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2024, Revista Húmus
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Este artigo examina a interconexão entre as dimensões da animalidade e da moralidade na filosofia de Kant, destacando a importância do prazer, como sentimento de vida, dentro do sistema kantiano. Kant reconhece que as disposições para a animalidade, ligadas aos impulsos e prazeres imediatos, no agradável, são parte essencial da vida humana. No entanto, é a moralidade, orientada pela razão, que proporciona uma vida plena. O prazer moral, advindo de ações éticas, oferece uma satisfação mais profunda que os prazeres sensíveis imediatos, demonstrando a necessidade de integração entre animalidade e moralidade. A harmonia entre animalidade e moralidade reflete uma visão equilibrada da vida, onde o prazer é experimentado em acordo com o plano da natureza, o que remete o sujeito a algo para além dele mesmo, enquanto espécie e enquanto natureza.
Dialektiké, 2014
O texto tem por objetivo defender a proposta kantiana para a moralidade da acusação de ser ela uma moralidade "abstrata", "vazia", "fria", em função de seu princípio formal. Segundo aquela maneira de ver a moralidade kantiana, essa proposta não teria nenhuma conexão com a vida efetiva dos seres humanos. Para defender a proposta kantiana contra essa acusação, serão levados em conta os elementos presentes na concepção de razão proposta por Kant e o modo como operam as faculdades na motivação moral. Segundo a concepção kantiana, a relação de determinação da vontade pela razão ocorre de uma maneira dinâmica entre as faculdades, razão e vontade, que se afinam em função de um fim da razão. Esse fim é a própria realização da virtude. A sua realização gera, por sua vez, um sentimento vivificador no ânimo do ser humano: o sentimento de respeito pela humanidade em cada pessoa como “fim em si”. O texto pretende argumentar que esse é um dos caminhos pelos quais...
Analytica - Revista de Filosofia, 1997
A relação entre a filosofia de Fichte e a Crítica da faculdade do juízo ainda não tem sido suficientemente esclarecida. Na versão da sua "Doutrina da ciência" de 1804, Fichte atribui à terceira Crítica de Kant um papel decisivo no surgimento do seu próprio projeto filosófico. No entanto, há dúvidas se a imagem traçada ali relate corretamente como o projeto da Doutrina da Ciência se originou. Pois parece que a primeira exposição dos fundamentos da Doutrina da Ciência surgiu mais a partir do contexto da discussão sobre a filosofia elementar de Reinhold e do ataque cético a esta por Schulze-Enesidemo, do que a partir de uma leitura da terceira Crítica de Kant. 1 Enquanto que a questão do papel da terceira Crítica no processo da formação do projeto fichtiano de fundamentação tem que ficar então em aberto, pode-se mostrar que já cedo Fichte a associou à sua filosofia prática. Assim, numa carta a Kant de junho de 1794 Fichte escreve: "Descobri na sua Crítica da faculdade do juízo em particular uma harmonia com minhas convicções particulares sobre a parte prática da filosofia". 2 No entanto, a afirmação de uma harmonia com as próprias convicções acerca da parte prática da filosofia também aponta para o fato de que Fichte entende a função sistemática da terceira Crítica diferentemente de Kant; pois este atribui a ela um status particular no sistema da Crítica que não permite identificá-la com a sua parte prática.
Pretende-se analisar a distinção entre moral e Direito contida na segunda parte da obra Direito e Estado no pensamento de Emanuel Kant, de Norberto Bobbio, intitulada de Os problemas fundamentais do Direito no Pensamento de Kant. O artigo, primeiramente, disserta sobre o texto do autor; numa segunda parte apontamse os seus problemas fundamentando-se na literatura especializada. Bobbio, no texto em questão, apresenta uma série de distinções entre a moralidade e legalidade, havendo critérios implícitos e explícitos. A leitura de Bobbio, no entanto, possui dificuldades em relação à Filosofia do Direito de Kant -algumas das objeções revelamse pela não interpretação sistemática das obras do autor, principalmente a separação da Filosofia prática do campo do Direito; também os critérios 'implícitos' e 'explícitos' são prejudicados a partir da leitura atenta dos textos, sobretudo às questões atinentes aos imperativos hipotéticos e categóricos, legislação interna e externa e autonomia e heteronomia da vontade. Palavras-Chaves: Direito. Filosofia. Bobbio. Kant. Moral. Legislação.
