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Este volume reúne alguns dos estudos mais significativos já publicados até hoje sobre o fenômeno urbano. Não o intitulamos Sociologia Urbana, pois que tal rótulo não daria uma idéia fiel da orientação seguida por todos os autores aqui apresentados. Isso porque a noção de uma Sociologia Urbana parece estar ligada em geral a uma certa primazia que se conferiria ao urbano per se, e conseqüentemente também ao rural, em termos de seu valor explicativo para uma grande série de fenômenos sociais. Muitos autores não concordariam com essa posição, e pretenderiam conferir o status de "variável independente" básica a outros fatores, tais como o nível tecnológico, organização econômica, poder social, valores culturais e assim por diante. Outros prefeririam deslocar a questão para a exigência da caracterização de totalidades históricas em que, aí sim, inserir-se-iam as manifestações concretas do urbano e do rural. Outros, ainda, simplesmente pretenderiam estudar certos fenômenos sociológicos específicos tal como se dão no cenário urbano, admitindo que este possua um poder de determinação relativa, mas que não chega a esgotar o conteúdo dos fatos sociológicos examinados, os quais, em si, nada teriam de necessária e exclusivamente urbanos.
2007
Conceitos centrais da vida contemporânea, tais como política, civilização e cidadania, derivam da forma e organização da cidade. A cidade expressa a divisão socioespacial do trabalho, e Henri Lefebvre propõe pensar sua transformação a partir de um continuum que se estende da cidade política ao urbano, onde se completa a dominação sobre o campo. A efetiva passagem da cidade ao urbano foi marcada pela tomada da cidade pela indústria, trazendo a produção -e o proletariado -para o espaço do poder. A cidade, lócus do excedente, do poder e da festa, cenário privilegiado da reprodução social, ficou, assim, subordinada à lógica da indústria. Sofreu, então, um duplo processo: sua centralidade implodiu sobre si mesma e sua periferia explodiu sobre o entorno sob a forma de tecido urbano, que acabou por carregar consigo o germe da pólis e da civitas. Assim, a práxis urbana, antes restrita à cidade, re-politizou todo o espaço social. No Brasil, o urbano teve sua origem na política ao mesmo tempo concentradora e integradora dos governos militares, que deram seqüência à centralização e expansionismo varguista e à interiorização desenvolvimentista juscelinista. Hoje, o urbano-industrial impõe-se virtualmente a todo o espaço social, na urbanização extensiva dos nossos dias.
Para analisar a violência urbana brasileira é necessário examinar uma série de peculiaridades. É fundamental entender a violência no Brasil como um processo complexo (SUSSEKIND, 1987) que envolve algumas variáveis (VELH0,1987) denominadas objetivas (econômicas e políticas) e subjetivas (culturais e sociais). Para Michel Misse (2008), a violência decorre de um processo histórico-cultural de "acumulação social de violência", que discorre sobre a representação social da violência com base nas obscuras transformações sociais de violência se tornando um padrão de violência urbana.
O Brasil está vivenciando um processo de urbanização dos mais intensivos já observados. O aumento populacional impulsionou uma série de elementos, como o aumento das áreas impermeabilizadas. Isto traz como conseqüências o aumento das áreas impermeáveis, modificações no sistema de drenagem anteriormente existente, incremento das velocidades de escoamento superficial reduzindo os tempos de pico de enchentes, amplificando-os, e, reduzindo a recarga do lençol freático.
Este exemplar é de propriedade do Instituto Militar de Engenharia, que poderá incluí-lo em base de dados, armazenar em computador, microfilmar ou adotar qualquer forma de arquivamento.
Discute os quintais urbanos enquanto espaços privados das habitações e no contexto urbano de cidades amazônicas. Dada a escassez de registros históricos e acadêmicos sobre os mesmos, procura resgatar referências sobre os quintais urbanos amazônicos na arte literária regional e em reportagens jornalísticas. Sugere que, nas cidades amazônicas, os quintais refletem uma visão de valorização da natureza, além de serem elementos de identidade social. Conclui que, apesar de para os agentes produtores do espaço urbano os quintais representam espaço de valorização econômica, como espaço privado das habitações, proporcionam melhor qualidade de vida para as famílias que deles usufruem, e, na perspectiva do interesse coletivo, podem ser considerados como áreas de conservação do meio ambiente urbano, contribuindo para a sustentabilidade ambiental das cidades.
Ressaltamos que orçamento é visto aqui na sua vertente normativa e financeira, já que uma repercute na outra. O presente texto quer fazer eco a grave crise financeira que atinge os municípios fluminenses, impedindo os mais frágeis economicamente, até mesmo arcar com despesas básicas na área de saúde, alimentação dos alunos nas escolas e folha de pagamento de servidores públicos. O objetivo aqui é fazer um breve diagnóstico, apontar os pontos principais da crise e pensar oportunidades de gestão para a administração deste conflito que tanto aflige os governos e as populações das cidades fluminenses atingidas.
