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O Público e o Privado
Por que narrar o sofrimento sob a forma de memórias, (auto)biografias ou a partir de outros registros, como o romance? Para além do trabalho de elaboração do sofrimento e da violência, pode-se notar que o testemunho pode fazer parte da construção de sentido a eventos passados, o que não significa a reconstituição virtualmente fidedigna dos eventos, dos participantes (vítimas, perpetradores e testemunhas), dos cenários etc., mas as diferentes formas a partir das quais a violência e o sofrimento são tratados, figurados e significados.A partir desses pressupostos, analisamos o livro Memórias de um sobrevivente, de Luiz Alberto Mendes, no qual é apresentada a “carreira penal” do autor como criminoso. Pretendemos demonstrar que o romance testemunhal, em casos específicos como este, apresenta-se também como espécie de romance de formação: não a formação do indivíduo burguês típico, modelar, consagrado em Os anos de aprendizado de Wilhelm Meister, de Goethe, mas a formação do indivíduo sub...
Dissertação, Programa de Pós-Graduação em Teoria e História Literária, UNICAMP, 2000
A presente dissertação de mestrado dedica-se a verificar como o romance de Thomas Mann A montanha mágica poderia filiar-se ao gênero literário do Bildungsroman. Sua introdução é um breve comentário sobre o estabelecimento do gênero literário do Bildungsroman enquanto tal, seguido de um excurso, igualmente breve, aos temas que ocupavam Thomas Mann aquando da redação deste seu romance, mediante a identificação de temas centrais das Betrachtungen eines Unpolitischen (Considerações de um apolítico). Feito isto, parte-se ao trabalho propriamente dito de pôr A montanha mágica ao lado do romance de Goethe Anos de aprendizado de Wilhelm Meister, paradigma do gênero em causa, para investigar o proveito em lê-Io como Bildungsroman. A própria questão sobre o que seria efetivamente um Bildungsroman desperta polêmica até os dias atuais. Discutir A montanha mágica na qualidade de Bildungsroman implica, pois - sempre tacitamente-, em voltar à pergunta sobre o que teria feito dos Anos de aprendizado de Wilhelm Meister o primeiro romance de uma série que constituiu tradição dentro da literatura de língua alemã. Mas esta pergunta não é apresentada como tal no corpo do texto, pois o que se pretendeu foi cingir-se a aproximar ambos os romances e esclarecer como este expediente é eficaz para compreendê-Ios. Seja como for, espera-se que mesmo a investigação do gênero tomada em si mesma sempre possa aproveitar-se das diversas incursões que se têm feito ao longo do tempo àquelas obras a ele imputadas
Veritas (Porto Alegre)
Goethe concluiu Os anos de aprendizado de Wilhelm Meister em 1795. Doze anos depois, Hegel publicava sua Fenomenologia do espírito. A “ciência da experiência da consciência” e o romance de formação surgem quando as condições históricas levaram a literatura e a filosofia a dar atenção à cultura e ao cultivo da identidade do herói por ele mesmo. Goethe e Hegel convergem em duas grandes obras, muito próximas em diversos aspectos. Este artigo apresenta a Fenomenologia do espírito como um exemplo de Bildungsroman estilizado. Lukács via no romance de Goethe “o problema da relação do poeta com o mundo burguês”, no qual naufragara o romântico Werther, e é por seu significado pedagógico que os socialistas se interessam por Wilhelm Meister. Em nossa época, avessa a filosofias da história, romances de formação ainda são escritos, inclusive por autores premiados, como Günther Grass e J. M. Coetzee.
2000
A todos os meus colegas de graduação, especialmente Rosiane Cristina Gonçalves Braga e Vi/ma Campos que acreditaram na realização desse projeto, oferecendo todo apoio possível e necessário; A todos colegas do fEL que direta ou indiretamente me auxiliaram na realização do mesmo:
2016
O presente trabalho objetiva fazer uma leitura de Retrato do artista quando jovem (de James Joyce) e Ciranda de pedra (de Lygia Fagundes Telles), na perspectiva do desenvolvimento e formacao intelectual dos dois jovens protagonistas, em suas confluentes caracterizacoes. Por serem romances que se aproximam de Os anos de aprendizado de Wilhelm Meister , de Goethe, as obras sao identificadas como desdobramento do Bildungsroman , genero que se consolidou ao longo dos seculos. Contudo, observo que expressam diferencas significativas em suas constituicoes por seus autores pertencerem a contextos distintos. The present work aims to make a reading of A portrait of the artist as a young man (of James Joyce) and Ciranda de Pedra (of Lygia Fagundes Telles), in the perspective of the development and intellectual formation of the two young protagonists, in your confluents characterizations. By being romances that if approach to Wilhelm Meister's Apprenticeship , of Goethe, the workmanships t...
