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2023
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Texto realizado no âmbito da disciplina Temas da Literatura do Mestrado em Ensino de Português no 3.º Ciclo e no Ensino Secundário.
Dissertação de Mestrado Esta pesquisa tem como objeto de estudo cinco poemas do surrealista Mário Cesariny: “tal como catedrais”, “you are welcome to elsinore”, “autografia I”, “a antonin artaud” e “pena capital”. Construídos como artes poéticas, os textos encenam um poeta condenado a lutar contra o “peso” que as palavras adquiriram ao longo do tempo, em busca de um novo leitor e de um tempo futuro no qual as palavras se terão tornado puras – em que serão pura potência de significado. No entanto, os poemas estão eles próprios sempre em diálogo com outros poetas, outros tempos, outras vozes que são evocadas no processo de criação, sugerindo que o diálogo com o outro é condição para a escrita. Cesariny toma para si as palavras que já foram de outros, entrando em um jogo que atravessa os tempos e as vozes dos homens, engrossando o coro e adensando ainda mais a trama textual da linguagem poética. Ao espetacularizar o processo de criação poética, Cesariny guia-nos por cenas nas quais somos apresentados aos aspectos fundamentais da poética que buscou definir em meados dos anos 1950.
REVISTA INTERIN, 2012
Meu objetivo aqui, como pesquisadora e docente, é integrar-me à homenagem a ser prestada, por ocasião do 16º. Encontro COMPÓS, ao mestre/amigo Décio Pignatari, no ano em que comemora seus 80 anos. Decidi, portanto, fazer o que tenho feito, com interesse sempre intensificado, nas últimas décadas: analisar um poema visual como um processo de comunicação, no qual os signos se inter/intra/relacionam, de forma radical. Escolhi, como objeto deste estudo, um dos mais instigadores "seres de linguagem" já produzidos em nosso idioma: o poema TERRA. ii Um poema composto por uma única palavra, que se repete em 11 linhas, de forma heterogênea. O que poderia dizer um texto tão "concreto"? Seria mesmo um poema? Seria apenas um jogo de palavras? Tais questões e outras bastante agressivas foram levantadas por vozes dissonantes, na ocasião e durante as décadas seguintes. O curioso, é que, até hoje, as palavras de Pignatari, conseguem ainda despertar polêmica, paixão ou ódio.
eLyra - Revista da Rede Internacional LyraCompoetics, 2016
Este artigo procura analisar a forma escolhida pelo poeta Mário Cesariny para abordar a obra da artista plástica Maria Helena Vieira da Silva no poema " ode a outros e a maria helena vieira da silva " , a partir de cinco ensaios do poeta a respeito da artista. Nestes, Cesariny parece buscar uma forma justa para falar de sua obra plástica, algo que parece ser concretizado com a criação de uma linguagem poética que traga na sua própria estrutura, assim como os quadros de Vieira da Silva, uma reflexão sobre a realidade fragmentária vivida por ambos na Europa de meados do século XX. Na tentativa de passar a obra visual para outra linguagem, Cesariny se mostra comprometido com a percepção da realidade apresentada nas telas. A ode que compõe seria, portanto, uma possível resposta poética para o problema da representação na linguagem articulada. ABSTRACT This article explores the complicated structure created by the surrealist poet Mário Cesariny in the poem " ode a outros e a maria helena vieira da silva " in which he seeks to approach the visual work by the painter Maria Helena Vieira da Silva. Cesariny seems to combine different texts about Vieira da Silva written by him in different occasions. In these texts, it is possible to see how Cesariny is in search of a righteous form to approach the painter's canvas. He seems to succeed in his effort by conceiving a language that represents in its structure, the same way as the visual artist seems to do, a way to reflect upon the fragmentary reality experienced both by Cesariny and Vieira da Silva in mid-twentieth century Europe. In his attempt to transform visual work into a different type of language, Cesariny seems committed to Vieira's perception of reality.
