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REVISTA FOCO
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Na tradição filosófica, a dialética representava o próprio processo do pensamento, qual seja, o argumento A (tese) produz seu contra-argumento B (antítese) e desses dois poderia surgir um argumento modificado C (síntese). Neste sentido, pensar é argumentar dialeticamente, pois os objetos e os fatos do mundo dão-se a conhecer de maneira progressiva e contínua. Entretanto, para Theodor Wiesengrund Adorno, um dos sustentáculos da Teoria Crítica, a dialética não desagua naturalmente na síntese. Pelo contrário, a dialética emperra sempre na antítese. Ela é negativa, porque encalha no segundo movimento. A antítese permeia a dialética. Os processos sociais esbarram sempre na dissonância cognitiva, ou seja, nas diferenças. Por essa razão, a dialética negativa conquistou significativo espaço na Teoria Crítica, inclusive na educação. A dialética negativa auxilia na explicação do fracasso do Plano Nacional de Educação, pois ele não é uma política-síntese para a educação básica, mas sim uma pol...
Revista Horzontes, 2019
Resumo Como parte da herança hegeliana, a obra de Marcuse sempre foi marcada pela negatividade característica da dialética. Nestes termos, a abordagem dos problemas formativos procura mostrar os dois lados da realidade social, o que revela uma teoria preocupada não somente com a compreensão da realidade, mas com a emancipação do que é estabelecido de antemão. O presente artigo busca na análise da obra A ideologia da sociedade industrial: o homem unidimensional, mapear, mesmo que brevemente, os elementos principais que caracterizam a teoria de Marcuse no que se refere à abordagem dialética da sociedade, assim como as implicações dessa abordagem para se pensar uma educação crítica. Palavras-chave: Dialética hegeliana; Herbert Marcuse; Educação estética. Negative dialectics and education: notes from the critical theory of Herbert Marcuse Abstract As part of the Hegelian heritage, Marcuse's work has always been marked by the negativity characteristic of the dialectic. In these terms, the approach to training problems seeks to show both sides of social reality, revealing a theory concerned not only with the understanding of reality, but with the emancipation of what is established beforehand. The present article seeks to analyze the work of the ideology of industrial society: the one-dimensional man, to map, even briefly, the main elements that characterize Marcuse's theory with regard to the dialectical approach of society, as well as the implications of this approach for if you think about critical education. Considerações iniciais Para Marcuse, a apreensão da realidade não deve jamais se circunscrever ao que é dado de antemão; é preciso transcender as condições reificadas que dão a aparência do real para assim vislumbrar a totalidade dos elementos, positivos e negativos, que configuram a realidade estabelecida. Para isso, Marcuse procura ressaltar a importância da dialética como ferramenta teórica essencial no reconhecimento da sociedade estabelecida, dos mecanismos de conservação e perpetuação do status quo repressivo, assim como da necessidade de transcendência dessa realidade. É na observância da negação ao que é estabelecido, e na afirmação da necessidade de superação desse estado que se criam as condições para a emancipação social.
Theodor W. Adorno: A atualidade da crítica, 2017
Novos Estudos - CEBRAP, 2009
A fama de certos livros costuma induzir o leitor a enganos. A Dialética negativa, publicada originalmente em 1966, poderia ser muito bem recebida no Brasil como a consumação da obra filosófica de Theodor W. Adorno. A aura de obra difícil, reforçada por décadas de inacessibilidade em língua portuguesa, seria uma preparação condizente com o posto de obra-prima. Tal fetiche poderia naturalmente justificar-se em diversos elementos que, de fato, se encontram no livro. Os leitores familiarizados com outros textos do autor não terão dificuldade em encontrá-los, embora alguma suspeita não faça mal a quem folheia o livro pela primeira vez. Os interessados, por exemplo, na gênese das idéias de Adorno saberão rastrear temas que remontam àquelas primeiras conferências do início da década de 1930, sobre "A atualidade da filosofia" e sobre a "Idéia de história natural". Nestes trabalhos programáticos, com as quais um jovem e pretensioso filósofo estreava na cena universitária alemã, delineava-se o confronto do panorama da filosofia contemporânea, herdeira, segundo Adorno, do idealismo alemão, com uma noção ainda bastante vaga de filosofia materialista, inspirada nos escritos de juventude de Walter Benjamin. Essa intenção de realizar uma crítica imanente da filosofia idealista alemã, avaliando-a pelas suas próprias pretensões, de modo a extrair, nesta crítica, uma concepção bastante singular de materialismo, certamente pode ser reencontrada na Dialética negativa.
