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A proposta exegética de Bultmann da desmitologização da mensagem neotestamentária apareceu em 1941 como a separação do teólogo ao discurso da teologia liberal. Ironicamente, em nossos dias, Bultmann é considerado até mesmo um herege. No entanto, percebemos que essa consideração é baseada em preconceitos e ignorância teológica. Nesse breve artigo tentamos provar isso e apresentar a exegese existencialista bultmanniana como genuinamente cristã.
Ensaios Teológicos, 2015
RESUMO Independente de concordar-se ou não com a teologia de Rudolf Bultmann, o conhecimento desta é imprescindível nos estudos de teologia pela grande influência que teve este autor, considerado por muitos como o maior teólogo do século XX. Porém, nem todos apreciam seus escritos, criando-se bipolaridade de opiniões, a qual gerou certa 'mitificação' de Bultmann entre seus seguidores e seus contestadores, fazendo com que seja necessário que se busque a realidade de sua teologia em meio a tantos usos e abusos de seu nome. ABSTRACT Regardless of whether we agreed or not with the theology of Rudolf Bultmann, is essential know such for the study of theology because of the great influence that this author had, regarded by many as the greatest theologian of the twentieth century. However, not everyone appreciates his writings, creating a huge bipolarity of opinions that generate a 'mythologizing' of Bultmann by his followers and his challengers, making necessary to seek the reality of his theology among so many uses and misuses of his name.
Através da análise de três teólogos este artigo quer apresentar a hermenêutica teológicoexistencial como uma das chaves com as quais a existência pode ser interpretada. Søren Kierkegaard, como "pai do existencialismo", é o primeiro teólogo cuja preocupação central foi a existência cristã e quem estabeleceu os paradigmas com os quais tanto filósofos quanto teólogos posteriores trabalhariam. Rudolf Bultmann, teólogo conhecido por seu método da demitologização, também é reconhecidamente um existencialista. Neste artigo analisaremos a relação entre sua hermenêutica sob a qual a existência é interpretada, existência que, paralelamente à Kierkegaard, é autêntica apenas a partir da fé, com seu método exegético. Por último, a interpretação teológico-existencial de Paul Tillich será analisada, mostrando seu desejo para um cristianismo existencial.
Malala
Este artigo busca oferecer outra perspectiva para se compreender o fundamentalismo islâmico, especialmente sua corrente mais ativa e politicamente engajada, o jihadismo. Nesse caso, a filosofia existencialista foi usada como suporte para fomentar reflexões sobre uma possível face niilista do fundamentalismo islâmico. A narrativa mais clássica do niilismo sobre a invenção de “consolos” – como a própria religião, o apego a uma falsa realidade que suprime a noção de finitude da vida a partir da criação de “outros mundos” e sem o qual a vida se torna insuportável – é de certa forma subvertida pelo fundamentalismo mais extremista. Assim, é a religião que dota os indivíduos de sentido, nem que para isso esse mundo aparente tenha que ser destruído, aniquilado (annihilate). A modernidade e suas próteses tecnológicas têm afastado o homem de Deus. Por isso é necessário, dentro dessa concepção, que ela seja negada e combatida, mesmo que seja com a própria vida, em muitos casos.
ATUALIDADE TEOLÓGICA, 2014
Este artigo traz uma breve reflexão sobre o teólogo Jürgen Moltmann e o seu caminhar teológico, realizado na esperança. Propõe-se, para tanto, destacar acenos teo-biográficos do autor. Jürgen Moltmann desenvolve a sua teologia a partir de uma experiência pessoal, quando se vê envolto por Deus e desperta novamente para a vida, em esperança. Este despertar em esperança é a força que o mantém vivo e é o caminho que o conduz à fé cristã, consequentemente, à teologia. De início, faremos uma aproximação com o teólogo Moltmann, destacando aspectos particulares de sua vida e como ele chega até a teologia, de modo especial, a sua Teologia da Esperança. Logo em seguida, trataremos de assuntos peculiares, próprios de uma experiência pessoal, em campo de concentração, que o faz encontrar-se com a esperança e é o ponto inicial de sua reflexão teológica.