Boletim Cultural da Póvoa de Varzim, 2023
com casas da mesma altura e praças largas. Os genoveses fizeram quase todas as igrejas barrocas, bem como as fortalezas indispensáveis à defesa da ilha. Desta ilha, onde nasceu em Ajaccio o corso mais conhecido da História, Napoleão Bonaparte, partiu Pierre Marie Cesarini, e faleceu em Paris, no dia 9 de novembro de 1936, tendo por domicílio o n.º 8 do Boulevard Jourdan, 75014-Paris. O seu pai, Paul Adonis Cesarini, faleceu em Bastia a 4 de janeiro de 1877, com a idade de 65 anos, quando Pierre ainda tinha 16 anos. Pode ser esta uma possível explicação da sua partida para Paris, numa eventual procura de melhores condições de vida em França. O corso Pierre Marie Cesarini é a razão da existência de uma ligação entre a Póvoa de Varzim e Mário de Cesariny, através da família nortenha do seu tio Caetano Vasques Calafate. Esta relação familiar vai perdurar durante décadas, traduzindo-se em manifestações da mais variada natureza. Na quela que viria a ser a sua última entrevista literária, Mário Cesariny, a propósito da oferta de um Brunello di Montalcino, começa por mencionar a Maria Bochicchio 1 que tem uma origem italiana. De facto, o avô materno, Pierre Marie Cesarini, nasceu a 20 de fevereiro de 1861, em Bastia. O pai, Paul Adonis Cesarini, natural de Santa Reparata di Moriani, e a mãe, Henrietti Rossi, viviam na Rue de Notre Dame, em Bastia, cidade fundada em 1378 pelos genoveses e antiga capital da Córsega. Como todas as ilhas do Mediterrâneo, a Córsega também andou de mão em mão, pertencendo ao reino de Pisa (1077) e ao de Génova (1284-1768), antes de ser vendida à França pelo último. É a quarta maior ilha do Mediterrâneo e as suas fortalezas genovesas são uma atração turística. Bastia situa-se na costa leste e é a segunda maior cidade da ilha. A zona antiga, a Citadela, onde viveu Pierre Cesarini, obedece a princípios urbanísticos rigorosos,
RESUMO: Este texto tem como objeto de análise a breve narrativa ficcional O Visto " , cujo enredo decorre no século XXI e trata da história de uma mulher da Ilha do Fogo. A partir da tentativa de Dona Victória de retirar o Visto para os Estados Unidos, pretendo analisar aqui as formas com as quais a potência subversora do riso pode ser utilizada para operacionalizar discursos de resistências/persistências entre Cabo Verde e os novos (EUA) e velhos (Portugal) centros de poder. ABSTRACT: This text has as its object of analysis the short fictional narrative held in the twenty-first century about a woman from the Ilha do Fogo in Cape Verde. From the attempt to get the visa for the United States by Dona Victória, I intend to analyze the ways in wich the subversive power of laugher can be used to operationalize speeches of resistance/persistence between Cape Verde and the new (US) and old (Portugal) Power centers.
e-Lyra, 2019
Resumo: Os encontros com o fazer artístico alheio são um dos motivos centrais da poética de Mário Cesariny-tanto em seu trabalho como pintor, escultor e desenhista quanto em sua escrita. No livro As Mãos na Água, a Cabeça no Mar, a voz do poeta-Cesariny parece dar lugar a uma dicção de um artista que põe diante dos leitores seu ateliê, sua oficina de trabalho, apresentando o processo criativo como um aprendizado e um encontro com o outro. A pluralidade de diálogos e a multiplicidade de paródias, de citações, de menções e de nomeações fazem com que o leitor dedicado a sua obra passe a duvidar da posição autoral, buscando em cada poema, tela, objeto e tradução aquilo que é genuinamente cesarinyano e o que provém de outro artista. Diante do poema traduzido "Os passeios", publicado em As Mãos na Água..., o leitor atento às misturas de discursos se interroga a respeito da autoria do texto: Kandinsky ou Cesariny?
USP Resumo Trata-se de pensar a atuação surrealista de Mário Cesariny de Vasconcelos, com especial ênfase para a sua manifestação escrita, a partir do lugar que o corpo ocupa na sua criação. Proponho, portanto, uma leitura do " corpo-escrito " tal como foi modulado, composto e decomposto por Cesariny: o corpo-Cesariny-surrealista como fundador da existência. Cesariny opera com a subversão do cogito, ergo sum cartesiano (" Penso, logo existo "), fato que se apresenta em concordância com a superação do racionalismo proposta pelo surrealismo desde Breton. No desenvolvimento desta leitura, evidenciar-se-ão os modos pelos quais o corpo aparece como elemento indissociável da escrita, e a escrita, por seu turno, aparece como impulso vital (isto é, sem o controle rígido da razão), ou mesmo como necessidade biológica – com ênfase para a indistinção surrealista entre vida e obra. Abstract This article examines the space that the body occupies in Mario Cesariny Vasconcelos's surrealist poetry. I therefore propose a reading of the " written-body " as it was modulated, composed and decomposed by Cesariny: the surrealistic-Cesariny-body as founder of existence. Cesariny operates through the subversion of cogito, ergo sum Cartesian ("I think, therefore I am"), a characteristic that appears consistent with the objective of overcoming rationalism as proposed by Breton surrealism. In this reading of Cesariny, I will show ways in which the body appears as an inseparable element of writing, and writing, in turn, appears as a vital impulse (ie, without the strict control of reason), and even as biological necessity – through an emphasis on the surreal blurring between life and art. Não creio ser possível pensar os surrealismos todos, em suas plurais variações – nacionais ou internacionais –, sem que se considere a sua metafísica fundadora: o inconsciente: fonte dos muitos mistérios e possiblidade das almejadas transformações. Em outras palavras, que seja devidamente valorizado o desenvolvimento da psicanálise, a grande disparadora de uma nova maneira de encenar os mistérios da humanidade. Há, além, outras metafísicas surrealistas a serem consideradas: a mística/mágica/esotérica. Concentro-me, entretanto, no polo oposto e complementar da fundação das manifestações surrealistas:
A mão mais inundada Ensaios sobre poesia portuguesa moderna e contemporânea, 2018
Revista Abril UFF, 2019
Em sua obra escrita, Mário Cesariny recorre à metalinguagem característica das artes poéticas para nela inscrever uma reflexão acerca das figurações do poeta e da potência criadora da palavra poética. Dobrando-se sobre si mesmos, seus poemas se abrem a uma dinâmica na qual a voz poética simultaneamente tem e não tem origem naquele que se lança à escrita. Este artigo se ocupa da leitura de três poemas de Cesariny nos quais o autoendereçamento ou a autodescrição emergem como temas principais, articulando-os a textos de T. S. Eliot, Éric Benoit e Dominique Combe que se ocupam do problema origem da voz poética.
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