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2023, FronteiraZ. Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados em Literatura e Crítica Literária
RESUMO Neste artigo, abordamos o feminismo afrodiaspórico de mulheres negras brasileiras. Temos como objetivo problematizar alguns aspectos de resistência da mulher negra, a partir da obra de duas escritoras negras, Carolina de Jesus e Conceição Evaristo. Ambas têm o cotidiano da mulher brasileira, negra e pobre, como ambiente em que se dá a experiência feminina de suas personagens, que são construídas a partir de referências autobiográficas. Para tanto, selecionamos alguns fragmentos da obra das escritoras, notadamente aqueles em que há falas ou relatos sobre a vida, nos quais podemos vislumbrar questões de gênero e de resistência. Quanto à fundamentação teórica, os estudos decoloniais, de discurso e também os de feminismo negro consistem nos principais eixos teórico-metodológicos que alicerçam nossas reflexões. Dentre os autores mobilizados, destacamos Gonzalez (1984), Collins (2020), Gilroy (2001), Maldonado-Torres (2019) e Souza (2018). Quanto aos resultados, consideramos as várias camadas de colonialidade que aprisionam a mulher negra.
D’GENERUS: Revista de Estudos Feministas e de Gênero
O presente trabalho, tem como objetivo fazer uma reflexão acerca das dores que trazem as mulheres negras, dores estas sentidas por parte de nós, que somos atravessadas pelo racismo e pelo sexismo, pelas tentativas de silenciamento, pela solidão que acomete a mulher negra, a luta que é sobreviver em uma sociedade hegemônica. Iremos refletir sobre o atual conceito que, a intelectual, antirracista e feminista Vilma Piedade nos apresenta: a Dororidade. Conceito este, que carrega toda a força e todas as dores que vivenciamos em nossas trajetórias individuais de mulheres negras. “Sororidade, etimologicamente falando, vem de sóror-irmãs. Dororidade, vem de dor, palavra sofrimento. Seja físico. Moral. Emocional. Mas qual o significadoda dor? Aqui tá no conceito”, contextualiza Vilma Piedade, abordagem de um tema urgente e um conceito necessário. Usando o movimento de pensar a investigação, atuando como um agente transformador, este artigo traz um debate nos eixos raça e gênero, com uma disc...
Revista Internacional Interdisciplinar INTERthesis
O objetivo do presente texto é destacar as contribuições de ativistas e intelectuais negras para o movimento antirracista brasileiro. São apresentados três elementos para pensar esse processo: primeiro, a forma como algumas pensadoras negras compreenderam a dinâmica racial brasileira; segundo, como elas problematizaram o lugar da mulher negra na sociedade brasileira; e em terceiro lugar, discute-se como elas atuaram na construção de ações específicas de enfrentamento do racismo. Para se alcançar a questão proposta, faz-se referência à algumas produções de ativistas e intelectuais identificadas à primeira geração do feminismo negro contemporâneo brasileiro.
Revista Doc-online, 2018
Este artigo corresponde aos resultados iniciais de uma pesquisa sobre as mulheres no cinema brasileiro como diretoras, a qual, quando finalizada, será publicada em livro. Nele apresento um breve panorama sobre a participação das cineastas negras no cenário cinematográfico brasileiro, chamo a atenção pela ausência de uma diversidade de gênero e étnica nesse cenário.
The study present seeks to expose two representations of woman through the literature. Considering the poetry, a way of experience of life, to know it self, we show Otávio Paz, to dialogue with his concept, this show the space like um meet of historic subject with desire of the imagination of the dream. And the two poetic women, that will be to show in this article, are subjects that transform the poem in a live fabric, full of historic and life. A history that to corrupt to the dominator and show other of the marginalized. Through this reflections about poetry and history, we suppose that the author ConceiçãoEvaristo, brazilian and Noémia de Souza mozambicam, built a literature that woman is putin evidence, she is work, is give her the voice. Two women that reflect about the problems of slavery and of the prejudice: questions of race and gender. Are poetry to show to reality stamped in all places: the inequality of gender.whatever that we passed for one process of valorization of woman , there is idea that the woman can dance, cook, sing, but write, no think, remember Conceição Evaristo. Noémia built her poetry like a space to echo the voice of a identity that was for longtimes suffocated, deformed and annihilated. In their poetries resurfaces the black woman warrior, fighter, full of culture and life.redesigned a subject that was erased by history and by dominant society.Through the author like Stuart Hall, Michel Foulcaut, Otavio Paz, Homibhabha,we try visualize like Conceição Evaristo and Noemia de Souza.They represented the black woman in their poetry passing by history colonization and cultural indentity.
