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2016
dObra[s] – revista da Associação Brasileira de Estudos de Pesquisas em Moda, 2019
O escândalo na moda do século XX nunca deixou de ganhar visibilidade. Os anos 1980 são aqueles dos costureiros «superstars»3, lançados ao centro do furacão midiático. No decorrer do período compreendido entre 1980 e 2015, os olhos da opinião pública estiveram voltados para as Semanas de Moda, que despontaram nos quatro cantos do mundo. Nova York, Londres, Milão, Paris e uma infinidade de outras Semanas, mais periféricas e menos tradicionais, passaram, então, a pautar a moda internacional. Provavelmente, é também graças a esta nova visibilidade que o escândalo passou a ter uma maior dimensão na moda: a anorexia, por exemplo, é, dentre os debates ligados à área, um dos mais ativos na esfera pública, assim como o racismo na seleção de modelos e a objetificação dos corpos das mulheres. Em paralelo aos desfiles, quase sempre as coleções contam também com o suporte de uma campanha publicitária fotográfica. Como confessou Rei Kawakubo, «as fotos na imprensa ajudam enormemente» (MANESCEAU; ...
Urdimento, 2019
This paper examines aspects of modern and current subjectivity: their ways of attending the theatrical scene, characterized by crises of drama, representation and narrative. The questions lie between two beacons: the total Wagnerian work of art and the restlessness of Artaud. Body, space and time-tensioned between the two poles-point to possible reconceptualizations of the postdramatic. We notice strong traces of choral and dissonant lyricism-eternal return of Dionysus. It is necessary to think about the consequences of this on the notion of character: individualized contours and psychic and historical depths are lacking. It highlights the allegory, thought from Benjamin and Agamben.
ModaPalavra e-periódico, 2017
Página 98 de 116 A moda e a morte: ciclos de tendências Fashion and death: Trends Cycles Flavia Jakemiu Araújo Bortolon Resumo A moda é composta de ciclos de tendências subpostos, que buscam eliminar o passado em busca de um novo, o que a torna efêmera e ao mesmo tempo eterna. O presente estudo buscou analisar como se dá a relação desses ciclos de tendências no tempo, por meio de uma breve historiografia da moda, considerando os preceitos teóricos de Simmel, Crane e Caldas. Serão utilizados ainda conceitos propostos por Agamben, tais como: dispositivo, a fim de classificar o sistema da moda; contemporaneidade, para compreender a ação desse fator em relação ao tempo e profanação, para identificar a capacidade de manter-se na sociedade. Conclui-se que a moda, assim como a morte, renova a sociedade, destrói e cria o novo, como um sistema naturalizado artificialmente.
2002
Ensaio de semiótica social, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian e Fundação para a Ciência e a Tecnologia.
2011
Sao dois os aspectos fundamentais do modelo grego de tragedia — a politica e a relacao com os mitos. Ha que verificar as condicoes contemporâneas para os desempenhos desses elementos. A pos-modernidade encena uma subjetividade descentrada; isto abala as nocoes de corpo proprio, social e coletivo. O capitalismo global precariza o trabalho, estabelecendo novos modos de producao material e simbolica. A pesquisa verifica a circulacao da tragicidade em sua potencia mesma, na derrocada da acao teatral do personagem. E imperativo examinar trajetorias de tempo e espaco: suportes conceituais e materiais para as narratividades. O trabalho se baseia em leitura da bibliografia sobre a tradicao, a modernidade e a contemporaneidade. A frequencia a espetaculos permite mapear a situacao atual atraves de estudos de caso. Tais observacoes alcancam a performance. Modernidade e posmodernidade tem, quanto a tempo e espaco, as contribuicoes de Wagner e a obra de arte total, de um lado; de outro, a desmon...
Ciencia E Cultura, 2010
m o d a /a r t i g o s entrevistA Lars svendsen modA: AusênciA de críticA sériA e descomprometidA astrid Façanha Para o e sc r i t o r e Pro fe sso r d e fi lo so fi a n a n o ru e g a, d e sd e q u an d o o c o n c ei t o d e alt a c o st u r a fo i ac ei t o , em 1860, a m o d a asPi r a o c u Par seu lug ar n o m un d o d a art e.