ethic@ - An international Journal for Moral Philosophy, 2009
Entre os problemas centrais de que se ocupa a Bioética, estão aqueles ligados às fronteiras da vida. Questões como o aborto, suicídio com assistência, eutanásia voluntária ocupam um espaço considerável das preocupações dessa disciplina. Este trabalho pretende contribuir com os debates a respeito de uma dessas fronteiras. O final da vida pode, muitas vezes, chegar trazendo dilemas que exigem de nós uma resposta de natureza ética e o papel da Bioética é formular essas questões e buscar respostas apoiadas no que existe de melhor daquilo que nossa civilização construiu como pensamento ético. A filosofia é, sem dúvida, o ponto de partida para esse fim. Esse trabalho discute as contribuições de David Hume e Immanuel Kant, dois dos maiores pensadores ocidentais, ao debate a respeito da moralidade do suicídio. É um trabalho de filosofia, mais do que um trabalho de bioética. Todavia esse me parece uma divisão artificial. Os argumentos desenvolvidos pelos dois filósofos são fundamentais para iluminar o debate contemporâneo sobre suicídio com assistência e eutanásia voluntária.
Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade, 1998
Resumo: O texto procura ser uma análise da introdução geral da Metafísica dos Costumes de Kant. Sua tarefa consiste em articular as relações entre ética e direito mostrando suas especificidades e as maneiras como se entrelaçam com os conceitos de obrigação, liberdade e legislação a partir dos pontos de vista da interioridade e da exterioridade. Palavras-chave: moral-direito-ética-liberdade-autonomia * Este texto é parte de um trabalho maior apresentado ao Prof. Dr. Ricardo Ribeiro Terra como resultado do aproveitamento de seu curso "Moralität und Sittlichkeit". Queremos agradecer a ele, por seus valiosos esclarecimentos em aula, e também a Ana Lúcia Mandacaru Lobo, Soraya Dib Abdoul-Nour, Maurício Keinert e Luís Nascimento, além de Anderson, Luciana e Nicolás, pelas oportunas sugestões de aprimoramento do texto e de sua correção. ** Mestrando no Departamento de Filosofia da FFLCH-USP e bolsista do CNPq.
Problemata: Revista Internacional de Filosofia , 2018
Resumo: O objetivo do presente artigo é examinar perspectivas da abordagem de Kant dos termos alma, ânimo e espírito no contexto do debate referente ao que anima a matéria morta da natureza, para explicar a compreensão de que os animais (tanto os racionais como também os irracionais) podem ser entendidos como possuindo uma alma, sendo essa uma característica vinculada à consideração de vida em Kant enquanto vida derivada. Palavras chave: alma, ânimo, espírito, vida.
intuitio, 2008
Immanuel Kant (1724Kant ( -1804, na Fundamentação da Metafísica dos Costumes (1785) pretende estabelecer um princípio fundamental moral-prático, válido necessária e universalmente, para a orientação do agir humano. Essa tarefa tem como ponto de partida o conceito de boa * Doutorando em Filosofia-PUCRS/ Contato: [email protected] RESUMO: Moral e religião estão ligadas de modo estreito, diferenciando-se apenas pelo fato de que na moral os deveres são praticados como princípios fundamentais de todo ser racional, e pelo fato de que esse último deve agir como membro de um sistema universal de fins, enquanto que na religião esses deveres são vistos como mandamentos de uma suprema vontade santa, pois que, as leis da moral são as únicas que estão de acordo com a idéia de uma suprema perfeição. A conexão entre moral e religião, além de ser um dado fundamental e estrutural da razão pura, é o reconhecimento progressivo de um plano universal segundo o qual, a despeito de todos os abusos da liberdade por parte dos homens, alcançará no final o mais alto grau possível de perfeição do gênero humano.
