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2012, Democracia Mass Media E Esfera Publica
vestigando a crítica movida por Negri às concepções da democracia fundamentadas no binómio: esfera pública-esfera privada. Pois, no dispositivo teórico de Negri, o conceito de democracia, longe de ter uma significação unívoca, abrange de facto duas representações opostas da sociedade: "democracia" é, em primeiro lugar, a forma de governo "republicana", que se tornou dominante ao longo da modernidade nas duas versões-liberal e socialista. Tal concepção da democracia, por ser estruturada sobre os conceitos de esfera pública e esfera privada, apresenta, no ver de Negri, um duplo limite-teórico e histórico: por um lado ela constitui, quer na sua versão liberal, quer socialista, uma forma de soberania enraizada na desigualdade social, que assim não apenas exclui a possibilidade duma real libertação dos homens, mas, pelo contrário, estabelece as condições sociais da exploração do trabalho. Por outro, a democracia como forma específica de governo perdeu, com o fim da modernidade e o advento da pós-modernidade globalizada, qualquer significação política e teórica: «Se se concebe a democracia nos termos duma autoridade soberana, que seja representativa do
O objetivo desse trabalho é discutir o papel dos meios de comunicação de massas, pensando-os no contexto atual: sua importância para a opinião pública, na construção de uma democracia com participação popular e a sua influência sobre a cultura política brasileira. Refletindo criticamente sobre a função realizada pelos meios de comunicação de massas na contemporaneidade, sem perder de vista a conjuntura da organização socioeconômica internacional e trazendo exemplos das experiências de regulação dos meios de comunicação em outras nações americanas, procura-se neste trabalho dar conta da complexidade da situação no Brasil. Será discutido se, e como, no caso brasileiro, existe a necessidade de uma regulação dos meios de comunicação, e como esta eventual regulação pode ser pensada sob a luz das experiências realizadas na Argentina, na Venezuela e nos Estados Unidos.
Revista Ciências Sociais em Perspectiva, 2007
Intercom - Revista Brasileira de Ciências da Comunicação, 2007
Mutações da esfera pública, 2009
Esta pesquisa buscou, por meio da utilização extensa e rigorosa do método qualitativo, delinear as condições de formação da esfera pública, em suas expressões de visibilidade e de debate público, como modos de construção da opinião política no entorno do sistema de mídia televisiva, utilizando para isso o contexto eleitoral da disputa pela Prefeitura de Catalão, Goiás, no ano de 2008. Palavras-chaves: esfera pública; visibilidade pública; debate público; recepção de TV; comunicação e eleições. Introdução A problemática da esfera pública brasileira tem sido desenvolvida, de forma bastante produtiva, no campo de estudos de comunicação e política, nas últimas duas décadas. A partir das contribuições de outros, têm trabalhado este conceito como um núcleo fundamental para estudos das relações entre mídia e sociedade, no contexto da recente consolidação da democracia no Brasil. É neste âmbito de contribuições que este trabalho busca se inserir. Trata, portanto, este artigo de um esforço direcionado para a elaboração teórica do conceito de esfera pública, a partir de observações feitas da relação entre mídia e esfera pública, num caso específico de processo eleitoral.
REVISTA DA AGU, 2016
A ausência estatal na atuação dos meios de comunicação de massa é capaz de gerar exclusão e opressão. O setor econômico tem sido incapaz de construir um modelo de atuação dos meios de comunicação de massa que consiga contemplar liberdade, democracia e bem comum. Assim, o poder mobilizador e indutor da mídia vem sendo menosprezado pela sociedade e pelo estado, mantendo a sistemática exclusão dos grupos sociais minoritários e desfavorecidos. A Argentina, com a ley de medios, traz relevante e promissor modelo de regulação que inspira soluções democráticas. Por fim, resulta premente a necessidade de regulação da mídia com foco no atingimento do bem comum.