2020
Este artigo apresenta a reflexao decorrente de pesquisas teoricas e de duas pesquisas empiricas realizadas sobre o consumo de moda, que tiveram como desafio entender esse consumo a partir das praticas cotidianas do consumidor. Nosso objetivo neste texto e apresentar uma categorizacao dos rituais envolvidos no processo de consumo de moda, especificamente o uso, procurando dar conta das suas dinâmicas condicionantes da secundidade. Existem estudos que dao conta de um entendimento da moda como codigo. Outros privilegiam seu carater simbolico. Buscamos aqui o entrelacamento da moda com as ritualisticas de consumo que lhe conferem sentido. Valemo-nos, para tanto, de um corpo teorico amplo, que agrega a semiotica conhecimentos da antropologia, da sociologia e da filosofia, sempre tendo como ponto aglutinador uma concepcao de moda que se paute no seu carater signico.
dObra[s], 2012
Morte. (...). Virei quando não quiseres. Moda. Como se eu não fosse imortal. Morte. Imortal? Passado é já mais que o milésimo ano que se acabaram os tempos dos imortais. Giácomo Leopardi, Dialogo della moda e della morte 1 Acreditamos que é chegada a hora de algumas análises sobre a possibilidade e a impossibilidade da morte da moda. Não se trata da influência da morte na moda, do luto enquanto estética-na estética vitoriana, por exemplo, ou em pássaros mortos usados como adornos corporais, ou, ainda, de alguma alusão à morte, como no heroin chic dos anos 1990, com suas imagens de belas mulheres se drogando. Não se trata, enfim, da utilização de elementos da moda e da morte como inspiração para criações artísticas. 2 Trata-se da morte em si, da finitude de algo. Nesse sentido, uma vez que a própria moda consiste em um fenômeno extremamente ambíguo, possuidor de uma estrutura fixa e outra deslizante, 3 decorrente da angústia humana de existir-e da possibilidade de repentinamente não mais existir-, sua relação com a morte não pode ser desprezada.
Resumo A moda constituiu-se como fenômeno da sociedade moderna e produto de mercado e agora se introduz na academia como um novo campo de saber interdisciplinar, no âmbito das ciências sociais, técnicas e da arte. Ao longo de sua história a moda assumiu vários significados configurando-se em formas especificas e históricas. A moda é um fenômeno da modernidade cujo significado tem acompanhado as mudanças dessa sociedade. Do século XIX ao XXI a moda traçou um percurso para a sua instituição como fenômeno social e objeto de estudo nas ciências humanas. A moda se revela portadora de uma dimensão social e outra individual, designando processos sócio – culturais de caráter mais ou menos coercitivo, geral e mais ou menos independente, particular. De modos de fazer e vestir, passou a significar a novidade que todos usavam, sendo atualmente nomeada como moda conceitual, designando um valor simbólico expresso no estilo e na atitude. Palavras-chave: moda – história – conceitual – atitude – significado. Os primeiros pontos A moda não faz furor apenas nas passarelas. A moda já faz furor na academia. Desde as ultimas duas décadas do Século XX a moda vem se tornando tema de investigação para varias disciplinas nas quais tem se configurado um complexo objeto de estudo, especialmente para psicólogos, sociólogos, antropólogos, filósofos e historiadores. No Século XIX, a moda já instigava a curiosidade de estudiosos e se revelava objeto de interrogações, sobre o qual foram elaborados discursos acadêmicos como mostra Rainho (2002) ao traçar um percurso de abordagens sobre a moda realizadas por alguns pensadores que, já naquele período, examinaram e postularam sobre a moda. Esta pioneira produção
Revista de História, 2019
Este trabalho propõe uma análise comparativa acerca de dois momentos da moda no vestuário. O primeiro refere-se às teorias que inicialmente compreenderam o fenômeno da moda como uma hierarquia simbólica entre classes que ditam e classes que copiam moda. Esta perspectiva analítica explicou a moda desde o seu surgimento no Ocidente até meados do século XX. O segundo momento trata das modas plurais do tempo presente que, acredita-se, não podem mais ser explicadas por este primeiro cenário teórico. A investigação buscou evidenciar regularidades e singularidades entre os diferentes contextos de moda, examinando até que ponto a proposta analítica da hierarquia simbólica ainda explica as modas contemporâneas e em quais aspectos as modas plurais de hoje se diferenciam no seu movimento de renovação.
É do contexto sociocultural e tecnológico – interferindo no tempo dos sentidos, sensações e afetos dos corpos – que partimos para questionar a processualidade da moda, seu tempo histórico, suas mutações e sua afi rmação contemporânea como sistema autofágico, a partir do qual emergem os devires da cultura. O presente artigo aborda criticamente o fenômeno da moda como operador de consumo e produtor de tendências. Palavras-chave: moda, dobra, contracultura.