Produzir uma resenha de um livro de Estudos Bíblicos para uma revista da área de Letras é, em um certo sentido, um desafio. A Bíblia obviamente se presta a análises textuais e Bart D. Ehrman é um perito nisso, de modo que aí reside a justificativa da nossa escolha. Ainda assim, é sem dúvida um desafio abrir mão dos jargões comuns aos Estudos Bíblicos e produzir um texto que faça sentido para o público geral. O próprio Ehrman tenta, em alguma medida, fazê-lo -porquanto suas obras têm um caráter também de divulgação -e nós certamente temos ainda mais motivos para fazê-lo nesse espaço. Ehrman é professor de Estudos da Religião na University of North Carolina at Chapel Hill, Estados Unidos, e desde a segunda metade da década de 1980 tem publicado livros que versam sobre questões relativas ao Novo Testamento, especialmente no que diz respeito à sua seleção, transmissão e recepção. Dentre suas obras publicadas no Brasil, cabe destacar "O que Jesus Disse? O que Jesus Não Disse? Quem mudou a Bíblia e por quê?" (Editora Prestígio, 2006) e "Quem Jesus Foi? Quem Jesus Não Foi?" (Ediouro, 2010).
2024
Esta dissertação investiga o conceito de fé como práxis no pensamento de Hugo Assmann. A pesquisa se estrutura em torno da análise de como Assmann articula a fé cristã com a práxis política, em especial no contexto da América Latina, buscando compreender a singularidade dessa experiência em relação às teologias europeias. A análise se fundamenta na perspectiva crítica de Roberto Schwarz sobre a formação ideológica das nações periféricas, em especial o conceito de "matéria brasileira", que revela a dialética contraditória entre o moderno e o arcaico na sociedade brasileira. O primeiro capítulo contextualiza a obra de Assmann no cenário da América Latina da segunda metade do século XX, marcado pela crise do desenvolvimentismo e o surgimento da Teoria da Dependência. Assmann identifica uma "crise de fé" entre os "cristãos comprometidos", que encontravam na práxis política a realização de sua fé. Sua crítica às teologias europeias destaca a distância entre o pensamento do centro e o da periferia, onde a fé se manifesta na luta política. O segundo capítulo explora o núcleo da fé como práxis. A fé, em Assmann, é uma resposta ao "tempo urgente" da história. É no encontro com o "mistério-sentido" de Deus que o "primado do político" encontra sua razão, e a "escuta da revelação" guia a práxis libertadora. A práxis é o "fazer-se verdade" da fé, um processo dialético que une a análise crítica à ação estratégica. A eficácia da práxis, que transforma a realidade, é o critério para discernir a "verdade da fé". O terceiro capítulo investiga a metodologia teológica de Assmann, revelando a "epistemologia dialética" que estrutura seu pensamento. A localização da fé exige que a teologia se abra para a experiência da práxis, utilizando as ciências sociais como ferramentas. A argumentação em favor da fé busca construir argumentos teológicos que sustentem a fé vivenciada na luta, invertendo a relação entre dogma e ética. A fé como práxis em Assmann revela a singularidade da experiência religiosa latino-americana, onde a fé se torna um instrumento de crítica e luta.
Revista De Estudos Constitucionais Hermeneutica E Teoria Do Direito, 2014
Vol. 45, 3, 2022
Comentario Artigos / Articles Comentário a "La aCtuaLidad deL esse em La metafísiCa tomista: perspeCtivas CrítiCas"
Jornal Cruzeiro do Sul
Princípios: Revista de Filosofia, Natal, v. 26, n. 50, maio.-ago, 2019
Resumo: Este artigo objetiva discutir a principal objeção de Ge-thmann à crítica de Tugendhat ao conceito de verdade de Heidegger. Enquanto Tugendhat sustenta que Heidegger teria perdido os crité-rios para a distinção entre o verdadeiro e o falso, Gethmann alega que tais critérios de verdade podem ser localizados na dimensão pragmá-tica das modalidades teóricas do Dasein. Para Gethmann, Heidegger havia levado a cabo uma mudança no modelo de verdade, do modelo proposicional para o modelo operacional de verdade, mudança inte-gralmente negligenciada por Tugendhat, que perdeu de vista o fato de que a novidade em Heidegger é que a verdade mais originária deve ser entendida como uma categoria de êxito. Argumento, pri-meiramente, que o que Gethmann chama de modelo operacional de
Correlatio, 2003
Resumo Neste artigo, temos por objetivo analisar a forma como Bultmann se apropria da filosofia de Martin Heidegger, especialmente expressa em Ser e tempo. Procuraremos demonstrar que Bultmann ressignifica conceitos fundamentais do pensamento do primeiro Heidegger e concede-lhes roupagem cristã, sem construir análise da existência, como Heidegger fez.
