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Militares e Sociedade, Marinha e Política.Um Século de História, 2012
A Marinha, ainda que não tivesse toda a sua esquadra disponível em Lisboa, foi a trave mestra do triunfo da revolução de 5 de Outubro de 1910, ao emprestar os seus meios, estruturas, comando e militares aos revoltosos. Os altos dirigentes do Partido Republicano Português proclamariam das varandas da Câmara Municipal de Lisboa um novo regime, nesse dia, reunindo-se em seguida para escolher um governo provisório. As dissidências entre os vários republicanos haveriam de vir logo ao de cima nessas reuniões, o que era um sinal bem claro do que viria a ser a vida política portuguesa nos dezasseis anos seguintes, repletos de grupos digladiando-se nas ruas, golpes e contragolpes, governos efémeros e ditaduras. Nesse ambiente, a Marinha iria continuar a ter uma presença forte entre as forças militares, mas, à medida que nos vamos aproximando do ocaso dessa Primeira República portuguesa, o seu papel ativo na política vai também diminuindo.
A Marinha Portuguesa na Grande Guerra (1916-1918): O afundamento do caça-minas Roberto Ivens, 2018
O caça-minas Roberto Ivens foi o primeiro navio da Marinha Portuguesa a perder-se durante a Grande Guerra. No seu naufrágio desapareceram 15 elementos da guarnição, todos eles vítimas acidentais de uma mina submarina alemã colocada na barra do rio Tejo. Talvez relegado para segundo plano pelo encontro do patrulha-de-alto-mar Augusto de Castilho com o submarino alemão U139, combate desigual que se viria a tornar o grande momento iconográfico da participação da Armada Portuguesa na Grande Guerra, o episódio do afundamento do caça-minas Roberto Ivens nunca mereceu mais do que duas ou três linhas na bibliografia portuguesa sobre “a guerra que iria acabar com todas as guerras”. Neste livro aprofunda-se o estudo do episódio do afundamento do caça-minas Roberto Ivens e propõe-se uma abordagem multidisciplinar que permita apresentar várias reflexões sobre aspectos tão diversos como as pensões de sangue e a conquista dos direitos sociais durante a Iª República, o reconhecimento público dos ex-combatentes através da falerística, memória e história oral, arqueologia e património cultural subaquático, e ainda a moderna tecnologia usada na prospecção geofísica e na exploração dos fundos marinhos aplicada à arqueologia subaquática e à história.
2017
19 Mastanduno refere-se às duas faces da ação do estado procurando atingir objetivos internacionais através de estratégias domésticas e atingir objetivos domésticos através de estratégias internacionais. Cf. Mastanduno, Op. Cit. pp. 461-465. 20 Por exemplo Fareed Zakaria avalia os Estados Unidos, William C. Wohlforth a União Soviética, Thomas J. Christensen os Estados Unidos e a China e Randal L. Schweller os estados beligerantes da II Grande Guerra. Cf. Rose, Op. Cit., pp. 154 e 157. Por outro lado, Lobell considera que, se o realismo neoclássico pode explicar as políticas externas das grandes potências, também pode explicar aquelas políticas de potências regionais, potências menores, estados em vias de desenvolvimento, ou mesmo estados falhados.
2014
O desenvolvimento industrial do século XIX levou as potências europeias a olhar para os recursos naturais africanos como matéria-prima fundamental para o seu desenvolvimento económico. Portugal mantinha sob sua soberania diversos territórios em África, desde os séculos XV e XVI , e viu os seus interesses seriamente ameaçados pela Inglaterra e pela Bélgica. A conferência de Berlim de 1884-85 alterou o paradigma da soberania territorial ultramarina. Todavia, a ocupação efetiva dos territórios ultramarinos decorreu num período de grandes dificuldades económico-financeiras e o orgulho nacional ficou ferido após o rei D. Carlos I ter, sob ultimato inglês, mandado retirar as tropas nacionais de uma região disputada entre os dois reinos. Em 1910, o desagrado geral nacional levou à implementação da república mantendo-se, todavia, uma grande instabilidade política. Logo depois, em 1914, iniciou-se a I Guerra Mundial, tendo Portugal entrado no conflito em 1916. No período conturbado da guerra, a defesa dos interesses nacionais implicou a ação da Marinha e a sua transformação genética, organizacional e operacional. Foram montados dispositivos de defesa portuária, realizado transporte de tropas para França, Angola e Moçambique, foram realizadas escoltas de proteção a navios mercantes. Foi edificada a capacidade de aviação naval e reforçada com três navios a capacidade submarina. O crescimento dos recursos humanos foi, essencialmente, realizado com base no recrutamento de marítimos. Ao nível da organização, foi garantida a unidade de comando através da subordinação da Direção Geral da Marinha e da Administração dos Serviços Fabris à Majoria General da Armada. Este artigo identifica e descreve as ações militares realizadas pela Marinha durante a I Guerra Mundial, bem como as alterações organizacionais e genéticas realizadas para responder às necessidades nacionais no âmbito marítimo e naval.