Este trabalho examina o papel do poder comunicativo (kommunikative Macht) enquanto recurso normativo da esfera pública (Öffentlichkeit), conforme a arquitetônica do modelo de democracia deliberativa de Jürgen Habermas. Formulado a partir das contribuições da racionalidade comunicativa (kommunikativer Rationalität), do agir comunicativo (kommunikatives Handeln) e da liberdade comunicativa (kommunikative Freiheit), o poder comunicativo viabiliza a construção de uma democracia deliberativa capaz de exercitar o entendimento mútuo entre os sujeitos livres e iguais enquanto cidadãos participantes da sociedade civil, com o intuito de coordenar as pretensões de validade dos seus respectivos discursos (pragmáticos, éticos-políticos e morais) no âmbito da esfera pública (Öffentlichkeit) e ligados à problemas, temas e contribuições não elaborados e livres da instrumentalização do poder social pelos sistemas funcionais (mercado e burocracia). Discute-se, ainda, como o poder comunicativo, resultante da participação discursivamente inclusiva, não-distorcida e livre de coerção dos sujeitos políticos no processo democrático (democratische Prozess) torna possível o nexo interno entre soberania popular e direitos humanos através da transformação do princípio do discurso (D) em princípio da democracia (De). Desse modo, Habermas fornece um modelo reconstrutivo para a integração social a partir do falar e do agir sob a forma da formação da opinião e da vontade pública encontrando no medium do direito o mecanismo procedimental para a resolução não violenta dos conflitos e produção da solidariedade social (soziale Solidarität). Por fim, apresento e, em seguida, avalio a crítica esboçada por Jeffrey Flynn ao conceito de poder comunicativo em razão da “ambiguidade deliberativa” ligada à sua produção
2002
Se houvesse um traço que tivéssemos que por em destaque no vasto campo de estudo que tem vindo a crescer a propósito das relações entre técnica, comunicação e sociedade seria o facto de que uma parte considerável do esforço de produção discursiva e simbólica e de transmissão e criação da cultura foi delegado para processos que implicam uma interacção entre os homens e as máquinas. No interior de um contexto de análise do modo específico de criação de significados e de transmissão de cultura é difícil omitir a diferença significativa na abordagem desenvolvida pelas tecnologias da comunicação, enquanto indutora de transformações civilizacionais que lhe são contemporâneas. Esta abordagem torna-se particularmente sedutora e significativa quando olhamos de modo particular para as relações entre os novos media e cidadania. O que se pretende, neste texto, é responder a duas questões fundamentais: a) Tendo em conta o papel estruturante da comunicação na definição e configuração do espaço público mediatizado quais são as novas formas de jornalismo e as novas formas de associação possíveis na Internet que permitam repensar aquele conceito? b) Como aceitar o impacto que as novas tecnologias têm no jornalismo de um modo que seja possível pensar em formatos que ainda possam ser considerados como sendo jornalismo?
Estudos em Jornalismo e Mídia, 2020
Professora, pesquisadora, escritora, intelectual, ativista, gestora pública, representante de área. Maria Helena Weber é uma mulher em luta permanente desde o início dos anos 70. Seja como estudante com posições anti-ditadura militar durante o colegial e a faculdade de Comunicação na UFRGS, seja como servidora pública da Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFRGS, como coordenadora da área de Ciências Sociais Aplicadas junto à CAPES e titular do Conselho Técnico Científico, como gestora de comunicação no Ministério da Educação, na Prefeitura de Porto Alegre e na UFRGS, ou vice-presidente da COMPÓS, diretora da Compolítica e integrante do Conselho do INCT-DD (Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Democracia Digital). Nas últimas décadas, em todos esses momentos seu foco intelectual, pesquisas e ações políticas gravitaram em torno da ampliação e garantia dos direitos civis a partir da comunicação pública, defendendo vigorosamente uma perspectiva teórica e política
Resumo Utilizando os modelos de análise propostos por Hallim e Mancini para comparar sistemas de mídia e sistemas políticos, o artigo descreve, classifica e discute o sistema de mídia brasileiro e sua relação com o sistema político no atual período democrático tendo como foco o comportamento do jornalismo político. São enfatizadas na análise as coberturas eleitorais da chamada grande imprensa durante as eleições presidenciais (1989, 1994, 1998 e 2002) e as mudanças operadas do ponto de vista da diversidade externa e interna do sistema de mídia, bem como da sua capacidade de promover o debate pluralista. Palavras-chave: mídia de massa, imprensa, monopólio, democracia. Abstract Using Hallim and Mancini's models of analysis to compare media and political systems, the article describes, classifies and discusses the brazilian case in the recent democratic period, having as focus the political jornalism behaviour. The electoral press coverage during the presidential elections (1989, 1994, 1998 and 2002) and the changes in regard to external and internal diversity of the media system are emphasized, as well as its capacity to promote a pluralist debate.