Aufklärung: journal of philosophy
Este artigo apresenta, basicamente, a noção nietzschiana da "morte de Deus", o existencialismo desenvolvido pelo filósofo francês JeanPaul Sartre, e quais são as suas possíveis relações. Está dividido em três partes e utilizase, fundamentalmente, da análise de obras importantes dos filósofos, assim como também de seus importantes comentadores. Apesar de se fazer uma reflexão crítica acerca dos temas trabalhados, a análise deste artigo tem, majoritariamente, um caráter histórico bibliográfico acerca das obras filosóficas dos autores. PALAVRASCHAVE: morte de deus; liberdade; existencialismo; ateísmo ABSTRACT: This article presents, basically, the Nietzsche's notion of the "death of God", the existentialism eveloped by JeanPaul Sartre, and are their possible relations. It's divided into three parts and is used, fundamentally, of the analysis of important works of the philosophers, as well as of its important commentators. Although a critical reflection is made on the themes studied, the analysis of this article has, mainly, a historicalbibliographic character about the philosophical works of the authors.
Griot : Revista de Filosofia
O presente artigo tem o objetivo de analisar o texto do Fragmento Político-Teológico (1991) de Walter Benjamin. Apesar de ser um texto curto ele apresenta alguns elementos fundamentais para se estruturar a argumentação benjaminiana sobre a história. Neste fragmento é trabalhada a figura de um messias que é responsável por levar o acontecimento histórico à termo. O messianismo presente em Benjamin se aproxima assim da realização do estado de exceção efetivo proposto por ele em suas Teses sobre o conceito de história (In: LÖWY, 2005). Um estado de exceção que não represente apenas a suspensão das regras, mas a sua completa aniquilação. Desta forma o messianismo reflete um potencial de profanação, de retirada da sacralização das leis em nome de uma retomada do uso comum. A proposta benjaminiana encaminha para uma constituição de uma forma de política que não se limite à simples reprodução do status quo, mas represente, de fato, uma efetivação, uma aniquilação, de tudo o que se tornou o...
Numen, 2016
Este artigo tem como objetivo apresentar a noção de pathos divino em Jurgen Moltmann. Tal noção veio a Moltmann pelos escritos do teólogo e filosofo judeu Abraham Joshua Heschel. Para este, o pathos divino é a forma da presença de Deus no mundo, a preocupação divina com a sua criação. Os profetas não tinham idéias sobre Deus. Os profetas sofriam o pathos divino. Moltmann assumiu a noção de pathos hescheliana e por meio dela interpretou o drama pascal de Jesus de Nazaré. O pathos trinitário é o amor do pai que se auto-humilha no filho para, pelo Espirito, ser o pai de todos os humilhados.
Ciência e Cultura, 2015
2013
Trata-se de uma resenha critica do livro Existencialismo , de Jack Reynolds. A recensao tem por objetivo tornar conhecido o conteudo dessa obra ao leitor interessado na filosofia existencial (em sua forma peculiar de existencialismo), bem como fazer uma apreciacao pontual dos sete capitulos dedicados a pensadores como Heidegger, Sartre Merleau-Ponty e Simone de Beauvoir. Avalia-se, aqui, o rigor conceitual, os desdobramentos teoricos e as preocupacoes didaticas estimadas em uma obra de introducao. Embora o livro possua algumas arestas, em linhas gerais, a resenha faz uma avaliacao critica positiva, ressalvando a obra como uma porta de entrada satisfatoria a um primeiro contato com a filosofia existencialista.
O autor começa apontando o que ele considera os principais problemas da nossa formação filosófica e suas possíveis causas.
Pandaemonium Germanicum
Filipe Melanchthon é uma das figuras proeminentes na Reforma e no Humanismo renascentista alemães, embora no Brasil esta segunda característica não seja muito bem conhecida. Sua obra como um todo tem uma base teológica com a qual ele pretendia também favorecer os estudos acadêmicos, principalmente, mas não só, no que hoje é chamado de Ciências Humanas. O presente texto mostra como ele utilizou a distinção teológica entre lei e evangelho para configurar o espaço das então assim chamadas artes na universidade pré-moderna alemã tardia. A ênfase aqui está nos estudos literários e linguísticos e na abordagem ética deles, favorecida por ele.
Revista Teopráxis
A Igreja em saída reivindica discípulos missionários para ser coerente em meio aos desafios contemporâneos. Encontramos no teólogo Pe. José Comblin e em sua ação missionária uma metodologia que conseguiu de forma eloquente a articulação entre teologia e prática. A partir de uma análise bibliográfica e de testemunhos, o presente texto busca destacar o seu fazer teológico, considerando três dimensões: do missionário aberto a encontrar e conviver em novos espaços; atento aos “sinais dos tempos” que inspiraram práticas ousadas e na permanente escuta do Espírito que sopra onde quer e preferentemente em meio aos pobres. Seguindo este itinerário assumimos a hipótese de validar este como método teológico urgente na igreja em saída, missionária e profética como tem escrito e testemunhado Papa Francisco.
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