Este trabalho faz um panorama teórico sobre os intelectuais que tomaram o texto literário como veículo de análises conscientes dos conflitos sociais atuais. Com o objetivo de estabelecer uma relação entre sociedade e literatura, a figura do intelectual tornou-se o símbolo da modernidade através do papel social que a escrita literária adquire ao longo da história cultural do ocidente. Trata-se de uma revisão sistemática da teoria literária, e com especial destaque aos trabalhos de Sartre, Gramsci e Edward Said foi possível contribuir com este empreendimento árduo e necessário para a sociedade acadêmica. Palavras-chave: Intelectual; Literatura; Sociedade
Redes Sociales, Tecnologías Digitales y Narrativas Interactivas en la Sociedad de la Información, 2019
Resumo: Por efeito da invenção e comercialização dos equipamentos de gravação e reprodução sonoras as cidades tornaram-se um novelo de sons mecânicos, elétricos e eletrónicos. O território que foi sempre pensado para reunir foi afetado por uma mecanização e uma eletrificação que atingiu as ruas e as casas, trazendo massas sonoras que não eram audíveis numa época pré-fonográfica. Com o projeto «Aural Experience», o território deve mostrar-se como um conjunto de lugares promovido pela capacidade do som construir relações e afinidades. Ouvir e olhar a cidade pode agora fazer-se utilizando os meios digitais que dispomos e com esta ação promover uma relação empática do sujeito com o que é urbano e soluções para a sua sustentabilidade ambiental. Palavras Chave: Som, Território, Comunidade, Dispositivo. 1. Uma Origem "As minhas primeiras observações foram abstratas e gerais, olhando os transeuntes em massa e não os considerando senão na sua harmonia gregária. Depois, desci aos pormenores, e examinei, com um interesse minucioso, as inumeráveis variedades de figuras, de modas, de aspectos, de modos de andar, de rostos e de expressões fisionómicas." (Edgar Allan Poe, O Homem na Multidão, 1842) Se o som se transformou em «coisa» mental é natural que a vida quotidiana se tenha interessado pelos dispositivos e meios de produção do som. E aqui incluímos não apenas os meios desenvolvidos para a re-produção do som mas também os equipamentos que pela sua energia exógena, fora do corpo humano, trouxeram ao território os sons da sua atividade. O voltar ao real não é apenas uma nova interpretação ao invés do conceito (assumindo este como dissolvido em imagens), essa viagem é também um apuramento das possibilidades que o som pode trazer, ou não, a uma cultura sensível que emergiu com mais intensidade a partir da cultura Pop do século XX mas não só. Em «O Homem na Multidão» (Poe, 1842) o escritor dá-nos conta de uma estranha vida da cidade, que era distinta de outros tempos. A cidade tinha eletrificado não apenas o cérebro mas também o movimento. O problema da linearidade entre uma causa e um efeito previsível, ou entre uma decisão e um destino tinha-se esboroado. O meio urbano, ainda num tempo em que a oposição com o rural era aceite, começava em meados do século XIX a comportar diferentes «formas de vida» e já não apenas classes sociais. E esta forma de vida dependia muito, não do que se queria fazer, mas de uma ocupação nova do tempo e do espaço.
RESUMO: A procura por métodos consensuais de resolução de conflitos não é muito explorada nas demandas envolvendo o setor público. Os Comitês Estaduais de Saúde, criados por determinação do CNJ, com objetivo marcante de resolução consensual em questões de saúde pública, apresentam o diálogo e o debate acadêmico da medicina baseada em evidências como diretrizes para uma postura arrojada na garantia de direitos, inovando no comportamento do Poder Judiciário no enfrentamento do fenômeno da judicialização da saúde. ABSTRACT/RESUMEN/RÉSUMÉ: The search for consensus methods of conflict resolution is not much explored in claims involving the public sector. The State Health Committees, created by determining the CNJ, with remarkable goal of consensual resolution on public health issues, have dialogue and academic discussion of evidence-based medicine as
A cidade, como um sistema vivo, depende de fluxos de energia, matéria e informação para sintetizar a oferta e a demanda de serviços ecossistêmicos urbanos e assim, garantir a qualidade de vida de seus habitantes. A sustentabilidade urbana e seus instrumentos de aplicações conformam-se como otimizadores da eficiência dos fluxos de recursos das cidades contemporâneas. No urbanismo, o planejamento ambiental voltado ao desenvolvimento sustentável auxilia a prática da sustentabilidade urbana através de políticas públicas. No meio físico, esta prática tem no desenho urbano seu método de efetividade. Amparado em teorias e conceitos relacionados a problemática ambiental urbana, pode-se apontar três perspectivas de sustentabilidade urbana que tratam o desenho urbano como método: Urbanismo Sustentável, Ecologia Urbana e Urbanismo Ecológico. No presente trabalho, as diretrizes correspondentes a estas perspectivas são categorizadas para analisar suas semelhanças e diferenças.
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VALORIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO URBANO: A IDENITIFICAÇÃO DOS MORADORES E OS REFLEXOS DO PAC – CIDADES HISTÓRICAS, 2024
Doutrina Temática Digital, 2023
Lugar Comum - Estudos de Mídia, Cultura e Democracia #46, 2016
CIDADES: URBANISMO, PATRIMÔNIO E SOCIEDADE, 2020
Cadernos NAUI, 2017