2016
Num periodo de grandes inovacoes da atividade militar apos a guerra dos 30 anos (16181648), o caso portugues no âmbito do esforco da restauracao da independencia (1640-1668) e muito relevante, traduzindo o espirito reformador e a visao estrategica do Rei D.Joao IV. A primeira escola militar portuguesa, criada segundo os principios da idade moderna, pretendia ministrar as elites militares a formacao tecnica em novos dominios para a arte militar portuguesa, em especial no campo da artilharia, mas tambem contribuia para a formacao de uma nova nobreza de espada, capaz de assegurar a manutencao da independencia nacional perante a Espanha.
Tese orientada pelo Professor Doutor António Ventura) Mestrado em História Marítima 2009 1 RESUMO/ABSTRACT Na primeira metade do Século XIX a Armada Portuguesa perdeu mais de dois terços da sua força efectiva. Sendo a ruína económica trazida pelas Invasões Francesas e pela perda do comércio do Brasil apontada como o principal motivo para esta decadência, é certo que vários outros factores políticos, estratégicos, sociais e organizacionais devam ser tidos em conta. Justifica-se, assim, uma análise mais detalhada sobre a Marinha de Guerra Portuguesa como organização e sobre a sua evolução durante aquele período.
At the initiative of a group of naval officers and civilians, following the movement that had developed in Europe and the Americas since 1894, the Portuguese Navy League was created in 1900, with the statutory purposes of promoting the resurgence of the Navy, merchant marine, fisheries and recreational boating. Combining personalities and associations of the civil society with connections to naval and maritime activities, the first years of the Navy League closely followed its founding purposes. In 1908, after the Regicide, at the initiative of its main leaders, the League launched a National Congress, whose aim was to find solutions to the country's problems, which were worsened by the permanent crisis that Portugal had been undergoing since 1890. This congress, which took place in May 1910, convened monarchists and republicans of different currents of thought and approved more than a hundred "final votes", which were intended to reflect the debate of the theses submitted to the event. The establishment of the Republic in October 1910 constituted an obstacle to the pursuance of that debate, but not to the continuation of the initiatives of the Navy League in the political field, as was the case of the creation of the Liga Nacional/ National League (1915-1918), whose activity, brief as it was, contributed to the currents of thought that later formed the ideological substratum of the Estado Novo/ New State (1933-1974). In the post-war period, during the Nova República Velha/ The New Old Republic /1919-1926) the Navy League went through a period of lesser activity, which lasted until 1930 when it was summoned to cooperate in the propaganda of the naval program by the Dictatorship (1926-1933). Subsequently and under heavy and long-lasting financial pressure, the League voluntarily suspended its activity in 1939. This thesis aims to study the two dimensions of the Naval League, amid its great objectives of "maritime resurgence" and of "National resurgence", offering a contribution to understand its nature and its impact on the activities related to the sea, as well as in the currents of political thought in Portugal in the first decades of the XXth century.
RESUMO Na história da Marinha do Brasil na segunda metade do século XIX, as ações durante o conflito contra o Paraguai são as mais recordadas. Ocorre que após Tonelero e antes de Riachuelo, a força naval atuou diversas vezes no Rio da Prata. Nosso objetivo é apresentar um panorama geral dessas ações pouco conhecidas, com ênfase nos aspectos militares, bem como identificar possíveis consequências para a guerra da Tríplice Aliança. ABSTRACT In the history of the Brazilian Navy the actions throughout the course the conflict against Paraguay are the most remembered in the second half of the nineteenth century. After Tonelero and before Riachuelo the naval force acted several times in the Rio de la Plata. Our goal is to present an overview of those little known actions, with emphasis on military aspects as well as to identify possible consequences for the War of the Triple Alliance.
The two decades before World War I, frequently cited as a period of “armed peace”, were for the European powers, the USA and Japan a time of naval rearmament, within the framework of the growing rivalry between England and Germany. The investigation of the involved dynamics appeals to the consideration of a number of different issues, with special attention to the technical innovations as well as to the recent contributions to naval strategic thinking. These new fields of knowledge quickly travelled to Portugal and were soon made part of the debates over the long recognized needs for the fleet renewal. This paper aims to contribute to the understanding of the naval plans put forward during the period between 1897 and 1916, both inside the Navy department and proposed by individual naval officers.
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JORNADAS DO MAR 2014 - MAR: UMA ONDA DE PROGRESSO, 2015
Varia Historia
ANTÓNIO GIL HERNÁNDEZ-Epígrafes nas secções de INVENÇÃO DO MAR, de Marinhas del Valle, 2010
Revista De Historia Comparada, 2013
De Santa Marinha de Gontinhães a Vila Praia de Âncora. (1624-1924. Demografia, Sociedade e Família, 2013
Lisboa, Comissão Cultural de Marinha, 2003
Revista Navigator - Dossiê A criação da Esquadra e as lutas pela consolidação da Independência do Brasil, 2022
Revista de História Comparada, 2013
Oficinas de Investigação do CITCEM 2020/21 - FLUP, 2020