Signótica, 2008
O romance de formação é um subgênero narrativo que auxiliou o gênero romanesco a tornar-se hegemônico perante os demais gêneros literários. Para essa situação concretizar-se, o romance de formação do artista, Künstlerroman, teve papel importante. Trataremos, sob perspectiva teórica, dessas duas modalidades ficcionais e exemplificaremos sua estruturalidade nos romances Infância, de Graciliano Ramos, O apanhador no campo de centeio, de Salinger, e La tia Julia y el escribidor, de Mário Vargas Llosa. PALAVRAS-CHAVE: Romance de formação, Künstlerroman, Infância, O apanhador no campo de centeio, La tia Julia y el escribidor. Desde suas origens, o romance realista mostra-se como uma forma capaz de retratar o 'homem comum', mediano. Não se representam mais seres de capacidade, força e coragem extraordinárias, mas sim o jovem que se inaugura perante a vida, que busca uma profissão, o auto-aperfeiçoamento e seu lugar no mundo. Em vez de Ulisses, o burguês. Wilma Patrícia Mass Um dos leitmotiv que une determinados romances contemporâneos, tais como La tia Julia y el escribidor, de Mário Vargas Llosa,
Estudos Avançados
É tão agradável recordarmo-nos, vaidosos, de certos obstáculos que muitas vezes, com um sentimento penoso, considerámos como intransponíveis, e compararmos aquilo que somos agora, já desenvolvidos, com o que éramos então, ainda por desenvolver. Goethe, Os Anos de Aprendizagem de Wilhelm Meister, 1998, vol. 1: 31 São inúmeros, ao longo dos tempos, os exemplos de representações literárias da preocupação do ser humano quer com o seu próprio processo (auto)formativo na infância e na juventude -períodos associados à inocência, beleza, energia, aprendizagem e a sonhos e riscos -, bem como já na fase adulta, quer com o seu envelhecimento, como o demonstram o enigma da esfinge de Tebas (Rei Édipo), a parábola bíblica do filho pródigo e as inúmeras personagens em formação nos romances de Charles Dickens, Mark Twain, Júlio Dinis, Eça de Queirós, Vergílio Ferreira, José Saramago e de outros autores portugueses estudados por Óscar Lopes outros. O presente estudo, como revela a sua bibliografia representativa, ocupa--se sobretudo de romances que representam ficcionalmente o processo de desenvolvimento e a educação informal (na chamada 'escola da vida') entre a infância -textualizada, por exemplo, por José Luís Peixoto na narrativa Morreste-me (2000) e nos poemas de A Criança em Ruínas (2001) -e a idade adulta de protagonistas masculinos e femininos no lar, longe da família, em viagem, já após o regresso a casa, ou em contextos (pós-) coloniais. Como conclui Northrop Frye em Anatomy of Criticism (1957: 215), o tema literário da demanda é dos mais universais, e o Bildungsroman, ou romance de formação, também ficcionaliza e problematiza essa busca (de identidade), bem como a insatisfação, as aprendizagens, os medos e os impulsos constantes que caracterizam a condição humana.
Miguilim - Revista Eletrônica do Netlli
O presente artigo busca analisar aspectos narrativos do romance Jane Eyre, escrito por Charlotte Brontë e publicado pela primeira vez em 1847, que condizem com a estrutura de um romance de formação. Considera-se, além dos aspectos formais, o contexto histórico e os desafios impostos pelas morais da Era Vitoriana, período em que Brontë escreve e publica a história de Jane, uma jovem que questiona e quebra barreiras do silêncio imposto às meninas e mulheres daquele período. Busca-se contribuir para os estudos sobre literatura e romance de formação, além de incentivar a leitura desse clássico vitoriano, que tem muito a contribuir para uma formação leitora crítica de adolescentes, jovens e adultos. Conclui-se que apesar de ter nascido em contextos diferentes do Meister, obra vista por amplo setor da crítica como paradigmática do bildungsroman, Jane Eyre também pode ser considerado um romance de formação.
2013
Esta monografia tem como objetivo analisar a figura da leitora em formação apresentada ao longo do romance de Jane Austen, Northanger Abbey. O trabalho consistiu na recolha dos momentos de leitura presentes no texto da escritora inglesa, e, a partir desse material, no estudo dessas representações. Buscou-se, nessa etapa, entender a relação do enredo com o processo de aprendizagem de leitura da personagem principal, e com o sistema literário no qual a autora se inseria. A segunda parte da pesquisa consistiu na análise mais detida da personagem principal, Catherine Morland, como uma leitora em formação, que resultou na delimitação de quatro características particulares a essa figura: o interesse profundo por romances, a proximidade da interpretação do mundo real e do ficcional, o funcionamento da leitura de cartas como marca de maturidade, e a fusão entre o processo de leitura de textos e o processo de leitura de pessoas e situações.
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Revista de Estudios Brasileños, 2020
Dissertação de mestrado, 2016
Via Litterae [ISSN 2176-6800] • Anápolis • v. 14 • e1408 • p. 1-22 • 2022 , 2022
Revista Mente & Cérebro
Interdisciplinar - Revista de Estudos em Língua e Literatura
ALEA: Estudos Neolatinos - PPGLEN, UFRJ, 2018
Cadernos CEDES, 2000
Grau Zero – Revista de Crítica Cultural
Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação
Revue Romane, 2016
Macabéa - Revista Eletrônica do Netlli
Revista Athena, 2012
Caderno Seminal, 2021
Letronica, 2009