2011
Nao YOU ocupar-me da rilelancolia. discursiva da narrativa romantica, a melancolia das deambula<;5es do folneur, uma melancolia doce e atona, demissionista, sem outro compromisso com a epoca que a contempla<;ao da finitude das coisas. Eu diria que a melancolia romantica e mesmo a «bills negra», diagnosticada pela medicina na Antiguidade, que torna os individuos atreitos a ser possuidos pelo Demonio, quer dizer, pelo Diabo (no sentido da sugestao etimologica de dia/bolC, uma imagem que se separa e autonomiza)I. Sobre a melancolia discursiva, seja ela doce e atona, ou inconformista, gostaria de convocar aqui um trecho de Camilo Castelo Branco, inserto no capitulo XIX de A Brasileira de Prazins. Transcrevo um pequeno dialogo entre 0 padre Osorio e 0 missionario freiJoao de Borba da Montanha (0 de Varatojo), cujo «confessionario era a sua faina de prosperrimas colheitas para a_LeU»: [ ... ] Nao ve, padre lOaD, que esta rapariga esta abatida por uma grande amargura que a prende com actos da sua vida passada? Nao a ve tao caida, tao melanc6lica ... Este entendimento do que e separado e concomitante ao entendimento daquilo que e diverso. E 0 diverso, nas palavras de Victor Segalen (1995, I: 747), e apenas «0 poder de Conceber Outrem». Esta percep~ao do diverso «faz do conhecimento a sensa~ao da estranheza, do inesperado, do sobre•humano, de 'tudo 0 que e Outro', sem que seja todavia um objecto aparentado ao correlato de um sujeito no sentido cartesiano» (Christine Bud•Glucksman, 2005: 51). Pode dizer•se, de facto, retomando esta autora (ibidem) que «0 vento de ateismo reivindicado nao e a perda do misterio. [ ... J Um tal vento deixa produzir•se 0 momento «em que omisterioso partidpa da vertigem. Porque e no proprio diverso que 'e exaltada a e.xistenda'».
2020
Apresentação ao Dossiê: Reflexões em moda, cultura e arte Parte I - História e sociologia da mod
DAPesquisa, 2016
Moda, efemeridade e os momentos críticos do século XX 228 DAPesquisa, v.11, n.16, p228-238, agosto 2016 Norton Gabriel Nascimento e Luciane Ropelatto 228 228 Moda, efemeridade e os momentos críticos do século xx Fashion, ephemerality and the critical moments of the twentieth century
Revista Ideação
RESUMO: Este artigo visa elaborar uma análise introdutória dos discursos expressos por meio da aparência e da moda, considerando a sua presença como um suplemento ao corpo, e à materialidade do gênero em suas várias posicionalidades, através dos marcadores sociais das diferenças -raça/etnia, gênero, sexualidade, orientação afetivo-sexual, geração, classe social dentre outras categorias -com as quais moda, aparência e corporalidade se articulam. Propõe-se que se pense moda a partir dos seus processos criativos, com ênfase no estudo da diferença, a fim de promover uma abrangência maior de sua atuação, a despeito dos estudos gêneros tradicionais que encaram o assunto sob a perspectiva feminina e hegemônica.
2020
La moda se constituyó como un fenómeno de la sociedad moderna y producto de mercado y ahora se introduce en la academia como un nuevo campo de saber interdisciplinario en las ciencias sociales, las técnicas y el arte. La moda es un fenómeno de la modernidad cuyo significado ha acompañado los cambios de esa sociedad. Del siglo XIX al XXI la moda trazó un recorrido para su institución como fenómeno social y objeto de estudio en las ciencias humanas. Palabra
DAT Journal
Este artigo problematiza a emergência de teorias contemporâneas do design de moda com a finalidade de aplacar discursos que defendem a luta de classes, ao caracterizar a Moda como um fenômeno simplista, que ocorre da imitação dos mais ricos para os mais pobres. Esta é uma discussão que prioriza o pensamento sobre teorias contemporâneas que adotam uma postura à exaltação da subjetividade. Como proposta das reflexões, este estudo defende que as teorias contemporâneas para o design de moda acastelam posições contrárias a esse modelo de luta de classes, ao sugerirem habilmente uma dinâmica dualista, ao afirmar posições e modelos contraditórios.
2020
In the dialogue, fashion presents itself as a sister of death, talking about her achievements which would assist her sister in subjugating humans to the dictates of mortality. After an initial estrangement from death, fashion ends up convincing death that both are, in fact, sisters.
O presente artigo se propõe a investigar a expressão identitária constituída a partir da ostentação de peças de luxo, usando o vídeo “Quanto custa o outfit?” como objeto de estudo. Para a sua concretização, valemo-nos da pesquisa bibliográfica, tomando por base autores como Lipovetsky, Hall e Douglas e Isherwood, que nos viabilizam a reflexão acerca da configuração da moda e de sua influência na sociedade, da construção da identidade pós-moderna e do papel do consumo na expressão individual. Dentre nossas conclusões, está a identificação da afinidade entre o comportamento dos participantes do vídeo e a configuração do narcisismo contemporâneo.
Revista Brasileira de Estudos Organizacionais
O presente estudo teve como objetivo principal avaliar a analogia à escravidão contemporânea na vida das modelos de moda. Para alcançar tal objetivo, foi realizada uma pesquisa de campo qualitativa, na qual cinco modelos brasileiras, com mais de três anos de carreira e com experiência internacional, foram entrevistadas. A partir dos resultados obtidos nas entrevistas, observou-se que há indícios de escravidão contemporânea na carreira de modelo, tais como jornada exaustiva, condições degradantes e restrição de locomoção.
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