas por Joshua Cohen, quando de minha estada como visiting scholar no Departamento de Ciência Política do MIT, Jaques Kerstenetzky, Elisa Reis, Marcos Lisboa e Octavio Amorim Neto. A todos agradeço e isento de responsabilidade pelo resultado final. Sou grata, ainda, ao CNPq por bolsas de produtividade de pesquisa e de pós-doutoramento concedidas.
A desigualdade social -compreendida aqui como desigualdade econômica e também como desigualdade de acesso aos direitos sociais -tem percorrido a história do capitalismo desde seus primórdios. No contexto atual, de forma imediata, a desigualdade social aparece como fator central do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e também no debate político como fator de preocupação de todos os governantes e suas empreitadas eleitorais. No mesmo sentido, ainda no contexto atual, a desigualdade tornou-se uma medida civilizatória: o seu baixo nível indica sucesso governamental e marca de sociedades avançadas, já seu aumento é sintoma de fracasso dos mandatários e retrocesso social. Contudo, para retomarmos a desigualdade como questão social, não é demais voltar às bandeiras da revolução francesa, ou mesmo um século antes dessa, na guerra civil inglesa -a luta dos "niveladores" no início do século XVII, não era outra senão o fim da desigualdade econômica e jurídica entre a população como única forma de alcançar a liberdade. Para um homem comum as palavras de Richard Overton, levantadas contra a monarquia inglesa, ainda podem soar contemporâneas:
Raça" e Desigualdade: as diversas interpretações sobre o papel da raça na construção sobre o papel da raça na construção sobre o papel da raça na construção sobre o papel da raça na construção sobre o papel da raça na construção da desigualdade social no Brasil da desigualdade social no Brasil da desigualdade social no Brasil da desigualdade social no Brasil da desigualdade social no Brasil Márcio Mucedula Aguiar 1 UFGD RESUMO: Este artigo pretende discutir a relação entre raça e desigualdade na visão dos intelectuais brasileiros. Para tanto foram escolhidos os autores mais representativos sobre a chamada Sociologia das Relações Raciais. Parto do princípio que a visão de raça e nacionalidade desses autores são elementos importantes para o entendimento de suas posturas de enfrentamento ao racismo e discriminação no Brasil. Apesar da riqueza do debate não existe um consenso entre os pesquisadores sobre o papel da "raça" na estruturação da desigualdade social no Brasil. O artigo aponta que para uma melhor elucidação da relação entre raça e desigualdade são necessários estudos empíricos que mostrem os dilemas e dificuldades de implementação de políticas afirmativas no Brasil. PALAVRAS-CHAVE: Raça; desigualdade; democracia racial; racismo; anti-racismo.
ROSA, Brandon Jahel da; COSTA, Antônio Carlos da Rocha, JUNG, João H.S.; SOUZA, Matheus Hein. (Orgs). XXI Semana Acadêmica do PPG em Filosofia da PUCRS – Filosofia Moderna / Hegel / Marx / Filosofia Política. Vol. 3. Porto Alegre, RS: Editora Fundação Fênix, 2021., 2021
Desde muito antes da crise financeira internacional de 2007/2008, um espectro ronda o mundo: o espectro da desigualdade. O economista francês Thomas Piketty, ciente desse espectro, publicou em 2013 na França seu livro Le capital au XXIe Siècle. Seu livro foi traduzido em 2014 para o inglês (e, também, para o português) e se tornou bestseller. De acordo com Piketty, o problema da desigualdade contemporânea é que as pessoas mais ricas estão se tornando ainda mais ricas, sendo que esse processo pode ser explicado por meio de duas leis gerais do capitalismo (a saber, (i) α = r × β; (ii) β = s/g) e uma regularidade empírica (r > g), sobre a qual a taxa de remuneração de capital r se sobrepõe ao crescimento da produção e da renda g, o que permite as pessoas com mais dinheiro aumentarem suas fortunas em detrimento das pessoas mais pobres. Essa argumentação do economista francês não convence os autores intitulados suficientaristas, que questionam “qual o problema de haver uma pessoa com mais dinheiro que outra?”. Para os suficientaristas bastaria que se impedisse a pobreza. Ao se superar a pobreza, não há qualquer problema em haver desigualdades (inclusive exorbitantes) de renda e riqueza. Autores suficientaristas, como Henry Frankfurt e Joseph Raz, julgam que do ponto de vista moral não é importante que todas as pessoas tenham o mesmo, mas que cada uma tenha o suficiente. Autores igualitaristas tendem a discordar dessa leitura suficientarista. Para os igualitários, as desigualdades são sim um problema a ser enfrentado. Porém, os igualitários divergem sobre o modo como essas desigualdades devem ser interpretadas. Enquanto os igualitaristas de fortunas (Luck Egalitarianism) possuem uma visão instrumental das desigualdades, autores do igualitarismo social (ou igualitarismo relacional) veem as desigualdades como um problema moral. Frente ao igualitarismo de fortuna, o igualitarismo social defende que há um status de igualdade moral inerente a todas as pessoas, e que, portanto, uma sociedade justa é aquela que respeita essa igualdade. Desse modo, caberá a esse trabalho apresentar as perspectivas igualitaristas, frente às leituras suficientaristas, sobre as quais, se argumentará que a perspectiva do igualitarismo de fortuna falha em lidar com as desigualdades, uma vez que veem as desigualdades apenas como um problema de distribuição e redistribuição de bens. Os igualitaristas de fortuna não percebem o problema moral concernente às desigualdades. Por fim, se argumentará que a perspectiva do igualitarismo social, ao defender que há um status de igualdade moral inerente a todas as pessoas e que, portanto, uma sociedade justa é aquela que respeita essa igualdade, deve ser lida como uma resposta mais abrangente ao problema da desigualdade social.