Revista de Ciências Sociais, 2019
A política carcerária feminina do Estado do Ceará revela não só a precariedade comum ao sistema penitenciário brasileiro, como uma série de deficiências no que tange à garantia dos direitos das mulheres. São violações que agridem a dignidade humana e as especificidades da condição feminina, resultando em abusos característicos da estrutura misógina da sociedade nacional contemporânea. Para discutir esse problema e buscar melhorar a situação das mulheres do Instituto Penal Feminino Desembargadora Auri Moura Costa, surgiu o projeto “Mulheres Negras: quebrando os laços das novas correntes”, do Instituto Negra do Ceará (INEGRA). Através das visitas à penitenciária e do acompanhamento de processos judiciais, o projeto foi capaz de amenizar algumas das principais necessidades das encarceradas. Pôde-se, ao fim, perceber o quão fragilizado é o sistema penal feminino cearense e como ele precisa ser repensado e melhor planejado para garantir a efetivação dos direitos humanos daquelas que se encontram reclusas.
Fronteiraz, 2023
RESUMO Este estudo tem como objetivo analisar dois cordéis, integrados na obra Heroínas negras brasileiras 15 cordéis, da autora Jarid Arraes, que trazem um contra-discurso aos papéis inferiores dados a duas mulheres negras na literatura brasileira, a saber, Carolina Maria de Jesus e Maria Firmina dos Reis. Nessa obra, Arraes (2020) desconstrói, por meio de 15 cordéis, algumas representações estereotipadas a que foram associadas as mulheres na literatura, recorrendo ao viés do protagonismo feminino negro. A perspectiva de análise desta pesquisa foi conduzida com base na teoria da interseccionalidade proposta por Collins e Bilge (2020), e essa fundamentação teórica é apoiada em reflexões propostas por Zolin (2009), Evaristo (2005), Perrot (2007), dentre outros. Mediante o valor artístico, social e literário que a respectiva obra apresenta, concluímos que ela pode provocar reflexões importantes sobre o apagamento e silenciamento de mulheres negras na literatura, sobretudo no âmbito escolar.
DAT Journal
Este artigo apresenta um estudo das visualidades e visibilidades das mulheres negras na cenografia do carnaval do Recife no ano 2006. Feito a partir de revisão bibliográfica, busca estudar as relações estruturais destes regimes e examinar a estética e representação enquanto instrumentos de poder usando a análise semiótica como ferramenta para discutir os sentidos destas imagens, além de verificar se estes modos de representação geram identificação nestas mulheres.
Este artigo tem por objetivo examinar, de forma breve, a representação de duas piratas que atuaram na chamada "Era de Ouro da Pirataria", Mary Read e Anne Bonny. Busca-se analisar a formação de um imaginário do pirata e como esse imaginário se destoa ou se aproxima das narrativas oferecidas das mencionadas piratas, podendo desta forma estabelecer as diferenças (se existem) do que era ser um pirata e ser uma pirata aos olhos da sociedade do início do século XVIII.
Rev. Dir. Cid., 2022
A pesquisa tematiza as discriminações de raça e gênero diante da falta de sustentabilidade e de um projeto de coexistência. Parte-se da noção de complexidade, com enfoque histórico, social e estrutural da realidade brasileira. O objetivo geral é analisar a intensidade de afetação dessas desigualdades em relação às mulheres negras nas cidades brasileiras. A pesquisa problematiza as causas, motivos e especificidades das desigualdades de gênero e raça e porque elas afetam de forma tão intensa todos os aspectos existenciais das mulheres negras nas cidades brasileiras. A pesquisa parte do método da complexidade, por meio de revisão bibliográfica com ênfase em estudos interseccionais de caráter feministas, antirracistas, históricos de formação de desigualdades, expressão de narrativas e experiências e contextualização com os ambientes reais de vivência na contemporaneidade. A pesquisa apresenta como resultado que a formação social e espacial das cidades brasileiras, conforme as diretrizes do sistema de produção de riqueza, levaram a crescimentos desequilibrados e desordenados, que refletem a reprodução estrutural, histórico e social brasileira. Conclui e contribui afirmando que as mudanças e alterações precisam ser complexas e profundas, principalmente para a construção de projetos de coexistência e planejamento da sustentabilidade social.
Minha intenção aqui é tratar da relação entre gênero e raça no Brasil, que inevitavelmente também é uma questão de classe social. A partir da realidade das mulheres negras, pretendo esboçar um panorama simplificado de divergências do feminismo brasileiro.
Revista Crioula
O artigo se debruça sobre o importante papel da literatura produzida por mulheres negras como espaço de resistência ao epistemicídio que nega a elas o lugar de sujeitos de conhecimento. A expressão de força e atuação dessas mulheres é registrada de formas diversificadas, em livros, sites, blogs, no facebook, em revistas e jornais e também declamando nos saraus e slams.