Resumo: O presente trabalho objetiva apresentar a recepção de Hegel por Nishida no contexto do que historiograficamente se convencionou designar por Escola de Kyoto. O ponto de encontro para a apropriação crítica que Hegel recebe de Nishida é a sua lógica especulativa. Nessa direção, ao observarmos o próprio percurso especulativo de Nishida, exporemos o problema do começo da filosofia como questão fundamental para um discurso filosófico autêntico e tematizaremos a dialética do Ser e do Nada, enquanto momentos do discurso hegeliano apropriados por Nishida. Em seguida será reconstruída a crítica de Nishida à Hegel através da exposição da tese da anterioridade do Nada absoluto em relação à dialética do Ser e do Nada, e de como o autoodespertar emerge do Nada absoluto. Por fim se efetuará uma reconstrução crítica da dialética hegeliana no horizonte da perspectiva de Nishida. Em fevereiro de 1931, então com 60 anos (*19.05.1870), Nishida redige uma série de reflexões sobre a dialética de Hegel 1 , antes de tudo a sua lógica especulativa, que é um balanço crítico da sua relação a Hegel, um acerto de contas com o autor que ele diz ter começado a ler aos vinte anos, e que "mesmo hoje não deixa a minha cabeceira" 2 . Em 15 de maio de 1937 ele acrescenta a essas considerações numeradas o seguinte: "meu pensamento hoje comporta várias coisas que me foram ensinadas por Hegel; todavia, mesmo se eu me considero como mais próximo dele do que de qualquer outro pensador, tenho ao mesmo tempo muito a dizer contra ele." (NH, § 40) 3 1.O começo da filosofia na experiência pura e o lugar do nada absoluto. 1 Nishida, Kitaro, La dialectique de Hegel considerée de ma position (1931), trad. Ibaragi Daisuké e Michel Dalissier, in : Philosophie, nº 103, automne 2009, Les Éditions de Minuit, Paris, pp. 51-75. As citações no corpo do texto serão indicadas pelas maiúsculas NH (Nishida-Hegel), seguidas da numeração dos parágrafos da edição japonesa original NKZ, XII, pp. 64-84, incorporada na tradução. 2 Dalissier, M., Présentation, ibid., p. 51. 3 No período em que Nishida exerceu a docência na Universidade Imperial de Kyoto, entre 1910 e 1928, ele ofereceu quatro cursos sobre a Ciência
Revista Ibero Americana De Estudos Em Educacao, 2007
Este texto apresenta as investigações do "Grupo de Pesquisa-Ensino e Mediação Dialética" (CNPq) e expressa as necessidades acadêmicas que confluíram para sua organização, os enfrentamentos teóricos que se delineiam em uma aula quando se considera relevante no ensino, além dos conteúdos, a opção metodológica do professor. A formação do aluno é influenciada pelo processo de ensino, incluindo, neste, a opção metodológica do professor, a qual se expressa, em especial, nas posturas assumidas pelo estudante, em sua vida cotidiana. Em relação à pesquisa acadêmica da área educacional, baseadas nos pressupostos teóricos sobre a ontologia do ser social, as discussões do G.P.E.M.D. direcionam-se para a investigação do ensino, na perspectiva filosófica de práxis. em especial, os da proposição teórico-metodológica que gera a práxis educacional crítica, a aula na perspectiva da."Metodologia da Mediação Dialética" Palavras chaves: ensino, metodologia da mediação dialética, aula como práxis.
ARARIPE — REVISTA DE FILOSOFIA -
No presente ensaio, discute-se o impacto do negacionismo na Educação escolar. Essa ideologia é baseada em falsos argumentos, cujos protagonistas negam evidências cientificamente comprovadas, como forma de fortalecer seus anseios pelo poder. A narrativa negacionista atinge pessoas que aceitam acriticamente e replicam esses argumentos como se fossem verdades absolutas. Um dos resultados da disseminação e aceitação dessa ideologia é o estímulo a ações extremistas, como vimos acontecer recentemente no Brasil. A negação fomenta intencionalmente os analfabetismos histórico, social e científico. As pessoas "contaminadas" por essa ideologia extremista ignoram os argumentos lógicos e permanecem alheias ao avanço da Ciência. Acreditam em disparates, como o chamado “terraplanismo”; são disseminadores de informações falsas; promovem “cruzadas” antivacinação; defendem o uso de medicamentos ineficazes; e fomentam o descrédito da democracia. As ideias de Paulo Freire, que estimulam o cul...
2019
A potencialização do processo de ensino-aprendizado por meio de conceitos como: interação, mediação, formação de conceitos e zona de desenvolvimento
Peço licença para começar por uma curiosa experiência vivida há muitos anos, em 1964, no IPM do ISEB. Interrogado por um coronel a respeito de uma palestra que eu havia feito sobre o marxismo, falei em dialética. Para a minha surpresa, o coronel explicou ao sargento datilógrafo: "A dialética é esse negócio que os comunas inventaram para dizer que uma coisa é, mas ao mesmo tempo não é"… No momento em que ouvi a explicação, por força da situação grotesca, achei-a apenas engraçada. Sinistra, porém cômica. Com o tempo, entretanto, comecei a reconhecer que havia alguma procedência naquela crítica rudemente formulada: de fato, com esse sentido a dialética tem sido -e continua sendo -usada com freqüência.
Devir Educação
Este artigo, a partir de um estudo de caso – A Universidade do Vale do Paraíba, situada em São José dos Campos/SP - investiga a possibilidade da universidade comunitária, enfrentar os constrangimentos colocados pelo progressivo processo de mercantilização do ensino superior brasileiro e, assim, contribuir para sua efetiva democratização. Com fundamento na dialética negativa de Theodor W. Adorno, buscou-se identificar a tensão entre o conceito da universidade comunitária (suas dimensões positivas e normativas) e as concepções que os diversos atores institucionais possuem sobre as práticas que realizam e sobre o papel comunitário da instituição. Com base em dados do Censo da Educação Superior do MEC/Inep, da legislação educacional brasileira e documentos institucionais da universidade pesquisada, além de entrevistas com os atores institucionais (Gestores, Conselheiros Externos, Coordenadores de Curso, Pesquisadores, Docentes e Funcionários), sugere-se que o agir universitário comunitá...
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Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, 2016
Prisma Juridico, 2008
Anais do VIII Encontro Nacional de Ensino de Sociologia na Educação Básica, 2023
Currículo sem Fronteiras, 2010
Educamazonia, 2012
Educação e Pesquisa, 2019
Revista Recorte, 2016
Revista Educação e Linguagens
Problemata: International Journal of Philosophy, 2021