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A Dialética Negativa e a Educação Básica

REVISTA FOCO

Abstract

Na tradição filosófica, a dialética representava o próprio processo do pensamento, qual seja, o argumento A (tese) produz seu contra-argumento B (antítese) e desses dois poderia surgir um argumento modificado C (síntese). Neste sentido, pensar é argumentar dialeticamente, pois os objetos e os fatos do mundo dão-se a conhecer de maneira progressiva e contínua. Entretanto, para Theodor Wiesengrund Adorno, um dos sustentáculos da Teoria Crítica, a dialética não desagua naturalmente na síntese. Pelo contrário, a dialética emperra sempre na antítese. Ela é negativa, porque encalha no segundo movimento. A antítese permeia a dialética. Os processos sociais esbarram sempre na dissonância cognitiva, ou seja, nas diferenças. Por essa razão, a dialética negativa conquistou significativo espaço na Teoria Crítica, inclusive na educação. A dialética negativa auxilia na explicação do fracasso do Plano Nacional de Educação, pois ele não é uma política-síntese para a educação básica, mas sim uma pol...