O impacto das desigualdades mundiais Questões de Género Mercado de trabalho Saúde Mental
Rio Workshop on Inequality, 2001
Publicado em S. Schwartzman, As Causas da Pobreza, Rio de Janeiro, Fundação Getúlio Vargas, 2004, capítulo 1,
2016
Buscando compreender varias questoes sociais, as quais somos submetidos e que em sua maioria nao escolhemos estar, mais simplesmente estamos inseridos, surge a inquietacao sobre as questoes das desigualdades sociais e ainda entender como entender os conceitos que envolvem este tema. Assim, fazendo um apanhado em Jesse Souza, nos deparamos com muitos textos sobre o assunto, fizemos entao uma reflexao no texto “A Gramatica Social de Desigualdade Brasileira”. No contexto fica claro que o conceito de desigualdade vai muito mais alem do que a desigualdade economica, mas se refere tambem a desigualdades de escolaridade, de genero, de oportunidades, de raca etc. Tambem nos debrucamos em textos de Aldaiza Sposat e Isabel Cavalcante Godinho para fortalecer a fundamentacao sobre o assunto e rapidamente percebemos o quanto esta enraizado em nossa sociedade as questoes de pobreza e riqueza, naturalmente as diferencas sao estabelecidas trazendo assim vastas consequencias e rotulos sociais que at...
A terra é redonda, 2020
O autor de O capital no século XXI discute os efeitos da pandemia nas economias, nas sociedades e na globalização.
Rousseau, com os seus companheiros enciclopedistas e da maçonaria, nos ensinou a respeitar o ser humano, amar a natureza e a sentir paixão pela liberdade. Foi devido a essa influência, pelo menos em parte, que lutamos contra o jugo português, proclamamos a República, enfrentamos a ditadura do Estado Novo e o regime militar. Aprendemos também a defender as florestas, os animais, a vida enfim.
REBEST Revista Brasileira de Economia Social e do Trabalho
Analisa-se a distribuição da renda (RFPC) e da despesa (DFPC) familiar per capita no Brasil à luz dos dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 2017-2018, comparando-a com suas duas edições anteriores. Adicionalmente, o índice de Gini da RFPC é decomposto conforme parcelas do rendimento. Os resultados mostram que entre as POFs 2008-2009 e 2017-2018 houve aumento no nível médio da RFPC e da DFPC e redução da desigualdade em suas distribuições, acompanhando as tendências já observadas entre 2002-2003 e 2008-2009. Entretanto, entre 2002-2003 e 2008-2009 a queda na desigualdade foi impulsionada pela redução das disparidades entre as regiões do País, ao passo que entre 2008 e 2017 a desigualdade inter-regional aumentou, tornando-se um fator importante para compreender por que a desigualdade geral sofreu redução em seu ritmo de queda. A decomposição do índice de Gini mostra que as aposentadorias do RGPS, que já eram progressivas, tiveram queda de quase 10% em seu grau de concent...
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Cadernos de Linguagem e Sociedade, 2016
Zenodo (CERN European Organization for Nuclear Research), 2022
Revista Brasileira De Direito Constitucional, 2003
O Público e o Privado, 2012
Distopias e utopias: entre os escombros do nosso tempo, 2020
Cadernos Adenauer xxii (2021), nº2 - Direitos humanos e desigualdade no Brasil, 2021