2005
Poder simbólico, mídia e cidadania Symbolic power, media and citizenship Resumo O trabalho procura identificar as marcas da luta simbólica a respeito do significado das práticas e do funcionamento das instituições democráticas capazes de garantir o exercício da cidadania. Avalia o papel dos meios de comunicação como mediadores nessa luta -não por estarem eqüidistantes das forças em conflito, mas pelo poder de agendamento e amplificação que detêm, garantindo-lhes (in)visibilidade, dando-lhes nomes, classificando-os e representando-os, enfim, dando-lhes sentido. Palavras-chave: democracia, cidadania, poder simbólico, crise, novos movimentos sociais, esfera pública.
Acta Pharmaceutica Sciencia
Neste artigo discutimos a definição do espaço público e privado nas sociedades em que a mediatização é muito forte. Por um lado, assistimos à erosão e invasão do espaço privado, propiciada pelas virtualidades da grande panóplia de meios de comunicação disponíveis. Por outro, verifica-se também uma invasão do espaço público, que vai perdendo dignidade e funcionalidades. Mas, por paradoxal que pareça, a sociedade mediática está a motivar, em paralelo, uma retração no espaço privado. Estas alterações funcionais dos espaços, público e privado, desafiam-nos a ponderar os prós e os contra de cada mutação e a procurar perspetivar o que melhor servirá os nossos valores de democracia e cidadania, bem como o indispensável equilíbrio entre os interesses individuais com os coletivos. Mas, em particular, levanta-se um repto educacional, que convém enfrentar.
Seqüência: Estudos Jurídicos e Políticos, 2013
Este trabalho pretende analisar a relação entre a crise do Estado e o surgimento de poderes paralelos não regulados, com ênfase nos meios de comunicação de massas. Explicar--se-á o fenômeno de desintegração da opinião pública pelos meios de comunicação de massas. Será ressaltada a necessidade de regulamentação dos poderes midiáticos, em especial através de mecanismos que inibam a concentração proprietária dos meios de comunicação de massas e a sua relação com poderes econômicos e políticos. Concluir-se-á que o controle dos poderes midiáticos é meio hábil para reconstruir uma opinião pública legitimamente formada.
Cadernos de Ética e Filosofia Política, 2023
Resumo: O presente estudo busca examinar alguns dos debates socrático-platônicos sobre a opinião pública e seu impacto político, particularmente para a democracia, que depende da noção de liberdade. Depois de se entender o avanço da visão de Platão acerca do problema da opinião, notadamente no que diz respeito à oposição entre doxa e episteme (e à impossibilidade da superação da doxa na polis), discute-se a visão do autor sobre o regime que dá poder ao demos e, ao final, que tipo de aprendizado se pode daí extrair para as democracias contemporâneas.
Revista do Instituto de Direito Constitucional e Cidadania
O presente trabalho apresenta a discussão sobre os conceitos de esfera pública e democracia, que permeia a teoria crítica, para a compreensão das instituições públicas de tomadas de decisão e das universidades como espaços públicos. Para tanto, recorre-se a revisão bibliográfica desses termos a partir das formulações teóricas de Jürgen Habermas, Nancy Fraser e Seyla Benhabib. Essas duas autoras são frequentemente associadas às teorias feministas deliberativas, haja vista que criticam e buscam reconstruir as noções da teoria social e da teoria crítica a partir de uma perspectiva de gênero. Como resultado, aponta-se que as instituições públicas de tomadas de decisão e as universidades, a partir da inclusão de públicos heterogêneos e de temas afetos às questões de gênero, raça e sexualidade, podem se constituir como espaços públicos de transformação e emancipação social.
A relação entre linguagem, comunicação e mass media, numa visão antropológica e social
Novos Olhares, 1999
em comunicação pela UnB, cursa o doutorado no Departamento de Ci nema, Rádio e TV, da ECA/USP.
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