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2022, Estudos Avançados
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Revista de Historiografia, 2024
O texto analisa como a Independência do Brasil foi tratada no seu Bicentenário no ano de 2022, por meio de dois caminhos que consideramos convergentes: um primeiro, que faz considerações sobre o estado da arte da historiografia sobre a independência nas últimas décadas até o ano passado; um segundo, por meio da análise do momento de 2022 a partir do levantamento das aparições sobre o tema nas mídias digitais - especificamente os canais do YouTube existentes entre setembro de 2021 e dezembro de 2022. Defenderemos aqui como o ambiente político altamente polarizado no ano de 2022 marcou o espaço de enunciação dos discursos sobre a independência. Ver-se-á como a ascensão definitiva do uso das novas mídias como forma de comunicação, bem como a força com que as pautas políticas reivindicatórias ganharam a cena de oposição política, foram definidoras para percepção das novidades e limitações dos discursos sobre o tema. Ainda que a comunidade historiadora tenha que conquistar mais espaço na cena pública, a renovação dos estudos da historiografia em curso desde finais do século XX foi, e segue sendo, fundamental na difusão dos saberes críticos sobre seu proceso.
Da Cultura, 2021
A história da guerra de Independência do Brasil foi manipulada por gerações de historiadores, interessados em montar uma visão de que o processo de separação do Brasil de Portugal foi um feito de forma pacífica, quase como se o rei D. João VI autorizasse que seu filho, o futuro D. Pedro I, assumisse o governo do novo país em um ato que se resume à declaração feita no dia 7 de setembro. A proposta deste artigo é apontar que essa visão foi uma construção da historiografia. Na verdade, o processo de independência foi muito mais complexo e, do ponto de vista militar, muito contestado: houve combates do Maranhão até o Uruguai, que duraram mais que a participação brasileira na 2ª Guerra Mundial, com uma perda de vidas também superior às deste conflito.
Revista Aeronáutica, 2022
Apresentação do período de 1821 a 1824 como um período de conflito que resultou na Independência do Brasil, ao contrário de uma visão de uma separação política pacífica entre o Brasil e Portugal. Reedição de publicação da Revista da Cultura.
Revista Brasileira de Educação Básica, 2022
Incitado pela efeméride do Bicentenário da Independência do Brasil em 2022, este artigo tem por objetivo fazer uma reflexão crítica sobre esse processo histórico e suas relações com as ideias de nação e nacionalismo. Da mesma forma, pretende aproximar as conjunturas e eventos que levaram à formação do Estado Imperial brasileiro ao que ocorria no mesmo período em outras regiões das Américas. Dialogando com abordagens teórico-metodológicas que vêm sendo trabalhadas pela pesquisa acadêmica nos últimos anos, como as Histórias Comparada, Conectada e Transnacional, este texto busca, em suma, evidenciar a possibilidade da construção de outras escalas para a compreensão do processo de independência, visando, em particular, possíveis recortes para o estudo dessa temática em sala de aula.
O filme se passa num futuro não muito distante do nosso tempo. O local é uma cidade litorânea dos Estados Unidos, mas o nome da cidade não é revelado. Pode-se explicar esta ausência do nome da cidade devido ao fato de que em muitas obras de ficção científica, como esta, os Estados Unidos não se apresentem como nós o conhecemos, ou seja, como um grande país, formado de muitos estados e cidades. A forma como nos é mostrada é como um conglomerado de blocos urbanos unificados, formados pelas cidades que conhecemos. Esta unificação pode se dar por questões políticas, sociais, ou mesmo de ordem natural, como o caso de uma catástrofe, como um terremoto ou maremoto. Além da área litorânea da cidade, local onde importantes momentos do filme se passam, mais precisamente os da família que " adota " o robô NDR 114, conhecido por Andrew, temos também a parte urbana, caracterizada pela evolução da tecnologia, mostrada em seus grandes e modernos edifícios, nos carros voadores e nas técnicas da ciência, como a medicina e, é claro, da robótica. Alias, esta tecnologia é mostrada durante todo o filme como estando sempre em permanente evolução, afinal de contas, a história se passa durante os 200 anos de " vida " de seu personagem principal, e num tempo tão longo, é evidente que o mundo não podia ficar sempre do mesmo jeito. Outros cenários de filme também são importantes, como a empresa que cria os robôs, palco de várias visitas de Andrew e seu dono, a fim de notificar as características incomuns daquela máquina. Temos também a empresa, pequena de início e depois grandiosa, onde Andrew e seu novo amigo e cientista Rupert Burns, desenvolvem mais e mais a " humanidade " do robô. Um fator importante para tal empreendimento é o capital investido por Andrew, resultado dos muitos anos em que ajudou seu dono no conserto e confecção de relógios. Quando o robô decidiu partir, seu dono achou melhor dar a parte do dinheiro que lhe cabia pelo seu trabalho, numa atitude que valorizaria ainda mais o lado humano de Andrew. Um outro local de muito significado é a casa de Andrew, construída por ele mesmo depois que sai para viver uma liberdade só sua. É interessante notar o momento em que ele termina de construir sua morada e a evolução que ele faz nela ao longo do tempo. Representa o potencial de uma pessoa em montar uma individualidade, através de um espaço exclusivo, mesmo que esta pessoa seja um robô. Cenários de um filme são planos de fundo para as situações dos personagens, e às vezes, eles interagem com os seres vivos, tornando-se partes de suas existências. Podemos dizer, que os cenários, os objetos, enfim, tudo o que nos cerca, mesmo que não possua vida própria, é parte de nossas vidas, podendo inclusive, nos levar a escolher um ou outro caminho. O cenário é muito importante, pois representa o meio em que vivemos e construímos nossa vida, tanto para nós mesmos, como para os outros que habitam este mesmo mundo ao nosso lado. Enfim, chegamos ao tão importante bicentenário, presente no título do filme. Este período de tempo é muito importante para a compreensão da história e para que possamos identificar cada personagem, cada momento, pois é o período em que Andrew aprende tudo de possível neste mundo, e parte na sua busca de se tornar um ser humano, procurando possuir em seu ser mais do que componentes eletrônicos e um cérebro positrônico. Os duzentos anos em que a trama se desenrola vão de 2005, tempo em que se inicia a saga de Andrew chegando à casa de seu dono e desempenhando as funções pelas quais fora programado (cuidar dos afazeres domésticos), até o momento em que ele morre, ou pára de funcionar, em meados de 2225, após ter adquirido praticamente todas as características humanas, desde as chamadas biológicas até as que se