Intuitio, 2012
Introdução Desde a objeção hegeliana ao "formalismo" kantiano até o debate contemporâneo, algumas leituras que se fazem não apenas da ética kantiana, mas também de sua filosofia teórica, são tão recorrentes que se poderia estabelecer uma espécie de inventário de definições sumárias sobre os diversos aspectos do pensamento de Kant 3 (cito aqui apenas as mais repetidas): a ética kantiana é formal e abstrata (Hegel, Scheler) e, portanto, distante da realidade do mundo da experiência (Ricoeur), ignora a individualidade (Schwemmer, Ritzel), absolutiza o dever a ponto de produzir sua hipertrofia (Marquard) e finalmente, é uma ética solipsista, isto é, uma ética do sujeito dialogando *Professor convidado. Professor adjunto no Departamento de Filosofia e do Mestrado em Filosofia da Universidade Federal de Pelotas. Doutor em Filosofia pela Universität Kassel, com bolsa do Deutscher Akademischer Austausch Dienst (DAAD). 1 Uma versão anterior deste trabalho foi publicada na forma de capítulo de livro em A Filosofia e seu ensino: desafios emergentes, organizada por José Luis Corrêa Novaes e Marco Antonio Oliveira de Azevedo, publicada pela Editora Sulina em maio de 2010. 2 "Estamos cultivados em alto grau pela arte e pela ciência. Somos cultivados até o excesso, em toda classe de maneiras e na respeitabilidade sociais. Mas falta muito ainda para nos considerarmos já moralizados". 3 As citações dos textos de Kant serão feitas de acordo com a edição em seis volumes organizada por Wilhelm Weischedel [KANT, Immanuel. Werke in sechs Bänden. Hrsg. von Wilhelm Weischedel. Darmstadt, 1998]. O número em romano indica o volume correspondente da edição aqui utilizada e, após este, a página do mesmo. A letra seguida do número indicam respectivamente a edição e paginação nos originais. As abreviaturas correspondem aos seguintes textos.
Revista Opiniao Filosofica, 2012
Resumo: Uma das muitas críticas que se faz à moral kantiana é o fato de se referir e se destinar exclusivamente aos seres humanos e não à natureza como um todo, o fato de ter excluído os demais seres do âmbito das relações morais, ou por ser uma moral antropocêntrica. Disso poderia se depreender como consequência que os seres humanos poderiam ser eximidos da responsabilidade por suas ações em relação à natureza e ao universo. Porém, no século XVIII, a época de Kant, a questão ambiental não era uma preocupação e nem um problema filosófico propriamente, diferentemente dos dias atuais nos quais há risco iminente de destruição do planeta, em decorrência da ação humana. Em vista disso, nossas ações em relação à natureza têm de ser problematizadas na Filosofia Moral. Como então tentar conciliar a moral antropocêntrica kantiana e a necessidade atual de incluir a natureza como um modo em nosso âmbito das relações morais? Terá ele algo a dizer a esse respeito? É o intento deste texto esboçar uma possível conexão entre a Filosofia Moral Kantiana e o meio ambiente. Para tanto, analisar-se-á algumas passagens em que Kant se refere aos seres irracionais e à natureza em geral, ou aos deveres para com a natureza e deveres com respeito à natureza, por suas palavras, na obra Doutrina da virtude. Palavras-chave: Kant; Doutrina da virtude; deveres com respeito à natureza; deveres para com os seres humanos.
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ethic@ - An international Journal for Moral Philosophy
Revista de Filosofia Moderna e Contemporânea, 2017
Studia Kantiana, 2011
Revista Dissertatio de Filosofia, 2007
Kínesis - Revista de Estudos dos Pós-Graduandos em Filosofia, 2014
Con-textos Kantianos: International Journal of Philosophy, 2015
Trans/Form/Ação, 2007
Griot : Revista de Filosofia, 2015