Revista de Ciências do Estado
Busca em caráter exploratório, reconstruir o legado de lutas do feminismo negro no Brasil, principalmente à partir da década de 1970, junto à organizações diversas. O movimento de mulheres negras atuou e atua desafiando e questionando o feminismo hegemônico, visibilizando demandas raciais, referente a sexualidade e classe. Mulheres negras feminilizaram o movimento negro e enegreceram o movimento feminista, assim presente retoma referencial teórico, acionando às lutas históricas de mulheres negras brasileiras.
Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais, 2021
Este artigo apresenta uma discussão sobre a relação entre territorialidade e interseccionalidade com base na experiência da mulher negra brasileira, no decorrer do processo histórico que desencadeou uma longa trajetória de luta contra o racismo e o sexismo. Foi utilizada pesquisa bibliográfica e documental para discorrer sobre os territórios do corpo, da casa e da cidade, entendidos como espaços de opressão e de resistência. Essas categorias de análise têm recebido bastante atenção, especialmente dentro do movimento feminista negro, porém poucos estudos abordam de maneira explícita e aprofundada a relação entre interseccionalidade e territorialidade ancorada numa concepção ampliada do território que vai do corpo até a cidade. Pensar esses conceitos em conjunto e de forma multiescalar pode contribuir para dar maior visibilidade aos espaços de protagonismo das mulheres negras brasileiras na luta pela reparação, pelo reconhecimento e pelo direito de existir.
2020
This article analyzes the short film Mulheres Negras: Projeto de Mundo (Day Rodrigues; Lucas Ogasawara, 2016) and the feature Sementes: Mulheres Pretas no Poder (Ethel Oliveira; Julia Mariano, 2020) both documentaries. The first film focuses on the narratives of nine black women that converge with important discussions of black feminism. It contribues to the awareness process regarding the realities of black women. The other, in turn, shows a new perspective in national cinematography when talk about the participation of black women in the politics, and representes a maturation of cinema made by black women filmmakers. Both films contribute to a process that stands against the categoria of subordination relegated to black women historically. Keywords: Black women filmakers, Black women narratives, Political participation.
2015
Este ensaio visa fazer um breve balanco sobre o legado da Africa e seus descendentes no Brasil a partir de um trabalho de seis anos como professor das disciplinas Historia do Brasil Escravista e Historia do Brasil Contemporâneo, como professor-pesquisador do Observatorio de Estudos em Educacao, Trabalho e Cultura (ETC) da Universidade Federal do Vale do Sao Francisco - Univasf (em particular na organizacao e realizacao do Mes das Consciencias Negras na Univasf), bem como na livre interpretacao – com todos os alcances destas obras, e riscos dos meus limites – de uma serie de autoras e autores, com destaque para Kabengele Munanga (2009), Petronio Domingues (2007, 2006), Abdias Nascimento (2006), Alberto Costa e Silva (2008, 2006), Luiz Felipe de Alencastro (2000), Sidney Chalhoub (1990), Lilia Schwarcz (1996, 1993), Marina de Mello e Souza (2007), Joao Jose Reis (2003) e Marcelo Paixao (2006).
Este artigo analisa a presença e a ação política das organizações não governamentais (ONGs) de mulheres negras no Brasil. Na primeira parte, identifi co quais têm sido os objeto da luta coletiva das mulheres negras no Brasil e como estes se vinculam ao processo de emancipação destas mulheres dos Movimentos Negro e Feminista, culminando na subsequente formação do feminismo negro (e do movimento de mulheres negras). A segunda parte discute os aspectos político-organizacionais e a ação política deste grupo de ONGS na sociedade brasileira. Em particular, analiso o que denominei de perspectiva racial de gênero das ONGs de mulheres negras; tal perspectiva refl ete a singular condição de opressão -ou seja, a intersecção de raça, gênero, (e classe, sexualidade) -vivenciada por este grupo. Concluo o artigo discutindo a dimensão diaspórica da perspectiva racial de gênero das mulheres negras brasileiras.
2022
Todos os direitos garantidos. Qualquer parte desta obra pode ser reproduzida, transmitida ou arquivada desde que levados em conta os direitos das autoras e dos autores.
Revista Estudos Feministas, 2005
This study consists of an intervention using narrative workshops as a device to stimulate the empowerment of women. Ten women, victims of gender violence, took part in a workshop developed by non-governmental organization for African-Brazilian women Maria Mulher, which gives assistance to women living in Vila Cruzeiro do Sul, in the city of Porto Alegre. The main objective of the research was to debate questions related to gender and violence, making use of stories and histories related to the feminine, specifically African-Brazilian stories. Five meetings were held, where the women told and were told stories, took part in group discussions, experiences and rituals. The workshops gave those women a space where they could tell and hear stories, take part in the rituals of the orixás [African-Brazilian deities] of the black culture and tell their personal histories using those experiences. This intervention was an attempt at invoking different subjective experiences, and made it possible to empower the women who took part in the research, contributing for the rescue of the individual and collective memory of this group.
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