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12 representantes seculares da Igreja (padres e bispos), pois estes já eram controláveis pelas ações políticas por meio do sistema do Padroado Régio. 8 Segundo Luis Dória (2001), a religiosidade do povo português continuava forte, e o que predominava era o princípio regalista, que defendia os poderes do rei separados da religião, e ainda um espírito anticongregacionista, contrário à presença do clero regular no Império português. Thaís Nívia de Lima e Fonseca (2011, p. 100) aponta que se iniciou um "ciclo de intervenções que, a rigor, significaram a implantação do ensino público estatal no Império português". O governo de Portugal antecipou-se a outros países europeus ao implantar a educação pública como dever do Estado. A Reforma dos Estudos Menores, iniciada em 1759, foi a responsável pela introdução, ainda que precária, da educação pública em todas as partes do reino de Portugal, nesse caso, significa educação estatal e não popular, uma vez que não se destinava aos súditos em geral. Tornava-se obrigação do Estado garantir a educação gratuita, estabelecer suas diretrizes, escolher por concurso os professores públicos, fiscalizá-los, pagá-los e mantê-los subordinados a uma política fortemente centralizadora (CARDOSO, 2011, p. 76). 10 Até este momento foi possível realizar o levantamento da existência de 6 conventos e 23 recolhimentos femininos na América Portuguesa existentes ao longo do período colonial (LAGE, 2020). 11 Azeredo Coutinho (1742-1821) foi responsável por implementar uma reforma educacional em Pernambuco, por meio da implantação de estatutos nos recolhimentos femininos e do Seminário de Olinda, dentro de uma perspectiva iluminista. Especificamente para o caso dos recolhimentos femininos pernambucanos (Glória e Conceição), estes se tornaram espaços educativos escolares, e a figura das "mestras de ler" recolhidas foi fundamental para a preparação de moças para a vida laica fora dos muros da instituição (ALMEIDA, 2003).
Cadernos de História da Educação
Este artigo, a propósito da comemoração do bicentenário da Independência do Brasil, pretende examinar o direito à educação à luz das Constituições Nacionais, outorgadas e proclamadas. Para tanto, parte-se da maximização do direito à educação, proclamada na Constituição de 1988, para retomar a ela, inserindo as emendas constitucionais cujo teor deu mais solidez a esse direito. Ao passar pelas Constituições anteriores, verifica-se que o direito à educação foi se alargando nas Constituições proclamadas, vale dizer, ampliando a inclusão. Já em Constituições outorgadas, a inclusão cede o passo a dispositivos retroativos e autoritários. Sob a linha do tempo, plaina a democracia como substrato dos avanços proclamados, e o direito à educação depende de mais democracia para sua efetivação.
Portal Bicentenário , 2023
Rememorar o Bicentenário da Independência na escola foi uma grande oportunidade de demonstrar para a comunidade escolar outras histórias da Independência que tiveram como protagonistas figuras importantes como Maria Felipa de Oliveira. Além de ser um momento importante para se debater com os estudantes sobre as comemorações históricas e a história oficial, a cultura histórica, os usos do passado no presente e os silenciamentos que também são produzidos pela história. O evento do Bicentenário da Independência foi construído com muitas mãos, em um trabalho coletivo dos professores e alunos e que estimulou a participação de toda a comunidade escolar.
Revista Brasileira de História da Educação
2021 é um ano singular para a História da Educação no Brasil. Ele representa uma transição, uma mudança de ciclo que se concretiza com o último ano antes de completarmos o bicentenário de nossa independência política, coincidindo com o início de uma nova década. Trata-se de um momento muito apropriado para pensarmos a história que nos trouxe até aqui, enquanto somos provocados pelas questões que se apresentam e hoje se impõem a nós professores e pesquisadores. De fato, esse é um movimento já iniciado na RBHE em 2020, quando, por meio de um dossiê, a revista inaugurou uma série de debates sobre essa temática.
Revista Pesquisa e Educação à Distância, 2022
Nesta pesquisa, com a motivação do Bicentenário da Independência do Brasil (2022), pensamos o processo de celebração e construção da memória em torno do tema a cada marco temporal (ou "data redonda"), partindo de 1822 e chegando à atualidade, dialogando com os textos de Benedict Anderson e Eric Hobsbawm, observando a atuação ativa ou discreta do Governo Federal de cada período, que constrói e apaga.
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Coleção E-Pomb@l, 2023
Mídia e Cotidiano, 2022
As Ciências Humanas e Sociais Aplicadas e a Competência no Desenvolvimento Humano, 2019
Museu Paranaense, 2022
Almanack, 2023
Revista Brasileira do Caribe, 2016
Revista Brasileira de História das Religiões, 2024
Independências do Brasil - dossiê 200 anos, 2024
200 anos da Independência para quem?, 2023
Brasil: 200 anos da Independência - 1822-2022, 2022
Estudos Avançados, 2006
Interlúdio - Revista do Departamento de Educação Musical do Colégio Pedro II, 2018